— Não acredito que ele foi capaz de passar por cima da minha autoridade dessa forma! — Estou apertando com tanta força o volante do carro que sinto meus dedos latejarem. Diminuo a velocidade conforme paro na frente da garagem do nosso apartamento. Espero impacientemente o portão automático se abrir, sinto a cabeça latejar devido a forte enxaqueca que todo o estresse me ocasionou. Meu celular está tocando incessantemente desde a hora que deixei o escritório e nem preciso olhar no visor para saber que é ele. Mas mesmo assim pego o aparelho entre os dedos, fico encarando a foto que ele colocou no contato; foi tirada na nossa viagem pela Europa, estávamos de costa para a torre Eiffel, ambos sorrindo. Caleb me abraçava e eu tinha o rosto aninhado em seu peito e a mão nele, exibindo o diamante no dedo anelar, o mesmo anel que estava rodeando naquele momento. Um novo habito que tinha quando estava distraída ou nervosa. O portão finalmente abriu. — Foda-se ele! — Silenciei a chamada,
— Já disse que você fica lindo quando fica bravo? — Ela passou os dedos pelo meu maxilar tenso, até chegar aos meus lábios. Tive que respirar fundo para não desistir de tudo e pressionar essa mulher na parede, enquanto a fodia. — Maria Eduarda... — Seu nome saiu mais como um rosnado dos meus lábios, exalando tensão e desejo ao mesmo tempo. Ela sabia como me domar, como me dobrar inteiro, me deixando aos seus pés. Com um único toque, ela conseguia tudo de mim. Merda. Como essa mulher poderia ser tão gostosa assim? Suas irises cor de mel exalavam desejo e luxuria, seus olhos tinham um brilho que eu conhecia muito bem. O brilho do tesão. Ela subiu a outra mão até meu pescoço, arranhando delicadamente as unhas em minha pele, de uma forma nem tão impensada assim, mas sabia que ela estava me provocando. Eu conheço cada faceta dessa mulher, cada suspiro, gemido, olhar e até movimento que ela faz. Sei decifrar cada um deles. — O que foi, meu amor? — Ela aproximou
— Para de tentar impedir Mon Amour... — Mas um golpe baixo que dei nela. O francês quase a tirava de órbita e agradecia por saber falar esse idioma. Como golpe final, desci meus lábios até o meio de suas pernas, mordendo a parte interna de suas coxas e arrancando alguns gemidos de seus lábios, enquanto suas mãos puxavam meus cabelos e pressionava os quadris contra minha boca. Sabia o que ela queria e estava disposto a dar. Passei minha língua levemente pelo seu clitóris e senti seu corpo todo vibrando pelo meu toque. Cravei as unhas em suas coxas e puxei seu corpo para frente, a fazendo apoiar os pés em minhas costas. Pressionei a língua mais forte nela, fazendo movimentos calmos e circulares. Saboreava cada pulsação que sentia da sua boceta, me divertia com cada gemido rouco e baixo que saia dos seus lábios. Ela estava de olhos fechados, sem conseguir conter a excitação que seu corpo emanava com cada toque meu. — Abra os olhos. — Ordenei sem tirar a boca de sua entrada. — Q
Observava a cidade com calma, enquanto balançava o liquido âmbar do copo. Sempre tomava uma dose de uísque, principalmente em dias corridos como o de hoje. Passei a manhã toda atolado em papeis, mal tendo tempo de respirar. Uma planilha atras da outra, um documento em cima do outro e ainda tinha uma tonelada de reuniões na parte da tarde, mal sabia que horas conseguiria sair desse escritório. Bufei alto, tomando o resto da bebida de uma vez. Eu amo o meu trabalho, mas ultimamente anda bem desgastante, principalmente sem meu trio de ouro aqui — Maggie, Thomas e Nick —, eles fazem muita falta na parte de criação e projetos. Ainda não havia conseguido ocupar o lugar deles com alguém competente para isso. Fui despertado de meus devaneios com o telefone tocando e pelo ramal na tela, sabia que era a Andy ligando. — Fala! — Respondi, colocando a ligação no viva voz enquanto me levantava, para me servir de mais uma dose. — Tem uma pessoa querendo te ver, ela disse que é urgente! —
Caleb estava estranho. Além do normal, para piorar. Ele chegou em casa calado, inventou uma dor de cabeça como desculpa e disse que ia dormir. Mas estava estampado na cara dele que era mentira. O relógio da sala já marcava 23h e eu estava sentada na borda da piscina, balançando os pés na água e pensando em tudo isso, enquanto admirava a lua. Não vou força-lo a falar. Mas sempre que ele se fecha dessa forma, em seu próprio casulo, é como um alerta para mim de que algo vai acontecer ou já está acontecendo. Pode ser coisa da minha cabeça, mas não consigo não temer. Sempre contamos tudo um para o outro, mas, teve o episodio em que eu escondi coisas sobre o Michael e ele surtou — com razão, é claro. Balancei a cabeça, tentando espantar esses pensamentos. Uma vez que, me deixasse afundar nesse abismo, seria quase impossível sair dele. Resolvi tomar um banho de piscina, para tentar distrair a cabeça. Me pus de pé na borda e deslizei a camisola de seda pelos braços, jogando na espre
Andy havia virado gerente do Rh, cuidava de todo o setor de Recursos Humanos da Jones, tanto daqui do Brasil, como das filiais de fora. Ela era extremamente competente em seu trabalho e em 6 anos de empresa já havia subido de cargo diversas vezes. — Vou tentar descobrir o que houve e te falo se souber de algo. — Ela concordou e desligou. Fiquei pensativa todo o restante do percurso. Com toda certeza aquele envelope tinha algo haver com o mal humor dele. Corri para o quarto assim que fechei a porta da frente atrás de mim e fui direto para a gaveta dele. Respirei aliviada ao notar que o envelope ainda estava ali, o retirei com cuidado e o abri, me sentando no chão do closet mesmo para ver o que tinha no interior dele. Senti o peito apertar e a respiração falhar ao ver as fotos. Melissa! Meu cérebro automaticamente reviveu todo o inferno que passei a quase um ano atrás, por conta daquela filha da puta! Senti o peito pesar, as mãos começaram a tremer, o coração acelerou e
— Pronta? — perguntei me recostando na porta. Eduarda terminava de fechar a mala que estava sob a cama e se virou para mim em seguida. Ainda sentia o ar fugindo dos pulmões todas as vezes que aqueles olhos castanho-claros me observavam. Resfoleguei, não pude evitar. Algum dia eu me acostumaria com isso? Pedia a Deus todos os dias que não. — Não vejo a hora. — ela respondeu, me fazendo voltar com os pensamentos a nós. A passos lentos ela foi se aproximando de mim, até ficar a milímetros de distância, o bastante para fazer cócegas com seus cabelos em meu braço. Ela jogou os braços ao redor do meu pescoço e desci as mãos automaticamente para sua cintura, na verdade um pouco mais para baixo, ficando entre a curva do seu quadril e sua bunda deliciosa. Senti a ereção começar a crescer sob o tecido jeans da calça e não consegui evitar o meio sorriso com a sensação. Ela riu, entregando que também havia notado. Agradeci o fato dela estar de vestido, me dava fácil aceso a sua pele
Não havia nada que pudéssemos falar que chegasse aos pés daquela visão, era inútil tentar descrever aquilo em palavras, seria medíocre demais. — Agora entendo porque você não falava para onde estávamos vindo. — Ela se virou para mim e novamente quase tive uma sincope ao olhar em seus olhos. Estávamos de lado para o pôr do sol, o que fazia os últimos raios solares bater em seus olhos e fazer os tons de caramelo se intensificarem. — Aqui é perfeito. — ela sussurrou, acariciando minha nuca. Aproximei meu rosto do dela, ficamos tão próximos que sua respiração fazia cócegas em meus lábios. — Você é perfeita. Dizendo isso, beijei seus lábios com tanta calma e sutileza que a fez desfalecer contra meus braços. Queria que ela sentisse todo o meu amor, ao ponto de quase poder toca-lo. Não sei quanto tempo permanecemos ali, mas quando abri os olhos a lua já havia tomado o lugar dela, iluminando todo o local. — Vamos entrar? — perguntei e ela apenas concordou, entrelaçando sua m