Seu peito subia e descia com dificuldade, o suor lhe escorria pelo pescoço indo até o meio dos seios, os cabelos já grudavam na testa, as bochechas estavam vermelhas e o sorriso lhe estampava o rosto. Sorriso de quem gozou gostoso. — Filho da puta! — Ela riu. — Como vou voltar lá pra dentro depois disso? — ela falava, tentando recuperar o folego. — E quem disse que você vai voltar pra lá? — Me levantei, limpando as laterais da boca e ainda sentindo seu gosto em mim. — Agora sim, vou te foder. Ela engoliu devagar e seu peito novamente subiu e desceu lentamente. Estava ansiando por isso. — De costa! — ordenei para ela e sem reclamar, obedeceu. Abri o botão da calça e abaixei até os joelhos, puxando a cueca junto, peguei o lubrificante no bolso da calça e antes de usa-lo tirei com cuidado o vibrador dela. — Fiquei tanto tempo com ele que já tô sentindo falta... — ela brincou, empinando mais a bunda. — Agora você vai sentir uma coisa mais gostosa do que ele... — sussurrei
Estou entrando no carro quando ouço o barulho de mensagem chegando no meu celular, tateio o terno procurando onde coloquei o aparelho e o encontro no bolso interno do blazer. Desbloqueio o celular e vejo que a mensagem é do Albert. Ele estava a alguns dias responsável por outro trabalho e por isso não estava mais fazendo a minha segurança. Fiquei sem segurança propositalmente, assim, se alguém tentasse vir atrás de mim ou da Duda, me escolheria por ser o mais indefeso no momento. Não ligava para o que poderiam fazer comigo, desde que, deixasse minha mulher em paz. Entrei no carro, fechei a porta e coloquei o cinto, pluguei o celular no suporte e liguei o bluetooth do carro e do celular. Ative o comando de voz e pedi para ligar para ele. — Senhor? — Albert atendeu no primeiro toque. Olhei no painel do carro e resmunguei ao constatar quão cedo ainda era. O relógio mal marcava 06h da manhã. — Você a encontrou? — perguntei, sem postergar o assunto. Ele sabia bem de quem eu e
— Nem acredito que já é dezembro. — Resmunguei para mim mesma, retirando os óculos de grau e jogando em cima da mesa, sentindo a vista arder e a cabeça latejar devido ao excesso de trabalho. Por conta desse mesmo excesso fui obrigada a começar a usar óculos, para tentar amenizar as enxaquecas por ficar muito tempo na frente do computador. Fechei os olhos e apertei as têmporas, recostando a cabeça na cadeira, tentando relaxar um pouco depois de um dia mega estressante. Caleb ainda estava na Jones e sabe se lá que hora iria sair. Esse final de ano estávamos trabalhando dobrados, chegando a passar quase 14h no escritório. Mesmo morando na mesma casa, estávamos a 6 dias sem nos vermos direito devido ao horário diferente de ambos. Quando eu chegava, ele ainda estava no escritório, chegava depois de mim e saia antes também. E confesso que isso estava sendo um tormento, para ambos. Caleb além de meu noivo, era minha válvula de escape para desligar do mundo corporativo e não o ter qua
A sinto se mexendo ao meu lado e não posso evitar o sorriso que aparece em meu rosto. Não preciso abrir os olhos para saber como ela está. O calor que seu corpo emana até mim, já me mostra. Sinto seus dedos deslizarem pelo meu peito nu e um arrepio percorre o caminho que ela deixa em minha pele. Seus lábios quentes e macios deslizam pelo meu tórax e sobem até o meu pescoço. O calor inunda meu corpo, se alojando entre minhas pernas. Eu sei o que ela quer. Ela sempre foi insaciável de manhã. Ama foda antes do café... durante e depois, se deixar. Ela é faminta por isso. E eu estou faminta por ela. O sexo no escritório e o que fizemos antes de dormir, não aliviou o tesão que percorreu meu corpo por todos esses dias em que passei longe dela. Pelo contrário, só intensificou ainda mais. Deslizo os dedos pela lateral do seu corpo e ela geme, expira um jato quente e profundo pela boca, fazendo todos os meus pelos se arrepiarem e meu pau latejar. Finalmente abro os olhos e
Caleb beija meus lábios e eu não consigo deixar de sorrir com isso. Estamos estacionados no subsolo da Jones filial e ele fez questão de me trazer hoje. Alegou que ainda queria compensar o tempo que passamos separados, mas sabia que não era só isso. Ele pensava que eu não via a troca de carros constante, as rotas alternativas a cada dia para ir para o trabalho. Ele estava com medo e faria tudo que pudesse para evitar que qualquer um deles nos pegassem desprevenidos. — Te busco as 18h, pequena. — Ele beijou meus lábios novamente e sorriu. — Vamos jantar na minha mãe hoje. Assenti e abri a porta, mas ele pegou meu braço antes que eu pudesse descer e me puxou para o seu colo. Uma risada alta escapou de meus lábios e apoiei os braços ao redor do seu pescoço. Ele enfiou o rosto na curva do meu pescoço e respirou fundo, inalando meu perfume adocicado e arrepiou minha pele. Seus braços me apertaram fortes e senti o martelar do seu peito frenético. — Eu te amo tanto. — ele sussurro
Conseguia ver o peso de toda essa situação de merda pesar os ombros dela. Duda sofria em silêncio e se esforçava ao máximo para esconder isso de mim. Não queria me sobrecarregar. Mal sabia ela que eu via toda a sua dor, todas as vezes que olhava em seus olhos. Queria poder arrancar tudo isso de dentro dela, mas era impossível. Ela desmoronou sob os braços do pai, chorou como uma criança de 5 anos e em nenhum momento o senhor Eduardo questionou os motivos das lagrimas incessante dela, mas pela forma que ele me olhava, eu sabia que o interrogatório viria para mim, na primeira oportunidade que ele tivesse. Apenas assenti com a cabeça, dizendo em silencio que iria responder a cada uma de suas perguntas. Mas hoje não. — É por conta da Melissa, não é? — minha mãe sussurrou e nem havia percebido quão perto ela estava de mim, até ouvir sua voz baixa. A encarei, me questionando se ela sabia de alguma coisa. Talvez o Albert tivesse lhe contado. Mas ele não faria isso sem me questiona
Estava tudo passando câmera lenta, num enorme torpor. Os policias falavam com o Caleb, que respondia com os máximos detalhes todas as perguntas. Entraram na nossa casa. Arrombaram nossa porta. Será que esperavam encontrar a gente aqui dentro? E se tivéssemos em casa, o que eles fariam? Meu corpo inteiro tremia, mesmo estando enrolado no cobertor que ele me deu. Não tremia de frio. Era medo. Puro e cristalino. As lagrimas queimavam minha pele, fazendo seu caminho até meus lábios, o gosto salgado tocava minha língua e decidi focar nessa sensação. Não podia me afogar novamente nesse medo. Não conseguiria sair desse buraco, se me deixasse entrar nele. — Mon Amour? — senti sua mão em meu rosto, me chamando de volta para ele. — Fala comigo. — sua voz era uma agonizante suplica, enrolada no medo. — Volta pra mim, meu amor. Foquei a visão no homem ajoelhado na minha frente, meus olhos piscavam rapidamente, tentando dissipar as lagrimas acumuladas ali. Lagrimas que forç
— Inferno! — Taquei o segundo copo de uísque vazio na parede. — Porra! Meu corpo inteiro queimava de raiva e ódio. Eu me odiava! Não consegui proteger a única pessoa que era minha obrigação fazer. O olhar dele em pânico ainda estava vivido em minha mente, o corpo tremendo pelo ataque que tudo aquilo lhe causou. As lagrimas que jorravam pelo seu rosto. Sentia meu peito se apertar e os olhos queimarem pelas lagrimas que eu me esforçava para manter presas. Me escorei no bar, a cabeça pensa e o corpo inteiro tremendo. As lagrimas conseguiram quebrar a barreira e desciam tórridas e sem cessar pelo meu corpo. Meu coração doía tanto que era melhor não ouvi-lo bater. As batidas descompassadas zumbiam em meu ouvido, me fazendo chorar descontroladamente e como uma criança apavorada. O medo me percorria as entranhas, me sugando cada gota de vida e de alegria que demorei anos para sentir novamente. A cor em minha vida tinha ido embora. Apoiei as costas no bar, deixando meu corpo