Acordei aquela manhã. Acordei de ressaca. Estava muito mal, vi uma latinha de cerveja em minha frente e virei o resto, quase vomitei, estava quente.
Andei até a estante, abri o livro de poesia e o meu poema ainda estava lá. Em seguida, fui cambaleando até o banheiro, tomei banho, escovei os dentes para disfarçar o cheiro de bebida e o gosto da pasta me fez vomitar.
Parecia que eu havia comido uma sopa de vidro, uma azia do inferno, meu estômago estava queimando, meus olhos ardendo e eu ainda estava com sono. O maldito do Ulisses não havia cumprido com o nosso acordo, o de não beber muito durante a semana. Ele ainda estava se vingando porque
Acordei me sentindo triste, esgotado mentalmente. Estranho! Pensei. O que diabos aquele merda aprontou? Caminhei devagar até o guarda volumes e vi no espelho a mensagem dele. Como assim ele me deu uma chance? Isabelle? Como ele conseguiu? Procurei pelo apartamento algo que ele poderia ter aprontado, olhei em todos os cantos. Meus uísques estavam intactos, meu quarto onde eu guardava minhas coisas não foi aberto, meu Audi estava intacto. É, parecia que ele não havia aprontado nada. Quando Isabelle chegar, eu pergunto. Pensei! Era manhã de sábado, acordei bem, estava ao lado de duas lindas mulheres, aliás uma mais bonita do que a outra, ela tinha uma franja esquisita. Andei um pouco, coloquei meu roupão e fui até o guarda-volume, vi a mensagem. Ele pedia desculpas, legal! Pensei. Percebi que ele havia falado com Isabelle. Tinha que cobrar o dobro, nem sabia por onde começar a fazer aquilo, não sabia cobrar nem os que me deviam. Tomei banho, escovei os dentes e ao voltar, uma das garotas estava segurando meu telefone apenas de calcinPerseguidor
Eu me arrumei pra sair aquela noite. Estava elegante no estilo e confiante. Podiam reclamar, implorar, mas elas sempre acabavam fazendo o que eu queria. Eu tinha o controle, eu era o vinho que embebedava as damas de prazer enquanto estava notívago. “Ninguém me controla” Eu disse apontando para o espelho. — Queria que você passasse essa noite comigo. — Ouvi uma voz advinda da minha retaguarda. Era Isabelle. Ela estava de braços cruzados, escorada no batente da porta do meu
“Ela é afável, delicada e agradável. Seu jeito tímido e seu olhar hipnotizanteDão a ela requisitos para conquistar Até os mais bravos guerreiros. Estou dormindo, Pois ao olhá-la
Eu acordei faltando dez para as quatro da manhã, não acreditei quando vi no relógio o horário. Eu teria apenas uma hora ou menos de liberdade. Quem aquele puto pensava que era? Não era esse o nosso acordo. Olhei no quadro havia uma mensagem se lamentando por pegar minha coca. Corri até meu quarto e a porta estava arrombada, minha sex-armchair que uso em alguns trabalhos estava marcada de poeira de sapato, e minhas economias para comprar cigarro foram roubadas. Ele passou dos limites. O que era tão importante pra ele roubar o meu pó? Eu fiquei muito nervoso, estava frustrado. Respirei fun
Fiquei ali pensando e pensando, olhava tudo ao meu redor. Cheirava mais um pouco e bebia ainda mais, Isabelle procurava argumentos para impedir o que eu queria fazer. — Ulisses, eu disse aquilo, mas não era pra você ter levado a sério. — Ela disse — pode te matar. — Mas e se houver uma forma? — Eu disse — O médico falou com confiança no que poderia ter acontecido. — Acordei aquela manhã. Pensei em dormi mais um pouco, eram quase sete. Quando Isabelle me disse que eu deveria manter o disfarce de Théo durante o dia. Que acreditava ela, ser professor. Me levantei, acendi um cigarro, chequei as queimaduras da minha mão, lavei com soro e pus a faixa novamente. Olhei a janela enquanto tomava um café e senti uma boa vibração, ora, desde o maldito acontecimento, eu jamais havia visto a luz do sol. Era empolgante, excitante, era um sentimento que não conseguia expressar. Eu havia quebrado a minha rotina, eu era dono dessa carcaça, como diria Théo. Adeus Sr. Bonzinho
Cheiro de uísque, a TV ainda estava ligada, eu havia cancelado o compromisso de segunda para curtir a noite, eu queria ter dormido, queria ter dormido a noite toda. Mas não preguei os olhos. Estranho! Eu costumava dormi bem, muito bem após chegar do trabalho, o trabalho noturno. Minha mão ainda doía, não era um problema. O problema estava sendo aquele sentimento que não conseguia expressar em palavras, apenas com um soco na parede ou quebrando um objeto, não importava se era a antiguidade importada da Turquia, ou copos de uísque que eu estava a lançar a todo momento na parede. O álcool, era o meu calmante. As sete da manhã estava eu consumindo mais uma dose.