Não são nem 9hrs da manhã e já estou exausto. Olho para a planilha a minha frente e só vejo um bando de números embaralhados. O cansaço está embaçando minha visão e raciocínio. Pelo resto da semana meus horários estão lotados; reuniões, reuniões e mais reuniões, e há, documentos para assinar, projetos para aprovar. Passo a mão pelos cabelos e solto uma respiração funda. — Já está assim, chefinho? — Andy brinca. Ergo os olhos em sua direção e a vejo entrando na sala. — Já estou exausto e não deu nem a hora do almoço. — falo, apoiando os pés em cima da mesa e cruzando os braços a cima da cabeça. — Você chegando sem telefonar antes, já sei que é urgente. Seus lábios sobem, num sorriso de desculpas e ela ergue os ombros. — Seu pai está aí. — ela solta, sem rodeios. — Consegui fazê-lo esperar um pouco, disse que você estava em uma reunião e que não tinha como recebe-lo ainda, mas ele quer falar com você e disse que não arreda o pé daqui enquanto não conseguir. Reviro os olh
— E como estão as coisas lá em Chicago? — Pergunto, servindo duas doses de uísque para nós. — Geladas. — Thomas respondeu, rindo. — Claro! — Balanço a cabeça, rindo e caminhei até o sofá em que ele estava sentado, lhe entregando o copo de bebida. — Saudades do clima de lá. — sussurrei, ficando nostálgico. — Aparece por lá então. — ele falou, escondendo o sorriso enquanto bebia o liquido de cor âmbar. — Acredito que os funcionários devem sentir muito a sua falta. — Revirei os olhos, sentindo a ironia no seu tom de voz. Mas acabei rindo com a brincadeira. Os funcionários da sede de Chicago me odiavam, o Caleb que gerenciou a Jones de lá era insuportável. Me arrependo de ter feito eles passarem por isso. Aquela época foi um verdadeiro inferno para mim, ou estava o tempo todo com raiva, ou bêbado ou chapado e nessas últimas opções eu mal aparecia na empresa, então eles tinham que se manter por conta própria. — Eu era um filho da puta. — Soltei, balançando a cabeça arrependido.
Havia acabado de tirar os óculos quando ouço alguém batendo na porta. — Entra! — falei, massageando as têmporas, tentando amenizar a dor de cabeça pelo uso constante de telas. — Senhorita Albuquerque? — Becca me chamou e abri os olhos, me deparando com ela parada no batente da porta. — Você tem visita. — ela falou, com um pequeno sorriso nos lábios. Visita? Caleb eu sabia que não era, havia falado com a Andy a alguns minutos atrás e ela disse que ele estava aos berros com o pai. Como sempre. — Não sei quem é, mas pode deixar entrar. — falei, dando de ombros. Becca dei um passo para o lado, abrindo espaço para quem quer que fosse, entrar. Quase cai da cadeira quando vi de quem se tratava. — Se eu não venho te visitar, você também não vai me ver. — Maggie brincou, adentrando a sala. — Ah! Não acredito!!! — Dei um grito e pulei da cadeira, indo em direção a ela. Tentei manter o controle para que os outros funcionários não pensassem que eu sou surtada. Mais do que el
— Não vim aqui somente para te trazer más notícias. — Thomas falou, sorrindo. — Queria te fazer um convite. — sua voz saiu receosa. Ele passou o indicador pela borda do copo, brincando com as gotículas de água que escorriam pelo copo, por conta do gelo da bebida. Ele estava nervoso, era nítido isso. — Fala logo Thomas! — brinquei, apressando-o. Ele respirou fundo e olhou para mim, seus lábios subiram num sorriso contido. — Queria saber se você aceita sem padrinho do meu filho e da Maggie? — ele falou, rápido sem dar uma única pausa para respirar. Parecia que ele estava com uma bomba nas mãos prestes a explodir caso não falasse tudo em tempo recorde. Conseguia sentir meus olhos saltando e a boca quase batendo no chão. Padrinho? Gravida? Como assim? — Uau! — foi a única coisa que consegui falar. O choque ainda estava estampado em meu rosto. — Sei que você as vezes parece mais o lobo mal querendo comer a netinha da vovó, ou a bruxa engordando os irmãos para se alim
Eduarda estava do outro lado da sala, as pernas cruzadas e fingindo prestar atenção na apresentação da equipe de marketing. Essa semana ela estaria na Jones para as reuniões gerais que tinham todos os anos com os funcionários de todas as filiais da empresa, inclusive com as de fora do país. Quem a via tão calma e concentrada, nem imaginava que por baixo da mesa ela aperta as coxas enquanto tenta disfarçar a excitação e isso estava me deixando maluco. A falação na reunião se transformou em um enorme burburinho em meus ouvidos, não conseguia pensar em mais nada a não ser em foder aquela mulher até sentir suas pernas mole igual gelatina. Queria ouvi-la gritando meu nome enquanto é tomada por espasmos deliciosos do seu orgasmo. Porra! Meu corpo implorava para fode-la, meu pau doía ao ponto de até as bolas ficarem doloridas. Meu olhar foi capturado pelo dela e seus lábios subiram num meio sorriso travesso. Sorriso que pedia com convicção para ser comida. A filha da puta estava b
Seu peito subia e descia com dificuldade, o suor lhe escorria pelo pescoço indo até o meio dos seios, os cabelos já grudavam na testa, as bochechas estavam vermelhas e o sorriso lhe estampava o rosto. Sorriso de quem gozou gostoso. — Filho da puta! — Ela riu. — Como vou voltar lá pra dentro depois disso? — ela falava, tentando recuperar o folego. — E quem disse que você vai voltar pra lá? — Me levantei, limpando as laterais da boca e ainda sentindo seu gosto em mim. — Agora sim, vou te foder. Ela engoliu devagar e seu peito novamente subiu e desceu lentamente. Estava ansiando por isso. — De costa! — ordenei para ela e sem reclamar, obedeceu. Abri o botão da calça e abaixei até os joelhos, puxando a cueca junto, peguei o lubrificante no bolso da calça e antes de usa-lo tirei com cuidado o vibrador dela. — Fiquei tanto tempo com ele que já tô sentindo falta... — ela brincou, empinando mais a bunda. — Agora você vai sentir uma coisa mais gostosa do que ele... — sussurrei
Estou entrando no carro quando ouço o barulho de mensagem chegando no meu celular, tateio o terno procurando onde coloquei o aparelho e o encontro no bolso interno do blazer. Desbloqueio o celular e vejo que a mensagem é do Albert. Ele estava a alguns dias responsável por outro trabalho e por isso não estava mais fazendo a minha segurança. Fiquei sem segurança propositalmente, assim, se alguém tentasse vir atrás de mim ou da Duda, me escolheria por ser o mais indefeso no momento. Não ligava para o que poderiam fazer comigo, desde que, deixasse minha mulher em paz. Entrei no carro, fechei a porta e coloquei o cinto, pluguei o celular no suporte e liguei o bluetooth do carro e do celular. Ative o comando de voz e pedi para ligar para ele. — Senhor? — Albert atendeu no primeiro toque. Olhei no painel do carro e resmunguei ao constatar quão cedo ainda era. O relógio mal marcava 06h da manhã. — Você a encontrou? — perguntei, sem postergar o assunto. Ele sabia bem de quem eu e
— Nem acredito que já é dezembro. — Resmunguei para mim mesma, retirando os óculos de grau e jogando em cima da mesa, sentindo a vista arder e a cabeça latejar devido ao excesso de trabalho. Por conta desse mesmo excesso fui obrigada a começar a usar óculos, para tentar amenizar as enxaquecas por ficar muito tempo na frente do computador. Fechei os olhos e apertei as têmporas, recostando a cabeça na cadeira, tentando relaxar um pouco depois de um dia mega estressante. Caleb ainda estava na Jones e sabe se lá que hora iria sair. Esse final de ano estávamos trabalhando dobrados, chegando a passar quase 14h no escritório. Mesmo morando na mesma casa, estávamos a 6 dias sem nos vermos direito devido ao horário diferente de ambos. Quando eu chegava, ele ainda estava no escritório, chegava depois de mim e saia antes também. E confesso que isso estava sendo um tormento, para ambos. Caleb além de meu noivo, era minha válvula de escape para desligar do mundo corporativo e não o ter qua