- Catarina, você não pode me dizer não! Já comprei os convites, as máscaras e já até convenci seus pais de que é um evento importantíssimo para o seu futuro profissional. Essa festa vai ser incrível e você não vai perder! Ah, vai, Cat, você não pode dizer que não vai! – Melissa, minha melhor amiga falava e me olhava com os olhos de um cachorrinho abandonado e juntando as mãos como se suplicando. Não pude deixar de rir.
Eu estava sentada em minha mesa no trabalho, no meio da tarde de uma segunda-feira, entre anotar recados e fazer ligações, e a Mel apareceu com café, bolinhos de chocolate e essa insistência para eu aceitar ir com ela e o namorado no baile de máscaras que acontecia anualmente e era o maior evento em nossa cidade. Ela sempre vinha com café e bolinhos de chocolate quando precisava me convencer de algo.
Campanário é uma cidade do interior, mas não é tão pequena, é conhecida pelo desenvolvimento do agronegócio e pelos ipês que adornam toda a cidade e quando florescem a transformam em um pedaço do paraíso. Justamente na época da florada dos ipês, no primeiro sábado de agosto, anualmente, acontecia o Baile de Máscaras para arrecadação de fundos para a Organização Mundo Real, uma entidade beneficente que cuida de um lar para idosos, um orfanato e um centro de atividades e recreação para pessoas menos favorecidas, além de auxiliarem famílias carentes com tudo, desde cestas básicas até cirurgias em bons hospitais, eles faziam um lindo trabalho e eram reconhecidos no país inteiro pelo bem que promoviam. Não à toa o Baile de Máscaras era o maior evento da cidade, pois arrecadava fundos e homenageava todos que apóiam a instituição. Pensando nisso, olhei para minha amiga e respondi sorrindo para ela:
- Ai, Mel, como é que pode eu não conseguir dizer não pra você? Está bem, eu vou!
Eu sempre concordava com tudo que ela queria, mas ela também sempre estava pronta quando era eu quem queria algo dela, nunca me negou absolutamente nada e, muitas vezes, adivinhava o que eu precisava ou queria e sempre corria para me ajudar, assim, claro que eu nunca dizia não a ela.
Melissa é minha melhor amiga desde a escola, tem vinte anos como eu, é linda, tem cabelos loiros até a cintura, olhos verdes, alta e magra, a pele tão clarinha que as bochechas chegam a ser rosadas, como se tivesse um blush natural, parece uma boneca. Ela é de uma família rica e foi a única naquela escola de herdeiros abastados que se tornou minha amiga de verdade e nunca se importou por eu ser bolsista e de origem humilde.
Depois que terminamos o colégio fomos para a mesma faculdade, ambas cursamos comércio exterior, e ela acabou conseguindo para mim um emprego na empresa do tio, uma construtora, onde eu já estava há dois anos como secretária. Ela trabalhava na empresa do pai, uma agência de publicidade, mas como o escritório era no mesmo prédio ela estava sempre aparecendo no meu trabalho.
- Obaa! Cat, nós vamos nos divertir muito e você precisa disso. Desde que aquele cretino te traiu você tem estado muito triste. Ele não merece suas lágrimas. Onde já se viu, ficar com sua própria prima em uma festa na sua casa, isso foi horrível e você tem que esquecer esse idiota.
- É, Mel, foi horrível, mas eu realmente gostava dele e a decepção foi enorme, afinal, estávamos juntos há quatro anos! E minha prima, que eu tinha como uma irmã, me trair desse jeito foi pior ainda. Eles me magoaram muito.
- Eu sei, Cat, por isso mesmo a gente tem que sair, se divertir, e quem sabe você beija outro sapo, desencanta desse ridículo e deixa isso pra trás. – Mel falava e colocou a mão no meu ombro. Ela sempre me deu tanta força. É uma grande amiga. – Além do mais, sua irmã sou eu, ninguém mais! – eu rio muito porque minha amiga é meio ciumenta e sempre detestou a minha prima, depois da traição então, ela queria arrancar os olhos da Kelly.
Aconteceu que eu namorava o Cláudio há quatro anos, ele foi meu primeiro amor, e único até agora, foi o primeiro beijo, perdi minha virgindade com ele, enfim, eu achava que tinha encontrado o amor da minha vida, até um mês atrás. Foi aniversário da minha mãe e ela comemorou com um almoço em casa. Na hora de cortar o bolo eu não encontrava o Cláudio e fui procurar, peguei ele na minha cama, no meu quarto, transando com a Kelly, minha prima! Eu fiquei em choque!
Claro que a Melissa, que estava comigo, viu e partiu pra cima deles. Com os gritos todo mundo correu para ver o que acontecia e encontraram a Mel estapeando a Kelly, o Cláudio tentando se vestir e eu petrificada no canto do quarto chorando, e assim todo mundo sabia que aquele casal de cretinos estava transando na minha cama, a pior das traições. Obviamente terminei tudo ali, naquele momento mesmo, e pra não ter que olhar pra mais ninguém fui para a casa da Mel e só voltei no dia seguinte.
Para piorar tudo, meus tios apareceram em casa, queriam me advertir que era para eu me afastar do Cláudio, pois ele iria se casar com a Kelly, já que ele a “desonrou”, tentando justificar que minha prima era apaixonada por ele e só por isso aconteceu o que aconteceu. Como se eu ninguém soubesse que a Kelly era o corrimão do bairro. Eu queria morrer! E eles ainda tiveram a cara de pau de se queixar porque a Melissa bateu na filhinha deles e armou um escândalo, “expondo a coitadinha da Kelly ao ridículo”. Era só o que me faltava!
Depois disso eu me agarrei ao meu trabalho e a faculdade, mesmo estando de férias aproveitei para já começar a adiantar conteúdos. Eu trabalhava o dia todo e fazia faculdade de comércio exterior à noite. Passava os sábados inteiros enfiada na biblioteca da faculdade, já que mesmo nas férias estava aberta aos alunos. Fazia de tudo para ficar o mínimo possível em casa e evitar encontrar os parentes. No domingo eu me trancava em meu quarto sob o pretexto de ter que estudar, mas estava me escondendo de todos. A verdade é que eu estava arrasada, chorava pelos cantos e sentia uma tristeza sem fim. A volta às aulas foi um alívio, pois eu teria mais coisa para preencher minha cabeça.
E justo naquela semana chegou em casa o convite do casamento do casal de canalhas que seria no sábado, eu estava péssima e meus pais diziam que eu tinha que ir ao casamento, porque afinal a Kelly era da família e eu não poderia ficar com raiva pra sempre, mas é claro que eu poderia, eu poderia ficar com raiva dela até o inferno congelar se eu quisesse.
A Mel sabendo de tudo não perdeu tempo, arrumou essa festa, um baile de máscaras, evento de gala, e tratou logo de convencer meus pais que seria importantíssimo para a minha carreira, já que os empresários mais importantes da cidade estariam lá, eu faria contatos muito importantes e nossos professores haviam prometido nos apresentar a vários empresários que abririam portas para o nosso futuro profissional.
Em princípio eu não queria ir, disse a Mel que iria dormir na casa dela para fugir do casamento, mas não iria a festa. É claro que ela não aceitou, ela nunca aceita um não. Então, ela acabou me convencendo que seria bom sair e me divertir um pouco. A semana passou voando e logo já era sexta e depois da faculdade já fui para a casa da Mel, pois ela disse que passaríamos o sábado inteiro nos arrumando.
No sábado acordamos bem cedo e logo fomos fazer as unhas, Melissa estava muito animada com essa festa. Como prometido por ela, levamos o dia todo nos arrumando. Quando fiquei pronta me olhei no espelho e gostei do que vi. Eu estava usando um vestido vermelho de cetim brilhante, bem ajustado e com alças de ombro a ombro com um decote que valorizava muito meus seios. Eu tenho 1,65 de altura, o corpo violão, como a Mel vive dizendo, e esse vestido valorizava muito isso, meus cabelos são lisos e pretos e batem no meio das costas, optei por deixá-los soltos, estavam bem escovados e muito brilhantes, completei o look com um sapato vermelho de salto bem alto e fiquei satisfeita com o resultado. A Mel logo aparece atrás de mim e assobiou:
- Quê isso, hein, amiga! Tá gata demais! – eu rio dela, como sempre estava me jogando pra cima. Ela me entregou uma máscara dourada, linda, toda trabalhada como se fosse uma renda, que cobria até o nariz e eu a coloquei. Minha maquiagem estava muito leve, mas quando eu coloquei a máscara dourada meus olhos verdes, que tem um tom quase de folha seca, se destacaram muito, gostei do resultado! Mel estava inteiramente vestida de prata, até a máscara dela era prata, estava lindíssima.
- Amiga, estamos como gelo e fogo, hein! Os homens que se cuidem! – riu amplamente.
- Sei não, Mel, acho que nós estamos mais como chapeuzinho vermelho e frozen. – Respondi e ela me olhou já gargalhando.
- Você e seus comentários sem filtro, hein, Cat. Nós não somos personagens de estorinhas, somos duas gatas e vamos arrasar corações essa noite. – ela disse cheia de malícia - Então, estamos prontas?
- Sim estamos prontas. – respondi ainda rindo e peguei minha bolsa. – Ah, não Mel, esqueci meu perfume, posso usar o seu?
Ela olhou pra mim, bateu o dedo indicador no rosto e disse:
- Não, você está vestida de mulher fatal, meu perfume não combina. Vem, você vai usar o perfume novo da minha mãe. Ela não se importa. – saiu me puxando até o quarto de sua mãe e me entregou o frasco. É um perfume maravilhoso, importado e caríssimo, gravei bem o nome e pensei em ir guardando dinheiro para comprar um. Passei e devolvi o frasco a ela. – Agora podemos ir, o Nando já está esperando a gente!
Quando o Fernando nos viu sorriu, deu um beijo na Mel e disse:
- Garotas, vocês estão lindíssimas! Acho que você vai sair dessa festa com um namorado novo, Cat.
Fernando é o namorado da Mel, é muito simpático e acabamos nos tornando amigos também. Eles formam um casal lindo, Fernando é alto, atlético, com os cabelos castanhos claros, olhos castanhos, tinha acabado de se formar em engenharia química e já estava trabalhando para uma grande empresa, é um cara muito educado e bom caráter, além de super responsável. Eu via os dois e só pensava que não demoraria muito para eles se casarem. Ele é louco pela Mel e ela por ele!
Sorrimos para ele e eu já fui logo dizendo:
- Sem namorado, Nando, hoje eu só quero me divertir com meus amigos.
No início eu não queria ir a essa festa, mas agora eu estava bem animada. Pensando bem, eu me jogaria e aproveitaria ao máximo essa festa. Se aparecesse um carinha interessante eu viveria o momento.
Quando chegamos ao salão de festas o local já estava lotado e a música alta se ouvia da rua. Logo que entramos a Mel nos arrastou para o bar e falou no meu ouvido:- A festa é open bar, então hoje você vai beber para afogar de vez a tristeza! – eu ri muito. Ela sabe que eu não costumo beber e tenho pouquíssima tolerância ao álcool, mas eu também sei que ela não desiste e não me preocupei, já que o Fernando não bebe e nos levaria pra casa depois. A Mel me entregou dois shots de tequila e com mais dois em suas mãos me falou: - Vamos virar! – viramos a tequila e o Fernando já entregava uma taça de cosmopolitan para cada uma, pegando um refrigerante para ele mesmo. Procuramos uma mesa e nos sentamos para observar a pista de dança. Os garçons estavam sempre passando e nossos copos eram trocados logo que esvaziavam. Eu já estava me sentindo meio zonza e chamei meus amigos para irmos até a mesa do buffet comer algo. Mas a Mel me convenceu a ir pra pista de dança primeiro e lá fomos nós.Danç
Na segunda, na hora do almoço, encontrei a Mel e ela me entregou uma sacolinha de uma loja chique. Olhei pra ela sem entender.- Minha mãe mandou eu te entregar. Ela disse que ele é perfeito para você e não combina com ela. – A Mel falou com um grande sorriso.Abri a sacolinha e lá dentro estava o perfume que eu usei para ir ao baile. Eu abri um grande sorriso. Eu amei aquele perfume e ele era parte da melhor noite da minha vida. Só esperava que a minha melhor noite não tivesse me deixado uma doença sexualmente transmissível de lembrança. Com esse pensamento agradeci a Mel e mais tarde ligaria para a mãe dela, então falei pra Mel que queria ligar para o laboratório e marcar os exames.Liguei para o laboratório e fui informada que precisaria apresentar um pedido médico para fazer os exames pelo plano de saúde. Graças a Deus a empresa pagava plano de saúde para os funcionários, porque se não, não sei o que faria, meu salário não era alto e o pouco que sobrava depois de cobrir as despesa
Quando eu me formei, Pedro já estava com dois anos. A essa altura ele já andava para todos os lados, sempre agarrado na vovó, que foi a primeira palavrinha que ele disse. Era um menino lindo, cabelinhos pretos bem lisinhos, pele clara, um nariz arrebitadinho e aqueles enormes olhos violeta que me faziam suspirar. Ele era o meu sol! E agora eu teria mais tempo pra ele.Após a formatura meu chefe me chamou para conversar, ele era um ótimo chefe, disse que estava muito feliz comigo na empresa, mas sabia que eu merecia chegar muito longe, então eu deveria procurar emprego na minha área, que ele compreenderia. Garantiu que meu emprego na construtora seria meu enquanto eu quisesse e que se eu saísse e não desse certo eu teria para onde voltar. Mas que eu deveria buscar algo na minha área de formação, para dar um futuro muito melhor para o meu filho. Eu fiquei muito emocionada com isso e aceitei o seu bom conselho.Contei pra Melissa e ela logo me disse que ia falar com o pai dela para que e
Me apresentei na empresa às oito da manhã. Fui muito bem recebida pela Sra. Mariana, que me apresentou todo mundo e todos foram gentis. O chefe não estava lá, estava viajando e chegaria no final da semana. O escritório era lindo, muito moderno, todo decorado em branco, aço inox e detalhes verdes, muito profissional e acolhedor ao mesmo tempo. Era elegante e eu gostei muito. Fiquei particularmente feliz por ter escolhido vestir um terno preto, com uma blusa de cetim verde escuro por baixo e saltos pretos. Eu deveria estar elegante todos os dias agora, afinal ia trabalhar direto com o presidente da empresa.No meio da manhã recebi uma mensagem da Mel dizendo que conseguiu marcar com a diretora da creche próxima ao nosso apartamento para a hora do almoço. Expliquei a situação a Sra. Mariana e perguntei se seria possível me liberar no horário, mas que eu estaria de volta a tempo.- Então você tem um filho. Qual a idade dele? – ela me perguntou com um sorriso.- Ele tem dois anos. É um gar
“Alessandro”No quarto do hotel em Nova York um pensamento se tornou insistente na mente de Alessandro Mellendez, como seria sua nova assessora.Aquela voz, parece ter ficado dentro da minha cabeça. Quando liguei para o escritório hoje só queria contar para a Mariana que tinha fechado o contrato que vim negociar aqui nos Estados Unidos, mas quando ouvi aquela voz, alguma coisa em mim se agitou completamente. Era uma voz tão melodiosa, tão tranqüila, não sei porque me irritei tanto.Agora eu estava aqui sentado no meu quarto de hotel, com um copo de whisky na mão, olhando o Central Park pela janela e pensando em como será a dona dessa voz. Isso tirou completamente o meu foco dos detalhes que eu precisava confirmar e eu fiquei puto demais por não saber o que dizer e estar com os pensamentos tão agitados. Acabei gritando como um descontrolado com a mulher do outro lado da linha. Acho que a assustei. Talvez ela nem estivesse lá mais quando eu voltasse e a Mariana iria acabar comigo, ela n
Enquanto a Sra. Mariana ia me passando tudo eu anotava atentamente todas as informações importantes, pegamos um bom ritmo de trabalho e assim a tarde estava passando muito rápido. Ela me disse que precisava fazer uma chamada pessoal e saiu da sala. Imediatamente piscou na tela do computador uma mensagem de e-mail em resposta ao que enviei ao meu chefe com as informações solicitadas. Já comecei a pensar o que fiz de errado e fiquei com medo do e-mail como se ele fosse enviado pelo diabo. Com a mão trêmula clico para abrir a mensagem:____________________________________________________De: Alessandro MellendezPara: Catarina VergaraAssunto: Resp. Informações solicitadas para arremate de contrato com o Grupo FinancialSrta. Catarina,Que me lembre pedi as informações para a Sra. Mariana. Você é assim intrometida mesmo?_______________________________________________________Quê??! Que homem louco! Eu era a nova assistente dele, só estava fazendo meu trabalho. Fiquei pasma olhando a tel
Depois do expediente a Mel estava me esperando na porta, com o Pedro acomodado na cadeirinha no banco de trás. Combinamos de ir ao shopping comprar as coisas que ele precisaria para a creche.- Amigaaa! Como foi seu primeiro dia? Me conta tudo. – Falou toda feliz e com um enorme sorriso.- Mel, eu acho que vou ter que ligar para o seu tio e pedir meu emprego de volta. – Falei meio triste. Ela olhou chocada para mim. – Mas primeiro me fala da sua entrevista.- Não acredito, Catarina! Você conseguiu ser demitida no primeiro dia? Conta tudo, depois eu falo da minha entrevista.Eu sorri e contei tudo pra ela, quando ela desligou a caminhonete no estacionamento do shopping ela estava gargalhando da minha situação.- Cat, só você conseguiria se meter numa discussão dessas com o chefe. Você sabe que ele é super jovem, né?!Olhei pra ela como quem tivesse visto um unicórnio e perguntei:- Como assim jovem?- Ah, Cat, você não pesquisou o seu chefe na internet?- Não, Mel, eu entrei no site da
- Bom dia, Catarina. Tudo bem? – Mariana entrou na sala sorridente e me cumprimentou deixando a bolsa de lado antes de olhar pra mim.- Bom dia, Sra. Mariana. Eu estou bem e a senhora? – Eu estava de pé separando uns documentos e quando me virei a vi com a mesma expressão da Mel e da vendedora na loja. Eu estava usando meu vestido, meus sapatos novos e aquela lingerie indecente que a Mel comprou para mim.- Catarina Vergara, parece que você saiu da página de uma revista! Menina você está lindíssima nesse vestido.- Obrigada, senhora. – Respondi meio sem graça, pensando se eu não exagerei. Mas ela logo tirou a minha dúvida.- Olha, você vai causar muito boa impressão no chefe. Ele chega hoje, fiquei até surpresa, pois o programado era que eles só retornassem na sexta, mas parece que o Alessandro resolveu agilizar tudo e os arremates serão feitos daqui. Ah, e por favor, para de me chamar de senhora. - Eu sorri com o pedido dela, mas não disse que sabia que o chefe estava para chegar. –