Com a adrenalina ainda correndo em suas veias, James a guiou até o carro e rumaram para a universidade em alta velocidade. Ao chegar, ele virou-se para ela. — Fique aqui. Não corra riscos desnecessários. Megan assentiu, observando enquanto James corria para dentro do prédio. Minutos depois, uma explosão sacudiu o edifício. O vidro do carro de Megan tremeu, e seu coração parou por um segundo. Então avistou a irmã, um pouco atordoada perto da entrada do prédio. — Megan! — Aurora! O que está fazendo aqui? — Eu… Então disparos foram ouvidos em direção às duas. Megan puxou a irmã para baixo, fazendo um escudo, então a arrastou para um lugar mais seguro. — Onde estão as chaves do carro? — Com James, ele foi atrás de você! — Vamos, temos que encontrá-lo! As duas correram para dentro do prédio em caos. Fumaça e detritos por toda parte, mas Megan manteve o foco. Gritos e sons de tiros preenchiam o ar. Finalmente, encontraram James, caído no chão, sangue manchando sua camisa.
Matt se aproximou dela e notou suas mãos sujas de sangue. Ele a puxou para um abraço apertado, sussurrando palavras de conforto. — Você fez sua parte, Megan. Agora deixe que cuidem dele. Ela assentiu, mas os olhos fixos em James sendo levado para dentro do galpão revelavam sua angústia. Eles entraram logo atrás da equipe médica, onde o médico já estava preparando os instrumentos. — O estado dele é crítico — o médico disse, sem tirar os olhos de James. — Vamos fazer tudo o que pudermos, mas as chances são baixas. Megan sentiu as pernas fraquejarem, e Matt a segurou mais firme, guiando-a para uma cadeira. — Vai ficar tudo bem, a Barbie é forte — Matt disse, usando o apelido que usava para provocar James pelos logos cabelos loiros, embora a preocupação em seus olhos traísse suas palavras. Megan deixou a cabeça cair sobre os ombros do amigo, lágrimas escorrendo silenciosamente pelo rosto. — Eu não posso perdê-lo Matt. Não agora que está tudo entrando nos eixos entre nós. Matt a
Hunter se aproximou dela e viu que não havia nem sombra daquela garota assustada que ele havia visto naquela manhã. — O que está fazendo aqui, Aurora? — ele perguntou, desconfiado. — Como conseguiu sair de casa? Aurora o ignorou. — Como ele está? Hunter entendia a preocupação nos olhos dela. James era, para falar a verdade, o amor da vida de Aurora e ela era o amor da vida dele. Ele entendia a genuína preocupação de sua esposa. — A situação dele é um tanto complicada, eu consegui conter o ferimento e a hemorragia, mas preciso que ele lute com todas as forças que ele tem para se recuperar durante a noite e amanhã podermos tirá-lo daqui. Aurora deixou escapar uma lágrima. — Mas por que só amanhã? Por que não agora? — Tente se acalmar e reze, se você for religiosa. Agora você não me respondeu, como saiu de casa? Aurora então encarou com um olhar de desafio. — Acha mesmo que eu não conseguiria sair? Hunter a olhou desconfiado. — Você não está mais com medo de mim?
Matt assentiu e foi ficar perto de Aurora. Hunter acompanhava James com total prioridade. O amigo estava bastante ferido e ele não sabia o que tinha acontecido. Seja lá qual fosse o segredo que ele e Aurora estavam escondendo, tinha a ver com o outro homem ali naquela sala, e ele não gostava nada disso, porque suas duas pessoas mais importantes não confiavam nele. Hunter não pensou nisso por muito tempo, não podia deixar as emoções vazarem agora que Aurora estava precisando de cuidados e de um marido que seja gentil. James estava lutando para sobreviver e ele teria que ser forte pelos dois, Casino loiro não conseguisse. Quando deu meia-noite, Matt foi até ele. — Descanse doutor, você não está nada bem. — Obrigado. Hunter foi até Aurora e sentou. Ela tinha a cabeça apoiada na parede e cochilava. — Aurora — ele chamou baixinho. Aurora abriu os olhos devagar, ainda sonolenta, mas ao mirar os olhos azuis, perguntou: — Tudo bem? — Não se preocupe, ele vai ficar bem. Apenas tenh
Aurora abraçou o amigo e esperou. Muito tempo depois Hunter saiu de um corredor, seu jaleco tinha uma mancha de sangue e ele parecia cansado. Seu semblante estava sério, talvez até triste. — Então, como ele está? — Aurora pulou do sofá e foi até ele. Hunter primeiro olhou para Matt e depois para Aurora. — Nós precisamos conversar. — Por favor, não me diga que... — Aurora sentiu as lágrimas caírem e seu coração apertar. — Não… Por favor, não. Hunter pegou em sua mão e a levou até o sofá, onde se sentou ao seu lado. — Ele ainda está vivo, mas está muito debilitado. Nós tentamos de tudo, mas as chances dele são mínimas. Eu quero que você prepare seu psicológico, querida. Aurora chorou ainda mis. — Eu sei que esse é um momento muito difícil, querida, e eu juro que estou fazendo o possível para salvá-lo e não vou desistir enquanto eu puder fazer qualquer coisa para manter seu coração batendo. Aurora o abraçou. — Obrigada. Eu sei que está fazendo o que pode. — Como eu
— Eu posso vê-lo? Aurora perguntou assim que ele chegou no quarto de novo. — Claro, vamos lá. Aurora e Hunter foram até o quarto em que James estava, ligado a máquinas e ela não conseguia entender o que é que havia acontecido. Não demorou muito e Matt chegou com as bolsas de sangue. — Eu trouxe apenas isso, não consegui mais. — Ele abriu a caixa térmica e mostrou as duas bolsas. — Tudo bem, é o suficiente por enquanto. Aurora, eu preciso que você saia agora. Aurora foi para o quarto em que ela e Hunter estavam. Agora que as coisas estavam mis amenas, era hora de mandarbmensagem para a sua irmã. “Como você está?” Mag respondeu depois de um tempo: “não se preocupe comigo, eu vou superar. Como está James?” Aurora pensou bem no que responder. “Ele está vivo ainda. Avise a Christopher, por favor. Não o deixe preocupado.” “Ele está preocupado, se sente muito culpado pelo que aconteceu”, Meg não demorou a responder. Aurora pensou que a culpa era realmente de Christ
— Ele está vivo — ela falou, sorrindo. — Sim, Aurora, ele está vivo — Hunter devolveu o sorriso. Então ela o abraçou forte e Hunter grunhiu. — Ah, me desculpe. Está doendo muito? — Não se preocupe querida, sei que está feliz — então Hunter a beijou novamente. Aurora retribuiu o beijo, sentia as famosas borboletas no estômago e era incrível, principalmente porque estava muito feliz por James estar vivo. — É impressão minha ou ele não estava te reconhecendo? Aurora então mudou um pouco a expressão. — Eu não percebi — ela disse. Você acha que ele não me reconheceu? — Ele não perguntou quem é você, não acho que seja isso. — Talvez estivesse surpreso por me ver ali. Talvez estivesse apenas desorientado. — Não, Aurora. Ele sabe... Mas e como se não sabesse… — Hunter tentava formular as palavras em seu pensamento para poder repeti-las em voz alta. — É como se perguntasse quem é você mesmo sabendo quem é. Aurora então engoliu em seco. — Bom, você é o médico, não sei
Conforme os dias passavam, James tinha uma boa melhora e logo já estava perambulando pela casa. Ainda não estava de serviço, então na maior parte do tempo, ficava com Aurora, muitas vezes vendo-a estudar até ficar exausta e dormir por cima dos livros. — Deveria descansar, não vai aprender nada sob estresse — ele falou, certa noite, ao observá-la travar uma verdade luta com um livro que, segundo ele, poderia ser usado como uma arma. — Eu sei, é só que esses professores estão me deixando maluca com tanto conteúdo e prazos tão enxutos. James foi até ela e, tomando o enorme livro de sua mão, dobrou a página em que ela estava e o fechou. — Pode pedir para ir mais devagar, não vão negar isso a você. Por que a pressa? — James — Aurora sorriu, levantou, tomou o livro de sua mão, o colocou de volta na mesa e abraçou seu pescoço —, querido, somos uma família agora. Hunter salva nossas vidas arrancando e costurando nossos pedaços, você está sempre se colocando em risco por nós, e eu precis