“Ricardo”A Melissa tinha um timing perfeito para soltar suas pérolas. Claro que ela tinha razão, era incompreensível que o Leonel, sendo o homem perverso e mal intencionado que nós estávamos descobrindo, não enxergasse que a esposa o traía descaradamente.- Pelo visto você já está sabendo de alguma coisa, Mel. – Eu comentei e ela sorriu.- Eu estou sabendo de muita coisa, Rick! – Eu não sabia explicar nem como e nem onde ela conseguia descobrir as coisas. – Don, cadê o seu investigador?- Já deve estar chegando, Melissa. – O Don olhou o relógio de pulso antes de responder.- Estou aqui, Donaldo. – Um homem de estatura mais baixa, magro e usando óculos de grau entrou na sala.- Agostinho Rezende, o investigador. – O Donaldo o apresentou e não perdeu tempo. – O que você tem pra mim, Agostinho?- Aqui. – O homem entregou uma pasta ao Don. – Fotos e vídeos da mulher e do rapaz juntos, na imobiliária e no apartamento dele. Ele se mudou hoje e a mulher foi visitá-lo, eu estava de campana q
“Anabel”Eu olhava para a Melissa, mas estava pensando em quantas coisas aconteceram na minha vida e que eu achava que eram coincidências, mas pelo visto não eram.Quando a Ilana foi morar em minha casa ela inventou que eu estava saindo à noite às escondidas, pela janela do meu quarto, mas eu nunca havia saído. No entanto, ela fez o meu pai acreditar. Eu levei uma surra e fiquei de castigo.No dia seguinte ela se machucou e inventou que eu havia batido nela porque ela havia contado que eu fugia e a mãe dela fez o meu pai me tirar do meu quarto e colocar a Ilana lá. O meu quarto se tornou o quarto dela. E a Irina ainda convenceu o meu pai que eu deveria ser castigada por me comportar mal e deveria ser colocada no quarto do sótão, que nem era um quarto e não tinha janela. Era só um ambiente frio e sem mobília na casa, que parecia ficar em outra realidade. A Ilana sempre inventava coisas contra mim, se machucava e falava que eu tinha batido nela, arrancava as cabeças daquela coleção de
“Anabel”Todos nós olhávamos para o advogado em expectativa. Todos entendiam que tirar o sobrenome do Leonel seria um golpe duríssimo para ele, mas despertaria uma fera louca. Contudo, eu concordava com o meu irmão, precisava ser feito. Mas será que conseguiríamos?- Posso garantir que conseguiremos. – O Dr. Romeu era muito confiante. – Agora os papéis que você me pediu. Aqui, esses são os que tratam da transferência de ações. A Anabel transfere três por cento do que ela tem pra você. É só assinar e eu levo no cartório e faço todos os trâmites. Amanhã mesmo você entra na empresa como acionista majoritário.- Excelente! – Eu me apressei. – Onde eu assino?- Você precisa ler, moça! – O advogado me advertiu.- Eu confio em vocês. – Respondi.- Nunca confie quando precisar assinar um papel, ainda que seja um guardanapo sujo. Sempre leia, Anabel. – O advogado me alertou e ele tinha razão, eu precisava ser mais cuidadosa.Ele me entregou os papéis e eu comecei a ler. Era tudo bem simples e
Cheguei em casa depois de um dia puxado e meus pais estavam me esperando na sala. - Catarina, senta aí que precisamos conversar. – Meu pai falou e parecia bem nervoso. - Pode falar, pai, o que aconteceu? – Perguntei ao meu pai cansada, eu tinha trabalhado o dia todo, ido pra faculdade à noite e, ao chegar em casa, a única coisa que eu queria era tomar um banho e cair na cama. Mas não foi possível. - Catarina, chegou o convite de casamento da sua prima. – Minha mãe falou. - Aquela mulherzinha não é minha prima! – Falei já ficando nervosa. - Catarina, ela é a sua prima. – Minha mãe falou. – É melhor você parar com esse ataque de infantilidade. A Melissa já bateu nela e fez um escândalo aqui em casa. Agora chega! Ela é filha da minha irmã, portanto é sua prima. - Me desculpa, mãe, mas ela não é nada pra mim. – Tentei manter a calma. – Ela ficou com o meu namorado na minha cama, isso não é coisa que se faça. Eu namorava o Cláudio há quatro anos, ele foi meu primeiro namorado, e o en
Não teve jeito, minha amiga me arrastou para o baile. Logo que entramos a Mel nos arrastou para o bar e falou no meu ouvido: - A festa é open bar, então hoje você vai beber para afogar de vez a tristeza! –A Mel me entregou dois shots de tequila e com mais dois em suas mãos me falou: - Vamos virar! – viramos a tequila e o Fernando já entregava uma taça de cosmopolitan para cada uma. Melissa me arrastou para a pista de dança e até que eu estava me divertindo. Começou uma música lenta e o Nando e a Mel começaram a dançar agarradinhos, aproveitei a deixa e me encaminhei para o buffet, mas não consegui chegar, senti uma mão puxando a minha e quando olhei para trás havia um homem com uma máscara preta sorrindo pra mim, e que sorriso! Ele beijou minha mão e me puxou para perto dizendo no meu ouvido com uma voz rouca: - A mulher mais linda do salão não vai me negar uma dança, vai? - E por que não? Vamos dançar. – Sorri pra ele. Era impossível resistir aquela voz rouca sedutora e aque
Na segunda, na hora do almoço, encontrei a Mel e ela me entregou uma sacolinha de uma loja chique. Olhei pra ela sem entender.- Minha mãe mandou eu te entregar. Ela disse que ele é perfeito para você e não combina com ela. – A Mel falou com um grande sorriso.Abri a sacolinha e lá dentro estava o perfume que eu usei para ir ao baile. Eu abri um grande sorriso. Eu amei aquele perfume e ele era parte da melhor noite da minha vida. Só esperava que a minha melhor noite não tivesse me deixado uma doença sexualmente transmissível de lembrança. Com esse pensamento agradeci a Mel e mais tarde ligaria para a mãe dela, então falei pra Mel que queria ligar para o laboratório e marcar os exames.Liguei para o laboratório e fui informada que precisaria apresentar um pedido médico para fazer os exames pelo plano de saúde. Graças a Deus a empresa pagava plano de saúde para os funcionários, porque se não, não sei o que faria, meu salário não era alto e o pouco que sobrava depois de cobrir as despesa
Quando eu me formei, Pedro já estava com dois anos. A essa altura ele já andava para todos os lados, sempre agarrado na vovó, que foi a primeira palavrinha que ele disse. Era um menino lindo, cabelinhos pretos bem lisinhos, pele clara, um nariz arrebitadinho e aqueles enormes olhos violeta que me faziam suspirar. Ele era o meu sol! E agora eu teria mais tempo pra ele.Após a formatura meu chefe me chamou para conversar, ele era um ótimo chefe, disse que estava muito feliz comigo na empresa, mas sabia que eu merecia chegar muito longe, então eu deveria procurar emprego na minha área, que ele compreenderia. Garantiu que meu emprego na construtora seria meu enquanto eu quisesse e que se eu saísse e não desse certo eu teria para onde voltar. Mas que eu deveria buscar algo na minha área de formação, para dar um futuro muito melhor para o meu filho. Eu fiquei muito emocionada com isso e aceitei o seu bom conselho.Contei pra Melissa e ela logo me disse que ia falar com o pai dela para que e
Me apresentei na empresa às oito da manhã. Fui muito bem recebida pela Sra. Mariana, que me apresentou todo mundo e todos foram gentis. O chefe não estava lá, estava viajando e chegaria no final da semana. O escritório era lindo, muito moderno, todo decorado em branco, aço inox e detalhes verdes, muito profissional e acolhedor ao mesmo tempo. Era elegante e eu gostei muito. Fiquei particularmente feliz por ter escolhido vestir um terno preto, com uma blusa de cetim verde escuro por baixo e saltos pretos. Eu deveria estar elegante todos os dias agora, afinal ia trabalhar direto com o presidente da empresa.No meio da manhã recebi uma mensagem da Mel dizendo que conseguiu marcar com a diretora da creche próxima ao nosso apartamento para a hora do almoço. Expliquei a situação a Sra. Mariana e perguntei se seria possível me liberar no horário, mas que eu estaria de volta a tempo.- Então você tem um filho. Qual a idade dele? – ela me perguntou com um sorriso.- Ele tem dois anos. É um gar