Ficamos ali três horas ou mais, ao sairmos demos um passeio pela avenida. Eu estava louco para convidar ela para ir para casa comigo. Mas estava inseguro, foi como Isabelle falou, em seu último relacionamento ela foi agredida. Eu precisava ir com calma, eu tinha que mostrar que eu era diferente, que nem todos eram iguais, então deixei a proposta se esvair da minha mente enquanto descíamos a rua.
— Meu pai é gerente de um hotel, ele sempre quis trabalhar naquele lugar — Ela disse — Ele foi criado lá. — Ela gesticulou os braços e sorriu — Acredita que alguém possa ter crescido num hotel? Minha avó morreu cedo e meu avô era carregador lá. Então papai ficava brincando na piscina e com os hóspedes. Sempre disse pra
Naquela manhã fui até a casa daquele abutre do Marcel, eu queria saber onde que Enrico estava, ou melhor, onde ele morava. Marcel não teve escolha já que eu estava prestes a enforcar ele num mata leão. Ele me disse o endereço e perguntou o que eu planejava, fiquei em silêncio e peguei um pendrive que estava na mesa dele. — Ei cara, o que você quer com meu pendrive? — Ele perguntou se recompondo ao me ver saindo daquele casebre. Entrei no meu carro e fui até a mansão d
Eu e Geovana marcamos de almoçar juntos no nosso intervalo. Eu sai um pouco mais cedo, ela estava supervisionando uma obra e de lá nos encontraríamos. Fiquei ali naquele restaurante, escrevendo, eu estava colocando tudo o que eu me lembrava desde que passei a ser o Ulisses. Ao chegar, ela me deu um beijo, colocou a bolsa na cadeira ao lado e se sentou. — Não pediu ainda? — Eu estava esperando você — Acordei cedo aquela manhã com o barulho do telefone, olhei as chamadas e elas estavam variando entre Rick, Grasi e estranhamente Carol Raviolli. — Mas que merda aconteceu? Havia mais de trinta ligações. O telefone tocou novamente e eu atendi. Era Grasi. — Ulisses, me desculpa mas o cara me deu calote ontem, eu fiquei sem a comissão de Romário e ele tSexting
Eu e Geovana estávamos cada vez mais firmes, estávamos juntos a quase seis meses e ela praticamente morava lá em casa. Primeiro começou com a escova de dentes, depois alguns pares de roupas, em seguida objetos pessoais como cds e livros. Quando dei por mim, eu estava todos os dias dormindo e acordando ao lado de uma mulher espetacular, que me fazia rir e que me fazia bem todos os dias. Passamos o natal com a família dela, foi a experiência mais estranha que eu já tinha vivido. O pai dela era um homem quase na terceira idade, rosto enrugado, barba por fazer e tinha um mau hálito pra caramba
Passaram-se quatro dias, Geovana não ligou e não apareceu lá em casa. Mesmo de atestado, eu trabalhei normalmente e fiz as minhas coisas como se eu não estivesse aguardando um resultado que poderia mudar o rumo da minha história. Eu decidi procurar minha namorada, já fazia mais de uma semana que ela não aparecia, e nem me ligava. Ao chegar na empresa, perguntei por ela. Disseram-me que ela havia saído com outra mulher. Pelo menos, não era com outro homem. Pensei! Ao sai
A tarde naquele dia, meu corpo foi encontrado por Rick. Ele me levou para o hospital, eu fiquei em coma, não me lembro por quanto tempo. No dia seguinte Geovana retornou a minha casa pra pegar sua caixa de joias e encontrou Miguel. Miguel era meu contato de emergência se houvesse alguma coisa comigo. Ele era o único da família que eu era próximo, então após o acidente eu dei o número dele. Geovana e ele chegaram quase ao mesmo tempo no meu apartamento, ele explicou o que aconteceu comigo e que eu estava em coma. “ Eu entendo tudo o que você passou, seus problemas. Mas só em saber que você era um homem da noite, eu não consigo imaginar uma vida ao seu lado. Sinto muito. Mas saiba que eu te amo. Geovana.” Por um lado, eu estava magoado, mas por outro eu sabia que era melhor assim, eu não queria ver o olhar dela sabendo que eu só tinha mais quatro meses de vida. Bem, eu matei um cara uma vez. Ele era um tremendo cuzão, um tolo e infeliz. Foi um homicídio perfeito, as pessoas pensaram que foi um acidente. Mas ninguém ingere dois frascos inteiros de clonazepam por acidente. Se eu me arrependo? Claro que não. Não, eu não sou um assassino, sou um amante do equilíbrio. O velho tem que morrer para o novo nascer, é a harmonia que envolve todas as coisas. Sou Ulisses Santorine e vou contar os fatos que aconteceram comigo a partir daquele dia. Sabe a frase que diz, espera eu vou me lembrar… Você goza quando goza do sexo? E se eu disser que aqui eu só gozo quando fumo após gozar? Confuso? Acompanhe então… Último capítuloDevaneios com cigarros
Eu sou Ulisses