* Rose *.1ano depois..Durante todo o ano, descobri como é bom estar com Guilherme, assumi a fazenda da minha mãe, assim como todas as coisas que sempre foram minhas por direito e meu pai se apossou, para dar a Magda, falar nela, soube que perdeu a mão roubando no cassino e depois disso se manteve bem quietinha, até morrer semana passada de forma natural, se é verdade que ela morreu de forma natural não sei, mas me deixa satisfeita saber que até o último dia de vida, ela ficou lavando banheiros.Tento não pensar na morte do meu pai, e nem que Guilherme seria capaz de fazer algo contra ele, sim, fiquei magoada com Guilherme alguns dias, mas entendi seus motivos e por nosso filho ele é capaz de tudo.Maurício me entregou o divórcio depois de alguns meses, e ele continua morando em Rio verde, não tenho como agradecer o grande amigo que ele se tornou, e essa é a prova que no ninho de cobras sempre tem alguém que vale a pena, e esse alguém é o Maurício._ Está pronta? — minha cunhada Lú
* Daniel *.Fazia um ano que não a via, um ano inteiro e isso era ruim demais, então quando falaram do casório do Guilherme eu fiquei feliz, ela ia vir, nois ia conversa, ia pedir desculpa e falar que gosto dela porque eu gosto.Ia explicar que não a vejo como as outras, que não era nada daquilo que ela estava pensando, sim, tô doido pra levar ela pra cama, sentir seu cheirinho grudado em mim, mas não sou nenhum cafajeste que vai ficar com ela hoje e esquecer amanhã, com ela não ela merece mais de mim, tô tentando mudar, aos poucos tô conseguindo, e sou doido em pensar que gosto daquela menina mais do que pensei gostar, isso era tão estranho.Comprei até uma camisa nova, dessas caras pra caramba, custa o zói da cara e se bobear até o rim, mas quis ficar bonito pra ela, e quem sabe ela ia me dar bola.Ela tava toda linda, um vestido de alcinha fina, comprido com um rasgo até a coxa, não sei pra que os vestidos tem de ter aquele rasgo, mas ela tava bonita, ainda mais quando apoiava o c
* Valentina *.Não sei daonde minha tia Maila tirou que era uma boa ideia trazer o César para a casa da minha mãe, sério nada contra o cara, ele é até legal, tem uma conversa interessante e me ajuda com os trabalhos do curso de administração, mas estou pensando em fazer zootecnia, e acredito que essa será a minha faculdade.Não sou besta e já percebi o jeito que ele me olha, querendo coisa que não vai rola, digamos que ele é aquele tipo de cara todo certinho, que quer namorar e casar, fofo isso é verdade, e não é feio ele tem seu charme, mas eu ainda tenho uma peste na minha cabeça que não me deixa pensar em abrir o leque de possibilidade e começar a experimentar o rodízio de linguiça como o Afonso diz.Já até tentei, duas vezes mais não fluiu, empaquei igual burro e, é porque na minha cabeça vem a mão daquela peste, passando na minha bunda, tocando a minha calcinha e beijando a minha boca. Aí que raiva dessa peste, que invade a minha mente.César não é ruim, e sei que minha mãe gost
* Daniel *.Olho para o Marco tentando alguma coisa com a Val, mas ali eu nem me preocupo sei que ela não vai dar atenção nenhuma para ele, do mesmo jeito que sei que não daria pra mim.A quem eu quero enganar, não passo do empregado assalariado, que conta cada centavo que ganha para dar conta das contas no mês, por mais que eu ganhe bem, dona Manuela é uma ótima patroa, mas eu sei até onde meus pés alcançam, e descobrir que aquela jaguatirica mora em meu peito há muito tempo, foi tão difícil para mim, aceitar isso.Vejo ela sair pisando duro toda brava para o estábulo e me levantei, claro que não faria nada, só ia entregar meu presente a ela, é simples mais é de coração._ Você não vai fazer o que tô pensando né Daniel? Sabe que ali o terreno é perigoso. — Davi fala segurando meu braço._ Só vou entregar o presente dela, não sou louco e nem tô bêbado para não saber minhas ações. Eu estava distraído mais só._ Não faz merda pra não se arrepender depois tô te avisando._ Se preocupe n
* Valentina *.Ainda não acredito que tive a coragem de fazer isso, mas aconteceu tão naturalmente como se tivesse de acontecer.Daniel é diferente dos outros que fiquei, acho eles bobos demais, tem a pele mais macia que a minha e parece que não vê sol, já ele não, sinto a aspereza da sua mão me tocar, não é ruim, isso só me mostra o peão que ele é.Não pensei que ele seria calmo, ou romântico como já ouvi muitas pessoas falar, principalmente na escola, que a primeira vez com o namorado era um sonho. Sim, foi um sonho, mas um sonho nada meloso, mas na medida certa de cuidado.Só que lá embaixo não estava na medida certa não, era bem maior do que eu imaginava, e não só o comprimento que ainda não acredito que entrou em mim, mas sim a largura, aquela linguiça ali não era do tipo linguiça churrasco, era linguiça calabresa mesmo.Não sei a quanto tempo estou deitada no chão, olhando para o teto, enquanto ele não tira os olhos de mim, passando o dedo devagar na minha barriga e circulando
* Daniel *.Eu fui do céu ao inferno em minutos, cai em um buraco profundo que me tirou todo a ar, era assim que me sentia a cada palavra da Val para mim.Errei, eu sei que errei em ter aceitado aquela aposta, mas, eu não pensava em cumpri com ela, apenas aceitei por aceita. Não vi as consequências das minhas ações, até elas bateram bem na minha cara.Ouvir ela dizer que me amava encheu meu peito de tal forma, que ele transbordou dentro de mim, e eu fui capaz de entender que a amo da mesma maneira, não sei quando começou isso, mas estava aqui vivo em meu coração, e ela me amava há muito tempo, e eu não percebia.Escutar ela dizer que vai esquecer o que senti por mim, foi o mesmo de segurar meu coração na mão e apertar com força, era isso que eu estava sentindo, uma dor tão grande no peito, a dor da perca que nunca senti antes, a dor que quase se compara ao que senti quando ela deixou de ser minha amiga.Ela sai do estábulo, e leva com ela um pedaço do meu peito, pego minha camisa qu
* Valentina *.Com um sorriso falso no rosto, fingi estar feliz com meu aniversário, ainda estava dolorida, e isso me fazia lembrar ele, me lembrar de tudo e não sabia o que doía mais, meu coração ou o coitado do meu pãozinho que foi recheado com uma linguiça calabresa, maior do que ele esperava receber.Não sei como entrou tudo aquilo dentro de mim, era impossível e mesmo assim coube.Na frente de todos mantinha o sorriso, mas por dentro estava com vontade de chorar, cortei o bolo e entreguei aos meus parentes, era parente demais.Então Emanuel se aproximou de mim, com um papel na mão, era aquilo que tanto esperei, era o motivo que me deixaria alegre e depois de tudo que aconteceu eu não mudei de ideia.Daniel seria meu empregado e ia me pagar por isso._ Aqui está meu presente Valentina. Como eu prometi. — ele me entrega e eu abro rápido._ Obrigada. Eu amei sério, o nome é lindo, LUZ DA LUA. Que nome perfeito!_ É sim e você não sabe o melhor, é do lado da fazenda da mamãe, o prop
* Davi *.Fiquei envergonhado com a situação que aconteceu entre a Patrícia e a Anne, uma coisa que minha mãe me ensinou foi respeito, não só pelos parentes da patroa, mas por todos.E ver a Anne falando daquela forma e quase agredindo ela foi o mesmo que ela estivesse desrespeitando toda a família que mais apoiou e ajudou meu pai, só temos o que temos hoje por causa deles.Não é muito, mas para nós é o suficiente, dona Manuela ajudou meu pai comprar um pedaço de terra, uma pequena chácara, perto da fazenda.Assim cuidamos da fazenda da patroa, e a noite voltamos pra casa, nosso pedacinho de chão que meu pai tem muito orgulho.Pensei que com o tempo ela ia se acostumar com nosso jeito, deixei claro pra ela quem eu sou, e mesmo assim ela aceitou só que agora cobra de mim coisas que não vou fazer, nunca que vou largar meus pais e ir embora para Nova York só porque ela quer, ela diz que lá posso realizar meu sonho de ganhar um rodeio, que aqui não passo de um nada no meio de um monte de