Senti meu corpo se acalmar na terceira dose de uísque e só então consegui voltar a trabalhar com mais calma. Algumas horas depois o Thomas entrou na sala para discutir sobre o projeto da empresa do Matteo que seria para essa semana. — Adia para o fim do mês! — Respondi enquanto terminava de assinar alguns documentos do financeiro. — Mas o orçamento já foi liberado e o projeto já está quase pronto chefe. — Ele respondeu calmamente. — Já estamos com esse projeto a quase um mês para ser finalizado e não acho correto jogar para o fim da fila. — Você não tem que achar nada Thomas, não é pago para isso! — Cruzei os braços, o encarando. Minha paciência estava no limite. — Você é pago para obedecer às minhas ordens e fazer o que eu mando! — Respondi de forma ríspida. — Tem algo contra isso? — Na verdade eu tenho sim! — Dava para ver sua mandíbula tensa e sua respiração pesada. — Acho que você tem que deixar seus problemas pessoais longe da empresa e pensar como empresário nessas ho
Aqueles olhos... E que olhos! Eles me analisavam com curiosidade e quase me despiam, arrancando toda a armadura, o orgulho e meu maldito controle. Porra! Não fazia nem 20 minutos que ela estava na minha sala e já estava surtando por dentro, mas por fora a indiferença reinava. Nunca daria o braço a torcer e demonstrar tudo que estava sentindo. Ela não me dobraria ao meio assim tão fácil. Ao menos, eu espero... Havia analisado seu currículo antes dela chegar, mas não esperava por alguém como ela. Assim que me virei e a vi entrando pela sala, soube facilmente que me daria dor de cabeça. Não era paixão, nem nada do tipo, mas ela tinha algo que me fascinou de alguma forma. O jeito que mexia nos cabelos quando estava nervosa, ou a maneira que apertava as coxas, mexia as mãos ansiosamente... Tudo ali estava me deixando tonto. Precisava saber mais sobre ela, meu corpo reagiu de uma maneira que nunca ocorreu antes. Respirei fundo, fazendo o máximo para manter a cabeça no lugar.
Dias atuais. Me endireitei na cadeira, sentindo cada musculo do meu corpo reclamar de dor, massageei a têmpora na tentativa de amenizar a enxaqueca que estava prestes a começar. Já passavam das 14 horas e mal teve tempo de almoçar, o dia foi extremamente corrido e estressante. Rodou seu solitário no dedo, — uma mania que tinha toda vez que a saudade de seu noivo a apertava — só queria que o dia terminasse logo, para se aninhar no corpo dele e esquecer do estresse, da pressão de comandar uma empresa. Caleb havia me deixado no prédio da Jones de manhã e desde então não nos falamos mais, sabia que seu dia seria cheio de reuniões e vídeo conferencia, por conta da expansão da Jones que estava crescendo bastante. Me levantei, me colocando de frente para as enormes paredes de vidro, — um toque especial dele em meu escritório — cruzei os braços e fiquei admirando o sol se pôr, indo do amarelo para o laranja e depois avermelhando o céu em nuances de cores tão lindas, que era impossíve
Ele me levantou, tive que apertar as pernas ao redor de sua cintura para não cair e sem desgrudar nossos lábios ele caminhou calmamente comigo no colo até o extenso sofá que tinha no escritório, me deitando com calma ali e se pondo com cuidado em cima de mim. — Caleb... — Coloquei as mãos em seu peito, afastando-o um pouco de mim e interrompendo nosso beijo. — A porta... — Era única coisa que meu pulmão me deixou falar enquanto tentava recuperar o oxigênio e os sentidos. Caleb apoiou o peso em seus cotovelos e passou os dedos pelo meu rosto, soltei um suspiro longo e fechei os olhos para me concentrar em seu toque. Seu dedo parou em meus lábios inchados e rosados, devido ao beijo intenso que tivemos a pouco. Assim que meus olhos voltaram a se abrir, meu corpo inteiro derreteu sob o seu olhar, transmitia tantos sentimentos em silencio. Levantei a mão para acariciar seu rosto e antes que conseguisse fazer isso, ele entrelaçou os dedos nos meus e beijou o anel solitário que decorava
Mal entrei no escritório e Andy já entrou na sala ao meu encalço. — Temos visita e pela cara dela não é coisa boa. — Andy recostou no batente da porta, apoiando somente o salto no chão, trocando o peso do corpo para o pé esquerdo. — Bom dia para você também, Andrea! — Falei, ironicamente. Recebendo em troca um revirar de olhos e uma torcida de nariz. — É a Bianca, da Beauté Company e ela quer uma reunião urgente com você! — Ok! — Me sentei na cadeira, apoiando os cotovelos no encosto dela. — Pode deixar entrar. Andy somente assentiu e saiu da sala. Menos de cinco minutos depois, Bianca adentrou o grande cômodo, pisando firme e com o semblante sério. — Bianca! — Cruzei as mãos, apoiando o queixo sob o dorso delas. — A que devo a honra da visita? — Apontei para a cadeira a minha frente. — Sente-se por favor! — Bom dia Caleb. — Ela caminhou até a cadeira e se sentou, cruzando as pernas e apoiando as mãos sob o joelho. — Não queria ter que chegar a esse ponto. Não me leve a ma
— Não acredito que ele foi capaz de passar por cima da minha autoridade dessa forma! — Estou apertando com tanta força o volante do carro que sinto meus dedos latejarem. Diminuo a velocidade conforme paro na frente da garagem do nosso apartamento. Espero impacientemente o portão automático se abrir, sinto a cabeça latejar devido a forte enxaqueca que todo o estresse me ocasionou. Meu celular está tocando incessantemente desde a hora que deixei o escritório e nem preciso olhar no visor para saber que é ele. Mas mesmo assim pego o aparelho entre os dedos, fico encarando a foto que ele colocou no contato; foi tirada na nossa viagem pela Europa, estávamos de costa para a torre Eiffel, ambos sorrindo. Caleb me abraçava e eu tinha o rosto aninhado em seu peito e a mão nele, exibindo o diamante no dedo anelar, o mesmo anel que estava rodeando naquele momento. Um novo habito que tinha quando estava distraída ou nervosa. O portão finalmente abriu. — Foda-se ele! — Silenciei a chamada,
— Já disse que você fica lindo quando fica bravo? — Ela passou os dedos pelo meu maxilar tenso, até chegar aos meus lábios. Tive que respirar fundo para não desistir de tudo e pressionar essa mulher na parede, enquanto a fodia. — Maria Eduarda... — Seu nome saiu mais como um rosnado dos meus lábios, exalando tensão e desejo ao mesmo tempo. Ela sabia como me domar, como me dobrar inteiro, me deixando aos seus pés. Com um único toque, ela conseguia tudo de mim. Merda. Como essa mulher poderia ser tão gostosa assim? Suas irises cor de mel exalavam desejo e luxuria, seus olhos tinham um brilho que eu conhecia muito bem. O brilho do tesão. Ela subiu a outra mão até meu pescoço, arranhando delicadamente as unhas em minha pele, de uma forma nem tão impensada assim, mas sabia que ela estava me provocando. Eu conheço cada faceta dessa mulher, cada suspiro, gemido, olhar e até movimento que ela faz. Sei decifrar cada um deles. — O que foi, meu amor? — Ela aproximou
— Para de tentar impedir Mon Amour... — Mas um golpe baixo que dei nela. O francês quase a tirava de órbita e agradecia por saber falar esse idioma. Como golpe final, desci meus lábios até o meio de suas pernas, mordendo a parte interna de suas coxas e arrancando alguns gemidos de seus lábios, enquanto suas mãos puxavam meus cabelos e pressionava os quadris contra minha boca. Sabia o que ela queria e estava disposto a dar. Passei minha língua levemente pelo seu clitóris e senti seu corpo todo vibrando pelo meu toque. Cravei as unhas em suas coxas e puxei seu corpo para frente, a fazendo apoiar os pés em minhas costas. Pressionei a língua mais forte nela, fazendo movimentos calmos e circulares. Saboreava cada pulsação que sentia da sua boceta, me divertia com cada gemido rouco e baixo que saia dos seus lábios. Ela estava de olhos fechados, sem conseguir conter a excitação que seu corpo emanava com cada toque meu. — Abra os olhos. — Ordenei sem tirar a boca de sua entrada. — Q