Finalmente era sexta feira, não via a hora de cair na cama e dormir sem me preocupar com a hora, mas ainda precisaria aguentar mais um dia de trabalho. Ontem na volta para casa liguei para minha mãe para saber como estavam as coisas. Descobri que o David havia tido alta no começo da semana, por isso a visita inesperada a Jones ontem. Mas continuaria o tratamento de casa, fazendo fisioterapia e terapia da fala para evitar futuros problemas, fora isso, faria exames periodicamente para que não tivesse outro avc e para evitar outros transtornos de saúde também. — Bom dia meninas! — Falo assim que passo pela recepção e encontro as novas recepcionistas sentadas. — Bom dia senhor! — Ambas respondem em uníssono, mas percebo que uma delas me olha com segundas intenções. Valentina. Algo me diz que terei algumas dores de cabeça com ela em relação a isso. Rebecca já parecia mais na dela, educada, mas sem ultrapassar a linha tênue que dividia o profissional do passar dos limites. — Onde
Minha mãe faz contato visual comigo e seus olhos quase imploram para que eu deixe essa história no passado. E por ela, somente por ela, estico a mão e aperto a dele. Por hora, vou tentar acreditar nele. — Agora vamos deixar você trabalhar, Leb. — Me levantei e fui até ela. — Tenta aparecer em casa esse final de semana. — Ela arrumava minha gravata enquanto falava. — Sinto sua falta, aquela casa fica tão vazia sem você. — Seus olhos marejaram e ela teve que piscar diversas vezes para impedir que as lagrimas caíssem. — Eu te ligo, combinando tudo mãe. — Dei um beijo em sua testa e outro em sua bochecha, demorando mais que o necessário. — Te amo. Ela assentiu e caminhou até a porta, onde David já a esperava, ele acenou para mim antes de sair e apenas concordei levemente com a cabeça. Assim que a porta se fechou, me joguei na cadeira, desafrouxando a gravata que me sufocava, mas sabia que não era ela. Sempre ficava assim depois da visita dele. Porra. A porta se abriu e estav
Meu sangue fervia, ao ponto de quase conseguir sentir as veias borbulhando. Se isso fosse possível, já teria entrado em combustão. — Como aquele filho da puta teve coragem de fazer isso?! — Meu escritório estava um total caos. Meu computador agora estava no chão, fazendo companhia para o telefone fixo e mais um monte de papeladas que não me importei nenhum pouco em jogar ao chão, deixando minha mesa completamente vazia. Andava de um lado para o outro, tomando cuidado para não pisar em cima dos cacos de vidro dos copos que joguei na parede. — Eu juro que vou matar aquele desgraçado! — Não fazia o menor esforço para falar mais baixo. Estava pouco me fodendo para o barulho que estava fazendo. Precisava colocar aquela raiva para fora, ou acabaria sendo preso por homicídio. E pode ter certeza que será doloso! — Está tudo bem, Caleb? — A voz da Andy me fez virar bruscamente para a porta. Ela estava parada, segurando a maçaneta e com a boca entreaberta, analisando todo o escr
Minha cabeça latejava e sentia meu corpo tremer, resultado de todo o estresse do dia. Daria tudo para uma dose de uísque, ou uma carreira de algo mais forte. Ao pensar nisso, notei que havia faltado na minha consulta com o Dr. Robert, suguei todo o ar que pude para os meus pulmões me amaldiçoando por ter esquecido de algo tão importante. Me despedi de minha mãe e segui até o carro. Bati a porta e liguei o ar condicionado, recostando a cabeça no banco do carro. Enxaqueca... Palpitações... Tremedeira... Passei a mão na testa. Sudorese em excesso... Irritabilidade... Merda! Estava tendo uma das minhas crises de abstinência. Como se meu cérebro finalmente compreendesse o que estava acontecendo, senti um arrepio percorrer a espinha, fazendo os tremores se intensificarem. Apertei o botão do painel que era conectado com o bluetooth do meu celular. — Ligar para Dr. Robert. — Fechei os olhos enquanto ouvia o celular tocando e torcia para que ele atendesse. — Pensei que
Desembarquei em Chicago por volta das 22h, estava completamente exausto e só queria uma cama para dormir. Confesso que não queria ter que vir para cá, mas, precisava resolver pessoalmente alguns assuntos da Jones com alguns de nossos clientes e não poderia delegar esses assuntos para os funcionários da Jones. Ficaria somente alguns dias, ao menos era o que eu pretendia. Queria estar em casa na sexta, no máximo, acredito que conseguiria resolver tudo em 6 dias. Estar em Chicago trazia à tona todos os meus vícios e precisava me esforçar ao máximo para não cair no abismo novamente. Peguei minha mala no despacho do aeroporto e entrei no primeiro taxi que vi na área externa do desembarque. Recostei a cabeça no banco e sem perceber adormeci, só acordando quando já estava na frente do meu antigo apartamento que por sorte não tinha sido vendido. Paguei o motorista, peguei minha mala e segui para dentro da recepção. Como o apartamento ainda me pertencia, não precisei me identificar na
Olhei de relance para a Mel e a vi se masturbando enquanto admirava nós dois fodendo. Mordisquei o mamilo da Snow, provocando mais alguns longos gemidos dela enquanto continuava subindo e descendo em mim, me levando ao paraíso e ao inferno ao mesmo tempo. Me torturando, a cada rebolada que dava. Caminhei devagar até a cama, ajoelhando no colchão e a deitando sob ele, sem diminuir as estocadas. Mel se colocou em cima dela, sentando a boceta em seu rosto e sem precisar mandar, Snow começou a chupa-la enquanto a penetrava com força. — Porra! — Era a visão do paraíso ver as duas fodendo bem na minha frente. Era o fetiche de boa parte dos homens, inclusive o meu. Mel gemia alto, se esfregando na cara da Snow, que gemia também. Ela cravou os dedos nas coxas da Mel, se prendendo ali, enquanto seu corpo chacoalhava para cima e para baixo, devido a intensidade das estocadas. A cada penetrada sentia sua boceta quase abraçando meu pau, inchando cada vez mais em volta dele. Me levantei
Passei o resto do dia remoendo as lembranças daquele dia, sentia um aperto no peito como se fosse um aviso de que alguma coisa não estava bem. Algo de ruim iria acontecer. Fiquei inquieto, nada distraia a minha cabeça. Tentei me exercitar na academia do condomínio, mas não consegui fazer mais do que 20 minutos de exercício, piscina não adiantou, leitura, dormir, trabalhar... Absolutamente nada ocupava meus pensamentos. Estou sentado na frente da televisão, que não passa de um borrado para mim, algum filme passa na tela, mas não prende minha atenção. Meu olhar está fixo no teto, minha cabeça roda com todas as lembranças e só percebo que estou chorando quando sinto as lagrimas esquentarem meu rosto. Odeio esse sentimento. Meu peito pesa, como se tivesse alguém sentado sob ele e sei que é o primeiro sinal da ansiedade vindo à tona. As vezes queria nunca ter a reencontrado, ou saber que era adotado. Scarlett sempre foi muito transparente comigo em relação a isso, nunca escondeu
“Querido Caleb, Escrevo essas palavras enquanto o medicamento ainda me faz efeito, evitando assim, que a dor me arrebate novamente. Estou com câncer, não sei se soube, por conta do cigarro e das bebidas, adquiri câncer no pulmão e estou em estágio 4 já. Agora a única coisa que resta é esperar a morte me abraçar. Não escrevi isso para que sinta pena, não é essa minha intenção. Estou escrevendo para lhe contar o porquê te abandonei, por mais que eu saiba que isso não tem justificativa plausível. Antes de você nascer, muito tempo antes... Me envolvi com um homem casado, eu era nova, ingênua e inconsequente. Não pensava muito nas consequências de nada, queria viver o agora e só isso me importava até que... Engravidei. E ele claro, que sumiu assim que soube, não o culpei, afinal, ele era casado e eu sabia disso desde o começo. Segui com a gravidez e faltando alguns dias para seu irmão nascer, ele retornou, o pai, dizendo que estava arrependido e que fugiu porque havia se assustado co