Não contar para Sabrina, primeiro, poderia protegê-la, segundo, evitaria alertar o inimigo. Emerson a abraçou, pousando um beijo suave no topo de sua cabeça com seus lábios finos: — Sabi é realmente incrível, conseguiu descobrir tantas coisas. Então, vou esperar você me tirar daqui. Mas, por enquanto, não aja sozinha, não é seguro. Cuide de si lá fora e espere por mim. Combinado? Sabrina, encostada no peito dele, assentiu firmemente. Com a cabeça baixa, ela não conseguiu ver a sombra que passou brevemente pelos olhos de Emerson. Fabiano, de fato, estava cansado de viver. "Se realmente foi ele quem fez isso, seu fim está próximo." Depois de algumas recomendações para Sabrina, ela saiu. Álvaro entrou no quarto e começou a conversar em voz baixa com Emerson. Sabrina ficou do lado de fora, observando as expressões sérias deles e presumiu que estavam discutindo algo importante. Ela se aproximou para tentar ouvir o que estavam dizendo, mas viu quando Álvaro se endireitou, de
Sabrina deu uma mordida na maçã, segurou o braço da mãe e perguntou: — Mamãe, você e o papai ainda não foram dormir? Bianca respondeu: — Estamos indo agora. Estávamos esperando por vocês. Sabi, está com fome? Se estiver, posso pedir para a empregada preparar algo para você comer. Sabrina balançou a cabeça. — Não estou com fome. Mas estava um pouco cansada. A tarde toda, seus nervos tinham ficado tensos, e não havia como se sentir relaxada. Bianca olhou para ela com compaixão. — Então suba logo para descansar. Amanhã você não vai trabalhar. Pode dormir até mais tarde. Sabrina assentiu, entregou metade da maçã para Bianca, bocejou e subiu as escadas. Só depois de ouvir o som da porta do quarto dela se fechando, Rodrigo ousou perguntar a Álvaro: — Já descobriu por que ele foi para o País do Mar? Os olhos de Álvaro estavam sombrios. — Chegou recentemente ao País do Mar um lote de diamantes. Entre eles, há um raro diamante rosa de valor incalculável. Ele foi atrá
— Seu desgraçado! — Sabrina tremia de raiva. — Você está maluco! Fabiano, onde você está agora?! O sorriso no rosto de Fabiano ficou ainda maior. — Estou no País do Mar. Sabi, você se lembra? Você sempre dizia que seu anel favorito era feito de diamante rosa. Vim até aqui especialmente por esse diamante. Vou mandar fazer um conjunto de joias com ele. Quando estiver pronto, você vai usá-las e se casar comigo, certo? O couro cabeludo de Sabrina formigava. Ele era louco, completamente louco. E, pior ainda, um louco obcecado. — Você não gostou? — Fabiano, nós já terminamos. Acabou. Você entende isso? Nunca mais teremos nada juntos. Então pare de fazer essas coisas sem sentido e não envolva pessoas inocentes nisso. Fabiano deu uma risada fria. — Inocentes? Quem você chama de inocente? O Emerson? Sabi, o Emerson não é nada inocente. Se ele não tivesse tramado contra mim por tanto tempo, como poderia ter se casado com você tão rapidamente? Desde o começo, ele tinha segundas
— Quanto tempo isso ainda vai levar? — Sabrina não conseguiu segurar a pergunta. Simão sabia que ela estava ansiosa. Ele também estava. — Duas horas. Em duas horas eu saberei quem ela é. Sra. Carmo, já está tarde. A senhora deveria descansar. Não fique acordada até tarde. Amanhã cedo, quando eu souber o resultado, nós vamos juntos procurar a pessoa. Sabrina concordou com o que ele disse: — Certo. Então continue procurando. Quando encontrar, vá dormir também. Amanhã vamos juntos. Aquela noite, Sabrina dormiu muito mal. Teve vários pesadelos. O mais recorrente envolvia Fabiano. No sonho, Fabiano a puxava com força, sem parar, mesmo que ela tentasse se desvencilhar com toda a sua energia. Ela só podia assistir, impotente, enquanto a distância entre ela e Emerson ficava cada vez maior... Até que o toque do celular a despertou abruptamente, tirando ela daquele estado. Ela se levantou rapidamente da cama, com o olhar perdido, fixo em um ponto qualquer do quarto, até percebe
[Faltam apenas dois dias para eu e o Fabiano irmos ao cartório.]Sabrina digitou essa frase com cuidado no bloco de notas do celular, depois colocou o aparelho virado para baixo na mesa e continuou a limpar o quarto, sorrindo. A casa era um presente dos pais de Fabiano para eles como lar de casados, onde Fabiano morava sozinho. Como ele estava ocupado e não tinha tempo para limpar, Sabrina passou esses dias ajudando por lá.As famílias de ambos eram muito próximas, e, após dois anos sendo unidos pelos pais, finalmente estavam prestes a se casar. Todos pensavam que ela estava sendo forçada a ficar com Fabiano, mas só alguns sabiam que ela secretamente o amava há anos. Quando ele concordou em namorá-la diante de ambos os pais, ela ficou tão feliz que não conseguiu dormir aquela noite.Sabrina estava no escritório, com um doce sorriso nos lábios enquanto limpava a mesa, imaginando a vida feliz que teriam ali. Porém, ao se virar, acidentalmente esbarrou em um vaso de gardênia na mesa.O
O tempo em junho mudava rapidamente. Quando Sabrina chegou, o céu estava limpo, mas agora estava coberto de nuvens escuras e chovia torrencialmente.Sabrina saiu correndo da casa de Fabiano, chorando, tão apressada que esqueceu as chaves do carro. Ela correu para a chuva e pegou um táxi na porta para voltar para casa.Quando o táxi parou no destino, Sabrina pagou a corrida com um QR code e correu para o prédio sob a chuva.No elevador, após apertar o botão do décimo terceiro andar, ficou num canto, enxugando as lágrimas incessantemente.O elevador parou, e ela, de cabeça baixa, caminhou até o apartamento e começou a digitar a senha.Estranhamente, a porta, que normalmente se abria de imediato, continuava mostrando erro na senha.Será que ela estava tão perturbada que se esqueceu da senha?Sabrina enxugou as lágrimas e decidiu tentar novamente.Ela tinha acabado de pressionar o primeiro número quando a porta se abriu subitamente de dentro.Eles se encararam, e Sabrina ficou paralisada.
Sabrina havia acabado de abrir a porta quando a voz de sua mãe, Bianca Pires, chegou carregada de soluços:— Sabrina! Por que você não atende o telefone? Término é término, mas por que não atende? Quer me matar de preocupação?"O quê?" "Como isso é diferente do que eu imaginei?"Sabrina piscou, confusa.— Ah... Meu celular estava no silencioso, eu não ouvi.O rosto de seu pai, Rodrigo Amorim, estava tenso como água parada. Ele e Bianca entraram, trocaram os sapatos e se sentaram no sofá.Sabrina trouxe água morna da cozinha e os serviu.— Mamãe, papai, bebam um pouco de água.— Sabrina, o que aconteceu com sua testa e seu braço? — Indagou Rodrigo ao notar o braço dela envolto em várias camadas de ataduras e um grande hematoma roxo na testa, onde até a pele parecia ter sido rompida.Sabrina baixou a cabeça, em silêncio.Bianca examinou mais de perto e percebeu que ela estava gravemente ferida, no braço enfaixado parecia que ficaria uma cicatriz permanente, a testa brutalmente agredida.
Sabrina apontou para o lugar ao seu lado e disse:— Se sente.O homem sorriu levemente e se sentou, segurando um molho de chaves. O chaveiro ostentava um personagem de desenho animado que lhe era vagamente familiar. Sabrina teve a impressão de já ter visto aquilo em algum lugar. Além disso, o personagem de desenho era adorável, o que não combinava com a aparência firme e atraente do homem.— Peço desculpas por esta tarde, eu realmente acabei indo para o andar errado sem querer, espero não ter te causado nenhum transtorno.Sabrina considerou que qualquer pessoa normal acharia absurda a situação de alguém tentar digitar a senha na porta de sua casa.— Não tem problema, eu entendo. – Respondeu ele, com uma voz calma.Sabrina encolheu as pernas, apoiou os pés na cadeira, abraçou os joelhos e repousou a cabeça nos braços.— Meu nome é Sabrina, e o seu?O homem, que tinha lábios finos e um sorriso atraente, respondeu com uma voz suave:— Emerson.Ele fixou o olhar nos olhos brilhantes de Sa