“Abigail Zapata”O Martim era uma caixinha de surpresas. Além de ter uma casa linda, ele ainda sabia cozinha. Bem, pelo menos fazia uma omelete divina. Mas ele era, em essência, um grosseirão depravado. É claro que ele tinha um corpo perfeito e que me deixou bem animada na noite anterior, mas eu não ia passar esse recibo pra ele. Então eu disfarcei logo, só não esperava pela reação dele.Ele estava entre as minhas pernas e esfregava o seu membro duro como pedra em mim. Aquilo era íntimo demais e me deixou com calor demais.- Me diz, insuportável, foi isso que você notou? – Ele estava olhando nos meus olhos, agarrado a minha cintura.- Martim! – Eu falei em tom de advertência.- Não adianta negar, insuportável. Eu também notei essas suas bochechas coradas e senti o calor escaldante entre as suas pernas, mesmo tendo camadas de roupas entre nós. E eu senti como as suas mãozinhas gananciosas se enchiam com o meu corpo.Ele levou uma das mãos a minha orelha, afastou o cabelo, deixando os n
“Martim Monterrey”Eu olhei para a Abigail e ainda estava com o telefone na mão tirando fotos, então eu rocei o meu nariz no dela, eu tive vontade de beijá-la, mas eu me lembrei de tirar outra foto e então ela me puxou e me beijou. Aí eu já não sabia mais o que tinha acontecido.O celular escorregou da minha mão para o tapete e quando eu me dei conta eu já estava me agarrando aquela doida da Abigail no sofá da minha casa, igualzinho a um adolescente louco pra transar e a garota negando. Isso era um retrocesso na minha vida. Mas ela era gostosa demais e beijava bem demais e aquelas mãozinhas gananciosas me deixavam louco.O estrago já estava feito, se o que eu teria essa noite seriam só uns amassos, então seriam os melhores amassos da minha vida. Eu deixei minhas mãos vagarem pelas suas coxas e quando cheguei à parte de trás dos seus joelhos eu os puxei para cima, deixando um de cada lado do meu quadril e me encaixando perfeitamente no seu corpo.Meus dedos estavam deslizando por sua p
“Abigail Zapata”Eu me olhei no espelho avaliando quanta maquiagem eu precisaria para cobrir todas aquelas olheiras. O fim de semana inteiro foi uma bagunça, mas terminar me agarrando com o Martim no sofá da casa dele foi o fundo do poço. Pelo menos depois daquilo ele me levou até o quarto de hóspedes e me deixou em paz.Claro, eu precisava reconhecer que ele havia sido gentil e atencioso comigo durante o fim de semana, assim como eu reconhecia que ele era um cretino gostoso que sabia como agradar uma mulher. Mas eu não entendia como ele podia me ler tão bem, como ele descobria coisas sobre mim assim, sem que eu precisasse contar.Mas agora não adiantava chorar pelo leite derramado, o Emiliano estava noivo daquela criatura abominável e eu sabia que ele jamais me veria como mulher, eu aceitei fazer um acordo com o Martim para salvar a minha herança e eu havia dado uns amassos com o Martim no sofá. Agora eu precisava focar no que teria que fazer para que essa história de casamento não d
“Martim Monterrey”Casar com a Abigail para conseguir destruir a Lanoy era uma loucura, mas quando o Tony sugeriu o casamento para o próximo sábado eu sabia que precisaria dar a ela um anel e para ser convincente teria que ser um anel especial. E aí eu tive uma idéia muito mais louca.Por isso, eu estava parado em frente ao cofre aberto, segurando a caixinha com o anel de noivado que pertenceu a minha avó. Ninguém duvidaria que esse casamento era pra valer. Era isso o que eu precisava fazer. Eu peguei o anel, fechei o cofre e voltei para a sala, posicionei o celular e me ajoelhei. Nós fizemos a cena, tiramos as fotos e agora era só postar e esperar a loucura começar.- Bom, meus jovens, eu preciso ir. – O Tony se despediu após o almoço. – Dou notícias pra vocês sobre a Lanoy. Nos vemos no sábado. Abigail, se prepare para encontrar a Magda, eu tenho certeza de que ela vai querer ver esse casamento e checar tudo.- Sério que eu preciso encontrar essa mulher? – A Abigail reclamou, ela re
“Abigail Zapata”A D. Yolanda, mãe do Martim, havia me contado tudo sobre a noiva que o abandonou no altar. Eu fiquei chocada com a história. Ela me contou também como o filho ficou arrasado e vendo a cara que ele fez quando eu toquei no assunto, eu percebi que isso era ainda uma ferida aberta. Se ele ainda amava a tal mulher ou não eu não tinha idéia, mas o assunto ainda era espinhoso para ele.Nós conversamos por um bom tempo, estabelecemos todos os pontos importantes. O Martim ficou responsável por resolver o assunto do casamento. Seria um petit comitê e um brinde após a cerimônia, apenas isso. Provavelmente seria feito no próprio cartório. Achei simpático ele se oferecer para preparar isso.- Bom, então é isso, Martim. Tudo está encaminhado. – Eu falei e estava pronta para me levantar.- Quase! Nós vamos precisar ficar uns dias fora. – Ele falou e eu olhei sem entender.- Uns dias fora? Por quê? Pra quê?- Lua de mel, coelhinha! Eu pensei que poderíamos ir pra casa de praia onde o
“Martim Monterrey”Eu estava em minha cama e não conseguia dormir, fiquei pensando em toda a loucura em que eu me meti. Eu sabia que quando a história do casamento se espalhasse seria uma confusão. Minha mãe adorava a Abigail e estava emocionada pensando que o filho finalmente tivesse deixado para trás a desilusão de ter sido abandonado no altar. Ela mal poderia imaginar a verdade por trás desse casamento.Mas a verdade é que a minha relação com a Abigail estava um pouco melhor. Eu não sabia por quanto tempo nós conseguiríamos não brigar, mas por enquanto os ânimos estavam menos acirrados.O problema é que depois que nós demos aquele showzinho na praia, fingindo que estávamos transando, eu estava meio obcecado por ela. Eu sonhei com ela todas as noites depois daquilo e mesmo quando não estava dormindo eu estava pensando naquilo e no cheiro dela. E aí nós demos uns amassos no sofá da minha casa e agora todas as vezes que eu olhava para aquele sofá eu sentia um calor subindo pela minha
“Abigail Zapata”Eu saí daquela cozinha mais depressa que um raio, subi as escadas correndo e fechei a porta e fiquei encostada ali, esperando o meu coração desacelerar. Mas o que estava acontecendo comigo? Eu detestava o Martim e ele me detestava, não tinha porque nós ficarmos nos beijando assim. Só porque ele era lindo e gostoso não era justificativa pra eu deixá-lo me agarrar desse jeito. Se bem que ele sabia como agarrar uma mulher.Eu nunca fiquei assim, toda afogueada por causa de um homem, ainda mais um que eu não suporto. Eu estava começando a pensar que esse ano que passaríamos casados seria muito longo.Eu reconhecia que ele tinha razão em muitas coisas que ele me disse, uma delas é que eu estava perdendo os melhores anos da minha vida esperando pelo Emiliano. Ah, mas ele não foi o primeiro a me dizer isso, o Tony já tinha me dito e o meu pai não se cansava de repetir a mesma coisa. E agora eu finalmente me dava conta de que meu amor jamais seria correspondido.Mas como se f
“Abigail Zapata”Eu estava olhando para o Martim como se pedisse socorro. Ao meu redor três mulheres Monterrey estavam animadas e ansiosas para comprar um vestido de noiva pra mim, enquanto ele apenas sorria.- Gente, mas eu não preciso de um vestido de noiva, vai ser tudo tão simples. – Eu percebi que precisava melhorar a minha desculpa ou isso poderia parecer uma ofensa. – Eu só quero um vestido branco, assim um pouco abaixo do joelho.- Ah, não, Abi! De jeito nenhum! Noiva tem que se vestir de noiva. – A Natália, a outra irmã do Martim, bateu o Martelo.- E você não vai tirar esse prazer de mim, vai? – A D. Iolanda perguntou com aqueles grandes olhos verdes, quase como se fosse começar a chorar. – É o meu primeiro filho a se casar e com você, que já é como uma filha! Ah, dá essa alegria para o coração de uma mãe.- Mas... – Eu estava perdendo para aquelas três. A D. Iolanda não tinha nada de boba, apelou para o sentimentalismo que eu não conseguia resistir.- Coelhinha... – O Marti