No galpão, os gritos agonizantes de Patrick ecoavam pelas paredes, misturando-se com o cheiro metálico de sangue e o ar pesado de vingança. Matteo, com ódio fervendo em cada fibra do seu corpo, descontava toda sua fúria no homem já à beira da morte. Mesmo assim, Patrick não perdia a oportunidade de provocar, o veneno em sua voz ao mencionar a esposa e o filho de Matteo.— Você ainda não entendeu, Patrick? — Matteo falou, sua voz baixa e cortante, como uma lâmina afiada. — Eu venci. Sou o Don da N'Drangheta, o CEO do maior holding de Nova York. Tenho tudo o que você jamais terá: uma família, uma esposa que me ama e um filho que em breve nascerá para herdar o império que meu pai e eu construímos com sangue. O que você tem? Nada. Nem dignidade te restou. Patrick, mesmo sofrendo, mantinha um olhar de ódio fixo em Matteo. Ele já havia sido torturado por dias, transformado no brinquedo dos guardas do Don, e aguardava, em silêncio, o momento em que um deles aceitasse o suborno para tirá-lo
Meses depois... Matteo e Aurora trocavam sorrisos radiantes enquanto embalavam o pequeno menino em seus braços. A emoção de conhecer aquele serzinho que dormia tranquilo no colo de Aurora era palpável no ar. — Vocês nos estão dando uma honra imensa, sendo padrinhos desse menino lindo. — Aurora disse, os olhos brilhando, enquanto olhava para Luna, deitada na cama do hospital, e para Lorenzo, que contemplava a esposa com paixão evidente. — Não haveria ninguém melhor que vocês para cuidar do nosso filho tão bem quanto nós. — Lorenzo respondeu, a voz carregada de gratidão. Marco havia decidido vir ao mundo no dia da renovação de votos dos avós, transformando a celebração em uma confusão deliciosa, repleta de ansiedade e, finalmente, lágrimas de alegria. Quando Luna e Lorenzo ouviram o primeiro choro do filho, compreenderam plenamente o significado do tão falado "amor incondicional". A chegada de Marco marcou uma virada decisiva em suas vidas; as cicatrizes do passado, embora ainda pre
Duas semanas depois…Durante a madrugada, Matteo se remexeu inquieto na cama, sentindo o vazio ao seu lado. Rapidamente, ele se sentou e acendeu o abajur, apenas para confirmar a ausência de sua esposa. Levantando-se apressado, ele saiu do quarto. Ao chegar no último degrau da escada, ouviu um choro vindo da cozinha. Reconhecendo o som, correu preocupado.— E-ele não m-me ama... — Aurora falava entrre soluços, encarando as maçãs e os tomates na bancada. —Eu chamei ele, mas ele não acordou.Matteo observava de longe, tentando segurar o riso. Mas ao perceber que o choro se intensificava, ele se aproximou.—O que você está fazendo aqui a essa hora, minha vida? — Ele perguntou, tentando abraçá-la, mas ela desviou.— Você não me ama. —Ela gaguejou, chorando.— Claro que amo! Você e nosso filho são tudo para mim. — Ele respondeu sinceramente, mas ela balançou a cabeça em negação.— Então por que, quando te chamei, você não acordou? — Ela perguntou, as lágrimas escorrendo sem parar.— Me perd
Matteo segurava o filho no colo e admirava cada detalhe daquele bebezinho. Seu olhar era carregado de amor e ternura quando desviou para sua esposa, que retribuía todo o amor com o olhar. Aurora se sentia completa ao ver os dois homens da sua vida ali, juntinhos. — Eu sempre sonhei em ter uma família, em ser amada e ser uma mãe tão amorosa quanto a que tive. Sonhei muitos anos com esse exato momento. — Ela confessou com um tom de voz baixo para não acordar o filho, mas sabia que Matteo podia escutá-la. — Quando te vi naquela boate, não podia imaginar que você era a mulher com quem eu me casaria. Me encantei pelos seus cabelos ruivos, seus olhos tão azuis quanto o oceano. Tudo em você me atraiu. Foi como estar no paraíso a primeira vez que te beijei. — Acho que o que te atraiu foram os t***s que levou. Digamos que você tinha uma capacidade fora do normal de me tirar do sério. — Ela fala, rindo. — Você era bastante atrevida, mas isso me deixou fascinado por você. — Ele coloca o bebê
Fim de tarde em New York o clima está agradável a jovem Aurora Ricci está em seu dormitório, planejando suas férias, junto com a sua melhor amiga, quando elas são interrompidas pelo toque do celulares de Aurora, ela olha o visor e sorri ao ler papai, ela atende toda animada, sem imaginar que aquela ligação mudará toda a sua vida.– Alô. – diz Aurora animada ao atender o celular, ela está com seu olhar fixo em sua melhor amiga Bella Smith, ela tem olhos verdes, cabelos cacheados, pretos e um corpo todo definido de causar inveja. — Minha Bambina, como você está? — pergunta Carlo.— Estou bem Papà, e com saudades do Senhor e de Lorenzo — diz ela sorrindo enquanto observa Bella lhe olhando com um sorriso malicioso ao escutar o nome do irmão da sua amiga.— Também estamos com saudades meu amor. Mas não liguei apenas por esse motivo, preciso que venha a Milão o quanto antes,se possível amanhã, nós precisamos conversar, pessoalmente!! — ele diz, e Aurora nota o tom de voz sério do pai.— Ma
Aurora foi em direção a porta e viu que o pai tinha saído, então depois de perceber que estava sozinha naquela casa, ela foi ao seu antigo quarto, e deitou se na cama deixando com que as lágrimas caíssem, se perguntando por que de seu próprio pai ter feito isso. "Por favor, quando chegar em casa venha até o meu quarto, preciso conversar com você." — Ela envia a mensagem para o irmão, ela fecha os olhos e acaba dormindo depois de tanto chorar.Na mansão dos Giodarno, Matteo acaba de entrar e da de cara com seu pai sentado no sofá, com uma expressão séria.— Estou aqui, posso saber o que de tão importante me fez sair de New York as pressas? — questiona Matteo irritado assim que entra em casa.— Assuntos do seu interesse meu querido filho, vamos para o escritório.— ele fala e sai andando.— Pronto já pode começar a falar, preciso voltar tenho uma reunião importante amanhã.— Vi que você está indo bem na direção da empresa, mas também tem saído muito nos jornais que o grande CEO Matteo G
Aurora está em seu quarto, jogada em sua cama, quando escuta o barulho da porta abrindo, ela senta-se na cama e sorri ao encarar Lorenzo.— Olá meu solzinho — ela sorri ao ouvir o apelido, e corre para o abraçar — apesar desse abraço e esse sorriso, você não me parece feliz, o que aconteceu, qual o motivo dessa tristeza? — pergunta Lorenzo — Estava com saudades irmão, preciso te perguntar algo! — Pergunte Aurora, sabe que pode me perguntar tudo que quiser, vou te responder sempre com a verdade.— Você sabia o real motivo para eu ter que voltar antes do combinado? — Ela pergunta analisando o homem loiro de olhos azuis a sua frente, uma cópia perfeita de seu pai.— Nosso pai apenas falou que você iria voltar antes, e imaginei que fosse uma decisão sua solzinho. — Ele sorri genuinamente encarando a irmã.— Não, eu iria vim só na próxima semana quando acabasse as aulas, mas ele me ligou e disse que eu teria que vir hoje, ele não lhe explicou o motivo? — pergunta ela desconfiada— Não, a
Matteo segue parado na porta, esperando uma resposta de Carlo para que possa entrar, e conversarem.— Matteo, não sabia que já estava de volta. — diz Carlo tentando esconder seu nervosismo— Cheguei hoje pela manhã, e imagino que saiba o motivo não é, sogro? — diz ele em tom de deboche, fazendo Lorenzo revirar os olhos.— Por esse motivo eu estou aqui pai, Aurora já me contou e confesso que estou decepcionado com o senhor, não esperava que fosse fazer isso com a minha irmã, você praticamente a vendeu, como você foi capaz? — pergunta Lorenzo mostrando sua total irritação.— Isso não está aberto a discussões Lorenzo, eu já expliquei para Aurora, são negócios, o Francesco me ajudou muito quando eu precisei de dinheiro, e ele me ajudou também a chegar onde estou hoje na máfia, eu devia isso a ele, e quando ele me ligou e pediu para conversar eu fui, confesso que também fiquei contrariado com essa proposta mas foi necessário, e já assinamos o contrato, faltam apenas as assinaturas dos noiv