* Guilherme *.Com Gustavo nos braços fico apreensivo, como vou esconder da Rose que seu pai infartou por minha culpa? Minha não, da minha mãe que queria capar o velho.Sei que uma hora ou outra vou ter de abrir o jogo, pois esconder uma coisa dessa, não vou conseguir para sempre.Vejo a velha megera da Magda sair do escritório cuspindo fogo, que é capaz até de assar uma carne com seu hálito.Ela caminha em passos rápidos, até que para e se vira voltando em minha direção com um sorriso diabólico. Oque essa velha quer?_ Vejo que já conheceu meu netinho. — ela diz abrindo um sorriso e tenta passar a mão em Gustavo, mas não deixo, essa velha tem parte com o capeta._ Não toque em meu filho Magda._ Hã! Seu filho. — ela sorri de uma forma estranha._ O que você quer?_ Só vim te dizer que eu sei o que você e sua família fez ao meu querido marido. Eu vi tudo, até a hora que sua mãe o ameaçou com uma faca. — meu sangue gelou, ela tinha visto como assim tinha visto._ O que você quer com i
Saio em passos rápidos para dentro de casa, nem paro para falar com ninguém.Meu peito está acelerado, minha boca seca, e na minha cabeça o beijo dele outra vez, um lado meu queria continuar, já o outro me repreendia, "você não é qualquer uma para sair se entregando a um galinha como ele".Sim, eu não era qualquer uma, e ele tinha de entender isso, ele não ia me usar e depois me descartar como fazia com as outras._ O que deu em você, para entrar feito um furacão? — me assusto com a voz do Afonso em meu quarto, leva minha mão no peito o vendo em minha cama._ O que você está fazendo aqui? Pensei que estaria aos beijos com o marido da minha cunhada. — nossa disser isso em voz alta é muito estranho._ Ele é um gato, mas... eu fiquei com vergonha._ Oxi, vergonha do que? — pergunto com as mãos na cintura enquanto ele se senta na cama._ Não sei, apenas não consegui. E você porque tá assim, só o veneno em pessoa._ Não foi nada. — vou até a varanda e olho a lua._ Diga logo que eu sei que
* Guilherme *.Pensei muito sobre o que fazer com a Magda, aquela ali é cobra criada, e se eu deixar ela perto da Rose e do meu filho, ela pode querer fazer algo contra nós.E se eu cair na chantagem dela, sei que vou ficar preso em uma grande teia de aranha, não vou poder esconder a verdade da Rose pra sempre, um dia vou ter de contar que o pai dela morreu por minha causa, talvez ela fique brava comigo, mas não posso deixar isso escondido por muito tempo.Já são cinco da manhã, ela dorme calma em minha cama, enquanto meu filho está no bercinho do seu lado, meu primo me emprestou por uns dias, já que os seus filhos estão maiores.Deixo os dois ali e desço para tomar café, minha mãe está na cozinha com a tia Maila, precisamos de outra ajudante para minha mãe já que a Carla bateu as botas._ Dormiu bem filho? — minha mãe pergunta colocando o café em meu copo._ Não mãe. E preciso falar com a senhora lá no escritório. — ela me olha e olha para a tia Maila._ É muito sério?_ Muito._ En
* Rose *.Acordo de manhã e Guilherme não está, ainda fico envergonhada de ficar na sua casa desse jeito, tudo bem que fui muito bem recebida e dona Marina é uma mulher compreensível com a nossa situação. Mas mesmo assim ainda me sinto um peixe fora d'água.Desço para o café da manhã já são dez horas, depois que Gustavo nasceu nunca mais dormi uma noite de sono inteira, assim que chego na cozinha vejo Valentina ajudando uma das tias do Guilherme na cozinha, ela limpa as mãos no pano de prato e pega Gustavo do meu colo._ Cadê o sobrinho mais lindo da titia. — ela balança ele pro alto e ele sorri._ Você só tem ele de sobrinho. — Lúcia a irmã do Guilherme entra abraçada na namorada, ou esposa não sei, já que elas moram juntas._ Quando você vai me dar um sobrinho também. — Valentina pergunta e a namorada dela sorri._ Estamos vendo o processo de adoção, se tudo der certo ano que vem já temos uma filha, ou um filho para amar e cuidar._ Que ótimo, vou amar ser titia de novo._ Vocês vi
* Magda *.Minha cabeça dói demais, abro os olhos com dificuldade e quando consigo ver, estou em um colchão no chão, olho em volta e só vejo paredes e na minha frente aquele homem estranho da família desgraçada, sentado em uma cadeira.Ele sorri pra mim, assim que percebe que eu acordei, tento me levantar, mas olho em minhas pernas e estou acorrentada como um bicho._ Me solta, eu vou chamar a polícia, você me sequestrou. — digo com raiva e a porta se abre com outro homem entrando._ Fique calma cobra peçonhenta, você não é a primeira que sequestro._ Até minha irmã entrou nessa lista. — os dois conversa e se olha feio._ Não quero saber, me solta eu vou embora daqui. — ele joga um pano preto em minha direção e é horrível, aquilo mais parece um lençol comprido com um buraco para os olhos._ Vista, que vou te mostrar seu trabalho._ Está maluco, eu não vou trabalhar, eu não vou... — não termino de falar, pois ele tira uma arma e atira no chão, a poucos centímetros do meu pé._ O próxi
* Rose *.1ano depois..Durante todo o ano, descobri como é bom estar com Guilherme, assumi a fazenda da minha mãe, assim como todas as coisas que sempre foram minhas por direito e meu pai se apossou, para dar a Magda, falar nela, soube que perdeu a mão roubando no cassino e depois disso se manteve bem quietinha, até morrer semana passada de forma natural, se é verdade que ela morreu de forma natural não sei, mas me deixa satisfeita saber que até o último dia de vida, ela ficou lavando banheiros.Tento não pensar na morte do meu pai, e nem que Guilherme seria capaz de fazer algo contra ele, sim, fiquei magoada com Guilherme alguns dias, mas entendi seus motivos e por nosso filho ele é capaz de tudo.Maurício me entregou o divórcio depois de alguns meses, e ele continua morando em Rio verde, não tenho como agradecer o grande amigo que ele se tornou, e essa é a prova que no ninho de cobras sempre tem alguém que vale a pena, e esse alguém é o Maurício._ Está pronta? — minha cunhada Lú
* Daniel *.Fazia um ano que não a via, um ano inteiro e isso era ruim demais, então quando falaram do casório do Guilherme eu fiquei feliz, ela ia vir, nois ia conversa, ia pedir desculpa e falar que gosto dela porque eu gosto.Ia explicar que não a vejo como as outras, que não era nada daquilo que ela estava pensando, sim, tô doido pra levar ela pra cama, sentir seu cheirinho grudado em mim, mas não sou nenhum cafajeste que vai ficar com ela hoje e esquecer amanhã, com ela não ela merece mais de mim, tô tentando mudar, aos poucos tô conseguindo, e sou doido em pensar que gosto daquela menina mais do que pensei gostar, isso era tão estranho.Comprei até uma camisa nova, dessas caras pra caramba, custa o zói da cara e se bobear até o rim, mas quis ficar bonito pra ela, e quem sabe ela ia me dar bola.Ela tava toda linda, um vestido de alcinha fina, comprido com um rasgo até a coxa, não sei pra que os vestidos tem de ter aquele rasgo, mas ela tava bonita, ainda mais quando apoiava o c
* Valentina *.Não sei daonde minha tia Maila tirou que era uma boa ideia trazer o César para a casa da minha mãe, sério nada contra o cara, ele é até legal, tem uma conversa interessante e me ajuda com os trabalhos do curso de administração, mas estou pensando em fazer zootecnia, e acredito que essa será a minha faculdade.Não sou besta e já percebi o jeito que ele me olha, querendo coisa que não vai rola, digamos que ele é aquele tipo de cara todo certinho, que quer namorar e casar, fofo isso é verdade, e não é feio ele tem seu charme, mas eu ainda tenho uma peste na minha cabeça que não me deixa pensar em abrir o leque de possibilidade e começar a experimentar o rodízio de linguiça como o Afonso diz.Já até tentei, duas vezes mais não fluiu, empaquei igual burro e, é porque na minha cabeça vem a mão daquela peste, passando na minha bunda, tocando a minha calcinha e beijando a minha boca. Aí que raiva dessa peste, que invade a minha mente.César não é ruim, e sei que minha mãe gost