Quando a porta foi fechada atrás de Hunter, Aurora se afastou abruptamente do homem e passou a mão na boca, limpando.— O que pensa que estava fazendo? — ela perguntou com raiva.— Só estou dançando conforme a música, querida — Hunter zombou. — Agora vai me explicar o que aconteceu? — Ele se aproximou novamente de Aurora, fazendo-a se sentir intimidada. — Sua fã, louca e obcecada armou para mim. Era para eu estar naquele quarto enquanto ela estivesse aqui com você.Hunter ainda não estava raciocinando direito, o que deixou Aurora ainda mais irritada. Quando ele percebeu a gravidade da coisa toda, seu semblante ficou preocupado.— Foi ele quem te machucou? — O quê? — Aurora perguntou, confusa.— Tenho notado sua mão direita desde que acordei. Está machucada. Foi o homem que a levou para o quarto que fez isso?Aurora escondeu a mão imediatamente, não queria que ele visse. — Foi um acidente, esquece isso.— Não. — Hunter a parou. — Jamais deixarei que outro te machuque.Aurora sentiu
Apesar da vitória conquistada sobre Helena, o coração de Aurora ardia de raiva em relação a James. Hunter havia partido em uma viagem de negócios logo após retornarem para casa, sem dar explicações detalhadas sobre como lidou com o problema na Filadélfia, deixando-os sozinhos e com um sentimento de abandono.Aurora suspeitava profundamente que seu noivo fazia isso de propósito, apenas para testar se seu "cachorro fiel", como ela se referia a James em comparação a ele, ainda estaria vivo quando ele voltasse.Aurora se recusava a dar o gosto a qualquer um dos dois de chamá-la de assassina ou traidora, mas a sensação de traição e ressentimento a consumia. Determinada a evitar qualquer encontro com James, ela decidiu manter-se ocupada e distante. Mergulhou de cabeça em suas responsabilidades com o casamento e a faculdade, dedicando-se a questões acadêmicas, reuniões com a empresa de buffet e aprimorando suas habilidades diplomáticas.Não que ela estivesse realmente interessada em se casar
Aurora estava exausta. A prova do vestido havia demorado mais do que ela havia imaginado. O cansaço a envolvia, e ela ansiava por uma tarde tranquila de descanso. Porém, algo estava prestes a interromper sua paz. Enquanto caminhava pelo corredor em direção ao seu quarto, um cheiro estranho alcançou suas narinas, despertando sua atenção. Era um aroma metálico, levemente adocicado, mas nada familiar.Confusa e um pouco preocupada, Aurora parou no meio do corredor, observando os cômodos ao seu redor. Foi então que os primeiros estalos ecoaram, seguidos por ruídos de objetos sendo quebrados. O coração dela disparou, e a adrenalina começou a percorrer suas veias. Algo terrível estava acontecendo.Sem saber ao certo o que fazer, Aurora correu até seu quarto, buscando abrigo e segurança. Antes que pudesse assimilar completamente a situação, a porta do quarto foi aberta bruscamente, e um homem entrou apressadamente. Era James, e seus olhos refletiam urgência e determinação.— Rápido, Aurora
Juntos, eles conseguiram alcançar a porta dos fundos, onde um carro preto os aguardava, com o motor ronronando suavemente. A luz do luar banhava o veículo, dando-lhe um brilho misterioso. O ar estava carregado de tensão, e James olhou por um momento para além do limiar, hesitando por um instante, sabendo que lá fora também era um terreno perigoso. No entanto, não havia outra opção senão enfrentar o desconhecido.Com um olhar decidido, ele puxou Aurora para fora da casa, fechando a pesada porta atrás deles com um estrondo abafado. O som da destruição e dos gritos furiosos desaparecia gradualmente enquanto se afastavam. Correram pelo jardim, suas respirações entrelaçadas, até alcançarem o carro que esperava pacientemente.A porta do carro se abriu com um rangido, revelando o interior escuro e convidativo. James conduziu Aurora para dentro, segurando-a firmemente pela mão, e logo se acomodaram nos assentos de couro frio. O motor rugiu quando James deu a partida, e o veículo arr
Aurora estava impossibilitada de encontrar o sono. Noites insones se tornaram sua companhia constante, despertando sobressaltada como se a qualquer momento um intruso pudesse arrombar a porta do seu quarto e atentar contra sua vida. Nesse momento, Hunter já havia retornado ao país, provavelmente já estava em casa. No entanto, essa informação permanecia um mistério, pois Aurora não possuía mais seu telefone e não sabia de cor o número de Hunter.A noite anterior foi como um mergulho em um pesadelo assombroso. James a levou a uma cabana isolada no meio de uma floresta, permitindo que ela descansasse no único quarto disponível. Porém, ela não conseguia encontrar tranquilidade. A cada vez que fechava os olhos, a sensação de que uma presença ameaçadora invadia a vulnerável morada tomava conta de sua mente.Um leve batido ecoou na porta.— Aurora! Você está acordada?Aurora abriu a porta e para sua surpresa deparou-se com Hunter parado ali. Ao ver a jovem assustada dentro do quarto, ele não
Aurora estava radiante por finalmente sentir-se livre do controle de Hunter, embora ainda não compreendesse completamente as razões por trás de sua decisão. Agora ela tinha a chance de ser feliz ao lado do homem que amava, e o melhor de tudo: seu pai não poderia mais repreendê-la por essa escolha, pois com o rompimento do noivado, Hunter teria que indenizá-lo com uma fortuna em milhões de dólares. Essa perspectiva encheu Aurora de alívio e satisfação.Ao chegar em casa, ela seguiu direto para o seu quarto, buscando um merecido descanso sob a proteção dos guardas contratados por seu pai. Somente após dois dias, Aurora decidiu finalmente sair e ir até a mesa do café. Para sua surpresa, seu pai não estava em casa, o que significava que ela teria alguns dias extras sem repreensões e reclamações. No entanto, Edwin, seu irmão, estava presente, e por isso ela estava ansiosa para compartilhar a primeira refeição do dia com ele.Embora Aurora conhecesse Edwin apenas superficialmente, já que el
Hunter saiu do quarto, determinado a desvendar o mistério por trás dos estranhos eventos que aconteceram naquela noite. Com passos firmes, ele deixou Aurora aos cuidados de James e se dirigiu ao escritório do gerente do local de semblante sério e autoritário.— Preciso das imagens das câmeras de vigilância — Hunter solicitou, com uma expressão séria. O gerente pareceu um pouco surpreso, mas não questionou o pedido, afinal aquele era o homem que praticamente financiou todo o evento do dia anterior.— Claro, senhor. Posso perguntar o motivo? — indagou o gerente, enquanto buscava pelas imagens em seu computador.Hunter olhou para as telas, buscando seu alvo e ignorando o gerente. Seu coração deu um salto ao ver a mulher de cabelos claros, Aurora, desferindo golpes poderosos em um homem que a acompanhava. Os olhos de ambos estavam injetados de pura raiva. Era como se Aurora estivesse possuída por uma força sobrenatural.— O que diabos aconteceu aqui? — sussurrou Hunter, totalmente perpl
A viagem de Filadélfia até Dallas prometia ser repleta de desafios e emoções que se estenderia por, no mínimo, 15 horas. Hunter sabia que precisaria reunir sua equipe e fazer todos os preparativos necessários antes de partir rumo ao encontro do homem audacioso que ousara tocar em sua noiva. Antes de colocar o pé na estrada, ele fez algumas ligações cruciais, entre elas uma que se revelou particularmente importante: entrou em contato com seu investigador de confiança e compartilhou com ele todos os detalhes chocantes que havia presenciado nas imagens, uma descoberta totalmente incoerente com tudo o que havia sido desvendado sobre Aurora ao longo de meses de investigação.— Eu quero saber absolutamente tudo sobre ela. Desde suas primeiras ações ao acordar até o último suspiro antes de dormir, a partir do último ano do ensino médio — exigiu Hunter, sua voz transbordando de determinação.O investigador ficou surpreso com a requisição e tentou argumentar: — Mas senhor, eu já lhe disse ant