“Flávio”Vi minha doce Manu, toda linda, me olhando ansiosa. Essa mulher, linda e tão jovem, me dominava por inteiro. Ela me surpreendeu, jamais esperava que ela fosse permanecer ao meu lado, que se dispusesse a enfrentar a Sabrina, meus pais e toda essa confusão que estava a minha vida nesse momento. Mas ela ficou, ela me perdoou por esconder tudo isso dela e ela me provou mais uma vez o seu amor. Eu olhava para ela agora e não via mais a garota frágil e que precisava ser protegida, ao contrário, eu via agora uma mulher forte, determinada e que enfrentaria o mundo ao meu lado.Meu peito estava repleto de amor por essa baixinha, que me olhava com os olhos em chamas, ansiando pelo meu toque, se contorcendo debaixo de mim. Eu olhava para ela com amor e adoração, senti como se uma onda se quebrasse sobre mim.Me abaixei sobre ela e tomei a sua boca em um beijo, nossos lábios se encontraram quentes e famintos, não havia espaço para delicadeza naquele momento em que nós dois estávamos dese
“Flávio”Eu havia tirado o peso do mundo das costas. Já haviam se passado alguns dias desde que a Sabrina armou aquele circo no meu apartamento, depois disso ela parou de me ligar. Manu e eu estávamos mais unidos e até o meu pai havia parado de exigir a minha presença em Campanário toda semana.- Finalmente chegou o dia! – Manu me olhou dar o nó na gravata através do espelho.- Hum! E você parece estar muito animada com isso. – Olhei de soslaio pra ela, que deu uma pequena risadinha e se enfiou entre o balcão da pia do banheiro e eu.- Ah, sim, eu estou muito ansiosa para ver o meu namorado lindo falar por uma hora sobre as maravilhas de ser um delegado de polícia e depois ficar mais uma hora respondendo as perguntas de um bando de estudante ansioso. – Ela passou as mãos pelo meu peito e deu beijo no meu queixo.- Pensei que você estivesse ansiosa para ser fodida pelo seu namorado lindo e bem dotado. – A abracei pela cintura a provocando com um beijo atrás da orelha.- Meu namorado é
“Flávio”Manu estava cheia de energia essa manhã. Quando cheguei à cozinha ela já estava me esperando com a mesa posta para o café da manhã. Era bom vê-la assim, leve e despreocupada.- E o que você quer fazer hoje, Baixinha? – Perguntei já pensando em aproveitar o dia de sol com a minha Manu.- Pra começar, eu quero ler o bilhete que o meu amigo me entregou ontem e o delegado apreendeu. – Manu falou enquanto passava geléia na torrada e eu não sabia se ela estava falando sério ou se divertindo às minhas custas.- Que bilhete? – Me fiz de desentendido.- Flávio, vamos ter que falar de novo sobre confiança? – Manu olhou pra mim e agora eu sabia que era sério.Suspirei e me levantei, fui até o sofá na sala e peguei o bilhete no bolso do meu paletó, que ficou esquecido ali na noite anterior depois que eu o soltei para pegar a minha baixinha no colo. A noite tinha sido muito boa. Voltei para a mesa e entreguei o bilhete para a Manu.- Muito bem! Doeu? – Manu era impossível.- Doeu sim, doe
“Flávio”O irmão da Manu parecia não engolir a madrasta e o comentário dele era o que qualquer pessoa que conhecesse as duas diria, mas o que me surpreendeu, foi a reação do pai, que pareceu se incomodar por alguma razão com as palavras do filho e o repreendeu.- Não diga bobagens, Camilo! Você está muito impressionado desde que a Manu esteve na sua casa. – O pai lhe chamou a atenção, mas isso despertou o meu interesse.- Impressionado? – Perguntei querendo que eles falassem mais. Meu instinto dizia que tinha mais coisa ali.- Camilo ficou um ano sem ver a Manu, desde que ela veio pra cá. A viu de novo somente quando ela foi lá na cidade para falar que ia se mudar. Mas desde então ele anda impressionado com a mudança da irmã.- Quando eu conheci a Manu, ela já estava assim, essa mudança já tinha acontecido. – Expliquei.- Pai, não é possível que você vai negar que elas se parecem. – Camilo reclamou com o pai.- Fala baixo, garoto! Não quero que sua irmã escute esse absurdo! Eu já diss
“Sabrina”Já estava quase na hora daquela maldita audiência do processo de divórcio e o cretino do pai do Flávio ainda não tinha me dito o que eu deveria fazer. A única coisa que ele disse foi que eu deveria estar preparada para ir ou não a audiência.Pensando agora, eu não deveria ter contado a ele que fui chamada na delegacia, depois que fui lá e aquela delegada me fez aquele monte de perguntas o César começou a mudar o comportamento comigo. Mas também, o que eu ia fazer, não podia resolver esse problema sozinha, eu não o criei sozinha, e também não poderia deixar de ir à delegacia, isso eu sabia.Mas eu já estava nervosa, de um lado para o outro no saguão do hotel, eu nunca tive muita paciência para esperar. Decidi ligar pra ele, eu estava ficando nervosa e já não sabia o que fazer, já que ele estava nessa comigo ele tinha que falar comigo.- O que é, Sabrina? Eu estou ocupado. – César atendeu com a grosseria de sempre.- Você está sempre ocupado, César! – Era a pura verdade, desde
“Flávio”Finalmente a audiência do processo do divórcio havia chegado. Parecia haver passado uma eternidade até esse dia. Eu estava ansioso, nervoso e preocupado, quando cheguei ao fórum. Já estava quase na hora da audiência e a Sabrina ainda não tinha aparecido, era só que me faltava essa mulher sumir logo no dia da audiência.- Dr. Romeu, se a Sabrina não aparecer, o senhor acha que o juiz pode querer remarcar? – Perguntei ao meu advogado sentindo a preocupação aumentar em mim.- Depende. Mas fique tranquilo, tenho bons argumentos para que ele decida hoje mesmo, inclusive eu conversei com ele ontem. – Dr. Romeu era muito calmo, sua voz não se alterava e ele parecia não se abalar com nada.Fomos chamados para a sala de audiência e nada da Sabrina aparecer, mas quando o meu advogado ia começar a argumentar com o juiz para que decidisse a questão de uma vez a Sabrina irrompeu na sala acompanhada de um advogado.- Isso aqui é uma perda de tempo, Flávio. – Sabrina já chegou reclamando.-
“Manuela”Parecia que as coisas estavam se acalmando finalmente. Cheguei em casa ontem depois da faculdade e o Flávio estava me esperando, com a sentença nas mãos, ele estava divorciado finalmente. Sabrina ficou pra trás, não era nada mais que uma lembrança ruim agora.Mas ele estava de plantão no sábado e eu passaria o dia sozinha. Eu aproveitaria para me preparar para a semana de provas na faculdade que estava se aproximando. Já era meio da tarde quando o porteiro me ligou avisando que tinha uma visita, alguém que eu não esperava e nem sabia se queria receber, mas não poderia recusar. Autorizei a entrada, troquei de roupa rapidamente para receber o meu visitante minimamente arrumada e enviei uma mensagem ao Flávio avisando da visita.Ao abrir a porta me deparei com um homem tão alto quanto o Flávio e que, apesar dos cabelos grisalhos, tinha muitas semelhanças com o meu namorado. O senhor César Moreno era um homem imponente, daquele tipo que exala poder, dinheiro e confiança. Ao me v
“Manuela”Eu praticamente tinha acabado de fechar a porta, ainda nem tinha me recuperado da visita do pai do Flávio, quando a campainha do apartamento tocou novamente. O que esse homem ainda queria? Respirei fundo e abri a porta. Senti como se todo o sangue do meu corpo fosse drenado. Ali, parada em minha frente, com um sorriso frio e que me pareceu até cruel, estava a minha mãe e logo atrás dela estava o Juliano.- Mãe?! – Minhas pernas tremeram e eu achei que fosse desabar no chão.- Sentiu minha falta, Manuela? Achou que eu me esqueceria de você? – Ela riu, mas um riso sem humor. – Uma mãe nunca esquece um filho, principalmente um tão rebelde quanto você!- Mãe, claro que eu senti sua falta! – Tentei abraçá-la, mas ela se esquivou, o que fez o meu coração doer.- Não me convida para entrar, filha ingrata? – Minha mãe falou com a voz fria e cortante. Eu apenas fiz um gesto e ela entrou, seguida do meu irmão que esfregou a mão sobre a minha cabeça, bagunçando os meus cabelos e puxou