O ronco suave do motor do SUV preto ecoava pelas ruas de Londres enquanto Wendy olhava pela janela, observando o fluxo constante de pessoas e veículos. A cidade estava coberta por uma leve névoa, típica das manhãs londrinas, mas isso não desviava sua atenção dos pensamentos que preenchiam sua mente. A viagem para a Itália ainda pairava como uma sombra sobre suas responsabilidades, mas ela sabia que Ethan não a deixaria voltar atrás. O veículo desacelerou ao se aproximar do imponente prédio de vidro e aço que abrigava a sede da empresa. Mark, seu novo segurança, estacionou com precisão junto à entrada principal. Saindo do carro, ele contornou rapidamente para abrir a porta para ela. — Senhora Blackwell. — cumprimentou ele em um tom formal, mas amistoso. Wendy assentiu com um sorriso discreto, ajustando o casaco sobre os ombros antes de sair do carro. — Obrigada, Mark. — respondeu, sua voz refletindo a elegância e a firmeza que haviam se tornado suas marcas registradas. A entrada d
O motor do carro ronronava suavemente enquanto Wendy dirigia pelas movimentadas ruas de Londres, mantendo os olhos atentos no trânsito à sua frente. Theo estava no banco do passageiro, com o braço apoiado na porta e um olhar distraído no rosto, até que finalmente quebrou o silêncio. — Então, me diga mais sobre essa sua amiga... Heather, certo? Wendy lançou um olhar de soslaio para ele, um sorriso ligeiramente provocador surgindo em seus lábios. — Por que o interesse, Theo? Ele deu de ombros e tentando parecer casual, olhou pelo espelho retrovisor, para conferir se o segurança estava seguindo-os no seu carro. — Só estou curioso. Você quase nunca menciona os amigos da faculdade, e, bem... ela parece interessante. — Interessante? — Wendy riu. — Ela é advogada, teimosa, cheia de energia e... completamente fora do seu alcance. Theo estreitou os olhos, mas não pôde evitar um sorriso. — Por que tão cruel, irmãzinha? Talvez ela goste de caras determinados como eu. Ao virar na rua de
O som dos aplausos e gritos ainda ecoava pelo galpão enquanto Ethan descia do ringue. Com uma toalha jogada sobre os ombros e o rosto suado, ele caminhou em direção à área onde sabia que Wendy estaria esperando. Quando finalmente a viu, a cena o surpreendeu. Wendy estava com os braços cruzados, ao lado de Theo, Heather e Lisa, todos com expressões que variavam entre entusiasmo e curiosidade. — Vocês realmente vieram me ver lutar? — perguntou Ethan, arqueando uma sobrancelha enquanto olhava para o grupo. Heather foi a primeira a responder, dando um passo à frente com um sorriso largo. — Claro que sim! — disse ela, animada. — Wendy disse que seria uma luta emocionante, e olha, você não decepcionou. Lisa concordou com um aceno, os olhos brilhando. — Você foi incrível. Não é à toa que chamam você de "Black-Bom". Ethan olhou para Wendy, claramente intrigado. — Não acredito que você trouxe seu irmão e amigas para ver essa luta... Você é... Ele riu baixo, mas o humor leve foi rapida
Wendy se entregou completamente, sentindo cada emoção pulsar entre eles. Quando ele a ergueu do sofá com facilidade, ela envolveu os braços ao redor de seu pescoço, o coração acelerado, enquanto ele a carregava até o quarto sem interromper o beijo. A porta do quarto se fechou com um leve empurrão, e Ethan a colocou suavemente sobre a cama. Ele a observava com intensidade, os olhos brilhando com desejo e algo mais profundo; devoção. Wendy sentiu seu rosto corar, mas não desviou o olhar. Em vez disso, puxou-o para perto, os lábios colidindo novamente em uma mistura de paixão e urgência. Os dedos de Ethan deslizaram pela lateral do corpo dela, traçando um caminho lento e deliberado que fez Wendy arfar contra seus lábios. Ele parecia estar saboreando cada momento, explorando cada centímetro dela como se fosse um território que ele conhecia, mas que sempre desejava redescobrir. Wendy, por sua vez, deixou as mãos viajarem pelos ombros largos dele, sentindo os músculos tensos sob sua pele
O amanhecer invadia lentamente o quarto pelas cortinas semiabertas. Wendy estava ajoelhada no chão, ao lado da cama, com a mala aberta diante dela. As roupas já estavam dobradas com cuidado, mas ela ainda parecia indecisa, pegando e colocando itens de volta na mala como se a ordem de tudo fosse mais importante do que realmente era. Ethan a observava da cama, os braços cruzados atrás da cabeça, um sorriso preguiçoso nos lábios. — Você vai estar tão ocupada lá que nem vai usar metade disso. — Ele disse, quebrando o silêncio. — Talvez. — Wendy respondeu sem olhar para ele, colocando um par de sapatos cuidadosamente ao lado das roupas. — Mas eu prefiro estar preparada do que me arrepender depois. Ethan riu baixinho. — E eu que pensei que você estivesse adiando isso só para passar mais tempo comigo. Ela parou, erguendo os olhos para ele. A maneira como ele a olhava — com aquela mistura de ternura e provocação — a fez sorrir. — E talvez eu esteja. — Admitiu, o tom leve, mas o olhar s
Ethan dirigiu de volta para o apartamento em silêncio, com os pensamentos voltados para Emily e Jasper. A despedida de Wendy no aeroporto ainda ecoava em sua mente, mas ele sabia que ela precisava dessa viagem. Enquanto o carro avançava pelas ruas iluminadas, ele decidiu que seria bom levar algo para casa. Emily e a babá provavelmente não haviam comido direito. Parou em uma padaria 24 horas e comprou pães frescos, sucos e alguns doces para a filha. Ao chegar em casa, Ethan dispensou o segurança e carregou as sacolas para a cozinha, deixando-as sobre a mesa com cuidado. Ele espiou o apartamento silencioso antes de caminhar até o quarto de Emily. Ao abrir a porta com cuidado, encontrou a filha profundamente adormecida, os cachos espalhados sobre o travesseiro e Jasper no berço ao lado, igualmente tranquilo. Ethan ficou ali por um momento, observando-os com um sorriso calmo. Emily parecia tão serena, tão diferente da energia que costumava ter durante o dia. Ele ajeitou a coberta sobre
O tempo pareceu desacelerar enquanto os olhares de Wendy e Giancarlo se cruzavam. Ela mal podia acreditar no que via. O homem à sua frente não era mais o jovem garoto de rosto suave que ela lembrava; ele havia se tornado alguém mais maduro, com um ar confiante e um magnetismo que imediatamente preenchia o espaço ao redor. A última vez que o viu, ela tinha menos de dezesseis anos. Seu pai estava em uma reunião importante com empresários italianos, e Giancarlo, ainda um adolescente, aguardava na sala de estar. Chloe e Pietra, sempre desinibidas, faziam questão de monopolizar sua atenção, rindo alto e flertando descaradamente. Wendy, mais reservada, apenas observava de longe, escondida atrás de um livro que fingia ler. — Giancarlo... — Ela repetiu, tentando assimilar a mudança que o tempo havia trazido a ele. — Sim, um carne e osso. — brincou ele com um sorriso provocador, mas os olhos sérios refletiam um misto de surpresa e admiração ao vê-la. — Quanto tempo, Wendy. Ela riu, ainda
— Você lembra daquela vez em que Chloe e Pietra encheram a piscina com pétalas de rosa para impressionar os investidores do seu pai? — Giancarlo comentou entre risos, gesticulando como se ainda pudesse visualizar a cena. — Só esqueceram de avisar que o filtro estava ligado! Che disastro! Wendy gargalhou, quase engasgando com o vinho que segurava. — Meu pai ficou furioso! Ele teve que pagar uma fortuna para consertar a bomba da piscina. Quer saber um segredo? Nada daquilo era para investidores. As duas ficavam disputando para ver quem iria conquistar você primeiro. Giancarlo arregalou os olhos, uma expressão divertida tomando conta de seu rosto. — Ah, sì? — perguntou, a voz carregada de surpresa e um toque de provocação. —E quem venceu, afinal? Wendy balançou a cabeça, rindo. — Nenhuma delas, pelo que me lembro. Você parecia mais interessado em sair correndo dali do que em corresponder a qualquer uma das investidas. Ele sorriu de canto, brincando: — É que eu sempre preferi aque