* Guilherme *.Toda festa na fazenda é uma loucura, e o casamento do meu primo não seria diferente, minha irmã Lúcia veio de nova York e foi muito bom, ela e a mulher estão felizes e pretendem até adorar uma criança.Espero a festa ficar mais calma e tomo coragem de chamar o cunhado da minha prima, a esposa dele está grávida então ele fica sempre perto dela, cuidando._ Boa noite, Mohamed. — o chamo e ele me olha por um tempo, não temos muitas intimidades, isso é verdade, mas em um momento como esse, toda amizade é bem vinda._ Boa noite, Guilherme não é?_ É sim, eu gostaria de falar com você um minuto, poderia me acompanhar. — ele me olha como se estivesse analisando meu pedido._ Habiba, vá com Jamilah. Está muito tempo em pé, e Taís está grande, daqui a pouco eu volto. — ele beija sua mão e ela se afasta.A cada passo que eu dou, meu coração pula feito louco, não sou o tipo que encomenda a morte das pessoas, mas nesse caso o velho tem de bater as botas, para que eu posso trazer m
* Davi *.Depois do casamento do patrão eu tava bem de olho na loirinha sobrinha da patroa, ela é bunitinha, tem uma carinha de delicada tipo aquelas que mora na cidade e nunca pisou no mato.Mas só tem a cara mesmo, já que eu sei que ela mora lá num sítio não sei da onde, mas mora.Já tava inquieto um pé no outro pra chegar nela, o não eu já tinha e o máximo que eu podia levar era um tapa na cara, mas eu queria mesmo era o sim.Esperei a festa da, uma esfriada e a Valentina saiu de perto dela na hora de joga o tal buquê, nem sei pra que serve joga aquilo é um desperdício de flor, as coitadas é cortando e ainda são jogadas para um bando de doida se mata pra pegar.Mas eu dei foi risada da Valentina, ela que pego com um bico de tucano de uns dois metro, bem que eu vi meu irmão indo atrás dela, aquele ali é cego só ele não vê que tá de quatro pela criança que ele vive chamando.Aff criança, onde já se viu isso, ela já é quase mulher e o besta não abre o zói, ele vai perde já tô vendo t
* Magda *.Escuto barulhos, mas finjo dormir, sou boa nisso já fingi várias vezes só para Antenor não me tocar.Se eu amo ele? Claro que não, nunca amei.O conheci na faculdade, morava em Rio verde com meu irmão, e ficamos algumas vezes.Lá também conheci Amália, que se tornou minha amiga, ela era simples assim como eu e nos demos bem, mas sempre odiei isso, sempre odiei ser pobre, na primeira oportunidade meu irmão deu o golpe do baú e se casou com uma mulher rica, tiveram o Maurício, mas eu não encontrava nenhum ricaço pra mim, então recebi o convite de casamento da Amélia que tinha se mudado para Juara, eu nem sabia onde era isso, e por ser sua amiga me chamou para ser sua madrinha de casamento.Imagina a minha surpresa em ver Antenor como noivo, e depois descobrir a fazenda aonde ela iria morar com ele, não acreditei que ele era rico, ele nunca me falou nada quando ficamos juntos na faculdade, na verdade, às vezes ele parecia até mais pobre que eu.Eu merecia aquele lugar, e eu t
* Guilherme *.Com Gustavo nos braços fico apreensivo, como vou esconder da Rose que seu pai infartou por minha culpa? Minha não, da minha mãe que queria capar o velho.Sei que uma hora ou outra vou ter de abrir o jogo, pois esconder uma coisa dessa, não vou conseguir para sempre.Vejo a velha megera da Magda sair do escritório cuspindo fogo, que é capaz até de assar uma carne com seu hálito.Ela caminha em passos rápidos, até que para e se vira voltando em minha direção com um sorriso diabólico. Oque essa velha quer?_ Vejo que já conheceu meu netinho. — ela diz abrindo um sorriso e tenta passar a mão em Gustavo, mas não deixo, essa velha tem parte com o capeta._ Não toque em meu filho Magda._ Hã! Seu filho. — ela sorri de uma forma estranha._ O que você quer?_ Só vim te dizer que eu sei o que você e sua família fez ao meu querido marido. Eu vi tudo, até a hora que sua mãe o ameaçou com uma faca. — meu sangue gelou, ela tinha visto como assim tinha visto._ O que você quer com i
Saio em passos rápidos para dentro de casa, nem paro para falar com ninguém.Meu peito está acelerado, minha boca seca, e na minha cabeça o beijo dele outra vez, um lado meu queria continuar, já o outro me repreendia, "você não é qualquer uma para sair se entregando a um galinha como ele".Sim, eu não era qualquer uma, e ele tinha de entender isso, ele não ia me usar e depois me descartar como fazia com as outras._ O que deu em você, para entrar feito um furacão? — me assusto com a voz do Afonso em meu quarto, leva minha mão no peito o vendo em minha cama._ O que você está fazendo aqui? Pensei que estaria aos beijos com o marido da minha cunhada. — nossa disser isso em voz alta é muito estranho._ Ele é um gato, mas... eu fiquei com vergonha._ Oxi, vergonha do que? — pergunto com as mãos na cintura enquanto ele se senta na cama._ Não sei, apenas não consegui. E você porque tá assim, só o veneno em pessoa._ Não foi nada. — vou até a varanda e olho a lua._ Diga logo que eu sei que
* Guilherme *.Pensei muito sobre o que fazer com a Magda, aquela ali é cobra criada, e se eu deixar ela perto da Rose e do meu filho, ela pode querer fazer algo contra nós.E se eu cair na chantagem dela, sei que vou ficar preso em uma grande teia de aranha, não vou poder esconder a verdade da Rose pra sempre, um dia vou ter de contar que o pai dela morreu por minha causa, talvez ela fique brava comigo, mas não posso deixar isso escondido por muito tempo.Já são cinco da manhã, ela dorme calma em minha cama, enquanto meu filho está no bercinho do seu lado, meu primo me emprestou por uns dias, já que os seus filhos estão maiores.Deixo os dois ali e desço para tomar café, minha mãe está na cozinha com a tia Maila, precisamos de outra ajudante para minha mãe já que a Carla bateu as botas._ Dormiu bem filho? — minha mãe pergunta colocando o café em meu copo._ Não mãe. E preciso falar com a senhora lá no escritório. — ela me olha e olha para a tia Maila._ É muito sério?_ Muito._ En
* Rose *.Acordo de manhã e Guilherme não está, ainda fico envergonhada de ficar na sua casa desse jeito, tudo bem que fui muito bem recebida e dona Marina é uma mulher compreensível com a nossa situação. Mas mesmo assim ainda me sinto um peixe fora d'água.Desço para o café da manhã já são dez horas, depois que Gustavo nasceu nunca mais dormi uma noite de sono inteira, assim que chego na cozinha vejo Valentina ajudando uma das tias do Guilherme na cozinha, ela limpa as mãos no pano de prato e pega Gustavo do meu colo._ Cadê o sobrinho mais lindo da titia. — ela balança ele pro alto e ele sorri._ Você só tem ele de sobrinho. — Lúcia a irmã do Guilherme entra abraçada na namorada, ou esposa não sei, já que elas moram juntas._ Quando você vai me dar um sobrinho também. — Valentina pergunta e a namorada dela sorri._ Estamos vendo o processo de adoção, se tudo der certo ano que vem já temos uma filha, ou um filho para amar e cuidar._ Que ótimo, vou amar ser titia de novo._ Vocês vi
* Magda *.Minha cabeça dói demais, abro os olhos com dificuldade e quando consigo ver, estou em um colchão no chão, olho em volta e só vejo paredes e na minha frente aquele homem estranho da família desgraçada, sentado em uma cadeira.Ele sorri pra mim, assim que percebe que eu acordei, tento me levantar, mas olho em minhas pernas e estou acorrentada como um bicho._ Me solta, eu vou chamar a polícia, você me sequestrou. — digo com raiva e a porta se abre com outro homem entrando._ Fique calma cobra peçonhenta, você não é a primeira que sequestro._ Até minha irmã entrou nessa lista. — os dois conversa e se olha feio._ Não quero saber, me solta eu vou embora daqui. — ele joga um pano preto em minha direção e é horrível, aquilo mais parece um lençol comprido com um buraco para os olhos._ Vista, que vou te mostrar seu trabalho._ Está maluco, eu não vou trabalhar, eu não vou... — não termino de falar, pois ele tira uma arma e atira no chão, a poucos centímetros do meu pé._ O próxi