Na segunda, na hora do almoço, encontrei a Mel e ela me entregou uma sacolinha de uma loja chique. Olhei pra ela sem entender.
- Minha mãe mandou eu te entregar. Ela disse que ele é perfeito para você e não combina com ela. – A Mel falou com um grande sorriso.
Abri a sacolinha e lá dentro estava o perfume que eu usei para ir ao baile. Eu abri um grande sorriso. Eu amei aquele perfume e ele era parte da melhor noite da minha vida. Só esperava que a minha melhor noite não tivesse me deixado uma doença sexualmente transmissível de lembrança. Com esse pensamento agradeci a Mel e mais tarde ligaria para a mãe dela, então falei pra Mel que queria ligar para o laboratório e marcar os exames.
Liguei para o laboratório e fui informada que precisaria apresentar um pedido médico para fazer os exames pelo plano de saúde. Graças a Deus a empresa pagava plano de saúde para os funcionários, porque se não, não sei o que faria, meu salário não era alto e o pouco que sobrava depois de cobrir as despesas da faculdade eu ajudava em casa, já que minha mãe não trabalhava fora e meu pai também não ganhava muito como motorista.
Então marquei o médico que só tinha horário para quinze dias depois e aguardei agoniada. Quanto mais os dias passavam mais nervosa eu estava, a Mel fazia de tudo para me acalmar. Na data marcada ela foi comigo ao médico. Com a lista de exames nas mãos ela mesma marcou o laboratório e fez questão de me acompanhar. Já tinham se passado três semanas desde a festa quando eu finalmente consegui fazer os exames. Os resultados saíram cinco dias depois e eu voltei ao médico. Claro que a Mel estava comigo.
O médico verificou os resultados e me olhou nos olhos:
- Srta. Catarina, sua saúde está ótima. Você está saudável. Mas, daqui pra frente terá que se cuidar melhor.
Eu respirei aliviada, mas ia mesmo escutar do médico um sermão por ter transado com um estranho sem camisinha? Bem que eu merecia, foi uma burrice não usar preservativo, eu poderia ter pegado uma doença. E então ele continuou falando:
- Parabéns, você está grávida! Vou encaminhá-la para um ginecologista obstetra para que você faça o pré natal....
Eu não ouvi mais nada, só o sangue pulsando em meus ouvidos. Eu não podia acreditar nisso! Grávida? Como eu iria explicar? Não é possível. Logo eu que era a senhora certinha, que nunca dava um passo fora da linha, que antes de fazer qualquer coisa sempre pesava as conseqüências dos atos, que sempre fui responsável, na primeira vez que deixo a racionalidade de lado acabo grávida e nem sei quem é o pai! A Mel segurava minha mão e repetia:
- Calma, Cat, vai ficar tudo bem!
Como ficaria tudo bem? Eu nem sabia quem era o pai. Merda! Eu teria que contar isso para os meus pais, sua única filha acabaria com eles. Eles ficariam decepcionados, iriam me odiar, me colocariam pra fora de casa. Como eu ia explicar que não sei nem como é a cara do pai do meu filho? Eu já estava hiperventilando. De repente, senti o médico pegando minha mão e falando calmamente:
- Filha, calma! A situação, pelo que percebo, não é a melhor, mas você não pode ficar nervosa assim, isso fará mal para o seu bebê, agora você tem que se cuidar por ele. Tenho certeza que as pessoas que te amam vão te apoiar e ajudar. Mas você precisa se acalmar, porque só você pode cuidar para que esse bebê se desenvolva saudável e nasça forte. Você me compreende?
Olhei para aquele senhor baixinho, de cabelos brancos, meio rechonchudo, com os óculos apoiados na ponta do nariz e balancei a cabeça positivamente, de alguma forma ele me acalmou um pouco, talvez porque em seus olhos brilhava uma gentileza e uma compreensão que a gente quase não vê mais nos dias de hoje. O médico pediu a secretária para trazer um chá de camomila para mim e enquanto eu bebia o chá e tentava me acalmar ele passava todas as informações para a Melissa que ouvia tudo atentamente.
Saímos do consultório e a Melissa me levou para uma lanchonete dizendo que nós precisávamos comer alguma coisa. Logo que me sentei senti as lágrimas caírem. Minha amiga me abraçou e me disse mais uma vez que eu não estava sozinha. Olhei para ela e disse:
- A única certeza que tenho agora é que quero você e o Nando como padrinhos do meu filho, porque sei que vocês vão apoiá-lo e dar a ele muito amor.
Os olhos dela brilharam e ela explodiu em lágrimas e soluçando me respondeu:
- Eu vou ser a melhor madrinha do mundo e vou estar sempre perto do nosso bebê! E tenho certeza que o Nando vai ficar muito feliz também!
Ela garantiu que estaria ao meu lado sempre, deixou claro que eu não passaria por nada sozinha e que estaria comigo quando eu fosse falar com meus pais. Meus pais... ai! Comecei a raciocinar e decidi que não iria esconder deles nem por um dia, ia contar naquela noite mesmo, não iria a faculdade, pois iria pra casa falar com eles. A Mel logo me apoiou e disse:
- Então vamos, eu estou com você!
Quando chegamos em minha casa meus pais se assustaram e minha mãe já veio toda preocupada:
- Meninas, vocês não foram a aula hoje? Está tudo bem?
- Não muito, mãe. Eu preciso falar com vocês.
Meus pais perceberam logo que era algo muito sério. Nos sentamos todos na sala e eu contei a eles o que estava acontecendo e que eu fui irresponsável e fiquei com um estranho na festa, não entrei em detalhes obviamente, mas deixei claro que não poderia encontrar o pai do meu filho de novo. A decepção nos olhos deles era evidente. Minha mãe soluçava de tanto chorar e dizia que eu estava arruinada. Meu pai até então não havia dito nada. A Melissa vendo como minha mãe estava nervosa foi logo na cozinha e voltou com um copo de água com açúcar para ela. Melissa sempre dá água com açúcar pra quem está nervoso dizendo que acalma, eu nunca entendi isso.
Por fim, meu pai falou:
- Você cometeu um erro muito grande e não tem volta.
Meus pais eram pessoas muito simples, meu pai era um homem alto e forte, minha mãe uma versão mais velha de mim, mas ambos tinham grande caráter e princípios muito sólidos que sempre fizeram questão de me passar. Ouvir meu pai enfatizar que eu errei fez meu coração doer ainda mais. Eu comecei a chorar e fui falando:
- Eu sei, pai, eu fui irresponsável. Mas agora não tem jeito. Eu vou deixar a faculdade para poder criar meu filho. E já vou fazer minha mala...
- Fazer a mala? Você está muito enganada se acha que vai sair dessa casa assim. Você errou, nos decepcionou, mas nós te amamos, vamos superar isso e vamos ajudar você. Você não está sozinha, minha filha! E essa criança também não! – Meu pai disse isso e meu coração se encheu de esperança.
- Mas pai, eu envergonhei vocês...
- Você não é a primeira e não será a última mãe solteira nesse mundo. Nós gostaríamos que as coisas fossem diferentes para você, que não fossem tão difíceis. Você sempre foi tão responsável! Mas, se é assim, nós vamos enfrentar isso. Você não vai deixar a faculdade, mais do que nunca você precisa crescer na vida para cuidar do seu filho, você vai ser mãe solteira, sua responsabilidade é muito grande. Nós vamos te ajudar e, mesmo que seja com dificuldade, vai dar tudo certo.
A Melissa já estava chorando e logo falou com os meus pais:
- Sr. Antônio, Dona Celina, vocês contem comigo, vou ajudar em tudo! Até porque eu sou a madrinha desse bebê, a Cat é como uma irmã pra mim, e vou estar sempre por perto.
Meus pais olharam para ela com gratidão. Eu olhei para aqueles três me sentindo completamente abençoada por tê-los em minha vida, cheia de amor por eles e um sentimento totalmente novo por aquele serzinho que ainda crescia dentro de mim e que eu acabava de descobrir a existência!
Por mais difícil que fosse ser mãe solteira, aquela noite no baile foi a melhor noite da minha vida. Eu nunca vou poder esquecer aqueles olhos azuis violeta me olhando com adoração durante nosso encontro furtivo e tudo o que meu corpo experimentou naquela noite. Eu sempre teria essa doce lembrança comigo.
Os meses seguintes foram difíceis. Guardei em uma caixa o vestido, os sapatos, a máscara e o perfume que a mãe da Mel me deu. Em dias difíceis eu abria aquela caixa e revivia em minha memória aquela noite.
Embora eu tenha tido uma gravidez tranqüila, os comentários e a maldade das pessoas era difícil suportar. Para piorar, depois que se casaram, meu ex e minha prima foram morar com os pais dela, que moravam na mesma rua que nós, e eles faziam questão de me humilhar com comentários maldosos sempre que me viam e espalharam no bairro inteiro que eu não sabia quem era o pai do meu filho e que eu era uma perdida, por isso que o Cláudio me deixou. Eu queria matá-los! A mãe da Kelly, que era irmã da minha mãe, também não perdia a oportunidade de ir lá em casa nos atormentar, dizendo que ainda bem que a filha dela não era como eu, que era uma boa moça, que tinha se casado com um homem decente. Parecia ter esquecido que aquela puta roubou meu namorado e transou com ele na minha cama.
Mas eu engolia tudo, não valia a pena bater boca com essa gente e eu não queria transmitir sentimentos ruins ao meu filho. Quanto mais os dias passavam, mais eu amava aquele bebê, eu não tinha idéia que poderia existir um amor assim. Tudo o que eu fazia, fazia por ele. Eu o protegeria de tudo, eu daria a minha vida por ele. E, por incrível que pareça, com a gravidez parecia que todas as coisas fluíam para o meu bem, tudo ia se encaminhando e dando certo.
Meu chefe foi ótimo, entendeu minha situação e até aumentou um pouco o meu salário, o que foi uma enorme ajuda! A Mel e o Nando me cobriam de mimos, estavam apaixonados pelo afilhado que ainda nem sabiam se seria menina ou menino. Fizeram questão de comprar tudo para o quartinho que ficou muito lindo. A Mel me acompanhava em todas as consultas, em cada exame, não perdia nada. Até organizou um chá de fraldas na empresa e outro na faculdade. Meu filho chegaria ao mundo com muito amor.
Descobri que eu teria um menino e decidi que se chamaria Pedro. E assim foi. Pedro nasceu saudável, com um par de imensos olhos azuis violeta que nunca me deixariam esquecer da noite que mudou a minha vida, mas que foi a melhor noite que eu vivi! Eu nunca esqueceria aquele homem!
Meu filho foi rodeado de amor desde o primeiro momento. Meus pais estavam encantados pelo neto. A Mel e o Nando todos os dias iam em casa ver o afilhado e saber como estávamos. A Mel sempre me acompanhando em tudo. Os pais dela também foram visitar o Pedro e disseram que seriam avós postiços, já que me consideravam como filha também, achei lindo isso, eles também me cercavam de cuidados. Fizeram questão de dar o carrinho de presente e no dia que o Pedro nasceu foram para a maternidade com uma cesta enorme de flores e balões de boas vindas.
Com o fim da licença maternidade, meu filho ficava aos cuidados da minha mãe enquanto eu estava no trabalho e na faculdade. Eu trabalhava muito e todo o tempo que não estava na faculdade ou no trabalho dedicava ao meu filho. Com a ajuda dos meus pais e dos padrinhos do meu filho eu estava conseguindo dar conta de tudo e não perdi nenhum semestre na faculdade, me formando junto com a minha amiga Melissa. Foi um grande momento para mim e para minha família. Com meu diploma em mãos, eu agora correria atrás de um futuro melhor, com o propósito firme de que nada faltaria ao meu filho.
Quando eu me formei, Pedro já estava com dois anos. A essa altura ele já andava para todos os lados, sempre agarrado na vovó, que foi a primeira palavrinha que ele disse. Era um menino lindo, cabelinhos pretos bem lisinhos, pele clara, um nariz arrebitadinho e aqueles enormes olhos violeta que me faziam suspirar. Ele era o meu sol! E agora eu teria mais tempo pra ele.Após a formatura meu chefe me chamou para conversar, ele era um ótimo chefe, disse que estava muito feliz comigo na empresa, mas sabia que eu merecia chegar muito longe, então eu deveria procurar emprego na minha área, que ele compreenderia. Garantiu que meu emprego na construtora seria meu enquanto eu quisesse e que se eu saísse e não desse certo eu teria para onde voltar. Mas que eu deveria buscar algo na minha área de formação, para dar um futuro muito melhor para o meu filho. Eu fiquei muito emocionada com isso e aceitei o seu bom conselho.Contei pra Melissa e ela logo me disse que ia falar com o pai dela para que e
Me apresentei na empresa às oito da manhã. Fui muito bem recebida pela Sra. Mariana, que me apresentou todo mundo e todos foram gentis. O chefe não estava lá, estava viajando e chegaria no final da semana. O escritório era lindo, muito moderno, todo decorado em branco, aço inox e detalhes verdes, muito profissional e acolhedor ao mesmo tempo. Era elegante e eu gostei muito. Fiquei particularmente feliz por ter escolhido vestir um terno preto, com uma blusa de cetim verde escuro por baixo e saltos pretos. Eu deveria estar elegante todos os dias agora, afinal ia trabalhar direto com o presidente da empresa.No meio da manhã recebi uma mensagem da Mel dizendo que conseguiu marcar com a diretora da creche próxima ao nosso apartamento para a hora do almoço. Expliquei a situação a Sra. Mariana e perguntei se seria possível me liberar no horário, mas que eu estaria de volta a tempo.- Então você tem um filho. Qual a idade dele? – ela me perguntou com um sorriso.- Ele tem dois anos. É um gar
“Alessandro”No quarto do hotel em Nova York um pensamento se tornou insistente na mente de Alessandro Mellendez, como seria sua nova assessora.Aquela voz, parece ter ficado dentro da minha cabeça. Quando liguei para o escritório hoje só queria contar para a Mariana que tinha fechado o contrato que vim negociar aqui nos Estados Unidos, mas quando ouvi aquela voz, alguma coisa em mim se agitou completamente. Era uma voz tão melodiosa, tão tranqüila, não sei porque me irritei tanto.Agora eu estava aqui sentado no meu quarto de hotel, com um copo de whisky na mão, olhando o Central Park pela janela e pensando em como será a dona dessa voz. Isso tirou completamente o meu foco dos detalhes que eu precisava confirmar e eu fiquei puto demais por não saber o que dizer e estar com os pensamentos tão agitados. Acabei gritando como um descontrolado com a mulher do outro lado da linha. Acho que a assustei. Talvez ela nem estivesse lá mais quando eu voltasse e a Mariana iria acabar comigo, ela n
Enquanto a Sra. Mariana ia me passando tudo eu anotava atentamente todas as informações importantes, pegamos um bom ritmo de trabalho e assim a tarde estava passando muito rápido. Ela me disse que precisava fazer uma chamada pessoal e saiu da sala, me dizendo que o rapaz do Departamento de Tecnologia da Informação iria me entregar um celular funcional que deveria estar sempre ligado. Logo entrou na sala um rapaz com cara de nerd, magro e alto que se assustou ao me ver: - Nossa! É... desculpa, você é? Me levantei para atendê-lo: - Catarina Vergara, a nova assessora do Sr. Mellendez. – Ele me olhou de alto a baixo como se me avaliasse. - Srta. Catarina Vergara? Respondi que sim com um sorriso bem profissional. Ele abriu um sorriso e falou: - É para você mesma que eu tenho que entregar isso. – estendeu a mão e me entregou um celular novinho e um tablet. – É seu celular funcional. O chefe já tem o número e o número dele está na agenda. Também já está configurado com seu e-mail profi
Depois do expediente a Mel estava me esperando na porta, com o Pedro acomodado na cadeirinha no banco de trás. Combinamos de ir ao shopping comprar as coisas que ele precisaria para a creche.- Amigaaa! Como foi seu primeiro dia? Me conta tudo. – Falou toda feliz e com um enorme sorriso.- Mel, eu acho que vou ter que ligar para o seu tio e pedir meu emprego de volta. – Falei meio triste. Ela olhou chocada para mim. – Mas primeiro me fala da sua entrevista.- Não acredito, Catarina! Você conseguiu ser demitida no primeiro dia? Conta tudo, depois eu falo da minha entrevista.Eu sorri e contei tudo pra ela, quando ela desligou a caminhonete no estacionamento do shopping ela estava gargalhando da minha situação.- Cat, só você conseguiria se meter numa discussão dessas com o chefe. Você sabe que ele é super jovem, né?!Olhei pra ela como quem tivesse visto um unicórnio e perguntei:- Como assim jovem?- Ah, Cat, você não pesquisou o seu chefe na internet?- Não, Mel, eu entrei no site da
- Bom dia, Catarina. Tudo bem? – Mariana entrou na sala sorridente e me cumprimentou deixando a bolsa de lado antes de olhar pra mim.- Bom dia, Sra. Mariana. Eu estou bem e a senhora? – Eu estava de pé separando uns documentos e quando me virei a vi com a mesma expressão da Mel e da vendedora na loja. Eu estava usando meu vestido, meus sapatos novos e aquela lingerie indecente que a Mel comprou para mim.- Catarina Vergara, parece que você saiu da página de uma revista! Menina você está lindíssima nesse vestido.- Obrigada, senhora. – Respondi meio sem graça, pensando se eu não exagerei. Mas ela logo tirou a minha dúvida.- Olha, você vai causar muito boa impressão no chefe. Ele chega hoje, fiquei até surpresa, pois o programado era que eles só retornassem na sexta, mas parece que o Alessandro resolveu agilizar tudo e os arremates serão feitos daqui. Ah, e por favor, para de me chamar de senhora. - Eu sorri com o pedido dela, mas não disse que sabia que o chefe estava para chegar. –
“Alessandro”Quando eu parei na porta e olhei para a mulher debruçada no arquivo de costas para a porta, meus olhos foram direto para aquelas pernas e chegaram aquele sexy par de sapatos. E que sapatos! Aqueles saltos eram matadores, eu devia proibi-los no escritório. Aí ouvi aquele assobio do Patrício. Ela se levantou imediatamente e eu pude ver que tinha um corpo escultural! Ela tinha cabelos pretos na altura da cintura que estavam meio presos e brilhavam muito. Claro que ele babou por ela imediatamente, Patrício é um conquistador inveterado. Olhei para ele com a cara fechada e ele abriu ainda mais o sorriso ao perceber o meu desagrado.Mas quando aquela mulher se virou os olhos do Patrício ficaram ainda maiores, ela é linda demais, com olhos vivos de um verde impressionante, eu só pensava em tirar meu amigo dali imediatamente e proibi-lo de sequer olhar para ela. Com certeza era minha nova assessora e de jeito nenhum eu permitiria que o Patrício jogasse seu charme em cima dela. Mas
"Alessandro"De repente, aquela gralha insuportável da Ana Carolina, que viu toda a cena de frente para nós começou a falar quase gritando:- O que você está fazendo sua mulherzinha oferecida, solta o Alê, sua aproveitadora.Sem soltar a cintura da minha assessora, eu falei no ouvido dela bem baixinho:- Não ouse se afastar. – Claro que ela havia sentido minha ereção, mas não precisava de ninguém mais ali testemunhar isso. Olhei para a gralha e com cara de quem queria matá-la informei:- Abaixa o seu tom de voz, Ana Carolina, e se desculpe com a Srta. Catarina imediatamente.- Quê isso, Alê! Eu só estou colocando essazinha no lugar dela. Ela está dando em cima de você descaradamente. Além do mais, ela parou na frente da porta e estava me impedindo de entrar para te ver, dizendo que eu tenho que ser anunciada. Isso é um absurdo, desde quando eu preciso ser anunciada? Fala pra ela quem eu sou e a coloque no lugar dela. Você tem que repreendê-la, Alê, acho até que deveria demiti-la. – An