CAPÍTULO 2: O grande baile, a tequila, os cosmopolitans e o estranho irresistível

Quando chegamos ao salão de festas o local já estava lotado e a música alta se ouvia da rua. Logo que entramos a Mel nos arrastou para o bar e falou no meu ouvido:

- A festa é open bar, então hoje você vai beber para afogar de vez a tristeza! – eu ri muito. Ela sabe que eu não costumo beber e tenho pouquíssima tolerância ao álcool, mas eu também sei que ela não desiste e não me preocupei, já que o Fernando não bebe e nos levaria pra casa depois. A Mel me entregou dois shots de tequila e com mais dois em suas mãos me falou: - Vamos virar! – viramos a tequila e o Fernando já entregava uma taça de cosmopolitan para cada uma, pegando um refrigerante para ele mesmo. Procuramos uma mesa e nos sentamos para observar a pista de dança. Os garçons estavam sempre passando e nossos copos eram trocados logo que esvaziavam. Eu já estava me sentindo meio zonza e chamei meus amigos para irmos até a mesa do buffet comer algo. Mas a Mel me convenceu a ir pra pista de dança primeiro e lá fomos nós.

Dançamos muito e eu estava realmente me divertindo. Começou uma música lenta e o Nando e a Mel começaram a dançar agarradinhos, aproveitei a deixa e me encaminhei para o buffet, mas não consegui chegar, senti uma mão puxando a minha e quando olhei para trás havia um homem com uma máscara preta sorrindo pra mim, e que sorriso! Ele beijou minha mão e me puxou para perto dizendo no meu ouvido com uma voz rouca:

- A mulher mais linda do salão não vai me negar uma dança, vai?

Eu sorri e comecei a dançar com ele. Era impossível resistir aquela voz rouca sedutora e aquele sorriso lindo meio de lado! Ele era alto, ombros largos, um sorriso encantador e olhos azuis, tão azuis que eram quase violeta. Ele tinha uma boca que convidava ao pecado, cabelos castanhos, e quando me puxou pela cintura eu apoiei as mãos em seu peito e percebi que ele era uma parede de músculos bem definidos. Embora a máscara não permitisse ver seu rosto, ele era muito charmoso e encantador. Disse que estava visitando um amigo na cidade e que esse amigo o convenceu a ir a festa, que me viu com meus amigos e ficou encantado, esperando o momento certo para me abordar. Enquanto ele falava no meu ouvido eu ia me arrepiando, sentindo meu rosto esquentar e o corpo formigar, ele realmente me encantou. Pensei que a Mel tinha razão, talvez eu devesse beijar o sapo!

De repente ele me puxou para fora da pista de dança e entramos em um corredor sem iluminação que dava para uma saída de emergência. Ele me abraçou e perguntou se poderia me beijar. Eu fiz que sim com a cabeça. Ele olhou nos meus olhos, segurou a minha nuca e nossos lábios se encontraram, começou lento, mas foi se aprofundando, ele me encostou na parede e o beijo se intensificou ainda mais, quase nos roubando o fôlego, quando ele interrompeu o beijo para respirarmos, nos olhamos nos olhos, foi como jogar gasolina no fogo, ele passou a mão pela minha cintura, desceu até minha coxa e puxou minha perna para sua cintura. Eu já estava completamente entregue nesse momento, sentindo o membro dele duro, encostando em mim, eu fiquei louca de tesão e o puxei para mais perto envolvendo sua cintura com minha perna.

– Ah, linda, você é incrível, eu quero muito você, aqui, agora! – ele disse entre beijos e enfiou a mão sob o meu vestido o puxando pra cima e chegando a minha calcinha. Eu estava em chamas quando ele enfiou a mão dentro da minha calcinha e gemeu. – Ah! Que delícia! Tão quente, tão molhadinha! – Disse e me beijou com mais força, enquanto abria o zíper da sua calça. Com um movimento rápido, de quem já tinha feito aquilo antes, ele rasgou minha calcinha e acariciou minha entrada com o seu membro duro como pedra, como se pedisse permissão. Olhou nos meus olhos de novo e me perguntou: - o que você quer que eu faça?

- Eu quero que você esteja dentro de mim agora! – Respondi sem nenhum pudor, eu já estava arfando de tanto tesão. Eu não resisti aqueles olhos e aquela voz rouca. Eu nunca fui assim, normalmente eu teria me desvencilhado dele no momento em que me puxou pela mão, mas aquela noite eu havia prometido a mim mesma que iria me divertir e se aparecesse alguém interessante eu viveria o momento. E era o que eu estava fazendo, vivendo aquele momento.

Ao me ouvir, ele foi entrando em mim devagar, observando eu encostar minha cabeça na parede e aproveitar cada centímetro dele, e ele era enorme. Ele aproveitou para espalhar beijos pelo meu pescoço. Quando acabou de entrar ele parou e falou entre beijos no meu ouvido: - Agora eu vou me mexer. – E começou a sair, só pra entrar de novo com toda força dessa vez, e foi uma delícia, eu estava completamente entregue e enlouquecida com os movimentos dele e comecei a rebolar naquele pau delicioso que entrava e saia de mim freneticamente.

Nos descontrolamos e nos entregamos totalmente, como se não tivesse nada ao nosso redor, eu senti uma névoa em meus olhos e o orgasmo começando a se formar e gemi baixinho no ouvido dele, nesse momento parece que ele enlouqueceu, puxou minha outra perna para sua cintura e eu o entrelacei. Me beijando intensamente ele entrava e saia com mais força ainda em mim, era o paraíso na terra. Eu gozei gemendo na boca dele e foi um orgasmo incrível, mas ele continuou o movimento e logo outro orgasmo se formou, e gozei novamente, um orgasmo ainda maior que o anterior que me deixou sem fôlego, enquanto eu gozava ele me disse baixinho que estava no limite me sentindo pulsar ao redor do seu membro, logo eu senti o gozo dele quente dentro de mim.

Ficamos ali encostados naquela parede, totalmente sem fôlego, a testa dele encostada a minha. Enquanto me beijava, ele começou a sair de mim e eu estava completamente bem comida, como diria a Melissa. Eu sorri e ele me olhou, me deu um selinho e disse: - Você é realmente incrível!

Gentilmente ele baixou minhas pernas até meus pés tocarem o chão, colocou o meu vestido em ordem, arrumou sua calça e me abraçou. Isso foi tão íntimo, tão afetuoso, apesar da loucura daquele encontro e da ferocidade com que nos entregamos, ele ainda era cuidadoso comigo. Eu nunca tinha tido um sexo tão maravilhoso, mas eu só tinha transado com meu ex até então. E meu ex nunca tinha se preocupado em me abraçar depois de transar, nem se preocupava com meu prazer, para ele a coisa se resumia a entrar e sair até ele estar satisfeito, então, o fato de um homem se preocupar comigo, com meu prazer, cuidar de mim, foi novidade, e uma novidade incrível. Ele me deu um beijo no pescoço e perguntou no meu ouvido: - Então, linda, eu ainda não sei o seu nome. – Levei segundos para processar e finalmente me dar conta de que acabei de transar com um completo estranho e nem sei o nome dele.

Quando eu ia abrir a boca pra falar, ele puxou o celular do bolso e me pediu um minuto para atender. Se afastou um pouco e só pude ouvir ele elevando a voz e dizendo: - O que você disse? – Nesse momento aquele estranho saiu correndo como se tivesse se esquecido de mim, ou como se só estivesse fugindo da piranha que comeu rapidinho na festa. É claro, Catarina, você é uma idiota! Mas e daí? Foda-se eu só estava me divertindo também e eu nem sabia quem era o cara e ele não sabia quem eu era. Tudo certo. Me recompus, procurei minha calcinha rasgada inutilmente, onde ele a teria jogado eu não faço idéia, e saí daquele corredor.

Voltei pra mesa e encontrei a Mel e o Nando se agarrando. Logo eles pararam e focaram em mim:

- Mulher, onde você estava? – a mel já foi dizendo – Não me diga que encontrou um sapo?

- Na verdade, Mel, acho que está mais pra Lobo Mau! – Eu ri e ela riu comigo.

- Quando chegarmos em casa quero saber tudo!

- Claro que quer! – respondi com os olhos brilhando, adorando ter que contar tudo pra minha melhor amiga.

O Nando olhou pra nós duas e rindo disse: - Vocês não vão dormir tão cedo com essa estória de Lobo Mau! – E todos rimos.

- E por isso, gatinho, já que a Cat já beijou o sapo, ou devo dizer que a chapeuzinho encontrou o lobo? Enfim, acho que já podemos ir. O que acha, Cat?

- Eu estou pronta quando vocês quiserem! – falei virando um copo de água.

- Então vamos, garotas! – Fernando falou e nos conduziu para a saída. Quando nos deixou em casa deu um beijo de cinema na Mel. – Não fofoquem muito garotas, para a orelha do lobo mau da Cat não ficar vermelha! – entrou no carro e saiu rindo, nos deixando às gargalhadas.

Mal chegamos e a Mel já foi me ordenando:

- Conta tudo, quem é, como foi, como não foi, tudo. Eu ri e contei tudo pra ela, quando terminei de falar minha amiga me olhava de boca aberta e me perguntou: - Porque você não me disse que tinha esse corredor lá? Eu teria levado o Nando pra uma rapidinha antes de virmos pra casa!

- Ai, Mel, você é terrível! – ri muito dela. Mas ela de repente me perguntou:

- Vocês usaram camisinha, né?

Meu coração disparou! Merda, a gente não usou preservativo. E eu balancei a cabeça em negativa para ela, eu estava em choque por me dar conta do quão descuidada eu fui. Ela já foi logo me acalmando:

- Não, Cat, calma. Com certeza não vai dar nada. Mas você deve fazer uns exames para garantir que está tudo bem. Vou na cozinha preparar um chá pra gente. Não surta!

Minha amiga me conhecia, sabia que eu ia começar a pensar nas piores catástrofes. Eu assenti e ela saiu do quarto. Pronto, minha cabeça agora girava só pensando nas conseqüências da minha inconseqüência.

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