ALEX NARRANDO Ao pegar aquele envelope meu coração estava a mil, tenho medo de constatar com esse resultado que vivi a vida toda numa mentira. Mas ao mesmo tempo, se eu realmente não fosse filho dele tudo estaria esclarecido o porquê dele me odiar tanto. — Ai está Alex, espero que o resultado traga verdades a você, o que precisar estarei aqui, agora tenho que ir que o meu plantão vai refender muito, tamanho a quantidade de coisas que tenho a fazer ainda. - Ela sorriu. — Muito obrigado Dra. Pamella, pela atenção e rapidez. - Realmente estou muito agradecido a ela, esses exames não saem assim tão rápidos. — Não precisa agradecer, a Carmem é uma grande amiga e pediu isso para mim falando que era muito importante para você. Agora preciso ir se vocês me derem licença. Até mais. - Ela despede e entra no laboratório e ficamos no hall de entrada que dava para o laboratório onde tinha uma recepção. — Vamos sentar ali naquele sofá- A Noemi me chama para sentarmos e a acompanho.
CARMEM NARRANDO Foi maravilhoso o dia que passamos na casa da Liza, estava com muita saudade disso, de rever todos. Depois da ligação do Alex eu sei que eu fiquei travada, mas que inferno viu, esse homem depois que entrou na minha vida ele consegue preencher todos os espaços vazios que eu tenho e não deixa espaço mais para nada. Voltamos para casa e o Akin veio junto, na verdade eu fui no carro dele. Ele não estava muito bem, estava tomando um antibiótico, teve uma infecção gástrica e entrou no antibiótico ontem, estava meio mole. Ficamos na sala conversando bobagem, jogando conversa fora, parecia que eu já tinha vivido aquela cena. Ai Deus deixa isso pra lá, eu não quero mais pensar nele. — Ei passa esse queijo aí por favor. - O prato estava perto do Ru, do nada quando fui pegar e colocar perto de mim, virei a taça de vinho na minha roupa, mas que droga. — Ai, como sempre desastrada - A karol levantou e foi pegar um pano e limpamos toda a sujeira que eu fiz . —
NOEMI NARRANDO Esses dias aqui ao lado do Alex me fizeram tomar atitudes que eu jamais pensei em tomar tão cedo. Não que isso não estivesse na minha mente. Era algo que sempre rondava meus pensamentos de uns meses para cá. Tinham coisas em mim que precisavam ser curadas, como existiam coisas em Alex que também precisavam. Eu não poderia mais suportar esse ônus, eu vivia bem com ele. Era bom o sexo, era maravilhoso como cuidávamos do nosso filho, mas estávamos esquecendo de algo maior, estávamos esquecendo de nós dois como indivíduos, estávamos apensa pensando no coletivo. Não estamos vendo as nossas vontades pessoais, e isso na frente poderia ser muito doloroso, acho que ficamos juntos no momento que tínhamos que ficar, mas agora precisávamos viver, não só para o Ian, precisávamos buscar o que faltava em nós. Não foi fácil dizer para ele, principalmente porque naquele momento ele estava muito sensível por causa do pai. Todo aquela avalanche de informações desencontradas q
CARMEM NARRANDO Eu não acreditei quando vi na minha frente a Noemi e o Ian. Não posso negar que fiquei tensa, não esperava. Aí como ele era fofo. Era a cara do Alex com os olhos da mãe. Ainda bem que parecia que ele não tinha nada de sério, mas não gosto que crianças saiam sem que antes eu faça pelo menos um exame de sangue. Ele começou a brincar com um Bob esponja que eu tenho no meu crachá e uso justamente para eles ficarem entretidos e me deixem trabalhar. Quando percebi que ele estava gostando muito, resolvi ir a minha sala pegar um para ele. Sempre compro vários bichinhos para os meus bebês. Voltei para sala e a bolinha estava quieta deitado na maca enquanto a Noemi passava a mão na sua barriguinha e conversava com ele, ele pega em seu cabelo. — Olha a tia de volta, olha o que ela trouxe para você. - Eu tinha colocado por trás do meu corpo e mostrei a ele um Bob Esponja que fazia barulho ele abriu um sorriso e estendeu as mãozinhas. Coisa mais fofa meu Deus. — Olh
MIKHAIL MIKHAILOV Nesses últimos meses as coisas não têm sido fáceis, a guerra entre as organizações dentro da São Petersburgo tem me enlouquecido e mais ainda porque os nossos aliados têm recebido informações de dentro da minha própria organização. Eu vou descobrir que está me traindo e não vai sobrar dentes, dedos, pernas tão pouco a cabeça para se contar a história. Eu inclusive já matei pessoas inocentes, torturei 2 até a morte só para servir de exemplo para os outros, aqui quem manda sou eu, e se não andar sobre as minhas regras morre fácil. Como se não bastasse isso, o meu filho mais novo tem me tirado do sério. Ele tem 25 anos e tem feito uma burrada atrás da outra. Eu não sei o que esse idiota pensa que é, aqui quem manda sou eu. Só não torturo porque aprendi com meu pai que família não se toca, no caso a minha, não a dos outros. Eu estou de olho em uma família, que preciso destruir, venho começando a fazer de forma lenta, mas quero destruir um por um. Maldit
ALEX NARRANDO Fico olhando para a mensagem sem saber o que responder, fica martelando na minha cabeça o que falar sobre isso, e ao mesmo tempo eu não sei se devo responder.. "Soube que você se separou, imagino que tudo ai deva estar complicado, como se já não bastasse toda problemática do seu pai. Mas espero que você fique bem, nem sempre temos tudo que queremos na vida. Um beijo “ Queria responder para ela, então digitei “ Verdade, nem sempre temos tudo que queremos e uma das coisas que mais quero nada vida é você, mas infelizmente estamos separados por burradas minhas e suas. Resolvo apagar e não mando nada. Enquanto a minha vida estiver desse jeito de ponta cabeça, eu não posso me permitir . Eu não quero que ela fique exposta, como eu já estou com a Noemi e meu filho. Não sei o que isso tudo nos aguarda, então enquanto não resolver as coisas vou me segurar. Deito e tento dormir. Acordo muito cedo, e uma coisa não sai da minha cabeça, eu não poderia deixar
AKIN NARRANDO Esses últimos dias tem sido bem pesado no hospital, mas pelo menos uma coisa estava indo bem, a minha relação com a Carmem, ela é uma pessoa maravilhosa, encantadora mesmo, sinto-me bem demais quando estou ao seu lado. Sei que ela gosta de outro cara, e quem falou que eu não gosto de outra? Eu só não gosto de falar muito com as pessoas porque aquilo não me faz muito bem. Eu sei que eu tinha um temperamento muito forte, eu venho de uma família turca tradicional, na verdade meu pai é turco, mas a minha mãe é americana, e por conta disso eu morria de vontade de estudar nos EUA. Os meus avós moravam em Miami e quando eu falei do desejo de ir para lá estudar medicina, o meu pai não gostou muito, mas a minha mãe como médica me apoiou em tudo e fui seguir o meu sonho. Estudei na Universidade de Miami e lá conheci a garota mais petulante que se poderia imaginar, ela tinha a resposta para tudo nessa vida. Ela entrou cerca de 2 anos depois que eu estava lá. De cara nã
CARMEM NARRANDO Entrei no elevador com o coração aos pulos, foi incrível essa nossa conversa. Claro que eu sempre soube do amor do Alex por mim, mas o fato dela me contar toda a dimensão disso foi surpreendente e ao mesmo tempo me faz olhá-lo com um amor maior do que eu já senti na vida, e percebo a grandeza que tudo isso tem em mim. Quando saio do prédio eles já estavam lá me esperando. Entro no carro. — Oi, meus amores, eu já tinha falado que eu poderia ir de táxi. - não gosto de dar trabalho a ninguém. — Ué, mas eu sou o seu motorista particular desde que você tinha uns 15 e nosso pais passaram a deixar você às vezes ir sozinha a umas festinhas nas casas de de suas amigas, cujo os pais era amigos deles né, caso contrario não ia.- Era verdade, tinha motorista para fazer isso, mas o Ru queria ir levar e buscar, ele sempre foi muito cuidadoso. — Até parece que você só por ir. Amiga, ele ia porque tinha ciúmes mesmo, ficava às vezes um pouco nas festas só para sondar