“Flávio”Minha irmã me ligou para contar que ia trabalhar como assessora do Patrício, achei isso ótimo, pois sabia que o Patrício seria gentil com ela. Ela também disse que levaria a Manu para a faculdade, pois estava no escritório. As duas estavam se dando muito bem e isso me deixou feliz, afinal a Lisa precisava de uma amiga e a Manu também, já que as coisas no grupo estavam diferentes agora.A Catarina estava às voltas com os cinco filhos que já corriam por todo lado e a Sam também estava bem ocupada com o bebê, a Taís foi embora e a Virgínia nunca tinha tempo, de modo que as garotas quase não estavam se encontrando. Só a Melissa que passava sempre no apartamento para ver a Manu, mas ela estava de férias e viajou com o Nando.Nesse espaço de tempo, quem se aproximou muito da Manu foi o Rick, que andava sentindo falta da esposa que já tinha ido embora há muito tempo, mas ninguém sabia como estava a situação dos dois, embora eu desconfiasse que a Manu sabia.O celular chamando me tir
“Manuela”Lisandra saiu da sala do Rick com um sorriso fraco no rosto e eu sabia que era porque ela e o Patrício não se davam bem.- Chaveirinho, vamos levar a Lisa pra tomar um café. Eu pensei que essa mulher estaria dando pulos de alegria com o emprego... – Rick saiu rindo atrás dela.- Eu estou feliz, Rick, mas eu estou preocupada. – Lisa ficou calada até chegarmos a copa, mas ela não parecia mesmo ter acabado de conseguir um excelente emprego.- Pois não se preocupe. Você e o Patrício não se vêem há muito tempo, ele também mudou e se tornou uma pessoa melhor, eu te garanto. E se ele for um babaca com você, é só me falar que eu chuto a bunda dele. – Rick nos serviu café e bolinhos.- Rick, como foi sua viagem? – Me lembrei que ele foi ver a Taís na casa dos pais dela para resolverem a situação, ele não queria o divórcio, mas pela cara que fez, imaginei que não tinha sido bem sucedido na tentativa de convencer a esposa.- Ela não falou comigo. Simplesmente se escondeu e mandou o pai
“Flávio”O Patrício me ligou perguntando se eu tinha um tempo pra beber alguma coisa com ele. Achei o meu amigo muito sério e geralmente o Patrício era um cara relaxado e brincalhão. Parecia haver algo errado. De qualquer forma seria bom sair com ele um pouco. Combinamos de nos encontrarmos depois do trabalho e marcamos em um bar, quando cheguei ele já estava lá.- Fala, delegado. – Patrício me cumprimentou sério, eu já estava preocupado.- E aí, cara. O que aconteceu? – Perguntei logo.- Ah, Flávio, nem eu sei o que aconteceu. – Patrício suspirou.- Como assim? – Pedi uma bebida e esperei meu amigo falar.- Tem alguma coisa errada com a Virgínia. – Então era isso, até eu já tinha notado que a Virgínia estava se comportando de forma estranha, como se andasse meio desligada do grupo.- Patrício, eu notei que ela anda evitando as meninas, está sempre ocupada com alguma coisa, mas não pensei que vocês estivessem com problemas. – Olhei bem para o meu amigo e eu conhecia aquela expressão n
“Manuela”Depois da visita da Sabrina a minha sala de aula eu fiquei inquieta. Eu tinha quase certeza de que o Flávio ia me esconder que ela o procurou. Mas aí surgiu a dúvida, será que ela o procurou mesmo? E pronto! Eu já estava sendo corroída pelas dúvidas. O que pareceu ser uma visitinha sem propósito da Sabrina se tornou um monstro em minha cabeça. E quanto mais eu pensava, mais me parecia que os ponteiros do relógio não saiam do lugar.Ao terminar a aula finalmente eu já estava praticamente de pé. Saí da sala correndo e encontrei o PH e a Lisa caminhando pelo corredor.- Manu, você deveria estar nos esperando dentro da sala. – PH reclamou por eu não ter esperado.- Eu sei, eu sei, mas eu estou cansada, quero ir pra casa logo. – Tentei disfarçar minha impaciência.- Cansada? É, você deve estar cansada mesmo, você e meu irmão praticamente não dormem e não me deixam dormir. As paredes daquele apartamento são bem finas, sabia?! – Lisandra riu, mandando indireta sobre as minhas ativi
“Lisandra”Eu estava ansiosa pelo meu primeiro dia de trabalho. Ser assessora do Patrício não me empolgava, pois eu sabia que na primeira oportunidade ele me demitiria, eu sabia que ele apenas me suportava por causa do meu irmão. Mas eu estava ansiosa por voltar a vê-lo, fazia tanto tempo desde que o vi pela última vez, eu não era mais do que uma adolescente. Eu passei a noite em claro pensando nisso.- Lisandra! – Escutei o meu irmão me chamar. – Está no mundo da lua?- Desculpe, só um pouco distraída. O que você disse? – Eu realmente não tinha ouvido nada do que ele disse.- Que eu vou levar e buscar vocês e nem adianta reclamar. – Flávio era como um pai dando ordens a sua filha adolescente, era até engraçado.- Ah, tanto faz... – respondi voltando para os meus pensamentos, nem me dando conta do tempo e andando no automático até que chegamos ao escritório.- Lisa, você está distraída hoje. Está tudo bem? – Manu colocou a mão em meu ombro e me examinou na porta do elevador da empresa
“Flávio”Eu estava olhando para o calendário. Só faltava uma semana para que tivéssemos o resultado do teste de DNA da Manu. Eu estava ansioso com isso e torcendo muito para que a suspeita do Camilo fosse confirmada, a Manu não merecia ter aquela mulher como mãe.- Posso entrar, delegado? – Levantei os olhos e vi justamente o Breno parado à minha porta. Ele era o policial que estava me ajudando a investigar o que havia acontecido com a mãe do Camilo no dia em que ela morreu.- Grande Breno! Sinta-se em casa, meu amigo. – Me levantei para cumprimentá-lo. Nós nos conhecemos há muito tempo, havíamos trabalhado juntos logo que ele entrou para a polícia. – Sua visita é uma grande surpresa pra mim.- Pois é, mas minha visita tem uma razão. Eu achei melhor vir te contar pessoalmente o que descobri até agora sobre aquele caso que você me pediu. – Breno se sentou em minha frente.- Deve ser algo importante para fazer você vir até aqui. – Breno balançou a cabeça confirmando minha suspeita.- Si
“Flávio”O telefone da minha mesa estava tocando, atendi e a secretária me informou que tinha uma mulher querendo falar comigo, mas ela não se identificou. Ela passou a ligação e logo que atendi ouvi a voz da Sabrina.- Flávio, eu preciso de você... – Ela parecia chorar e parecia estar ansiosa, quase descontrolada.- Ah, Sabrina, qual é? Vai começar de novo? Dessa vez não vai dar certo. Não me liga de novo. – Eu estava pronto para desligar, mas ela me impediu.- NÃO DESLIGA, FLÁVIO. – Ela gritou. – Se você não vier aqui eu vou me matar, eu pulo da janela.- Então pula, Sabrina! – Desliguei o telefone, eu não cairia nessa chantagem.Logo recebi uma mensagem no celular. Uma foto da Sabrina descabelada, com a maquiagem borrada, sentada no parapeito da janela, com os pés para o lado de fora, olhando pra baixo. Logo abaixo da foto a mensagem “se você não vier eu pulo. Estou no Savanah”.- Mas que droga! – Eu queria muito ignorar aquilo, mas a Sabrina já havia tentado se matar uma vez, foi
“Flávio”Cheguei no trabalho das garotas o mais rápido que pude, minha baixinha ficou surpresa ao me ver por ali tão cedo.- Delegado, ainda falta mais de uma hora para dar o meu horário aqui. – Ela se levantou e me abraçou, mas logo se afastou.- Eu conheço esse perfume, Flávio, e não é seu. – A baixinha me olhou parecendo ficar chateada.- É, você conhece, por isso estou aqui tão cedo. – Eu já estava preocupado antes, agora vendo a carinha da Manu eu estava começando a ficar em pânico. – Eu estive com a Sabrina. Mas, por favor, me escuta.- Claro que eu vou te escutar. Mas eu quero saber bem direitinho por que o perfume dela está impregnado em você. – A baixinha falou e se sentou em sua cadeira me encarando.- É que... – Eu estava prestes a começar a falar quando o Patrício saiu da sala parecendo distraído. – Não cumprimenta mais os amigos, Patrício?- Ah, oi, Moreno. Desculpa, estou andando muito distraído. – Patrício me estendeu a mão.- É, estou sabendo. Algo em que eu possa ajud