MillaAlgumas horas depois...— Deseja beber alguma coisa, Senhorita Ferber? — A comissária de bordo pergunta e sou imediatamente forçada a tirar os meus olhos da pequena janela, forçando um sorriso em seguida.— O que você tem aí? — Procuro saber, olhando com curiosidade o carrinho. Uma tentativa frustrada de me fazer esquecer nem que seja por um segundo que eu fui sua.— Temos água, chá, vodca, licor e champanhe.— Pode ser uma dose vodca, por favor.— Claro. A garota me serve um copo e se afasta. Ela vai até onde o Pedro está acomodado e com um sorriso profissional lhe estende um copo. — Seu uísque. Senhor. ACom um suspiro o observo segurar o copo e quando ela se afasta os nossos olhos se encontram. Devo dizer que é quase impactante para mim e é real também. Portanto, arfo por dentro, mas o Pedro apenas ergue o seu copo em um brinde mudo e volta a encarar o seu computador. Não demora para eu voltar o meu olhar para maldita janela e o silêncio que em outrora eu considerava bem-v
MillaO flat não é muito diferente do que eu cheguei a imaginar. Ele é pequeno, porém, é aconchegante e tem uma decoração tipicamente masculina. A noite como sempre foi quente demais e eu devo dizer até audaciosa demais, e céus, libidinosa demais também. Pedro é realmente um homem intenso e envolvente. Contudo, quando tudo acabou e chegou a hora de fechar os meus olhos para descansar, eu simplesmente não consegui. Isso mesmo. Não consegui dormir e acredite não foi por sentimento de culpa, nem por não conseguir dizer não pra ele, e nem nada disso. Eu não me arrependi e isso é um fato. O motivo que roubou o meu sono foi descobrir que o meu coração bandoleiro parece ter se apegado ainda mais a esse Puto e a todo o conjunto que vem com ele.Merda, eu preciso sair daqui e ficar sozinha para pensar. Eu preciso colocar a minha cabeça no lugar e lembrar quem eu realmente sou nessa relação. E é pensando assim que me viro devagarinho na cama para olhá-lo. O desgraçado é perfeito até a cara inch
PedroAlguns dias depois...Não foi a coisa mais fácil do mundo convencê-la de ficarmos juntos. Milla é bem persistente com os seus ideais. Príncipes encarados, coitada! Se ela soubesse que isso não existe... Opa!Freio os meus pensamentos assim que a vejo na ampla e movimentada recepção da Wash Car e imediatamente verifico o relógio no meu pulso, constatando que ainda é muito cedo para o seu horário. Depois volto o meu olhar para ela e para o meu desagrado agora ela não está sozinha. O tal funcionário está do seu lado. Essa visão me faz puxar a respiração apenas para reprimir uma raiva distorcida. E para piorar, o infeliz tira a mão que estava escondida atrás do corpo e lhe estende uma... margarida?É sério isso? Porra, com tantas flores nesse mundo o imbecil lhe oferece uma margarida? Sabe o que é pior ainda? Ela gostou, pois assim que a recebeu lhe abriu um sorriso tão grande que parece lhe partir o rosto ao meio e na sequência os dois se abraçam.Mas que cachorra!— Vai subir? —
— O que é isso? Por acaso está treinando para algum evento de basquete? — bufo audivelmente jogando outra bola de papel no cesto de lixo.— Estou entediado.— Entendi. Eu vim para avisar que a equipe de TI já terminou com a atualização do sistema. Você já pode brincar de presidente da Wash.— O que vai fazer agora? — Meu irmão caçula mexe os ombros com desdém.— Tenho uma reunião com a minha equipe sobre algumas novidades em programação. — Franzo a testa para essa informação, a final, eu não entendo muita coisa sobre o assunto.— Eles não podem fazer isso sozinhos? — Lucian sorri.— A Wash anda sem os seus comendo? — Arqueio as sobrancelhas.— Entendi.— Bom, eu vou indo. Boa sorte para você e o seu tédio!— Obrigado! — ralho acertando outra bola de papel. Contudo, a porta mal se fecha e ela volta a abrir.— Boa tarde, Senhor Rios, me chamo Michele e eu serei sua nova secretária. — Uma loira muito alta avisa soltando uma voz deliciosamente rouca.Cara, eu devia soltar um foguetão com
Milla— Oi!— Ian, oi!— Como foi o seu dia? — Sorrio para essa indagação.— Corrido como sempre.— Espero que te traga um alívio. — Ele diz me estendendo uma linda flor. Meu sorriso se amplia.— Ela é linda, Ian! Obrigada!— Vai sair agora?— Pois é.— Eu te acompanhar se você quiser.— Hum, eu adoraria.— Soube da sua viagem para a Grécia. Como foi?— Eu fui a trabalho, mas tive umas horinhas de passeio e eu amei aquele lugar!... Vamos dar mais alguns passos na direção do paraíso, Senhorita Ferber. ... Sempre que venho a Grécia gosto de vir aqui e fico olhando para essa imagem por horas. Suas palavras preenchem os meus pensamentos quando me lembro dos lugares onde me levou e eu solto uma respiração sutil.... É realmente muito lindo, Pedro! — Eu imagino. — Ian me desperta e quando percebo ele está perto demais de mim. Tão perto que é possível sentir a sua respiração quente batendo contra o meu rosto.— Ah, o meu ônibus chegou! — digo me afastando imediatamente. — Obrigada por me
Milla— Você não teria coragem! — rebato entre dentes, o desafiando, mas gelo imediatamente, quando ele dá o primeiro toque na merda campainha. — Pedro seu desgraçado não ouse tocar nesse botão outra vez! — grunho impaciente e salto para fora da cama. Com passos largos e trêmulos vou imediatamente para a porta e a abro. A visão do homem bagunçado me aparece sorrindo.Resfolego.Sexy demais e atraente demais! Oh meu pai do céu isso é uma tentação! Ah, aquele maldito sorriso safado! Essa gravata pendurada no seu pescoço e os três primeiros botões da sua camisa abertos. Respiro fundo tentando não perder o meu controle. E esses cabelos? Eles estão uma bagunça só.— Oi, Pretinha! — Ele sibila e eu franzo a testa.— Você... você estava bebendo? — inquiro bem irritada agora.— Estava, mas não se preocupe, eu não estou bêbado. Eu só estava acompanhando o meu irmão que resolveu desabafar as suas mágoas comigo — diz e apoia as suas mãos na porta, em cada lado da minha cabeça. Depois ele inclina
PedroEstá explicado a minha aversão a casamentos. Olhar para o meu irmão completamente destruído, arrasado e bêbado naquele bar, depois de horas de desabafos em lágrimas. Não foi nada fácil. Definitivamente, a mulher é um ser que deve ser mantido a uma certa distância do coração e sobre vigilância total. E é pensado assim, que eu desperto para vida. Droga, eu passei o dia inteiro prisioneiro dos meus próprios pensamentos e mal consegui fazer o meu trabalho direito. E tudo isso porque cheguei a cogitar que Ludmila Ferber seria algo para um tempo indeterminado.Que merda!Um lance. É isso o que nós somos e nada além disso. Eu tentei me convencer, mas agora estamos no meu quarto de jogos e ela está bem ali na minha frente, olhando cada item com curiosidade. Tocando-os, analisando-os com se cada um deles fossem coisas de outro mundo. Na real? Isso está me deixando completamente receoso, mas a pergunta é, por quê? Merda, ela só tem que saber quem eu sou aqui nesse lance e aceitar como tud
PedroEla volta a morder o lábio, parece querer reprimir mais um gemido, porém, me obedece.— Boa menina! Agora vem a melhor parte — aviso saindo da cama.— O que? — Ela parece apavorada agora. — Ainda tem mais?— Eu quero te proporcionar o melhor, Pretinha — rebato e guardo o chicote no seu suporte. Na sequência vou até um frigobar que fica atrás da cruz de santo André e pego uma bandeja de gelo. Ponho algumas pedrinhas em um pequeno pote de porcelana e volto para casa em seguida. — Me diga, Milla, como se sentiu com o meu chicote?— Santo Deus! — Ela sussurra um tanto exasperada. Parece perdida em sensações.— Você gostou, não é? — Novamente ela meneia a cabeça em resposta.— Você quer que eu pare? — A ameaço.— Não, por favor! — Sorrio vitorioso.— Então diga! — ordeno mais uma vez.— Eu gostei! Eu gostei muito! — Volto a beijá-la, enfiando a minha língua na sua boca e no ato, esfrego a minha pélvis na sua intimidade. — Hum! — Engulo o seu gemido e me afasto um pouco.— Isso, Preti