“Manuela”Mas olha a novidade, o Flávio apareceu na minha frente com uma mulher dependurada nele, mas ao invés de apresentar logo e me explicar que era a sua irmã, ficou me olhando com aquele sorrisinho debochado. Eu já estava pronta pra botar a moça pra correr, mas felizmente ela se adiantou e se apresentou.Lisandra era linda, alta, magra, com a cintura fina, cabelos pretos bem compridos e lisos e os olhos escuros como os do Flávio. Ela tinha cílios de boneca, o que realçava seu rosto. Tinha lábios grossos e a pele clara. Mas ela também era muito simpática e só tirou o sorriso do rosto quando o Flávio mencionou o Patrício, o que me fez pensar que os dois não deveriam se dar muito bem.- E onde estão os poderosos, Rick? – Flávio perguntou se referindo ao Patrício e ao Alessandro.- Patrício já foi, chegou aqui bem cedo hoje e saiu apressado mais cedo ainda. Mas o Alessandro... – Rick olhou para frente e vi o Alessandro saindo pela porta.- Estou aqui! Como vai, Flávio? Catarina anda
“Manuela”Saí da faculdade com o PH ao meu lado, ele não me deixou sozinha nem um momento mesmo. Quando chegamos ao lado de fora, o Flávio já estava me esperando fora do carro.- Oi, Baixinha! Senti sua falta. – Ele me puxou para um abraço. – Boa noite, Paulo Henrique.- Boa noite, delegado. – O PH respondeu meio sem jeito.- Cara, me chama de Flávio. Desculpe por aquele dia, mas acho que você pode me entender. – Flávio estava se desculpando com o meu amigo pela forma rude que o tratou quando se conheceram e eu achei isso fofo.- Não se preocupe, Flávio, eu entendo. E você está certo em ficar com ciúmes, a Manu é linda mesmo e muito especial. – PH sorriu pra mim. – Manu, te espero aqui na porta amanhã. – Nos despedimos do meu amigo e entramos no carro.- Baixinha, o que aconteceu? – Flávio perguntou tão logo ligou o carro.- O Sr. Cândido apareceu aqui. – Falei ainda processando aquela visita.- Quem? – Flávio ficou confuso.- O Sr. Cândido, pai do noivo que a minha mãe me arranjou. –
“Camilo”Depois da visita que fiz a minha irmã fiquei pensando em como conseguir a amostra da Rita para fazer o exame de DNA. O Flávio havia me explicado as formas de conseguir, por um fio de cabelo ou um copo que ela usasse. Então fiquei pensando em como conseguir.Cheguei a conclusão de o melhor seria ir ao covil do leão. Acordei cedo e fui para a casa da Rita, no horário que eu sabia que ela estaria na igreja, Eu nunca entendi porque ela vivia na igreja, se era uma pessoa tão má. Talvez ela só quisesse manter a pose de pessoa de bem para o resto da cidade.- Seu Camilo, bom dia. – A empregada me recebeu e estranhou a minha presença, depois que saí dessa casa, as poucas vezes que vim foi por causa da Manu, que não estava mais aqui felizmente.- Oi, Cida, sua patroa está? Quero falar com ela.- Ela foi à igreja. E o menino Juliano está dormindo.- Claro que está, aquele inútil. Vou esperar pela Rita, preciso falar com ela. – Falei e fui entrando e me sentei na sala.- Ela vai demorar
Cheguei em casa depois de um dia puxado e meus pais estavam me esperando na sala. - Catarina, senta aí que precisamos conversar. – Meu pai falou e parecia bem nervoso. - Pode falar, pai, o que aconteceu? – Perguntei ao meu pai cansada, eu tinha trabalhado o dia todo, ido pra faculdade à noite e, ao chegar em casa, a única coisa que eu queria era tomar um banho e cair na cama. Mas não foi possível. - Catarina, chegou o convite de casamento da sua prima. – Minha mãe falou. - Aquela mulherzinha não é minha prima! – Falei já ficando nervosa. - Catarina, ela é a sua prima. – Minha mãe falou. – É melhor você parar com esse ataque de infantilidade. A Melissa já bateu nela e fez um escândalo aqui em casa. Agora chega! Ela é filha da minha irmã, portanto é sua prima. - Me desculpa, mãe, mas ela não é nada pra mim. – Tentei manter a calma. – Ela ficou com o meu namorado na minha cama, isso não é coisa que se faça. Eu namorava o Cláudio há quatro anos, ele foi meu primeiro namorado, e o en
Não teve jeito, minha amiga me arrastou para o baile. Logo que entramos a Mel nos arrastou para o bar e falou no meu ouvido: - A festa é open bar, então hoje você vai beber para afogar de vez a tristeza! –A Mel me entregou dois shots de tequila e com mais dois em suas mãos me falou: - Vamos virar! – viramos a tequila e o Fernando já entregava uma taça de cosmopolitan para cada uma. Melissa me arrastou para a pista de dança e até que eu estava me divertindo. Começou uma música lenta e o Nando e a Mel começaram a dançar agarradinhos, aproveitei a deixa e me encaminhei para o buffet, mas não consegui chegar, senti uma mão puxando a minha e quando olhei para trás havia um homem com uma máscara preta sorrindo pra mim, e que sorriso! Ele beijou minha mão e me puxou para perto dizendo no meu ouvido com uma voz rouca: - A mulher mais linda do salão não vai me negar uma dança, vai? - E por que não? Vamos dançar. – Sorri pra ele. Era impossível resistir aquela voz rouca sedutora e aque
Na segunda, na hora do almoço, encontrei a Mel e ela me entregou uma sacolinha de uma loja chique. Olhei pra ela sem entender.- Minha mãe mandou eu te entregar. Ela disse que ele é perfeito para você e não combina com ela. – A Mel falou com um grande sorriso.Abri a sacolinha e lá dentro estava o perfume que eu usei para ir ao baile. Eu abri um grande sorriso. Eu amei aquele perfume e ele era parte da melhor noite da minha vida. Só esperava que a minha melhor noite não tivesse me deixado uma doença sexualmente transmissível de lembrança. Com esse pensamento agradeci a Mel e mais tarde ligaria para a mãe dela, então falei pra Mel que queria ligar para o laboratório e marcar os exames.Liguei para o laboratório e fui informada que precisaria apresentar um pedido médico para fazer os exames pelo plano de saúde. Graças a Deus a empresa pagava plano de saúde para os funcionários, porque se não, não sei o que faria, meu salário não era alto e o pouco que sobrava depois de cobrir as despesa
Quando eu me formei, Pedro já estava com dois anos. A essa altura ele já andava para todos os lados, sempre agarrado na vovó, que foi a primeira palavrinha que ele disse. Era um menino lindo, cabelinhos pretos bem lisinhos, pele clara, um nariz arrebitadinho e aqueles enormes olhos violeta que me faziam suspirar. Ele era o meu sol! E agora eu teria mais tempo pra ele.Após a formatura meu chefe me chamou para conversar, ele era um ótimo chefe, disse que estava muito feliz comigo na empresa, mas sabia que eu merecia chegar muito longe, então eu deveria procurar emprego na minha área, que ele compreenderia. Garantiu que meu emprego na construtora seria meu enquanto eu quisesse e que se eu saísse e não desse certo eu teria para onde voltar. Mas que eu deveria buscar algo na minha área de formação, para dar um futuro muito melhor para o meu filho. Eu fiquei muito emocionada com isso e aceitei o seu bom conselho.Contei pra Melissa e ela logo me disse que ia falar com o pai dela para que e
Me apresentei na empresa às oito da manhã. Fui muito bem recebida pela Sra. Mariana, que me apresentou todo mundo e todos foram gentis. O chefe não estava lá, estava viajando e chegaria no final da semana. O escritório era lindo, muito moderno, todo decorado em branco, aço inox e detalhes verdes, muito profissional e acolhedor ao mesmo tempo. Era elegante e eu gostei muito. Fiquei particularmente feliz por ter escolhido vestir um terno preto, com uma blusa de cetim verde escuro por baixo e saltos pretos. Eu deveria estar elegante todos os dias agora, afinal ia trabalhar direto com o presidente da empresa.No meio da manhã recebi uma mensagem da Mel dizendo que conseguiu marcar com a diretora da creche próxima ao nosso apartamento para a hora do almoço. Expliquei a situação a Sra. Mariana e perguntei se seria possível me liberar no horário, mas que eu estaria de volta a tempo.- Então você tem um filho. Qual a idade dele? – ela me perguntou com um sorriso.- Ele tem dois anos. É um gar