Juntos, eles conseguiram alcançar a porta dos fundos, onde um carro preto os aguardava, com o motor ronronando suavemente. A luz do luar banhava o veículo, dando-lhe um brilho misterioso. O ar estava carregado de tensão, e James olhou por um momento para além do limiar, hesitando por um instante, sabendo que lá fora também era um terreno perigoso. No entanto, não havia outra opção senão enfrentar o desconhecido.Com um olhar decidido, ele puxou Aurora para fora da casa, fechando a pesada porta atrás deles com um estrondo abafado. O som da destruição e dos gritos furiosos desaparecia gradualmente enquanto se afastavam. Correram pelo jardim, suas respirações entrelaçadas, até alcançarem o carro que esperava pacientemente.A porta do carro se abriu com um rangido, revelando o interior escuro e convidativo. James conduziu Aurora para dentro, segurando-a firmemente pela mão, e logo se acomodaram nos assentos de couro frio. O motor rugiu quando James deu a partida, e o veículo arr
Aurora estava impossibilitada de encontrar o sono. Noites insones se tornaram sua companhia constante, despertando sobressaltada como se a qualquer momento um intruso pudesse arrombar a porta do seu quarto e atentar contra sua vida. Nesse momento, Hunter já havia retornado ao país, provavelmente já estava em casa. No entanto, essa informação permanecia um mistério, pois Aurora não possuía mais seu telefone e não sabia de cor o número de Hunter.A noite anterior foi como um mergulho em um pesadelo assombroso. James a levou a uma cabana isolada no meio de uma floresta, permitindo que ela descansasse no único quarto disponível. Porém, ela não conseguia encontrar tranquilidade. A cada vez que fechava os olhos, a sensação de que uma presença ameaçadora invadia a vulnerável morada tomava conta de sua mente.Um leve batido ecoou na porta.— Aurora! Você está acordada?Aurora abriu a porta e para sua surpresa deparou-se com Hunter parado ali. Ao ver a jovem assustada dentro do quarto, ele não
Aurora estava radiante por finalmente sentir-se livre do controle de Hunter, embora ainda não compreendesse completamente as razões por trás de sua decisão. Agora ela tinha a chance de ser feliz ao lado do homem que amava, e o melhor de tudo: seu pai não poderia mais repreendê-la por essa escolha, pois com o rompimento do noivado, Hunter teria que indenizá-lo com uma fortuna em milhões de dólares. Essa perspectiva encheu Aurora de alívio e satisfação.Ao chegar em casa, ela seguiu direto para o seu quarto, buscando um merecido descanso sob a proteção dos guardas contratados por seu pai. Somente após dois dias, Aurora decidiu finalmente sair e ir até a mesa do café. Para sua surpresa, seu pai não estava em casa, o que significava que ela teria alguns dias extras sem repreensões e reclamações. No entanto, Edwin, seu irmão, estava presente, e por isso ela estava ansiosa para compartilhar a primeira refeição do dia com ele.Embora Aurora conhecesse Edwin apenas superficialmente, já que el
Hunter saiu do quarto, determinado a desvendar o mistério por trás dos estranhos eventos que aconteceram naquela noite. Com passos firmes, ele deixou Aurora aos cuidados de James e se dirigiu ao escritório do gerente do local de semblante sério e autoritário.— Preciso das imagens das câmeras de vigilância — Hunter solicitou, com uma expressão séria. O gerente pareceu um pouco surpreso, mas não questionou o pedido, afinal aquele era o homem que praticamente financiou todo o evento do dia anterior.— Claro, senhor. Posso perguntar o motivo? — indagou o gerente, enquanto buscava pelas imagens em seu computador.Hunter olhou para as telas, buscando seu alvo e ignorando o gerente. Seu coração deu um salto ao ver a mulher de cabelos claros, Aurora, desferindo golpes poderosos em um homem que a acompanhava. Os olhos de ambos estavam injetados de pura raiva. Era como se Aurora estivesse possuída por uma força sobrenatural.— O que diabos aconteceu aqui? — sussurrou Hunter, totalmente perpl
A viagem de Filadélfia até Dallas prometia ser repleta de desafios e emoções que se estenderia por, no mínimo, 15 horas. Hunter sabia que precisaria reunir sua equipe e fazer todos os preparativos necessários antes de partir rumo ao encontro do homem audacioso que ousara tocar em sua noiva. Antes de colocar o pé na estrada, ele fez algumas ligações cruciais, entre elas uma que se revelou particularmente importante: entrou em contato com seu investigador de confiança e compartilhou com ele todos os detalhes chocantes que havia presenciado nas imagens, uma descoberta totalmente incoerente com tudo o que havia sido desvendado sobre Aurora ao longo de meses de investigação.— Eu quero saber absolutamente tudo sobre ela. Desde suas primeiras ações ao acordar até o último suspiro antes de dormir, a partir do último ano do ensino médio — exigiu Hunter, sua voz transbordando de determinação.O investigador ficou surpreso com a requisição e tentou argumentar: — Mas senhor, eu já lhe disse ant
Hunter estava exausto, mas havia um brilho de satisfação em seus olhos. Passara as últimas vinte e quatro horas dedicado a ensinar uma lição a David Parker, não parando até que suas mãos que tocaram Aurora se tornassem completamente inúteis. A intensidade de sua missão ia além do senso de dever; algo dentro dele o impelia a prosseguir sempre que imaginava a jovem à mercê daquele homem. Com frequência, encontrava-se mergulhado em pensamentos sobre ela, sobre o pulso machucado e o vídeo perturbador que testemunhara.Aurora, uma vez uma garota assustada, havia se transformado em uma verdadeira guerreira em sua luta pela vida. Nada parecido com a mesma jovem que estivera ao seu lado um mês atrás, desprovida de habilidades de autodefesa. "Pode ter sido a adrenalina", ponderou Hunter enquanto terminava de abotoar a camisa, seu olhar vagando pelo horizonte. Fitou o telefone e visualizou as imagens captadas pelas câmeras de sua residência. Era inconcebível que aquela garota delicada, machuc
— Precisa de um médico, está gravemente ferido — o segurança falou enquanto os guiava para longe da carnificina.— Estou bem, é apenas superficial — Hunter respondeu com dificuldade. — Leve-me até James.O segurança não podia recusar uma ordem direta, então obedeceu. Dirigiu por horas até chegarem em casa, onde viu outra carnificina. Empregados mortos e feridos, o local destruído e poucos homens intactos.— O que aconteceu aqui? — o segurança perguntou assim que encontrou um dos seus colegas.— Fabian nos traiu. A casa foi atacada. A senhorita Aurora conseguiu escapar, mas… — ele parou, criando um suspense na área.— Continue — Hunter falou, sentindo que algo muito ruim estava para acontecer.— Uma cópia de todos os seus dados foi levada. Ao seu lado sua noiva não estará mais segura, senhor.Aquelas palavras ficaram na mente de Hunter. Aurora não estaria mais segura em suas propriedades, então como ele cumpriria o acordo?— Onde ela está? — ele perguntou com o coração acelerado, o me
Hunter estava melhor, ainda sentia dor, mas o trabalho tinha que continuar. Pensando nisso, pegou alguns dias de licença no hospital e refez todo o planejamento de seguranças, depósitos e datas. Remarcou todas as encomendas nacionais e dobrou a segurança das internacionais. Suas cargas eram valiosas demais para serem perdidas.Ainda assim havia uma coisa que ele não podia perder. Um pendrive com uma informação muito importante estava em sua posse, mas Hunter não confiava em mais ninguém além de James para guardar.O segurança, no entanto, procurou vários meios de guardar o pendrive em segurança, mas sabia que em todos os lugares que procurasse não teria sucesso, até que teve uma ideia genial.— Você fez o que? — perguntou Hunter quando James contou a ele o que fez.— O carro era dela, afinal, não? — o loiro respondeu abrindo uma cerveja. — Acredite, conheço Aurora muito bem e ela cuidará muito bem dele, logo suas informações estarão bem protegidas.Hunter suspirou. James era bom no qu