Aurora sorri ao ouvir a voz do amigo, e por saber que ele está indo visitá-la.— Edu, não acredito, você disse que ia para França, desistiu?— Claro que não, eu irei para Itália e depois volto para casa, tive alguns problemas com meu pai e preferi não ir agora. — Eduardo fala e Aurora suspira.— Ele ainda quer que você assuma o lugar dele, não é? — Ela pergunta quando entra em seu quarto e se joga na cama. — Foi o que ele sempre quis mon chéri, mas não vamos falar de mim e sim de você, que história é essa de casar?— Como ficou sabendo?— Eu te liguei ontem, e seu querido noivo que atendeu.— O quê? Eu não sabia que você tinha ligado.— Posso saber porque você não tinha me contado ainda?— Aconteceu muita coisa ao mesmo tempo, mas quando você chega? Vou te buscar no aeroporto.— Vou chegar aí só a noite, aliás neste momento tenho que embarcar, até a noite mon amour.— Até, meu francês. — Ela diz e eles encerram a ligação. Aurora está deitada em sua cama perdida em meio aos pensament
Matteo suspira irritado após esperar alguma resposta e não receber nada além de silêncio.— Você é mudo porra? — Ele esbraveja e escuta um choro baixinho, e rapidamente a ligação cai..— Brigando sozinho Don? — Aurora fala se aproximando do moreno que está com os braços apoiados no balcão da cozinha.— Don? Anda pesquisando sobre a minha vida ragazza?— É justo que eu saiba sobre o meu futuro, não? De qualquer maneira eu não sou burra Matteo, sei que quando casarmos você irá assumir a máfia e eu serei nomeada "primeira dama". — Ela diz fazendo aspas com as mãos. — Apenas títulos queridinha, você será apenas a mulher do Don, e nada mais, me acompanhará em eventos da máfia e da empresa, cuidará de nossa casa e filhos, como uma esposa obediente. — Ele fala sarcástico e Aurora solta uma risada de deboche.— Eu não vou parar a minha vida para ficar trancafiada em casa, só para você ficar sabendo eu estou quase me formando e não vou abrir mão dos meus estudos e de trabalhar.— Ruiva você v
Aurora continua em silêncio, esperando uma reação do amigo.— Você não vai dizer nada?— Estou esperando você dizer que está brincando com a minha cara. — Ele fala, incrédulo.— Queria eu que fosse brincadeira, Edu. Meu pai assinou um contrato de casamento.— Isso é inacreditável. E o seu irmão?— Lorenzo tentou me ajudar. Quando liguei, perguntando se poderia ir encontrar com você, achei que estivesse na França.— Eu iria apenas para te encontrar, mas como você não foi, eu também não fui. Meu pai continua querendo me obrigar a assumir a empresa dele.— Entendo. Eu tentei fugir novamente, mas antes fui a uma boate e lá adivinha com quem encontrei. Na verdade, ele me encontrou e me levou para o apartamento dele. Eu não quis ir para casa do meu pai.— Fiquei confuso quando liguei e ele atendeu e ainda por cima me ameaçou. — Ele fala e Aurora para o carro em frente ao portão de sua casa.— Ele fez o quê? — Ela pergunta, indignada.— Ele disse que se eu tivesse amor à minha vida, não liga
Matteo está observando a foto e percebe que ela foi tirada logo depois que Aurora saiu de seu apartamento.— Quem é esse maldito? — Ele fala e logo disca o número da ruiva que atende no terceiro toque." O que você quer, hein? Não foi o suficiente o que falou quando eu estava aí?" — Ela pergunta assim que atende." Onde você está? " — Ele pergunta ignorando o deboche dela."Não te devo satisfação da minha vida não, eu hein" — Quem é mon chéri? "Quem está com você Aurora? Não me diga que é aquele francês bastardo."" Não te interessa, pra começo de conversa eu nem deveria ter atendido, não enche Matteo" — Ela fala e desliga sem dar tempo para que ele responda.— Ah, ruiva você me paga. — Ele fala passando a mão nos cabelos e sobe as escadas indo para seu quarto.Aurora está dentro do carro com Eduardo a caminho do restaurante.— Não ri, eu não aguento mais esse cara no meu pé. — Ela fala e bufa frustrada enquanto o loiro reprimi uma risada.— Essas discussões vão acabar com você na
Aurora arregala os olhos ao ouvir a voz do noivo e se afasta subitamente do amigo, que a olhava com desespero.— Matteo… — Ela fala olhando para o moreno que exala fúria no olhar. — Esse é, é o …— Eduardo De Luca, é um prazer conhecer você, Sr.. — Eduardo fala, interrompendo Aurora.— Matteo Giordano. Eu conheço seu pai, um ótimo advogado e empresário, vejo que é amigo da minha noiva. — Ele fala em tom de deboche e senta-se no sofá observando Aurora.— Sim, somos amigos e colegas, estudamos na mesma universidade.— Entendi, eu gostaria de conversar com a minha noiva um pouco, temos assuntos do casamento para tratar. — Ele levanta e encara Aurora, que revira os olhos e vai em direção ao escritório do seu pai. — Eu achei que você não teria tamanha audácia para colocar o seu amante dentro do meu território. — Ele diz quando entra no escritório e fecha a porta. — Mas vejo que é mais ingênua do que pensei.— Você não é maluco de fazer algum mal a ele.— O que te faz pensar isso, minha que
Na mansão Giordano.— Francesco? Posso entrar?— Claro, amore mio. — Ele diz ao ver a esposa na porta. — Eu estive pensando e nós poderíamos sair, o que acha? — Ela diz se aproximando e sentando em seu colo.— Tudo o que você quiser, só me dizer para onde e quando quer ir. — Acaricia o rosto da mulher enquanto fala.— Eu amo você, sinto falta da nossa família. — Ela sente seus olhos lacrimejarem e Francesco a abraça.— Eu também, minha querida, eu também. Lunna sempre será nossa principessa. — Ele enxuga o rosto da esposa e deposita um selinho casto em seus lábios, a fazendo sorrir pelo gesto.— Sempre desejei ver meus filhos casando com os amores de suas vidas, ajudar a minha ragazza com o vestido, e o meu bambino com os preparativos. Eu entendo que esse casamento é necessário, mas fico imaginando o quanto Angela iria querer fazer parte desse momento na vida da filha dela. — Ela diz pensativa e Francesco apenas acaricia seu rosto.— Angela foi uma mulher forte, assim como a nossa me
Matteo encara Carlo enquanto tenta controlar os sentimentos de minutos atrás.— Sabe, sogrinho, eu pensei que você soubesse as consequências de mentir para o Don. — Ele diz, caminhando em direção à mesa e sentando-se na cadeira de Carlo.— O que quer dizer com isso, garoto? Eu não menti em nada. — Ele fala com receio.— Não mentiu? — O homem balança a cabeça em negação.— Eu jamais mentiria para ele, Francesco. Além de ser o Don, ele é também meu amigo.— Eu me pergunto como a mídia já tem a informação do meu noivado, sendo que o jantar foi apenas com as famílias e alguns conselheiros.— Eu, eu também não sei, alguém deve ter vendido as informações. — Ele fala desviando o olhar de Matteo, que permanece sentado.— Alguém, mas quem seria? Tem que ser uma pessoa que não tem medo de ser punida. — Ele diz e levanta, andando em direção ao mais velho.— O que você está insinuando? — Carlo pergunta com a voz alterada.— Eu não estou insinuando nada, estou afirmando. Você, querido sogro, vende
Naquela manhã, Matteo acorda com o seu celular tocando. Ele o pega e vê que a ligação é de um número restrito.— Alô? — Ele pergunta com a voz rouca. — Quem é? — Ele pergunta irritado.— Mi aiuti per favore (me ajude por favor) — Matteo fica estático ao ouvir aquela voz embargada.— Não, não pode ser. — Ele fala em choque. — Lua? É você? — Ele escuta um choro e nem ao menos percebe que está chorando também. — Per favore, piccolo, parlami. (Por favor, pequena, fala comigo)— Frate… — De repente ele escuta um barulho de porta batendo e a ligação é encerrada.Matteo fica alguns segundos em estado de choque, mas logo se recupera e sai correndo do quarto.— PAPÀ. — Ele desce as escadas gritando.— O que aconteceu? Por que está gritando, figlio? — Francesco pergunta ao aparecer na sala depois de ouvir os gritos de Matteo.— A Lunna, ela me ligou. — Ele fala com os olhos cheios de lágrimas.— Figlio, a Lunna está… morta, você sabe. — Francesco fala de forma dolorida.— Não, Papà, ela me ligo