Continua...Por volta do meio dia, caminho em passos apressados até a lavanderia da penitenciária, depois de analisar bem o mapa, cheguei a conclusão que o melhor ponto para ter acesso ao telhado é por aqui. Na lavanderia tem um duto de ventilação desativado, algo que não foi retirado do prédio depois da obra que fizeram aqui de reforma. Pezão e os caras da minha cela estão na porta para impedir a entrada dos outros presos, lentamente me deslizando pelo duto consigo chegar no alto do prédio, a sirene de emergência toca e é nesse momento que olho meu relógio de pulso, a contagem começa a ser feita, meu olhar está atento as três Marias e não demora muito a ajuda policial começa a chegar. 10 minutos após as sirenes serem tocadas a primeira ajuda chega pela rua Maria de Lurdes, dois minutos depois chega a ajuda pela Maria Tereza, fico aguardando a ajuda chegar pela rua Maria Luísa e depois de 10 minutos chego a conclusão que é por lá que vamos fugir já que nenhuma ajuda chegou por aquel
Majú...Os dias que Sandro ficou sem aparecer foram tranquilos, mais tudo por que ele deixou tudo organizado sem eu saber. A equipe que me ajudava com os seios feridos estavam aqui todos os dias e já na terceira seção de laser eu já podia ver o resultado, amamentar meu pequeno já não era tão doloroso. As compressas de água morna na barriguinha de Leon o ajudava a dormir praticamente a noite toda. Todos os dias por volta das 11:30 alguém tocava a campainha com comida pra mim, no começo fiquei assustada com tanta atenção e preocupação mais hoje não mais. São 6:50 da manhã e acordo com a campainha tocando, vou até a porta e dou de cara com o pessoal da padaria. — Pediram para entregar essas coisas aqui. Um dos rapazes fala. — Pode colocar ali na mesa. Digo rindo já sabendo quem foi que enviou tudo. — Ele pediu para entregar a senhora isso. O rapaz me entrega um bilhete. “Três dias longe de vocês e já estou morrendo de saudades, esteja arrumada as 19 horas, passarei aí para te bus
Lyon...Deixo ela na sala de RX, os corredores já estão esvaziando e sei que a qualquer momento eles vão invadir. — Tranca a porta e não abre pra ninguém. Alerto ela. — Já já a polícia chega. — Eu aceito! Ela diz assim que dou as costas para sair dali. — Não entendi? Pergunto me virando em sua direção. — Aceito jantar com você quando for solto. Me aproximo dela e sem demora dou um beijo em sua testa e digo. — Vou te cobrar! Ela esboça um sorriso e saio daquela sala.** Três meses já se passaram desde a rebelião, ficamos um mês inteiro sem receber visitas, recebíamos vistorias dia e noite, então não tive como ligar para ninguém. Desde o acontecido não vi mais Hellen, não sei se com o trauma ela tenha saído daqui e se isso aconteceu, vai ferrar meu plano de fuga. — Preciso ir para enfermaria! Digo olhando os caras. — Tá passando mal? Um deles me pergunta. — Não! Mais preciso saber se a Dra está lá, se ela foi embora teremos que ir para o plano b... — E qual o plano B? Pezão
Continua...— Filho da puta! Xingo pezão que na maior cara de pau está sentado em minha cama. — Ué, você queria vê a dra, eu simplesmente te ajudei. Diz o sonso. — Me ajudou? Tú me esfaqueou e me bateu com um “soco inglês” . Digo quase voando encima dele e se não fosse os caras da minha cela juro que eu matava aquele filho da puta. — Deixa de ser exagerado Lyon, foi só um machucadinho em um lugar estratégico e o soco inglês... Com um soco normal eu não te derrubaria então tive que apelar. Tento voar encima dele, mas sou mais uma vez impedido. — Vamos parar de viadagem... Diz logo, quando vamos sair dessa merda de lugar? Ele diz finalizando a briga. — Dependo dela, ela não está tão na minha como eu imaginava, mas não tem outro jeito vou ter que convencer ela a fazer o que eu preciso. Essa madrugada vou ligar para o meu parceiro, vou organizar tudo com ele e se tudo der certo em dois dias estaremos fora daqui. Posso vê o sorriso no rosto dos caras, mais ao mesmo tempo uma ansieda
Lyon... Hoje o dia vai ser foda, tenho que de alguma formar me aproximar de Renan, ele é extremamente importante pra mim e ainda tenho que convencer a Hellen de deixar a sala dela destrancada, tem o fato de pezão está me pressionando e se algo der errado, com certeza serei um cara morto. — Orelha, chega aí. Conhece um moleque chamado sapo? — Claro, é o moleque da 72(cela). Qual foi da parado com ele? — Preciso dele fora daqui com a gente. — Porra Lyon... Já são seis em fuga, com ele vai ser sete! É muita gente. — Tem que dá certo cara! Ele precisa sair com a gente, a vida da minha mulher e do meu filho depende dele. — Como assim Lyon? Cara, sua vida é muito complicada. — Eu sei... Não tenho tempo de explicar, só faça amizade com ele e o coloque no nosso grupo na lavanderia hoje a noite! Depois da minha conversa com orelha sou encaminhado para a enfermaria, ela está lá, examinando um preso que pelo jeito teve um dos dedos da mão cortado. — Me aguarde na sala de curativos! Ela
Estou sentado em minha cama dando uma última olhada nos mapas que estão nos livros, queria ter certeza que estava tudo calculado perfeitamente quando orelha entra na cela e já vai logo me contando. — Tudo certo Lyon... Já incluí sapo no nosso grupo da lavanderia essa madrugada. — Ele sabe o que vai acontecer? Pergunto curioso. — Preferi não contar, não sabemos muita coisa dele, não ia correr o risco dele abrir o bico e estragar tudo, na hora ele vai ficar sabendo. — Tá certo, melhor assim. [...] 2:10 da madruga, estamos na lavanderia e tem um guarda parado na porta da mesma nos observando, puta que pariu só faltava essa. Parece que eles tem faro pra treta, nunca fica guarda aqui dentro da lavanderia, justamente hoje ele cismou de observar tudo. — O que vamos fazer? Sussurra pezão disfarçadamente enquanto coloca os uniformes nas máquinas. — Não sei, tô pensando... Porra! Eu estava muito tenso e os caras ali também estavam, o único calma era sapo que não sabia de nada. Vejo pez
Coloco meu corpo pra fora do buraco e me penduro no fio, com calma vou atravessando o espaço até o muro, assim que chego no muro faço sinal para o próximo vir, que no caso era pezão, claro! Um a um os caras vão atravessando e quando chega a vez de passa fome o cara simplesmente surta, ele é bem branco parece um alemão e gordinho... Mas nesse momento ele se encontra completamente vermelho, suando igual um porco de tanto nervo. Enquanto tentávamos convencer ele a vir as sirenes tocam... Eles descobriram nossa fuga, tinhas pouco tempo para sair dali e o moleque não saí do lugar. — Bora caralho! Grita pezão pra ele. — Pezão? Chamo a sua atenção e ele já sabia o que eu ia dizer. — Não podemos deixa-lo aqui! Ele me responde sem ao menos eu dizer o que queria. — Então o conversa logo, temos exatamente 5 minutos para sairmos daqui. Digo olhando no relógio. — Bora passa fome, coragem porra!! Ele grita mais uma vez. Com muita insistente passa fome se pendura no fio e depois de conseguir
Majú...— Maria Júlia, você aceita se casar comigo? Sou pega de surpresa por Sandro, estamos na casa de seus pais em um almoço de família. Seus pais, sua irmã e dona Jurema estão com um sorriso largo esperando minha resposta, eu estou em choque, como assim ele está me pedindo em casamento se estamos juntos só a seis meses? E eu só aceitei esse namoro por que ele grudou em mim de uma forma que era impossível recusar. Fazem seis meses que que resolvi dar uma chance para ele e desde então ele quer por quê quer que eu vá morar com ele. Lógico que minha resposta é não, primeiro por que eu só aceitei esse namoro por muita insistência dele e segundo por que morar juntos é praticamente um casamento e não quero me casar com ninguém, muito menos com Sandro que mesmo me tratando super bem e tratando meu filho como filho dele, eu não me sinto confortável ao seu lado, sei lá, cada vez que ele abre a boca uma sensação ruim me toma, não sei explicar. — Nossa