Na mansão Giordano.— Francesco? Posso entrar?— Claro, amore mio. — Ele diz ao ver a esposa na porta. — Eu estive pensando e nós poderíamos sair, o que acha? — Ela diz se aproximando e sentando em seu colo.— Tudo o que você quiser, só me dizer para onde e quando quer ir. — Acaricia o rosto da mulher enquanto fala.— Eu amo você, sinto falta da nossa família. — Ela sente seus olhos lacrimejarem e Francesco a abraça.— Eu também, minha querida, eu também. Lunna sempre será nossa principessa. — Ele enxuga o rosto da esposa e deposita um selinho casto em seus lábios, a fazendo sorrir pelo gesto.— Sempre desejei ver meus filhos casando com os amores de suas vidas, ajudar a minha ragazza com o vestido, e o meu bambino com os preparativos. Eu entendo que esse casamento é necessário, mas fico imaginando o quanto Angela iria querer fazer parte desse momento na vida da filha dela. — Ela diz pensativa e Francesco apenas acaricia seu rosto.— Angela foi uma mulher forte, assim como a nossa me
Matteo encara Carlo enquanto tenta controlar os sentimentos de minutos atrás.— Sabe, sogrinho, eu pensei que você soubesse as consequências de mentir para o Don. — Ele diz, caminhando em direção à mesa e sentando-se na cadeira de Carlo.— O que quer dizer com isso, garoto? Eu não menti em nada. — Ele fala com receio.— Não mentiu? — O homem balança a cabeça em negação.— Eu jamais mentiria para ele, Francesco. Além de ser o Don, ele é também meu amigo.— Eu me pergunto como a mídia já tem a informação do meu noivado, sendo que o jantar foi apenas com as famílias e alguns conselheiros.— Eu, eu também não sei, alguém deve ter vendido as informações. — Ele fala desviando o olhar de Matteo, que permanece sentado.— Alguém, mas quem seria? Tem que ser uma pessoa que não tem medo de ser punida. — Ele diz e levanta, andando em direção ao mais velho.— O que você está insinuando? — Carlo pergunta com a voz alterada.— Eu não estou insinuando nada, estou afirmando. Você, querido sogro, vende
Naquela manhã, Matteo acorda com o seu celular tocando. Ele o pega e vê que a ligação é de um número restrito.— Alô? — Ele pergunta com a voz rouca. — Quem é? — Ele pergunta irritado.— Mi aiuti per favore (me ajude por favor) — Matteo fica estático ao ouvir aquela voz embargada.— Não, não pode ser. — Ele fala em choque. — Lua? É você? — Ele escuta um choro e nem ao menos percebe que está chorando também. — Per favore, piccolo, parlami. (Por favor, pequena, fala comigo)— Frate… — De repente ele escuta um barulho de porta batendo e a ligação é encerrada.Matteo fica alguns segundos em estado de choque, mas logo se recupera e sai correndo do quarto.— PAPÀ. — Ele desce as escadas gritando.— O que aconteceu? Por que está gritando, figlio? — Francesco pergunta ao aparecer na sala depois de ouvir os gritos de Matteo.— A Lunna, ela me ligou. — Ele fala com os olhos cheios de lágrimas.— Figlio, a Lunna está… morta, você sabe. — Francesco fala de forma dolorida.— Não, Papà, ela me ligo
Em São Petersburgo.— Olá, lindinha. — Assim que ouve aquela voz, Lunna sente uma vontade imensa de chorar. — Está tão feliz em ver que está até emocionada. — Maxim debocha.— Eu tenho nojo de você, meu noivo vai acabar com você. — Ela diz com a voz embargada, lembrando de Lorenzo.— Ah, querida, ele nem lembra de você, ele já está até namorando, fofinha. — Diz ele se aproximando e tentando alisar a bochecha dela, que vira o rosto.— Maledetto bugiardo, disgraziato figlio di puttana. Lorenzo me ama, ele me ama. — Ela fala em meio às lágrimas que escorrem de seu rosto. E Maxim ri por ter conseguido torturá-la psicologicamente.— Será mesmo que ama? Depois que eu matei seu pai e seu irmãozinho, ele casou e assumiu a máfia. — Mente ele com a intenção de vê-la sofrer mais uma vez.Naquele momento, Lunna chora descontroladamente por imaginar que o pai e Matteo estão mortos. Ainda naquele dia, ela escuta Maxim conversar com o pai e descobre que tudo é armação para torturá-la. Num descuido,
Assim que chegam à sede da máfia, Lorenzo e Matteo caminham sérios até a sala onde todos os homens se encontram.— Acredito que meu pai já tenha explicado o motivo dessa reunião repentina.— Sim, senhor. — Os seguranças respondem.— Assim que recebermos a confirmação do Pietro, sobre onde Maxim Petrov está, iremos atacar e salvar a minha irmã. Ela está nas mãos do Petrov há quase oito meses, e ele nos fez acreditar que ela estava morta para que não fôssemos atrás dela.— Temos que nos preparar para uma possível guerra, ele não vai entregá-la tão facilmente.Após a fala de Lorenzo, os homens concordam e começam a planejar o resgate da filha do Don.No aeroporto.— Finalmente. — Aurora exclama feliz ao ver a amiga se aproximar.— Ela consegue se superar a cada dia. — Eduardo murmura e Aurora assente concordando. — Você está completamente linda, Bella. — Ele fala a abraçando.— Você está maravilhosa, senti saudades. — Ela diz, e eles continuam abraçados.— Eu também senti saudades, Srt.
MESES ANTES…Aquele poderia ser considerado o melhor momento da vida de Lorenzo e Lunna, o pedido de noivado. Ele preparou tudo com amor e carinho, um jantar.— É uma pena Aurora estar em semana de provas na universidade. — Carlo fala chegando perto do filho.— Si, papà, mas quando eu for até NY explicarei tudo a ela. — Lorenzo fala enquanto se arruma para o tão esperado jantar.Após alguns minutos eles chegam à mansão Giordano.— Buona notte. — Eles falam assim que a porta se abre.— Buona notte, Signore. — Anna fala e dá passagem para que eles entrem.— A senhora está linda. — O loiro fala e a mulher sorri. — Onde está a Lunna?— Estou aqui. — Ela aparece descendo as escadas, e Lorenzo a observa até que ela desça o último degrau — Que bom que vocês chegaram. — Ela abraça o namorado.— Você está perfeita, não existem palavras para descrever tamanha beleza. — Ele diz analisando cada detalhe da mulher à sua frente. Anna e Carlo saem os deixando a sós.— Obrigada, amor, você está maravi
Assim que foi avisado da chegada dos italianos, Maxim Petrov amordaçou e acorrentou Lunna antes de sair do quarto. — Appare quel figlio di puttana. (Aparece seu filho da puta) — Ele ouve a voz de Lorenzo e sente ódio, diferente de Lunna que ao escutar a voz distante do noivo sente, esperança e alegria.— Apareça, Petrov. — Francesco grita e eles começam a andar em direção à parte interior da casa.— Vasculhem tudo, achem a minha irmã e tragam aquele bastardo vivo. — Ele fala para os seus homens que assentem e saem em busca do russo.— Onde você está, Lunna? — Francesco murmura e eles continuam andando até que aparecem mais homens armados e atiram contra eles.— Você é um covarde, bastardo, figlio di puttana. — Lorenzo grita ao ver Maxim e vai em direção a ele.— Ah, querido Lorenzo. Sempre tão amável. — Ele debocha e começa a atirar contra o loiro, que rapidamente se esconde atrás de uma parede.— Pode ter certeza que desejo lhe mostrar o quão amável eu posso ser. — O loiro fala com
Neste momento, os homens presentes observam as duas mulheres, lágrimas inundando seus olhos. Lunna corre desesperadamente em direção à mãe, que a recebe de braços abertos, como se o tempo congelasse.— Il mio bambino. (Minha criança) — Anna chora, apertando a filha nos braços com uma mistura de choque e alívio. — É você, minha pequena? — Ela pergunta, suas palavras ecoando no ar tenso.— Sou eu, mamà, a sua bambina. — A morena fala, sua voz embargada pelo choro, e, nesse momento, toda a angústia e separação que estavam sofrendo parecem se dissolver em um único abraço.— Minha doce menina. — A mãe continua chorando, suas lágrimas se misturando com as da filha. O tempo parece parar, e a conexão entre elas se torna um oceano de emoções profundas.— Ele me machucou, mamà. — Lunna confessa, e Lorenzo sente sua raiva e impotência se fundirem em um fogo brando de determinação. — Fez coisas horríveis comigo. — As palavras dela saem tremendo de medo e tristeza.— Minha menina, ninguém mais vai