ALEX NARRANDO Agora era a hora da verdade, quando eu entrei em seu quarto tinha dois médicos e uma enfermeira. O meu pai estava acordado, com os olhos bem abertos, ainda estava respirando com ajuda de oxigênio, mas era pouca coisa. Colocaram mesmo para ele se sentir mais confortável, segundo os médicos falaram. — Bom dia a todos — meu coração estava a mil batimentos por segundos, eu e meu pai nos olhávamos. — Bom dia, Alex, estava vendo como o seu pai está evoluindo bem, agora mesmo estávamos aqui conversando com ele, falando como você vem aqui todo dia e ficava nessa cadeira conversando, mesmo sem saber se ele estava escutando. Isso foi muito importante para a recuperação dele, querendo ou não, o abraçar da família é algo primordial nessa hora. Agora vamos deixar vocês a sós. Mas não canse muito ele não, viu, cuidado aí com as emoções vocês dois. — Obrigado por tudo, doutor — eles sempre foram muito solícitos, desde o primeiro dia que vim ver o meu pai. — Não p
ALEX NARRANDO Fiquei esperando a sua resposta com uma certa ânsia, queria só ter a certeza que o que ele passava era mentira, que na verdade ele era um homem de família, mas a dor o transformou no que ele é hoje. — Amava muito, eles sempre foram muito presentes na minha vida, só desandou quando ele não aceitou sua mãe. Lá na Espanha, com o dinheiro que a sua avó me deu, eu iniciei um pequeno negócio, e aí as coisas que eu comecei a trabalhar pareciam que iam prosperar logo e ela já estava grávida quando chegamos lá. Quando soubemos ficamos radiantes e nem acreditamos que seriam gêmeos. — Então você amou saber que ela estava grávida de nós? — Aquilo ali era crucial. — Sim, sempre quis ser pai, ela era louca também para ser mãe. E aí vinha logo dois, foi algo que nos deixou em uma felicidade sem igual. — Entendi — eu ainda não vou perguntar algo mais direcionado, vou deixar ele terminar de contar. — Já estava bem perto de vocês nascerem, certo dia, ela saiu. Ness
AKIN NARRANDO Desde que a Jess saiu da minha vida que eu não soube mais dela. Afinal o nome dela não era na verdade Jess. Daí o porque que eu não consegui mais encontrá-la. Fui a Washington para falar com a sua mãe, eu só queria respostas. Afinal ela nunca me falou do pai, só que eles eram separados. Mas encontrei uma muralha intransponível, apesar de ser uma pessoa maravilhosa não quis me ajudar. Disso apenas para eu esquecer a Jess, que ela tinha falado para sobre as nossas brigas e aquilo foi um dos motivos também dela querer ir morar com o pai e aquilo me doeu muito. Ali naquele momento eu achei que mesmo que eu fosse atrás ela não me aceitaria. E fui tentar viver a minha vida se ela me amasse um dia poderia voltar, mas ela nunca mais voltou a me procurar. Voltei para Turquia pra tentar vê se essa dor diminuía em mim. Vim para cá porque recebi a proposta de um amigo médico daqui e eu queria fugir se todas as dores que dizia respeito à nossa relação. Então veio a Carmem,
CARMEM NARRANDO — Oi amor e aí como foi o encontro com o seu pai? fala logo que estou ansiosa para saber. - E estava mesmo, não tinha nada que ter dormido tanto. — Oi meu amor, te liguei, mas você não atendeu. Já é tão tarde ai. — Pois é, eu cheguei bem cansada fui tomar banho e em seguida coloquei o celular para carregar acabei apagando, como você sabe estava acabada de sono. Acordei agora e resolvi te ligar, ainda bem que nesse caso o fuso daí permite. — Mesmo que o fuso tivesse 15 horas ou 24 horas, não importava, para você eu estarei sempre, qualquer dia ou hora e local. Não importa. — Você sabe que para mim também né? não importa nada disso. Mas amor, me conta, como foi lá, sinto você leve, isso quer dizer que esse reencontro veio enfim para te trazer paz? - Queria logo que ele me respondesse. já estava meio tensa. — Amor, foi mais revelador do que eu imaginava, ele falou tudo sobre o porquê dos nomes falsos, falou tudo que naquele momento foi possivel
AKIN NARRANDO — Mas o que é isso aqui? que é você que está tão perto da minha noiva? e a senhora quem é? o que vocês estão fazendo aqui. — Antes de qualquer coisa, fale baixo que você está em uma UTI, segundo até onde se sabe foi você que provocou isso com a sua irresponsabilidade de beber e dirigir, portanto garoto não me irrita que eu não estou boa. — Quem a senhora é? e pensa que está falando com quem. - Dessa vez o idiota que é o noivo dela fala mais baixo. Eu preferi não falar nada, para não quebrar ele mais do que já estava, ele estava em uma cadeira de rodas, em uma de suas pernas tinha um aparelho de Ilizarov, que era um fixador externo em aço inoxidável. A fratura foi feia pelo jeito. — Eu não tenho que te dar satisfação, mas ela é minha filha, mas alguma pergunta? — Ah, a mãe fujona, sei e esse ai? quem é que estava ta… - Ela não deixa ele continuar. — Some daqui antes que eu peço ao Pietro para te tirar. — Quem tem que sumir daqui é a senhora qu
ALEX NARRANDO Acabei de falar com ela, e a saudade só aperta, mas estarei nos seus braços amanhã. Tenho tenho que ir a hospital, depois entregar uns projetos, e ir para o aeroporto. Acho que o meu pai já deve estar um pouco melhor. Estou torcendo por isso. E como é boa essa sensação de estar bem com ele. Liguei para Noemi e contei desse reencontro, ela também ficou muito feliz com tudo que eu e meu pai falamos. Fizemos uma chamada de vídeo para que eu pudesse ver o Ian, ele estava cada dia mais lindo meu Deus. Incentivei ela a vir ver o Peyton, mas ela falou que ainda não era o momento, e no momento oportuno ela vai sim. Então, não vou invadir o seu espaço. Sigo até o hospital, o meu tempo estava corrido devido à viagem. Mas antes resolvi outros assuntos pendentes até chegar lá. Eu já deixei tudo organizado em termos de segurança para ele, e o Sugg vai ficar de sobreaviso, devo estar voltando na quarta ou quinta. Quando chego no quarto dele e ele estava com um óti
ANNA NARRANDO. Você já foi forçado a fazer algo que não queria? Eu fui. Meu nome é Anna Contini, filha de Angelo Contini, o chefe da máfia. Acabo de completar 18 anos e, para minha surpresa, estou prestes a me casar com um homem onze anos mais velho que eu. Sim, onze anos. E claro, contra a minha vontade. Meu pai insiste que este casamento é necessário, uma forma de unir os clãs Contini e Mallardo e alcançar a tão esperada paz. Mas, sinceramente, isso não me convence.Tudo mudou na minha vida quando minha mãe morreu. Antes disso, eu era feliz, ou pelo menos achava que era. Minha mãe era a única capaz de controlar meu pai, fazer com que ele refletisse melhor sobre suas decisões. Desde que ela se foi, sinto que ele está perdido, tentando desesperadamente manter o controle, não apenas da máfia, mas de mim também. Agora, estou sendo usada como moeda de troca para uma aliança que nunca desejei.Na verdade, nem conheço meu noivo. Nunca vi uma foto, não sei absolutamente nada sobre ele, exc
ANNA NARRANDO.Depois de um tempo observando o mar, finalmente o navio atracou na ilha. Respirei fundo e caminhei lentamente ao lado da Tânia. Entramos no grande salão, e logo pude sentir os olhares sobre mim. Senti borboletas no estômago, prestes a ter um colapso nervoso.Avistei meu pai sentado em uma das mesas de jogos. Tânia foi falar com minha avó, e eu caminhei devagar até a mesa onde ele estava. Chegando perto, reconheci Eduardo Mallardo, a quem havia visto pessoalmente apenas uma vez e em algumas fotos na pasta do escritório do meu pai. Junto a ele estavam mais três homens, todos mais velhos, exceto dois que pareciam um pouco mais jovens. Um deles, até que era bem apresentável, tinha porte de atleta, olhos claros, cabelo bem penteado, parecia até um fantoche.Ao me aproximar da mesa, notei algumas mulheres por ali. Sabia bem o que estavam fazendo. Elas são usadas para distrair os jogadores e fazê-los perder. Uma das maneiras da máfia ganhar dinheiro, chamada exploração de jogo