* Rose *.Acordo de manhã e Guilherme não está, ainda fico envergonhada de ficar na sua casa desse jeito, tudo bem que fui muito bem recebida e dona Marina é uma mulher compreensível com a nossa situação. Mas mesmo assim ainda me sinto um peixe fora d'água.Desço para o café da manhã já são dez horas, depois que Gustavo nasceu nunca mais dormi uma noite de sono inteira, assim que chego na cozinha vejo Valentina ajudando uma das tias do Guilherme na cozinha, ela limpa as mãos no pano de prato e pega Gustavo do meu colo._ Cadê o sobrinho mais lindo da titia. — ela balança ele pro alto e ele sorri._ Você só tem ele de sobrinho. — Lúcia a irmã do Guilherme entra abraçada na namorada, ou esposa não sei, já que elas moram juntas._ Quando você vai me dar um sobrinho também. — Valentina pergunta e a namorada dela sorri._ Estamos vendo o processo de adoção, se tudo der certo ano que vem já temos uma filha, ou um filho para amar e cuidar._ Que ótimo, vou amar ser titia de novo._ Vocês vi
* Magda *.Minha cabeça dói demais, abro os olhos com dificuldade e quando consigo ver, estou em um colchão no chão, olho em volta e só vejo paredes e na minha frente aquele homem estranho da família desgraçada, sentado em uma cadeira.Ele sorri pra mim, assim que percebe que eu acordei, tento me levantar, mas olho em minhas pernas e estou acorrentada como um bicho._ Me solta, eu vou chamar a polícia, você me sequestrou. — digo com raiva e a porta se abre com outro homem entrando._ Fique calma cobra peçonhenta, você não é a primeira que sequestro._ Até minha irmã entrou nessa lista. — os dois conversa e se olha feio._ Não quero saber, me solta eu vou embora daqui. — ele joga um pano preto em minha direção e é horrível, aquilo mais parece um lençol comprido com um buraco para os olhos._ Vista, que vou te mostrar seu trabalho._ Está maluco, eu não vou trabalhar, eu não vou... — não termino de falar, pois ele tira uma arma e atira no chão, a poucos centímetros do meu pé._ O próxi
* Rose *.1ano depois..Durante todo o ano, descobri como é bom estar com Guilherme, assumi a fazenda da minha mãe, assim como todas as coisas que sempre foram minhas por direito e meu pai se apossou, para dar a Magda, falar nela, soube que perdeu a mão roubando no cassino e depois disso se manteve bem quietinha, até morrer semana passada de forma natural, se é verdade que ela morreu de forma natural não sei, mas me deixa satisfeita saber que até o último dia de vida, ela ficou lavando banheiros.Tento não pensar na morte do meu pai, e nem que Guilherme seria capaz de fazer algo contra ele, sim, fiquei magoada com Guilherme alguns dias, mas entendi seus motivos e por nosso filho ele é capaz de tudo.Maurício me entregou o divórcio depois de alguns meses, e ele continua morando em Rio verde, não tenho como agradecer o grande amigo que ele se tornou, e essa é a prova que no ninho de cobras sempre tem alguém que vale a pena, e esse alguém é o Maurício._ Está pronta? — minha cunhada Lú
* Daniel *.Fazia um ano que não a via, um ano inteiro e isso era ruim demais, então quando falaram do casório do Guilherme eu fiquei feliz, ela ia vir, nois ia conversa, ia pedir desculpa e falar que gosto dela porque eu gosto.Ia explicar que não a vejo como as outras, que não era nada daquilo que ela estava pensando, sim, tô doido pra levar ela pra cama, sentir seu cheirinho grudado em mim, mas não sou nenhum cafajeste que vai ficar com ela hoje e esquecer amanhã, com ela não ela merece mais de mim, tô tentando mudar, aos poucos tô conseguindo, e sou doido em pensar que gosto daquela menina mais do que pensei gostar, isso era tão estranho.Comprei até uma camisa nova, dessas caras pra caramba, custa o zói da cara e se bobear até o rim, mas quis ficar bonito pra ela, e quem sabe ela ia me dar bola.Ela tava toda linda, um vestido de alcinha fina, comprido com um rasgo até a coxa, não sei pra que os vestidos tem de ter aquele rasgo, mas ela tava bonita, ainda mais quando apoiava o c
* Valentina *.Não sei daonde minha tia Maila tirou que era uma boa ideia trazer o César para a casa da minha mãe, sério nada contra o cara, ele é até legal, tem uma conversa interessante e me ajuda com os trabalhos do curso de administração, mas estou pensando em fazer zootecnia, e acredito que essa será a minha faculdade.Não sou besta e já percebi o jeito que ele me olha, querendo coisa que não vai rola, digamos que ele é aquele tipo de cara todo certinho, que quer namorar e casar, fofo isso é verdade, e não é feio ele tem seu charme, mas eu ainda tenho uma peste na minha cabeça que não me deixa pensar em abrir o leque de possibilidade e começar a experimentar o rodízio de linguiça como o Afonso diz.Já até tentei, duas vezes mais não fluiu, empaquei igual burro e, é porque na minha cabeça vem a mão daquela peste, passando na minha bunda, tocando a minha calcinha e beijando a minha boca. Aí que raiva dessa peste, que invade a minha mente.César não é ruim, e sei que minha mãe gost
* Daniel *.Olho para o Marco tentando alguma coisa com a Val, mas ali eu nem me preocupo sei que ela não vai dar atenção nenhuma para ele, do mesmo jeito que sei que não daria pra mim.A quem eu quero enganar, não passo do empregado assalariado, que conta cada centavo que ganha para dar conta das contas no mês, por mais que eu ganhe bem, dona Manuela é uma ótima patroa, mas eu sei até onde meus pés alcançam, e descobrir que aquela jaguatirica mora em meu peito há muito tempo, foi tão difícil para mim, aceitar isso.Vejo ela sair pisando duro toda brava para o estábulo e me levantei, claro que não faria nada, só ia entregar meu presente a ela, é simples mais é de coração._ Você não vai fazer o que tô pensando né Daniel? Sabe que ali o terreno é perigoso. — Davi fala segurando meu braço._ Só vou entregar o presente dela, não sou louco e nem tô bêbado para não saber minhas ações. Eu estava distraído mais só._ Não faz merda pra não se arrepender depois tô te avisando._ Se preocupe n
* Valentina *.Ainda não acredito que tive a coragem de fazer isso, mas aconteceu tão naturalmente como se tivesse de acontecer.Daniel é diferente dos outros que fiquei, acho eles bobos demais, tem a pele mais macia que a minha e parece que não vê sol, já ele não, sinto a aspereza da sua mão me tocar, não é ruim, isso só me mostra o peão que ele é.Não pensei que ele seria calmo, ou romântico como já ouvi muitas pessoas falar, principalmente na escola, que a primeira vez com o namorado era um sonho. Sim, foi um sonho, mas um sonho nada meloso, mas na medida certa de cuidado.Só que lá embaixo não estava na medida certa não, era bem maior do que eu imaginava, e não só o comprimento que ainda não acredito que entrou em mim, mas sim a largura, aquela linguiça ali não era do tipo linguiça churrasco, era linguiça calabresa mesmo.Não sei a quanto tempo estou deitada no chão, olhando para o teto, enquanto ele não tira os olhos de mim, passando o dedo devagar na minha barriga e circulando
* Daniel *.Eu fui do céu ao inferno em minutos, cai em um buraco profundo que me tirou todo a ar, era assim que me sentia a cada palavra da Val para mim.Errei, eu sei que errei em ter aceitado aquela aposta, mas, eu não pensava em cumpri com ela, apenas aceitei por aceita. Não vi as consequências das minhas ações, até elas bateram bem na minha cara.Ouvir ela dizer que me amava encheu meu peito de tal forma, que ele transbordou dentro de mim, e eu fui capaz de entender que a amo da mesma maneira, não sei quando começou isso, mas estava aqui vivo em meu coração, e ela me amava há muito tempo, e eu não percebia.Escutar ela dizer que vai esquecer o que senti por mim, foi o mesmo de segurar meu coração na mão e apertar com força, era isso que eu estava sentindo, uma dor tão grande no peito, a dor da perca que nunca senti antes, a dor que quase se compara ao que senti quando ela deixou de ser minha amiga.Ela sai do estábulo, e leva com ela um pedaço do meu peito, pego minha camisa qu