Malika retornou para dentro da casa, um sorriso desenhava seus lábios, aquela era a oportunidade perfeita.No entanto, naquele momento, relembrou as palavras de Ahmed, como se estivesse falando dentro de sua cabeça: “...Não pense em se aventurar por aí!” “Eu sei que pensou em fugir, mas eu não aconselho. Então apenas faça o que precisa e retorne!” Balançou a cabeça para tirar a voz rouca dele da mente e não pensar nele. — Ele estava apenas me colocando medo. — falou para si mesma.Caminhou até o quarto, procurando a pequena bolsa tira colo, afinal, era tudo que tinha.Respirou fundo, então deixou o quarto, no momento seguinte, passava perto da porta dos aposentos dele, parando para encarar a porta, sentiu-se tentada a invadir o cômodo. “É minha única oportunidade.” pensou, dando um passo à frente.Devagar, capturou a maçaneta, girou e empurrou, nada aconteceu. “Isso é sério?” estava muito frustrada agora. “Quando ele pensou em trancar a porta do quarto dele?” Fez bico.Soltou a
Então ela conseguiu levantar o joelho rapidamente assim que o agressor se aproximou, foi rápida e forte, era pura adrenalina, causada pelo medo constante de ser abusada.A joelhada foi forte o suficiente para afastar o homem, fazendo-o gemer e se curvar com as mãos na virilha. — Sua p**a! — gritou ele. — Não se aproxime de mim! — ela gritou em resposta, era tudo que podia fazer, tentar pelo menos uma vez, além de gritar, esperando ser ouvida por alguém fora daquele grupo. — Pegue ela! — o homem machucado exigiu com cara de dor para o outro que estava livre.O quarto homem se aproximou, ele demonstrou claramente gostar das atitudes de Malika. — Ela precisa ser domada ainda, chefe. Como faremos isso? — este protegeu sua área sensível quando chegou perto dela, fazendo isso rapidamente, para não dar tempo a jovem de se defender.Malika sentia que seu ar iria faltar, o corpo mas cheio do quarto homem pressionou o dela com força contra a parede, deixando suas costas doloridas assim com
Ele se inclinou na direção do banco do passageiro e abriu a porta pelo lado de dentro, então olhou para ela. — Não vai entrar?Não foi preciso falar novamente, logo ela estava dentro do carro. Minutos depois, estavam de volta em casa. — Vá em frente! — ordenou muito sério.Malika acenou, não iria reclamar, estava precisando descansar, todo aquele estresse a fazia parecer que tinha alguém nas costas.Ahmed a observou entrar, olhou para os lados e adentrou o carro novamente, pegando um envelope pardo no banco de trás. Então saiu fechando a porta, passou pelo portão e foi em busca de Malika.Ela estava descansando no sofá, parecia muito desgastada. “Não me admira.” pensou se aproximando. — Aqui. Leia e assine! — estendeu o envelope na direção dela. — O que é isso? — Perguntou hesitante, quase não olhando nos olhos dele. — Nosso contrato. — disse a incentivando a segurar.Assim que ela recebeu, o ruivo se virou para subir as escadas. — Espera! — ela se levantou, o fez parar nos pr
O tempo havia passado, a janta estava pronta. Malika era uma jovem vivendo uma vida de luxo até a noite anterior, mas quase sempre encontrava paz na cozinha da mansão onde morava, era o refúgio, pois nem mesmo dentro do quarto podia descansar. Inês sempre a seguia como se nunca tivesse nada para fazer em nenhum dia de sua vida, quando Malika descobriu o desgosto da irmã mais nova pela cozinha, passou a amar mais aquele lugar.Sempre haviam empregados preparando tudo, mas a jovem já visitava tanto o lugar, que era praticamente parte da equipe. Era onde a vida fazia sentido, assim como na universidade, quando as aulas práticas iniciavam. Enfermagem e a cozinha, as duas paixões da jovem, uma sobressaia em sua conquista, entretanto, nada poderia a distrair e relaxar mais. “Agora só preciso de um banho.” analisou seu estado, a horas estava da mesma forma. “Ai! Como me sinto suja.” se alto criticou, deixando a mesa posta enquanto caminhava com pressa em direção as escadas, quase tinha se
(Aviso! O capítulo pode incomodar alguns leitores pela descrição do momento entre eles.) “Eu não quero afastá-lo. Eu não quero parar.” Malika julga o momento, sentindo o corpo embriagado, a sensatez ainda encontrava-se com ela, mas esperava que a dele tivesse sumido de vez, para prosseguir sem prudência.Pretendendo permanecer no momento, limitando Ahmed aos seus desejos, ela deslizou suas mãos para cima, encontrando o pescoço dele, arranhou de leve enquanto plantava beijos em seu ombro direito.Ouviu o ruivo suspirar inquieto, a permitindo avançar, apenas apertou suas mãos grandes onde já as tinha, mordendo o lombo de sua orelha direita. Arrepios correram pela pele dela demoradamente, quase a fazendo tremer.Malika deslizou as mãos para dentro dos fios ruivos dele, os bagunçando, puxando e massageando, quando ela ofegava pela sensação de ter uma pequena parte sensível por entre os dentes e acima da língua do homem que ela sonhava em ter.Pronto não pôde mais sentir aquelas carícias,
Assim que retornou para o quarto, não encontrou ninguém. A camisa não estava na cama, apenas a calça. Um sorriso ameaçou surgir em seu rosto, mas ele o espantou como mosquito, não era porque havia ficado com ela mais uma vez, dessa vez por opção que iria agir como um homem apaixonado. “Isso não pode acontecer.” relembrou a si mesmo, pretendia seguir o curso dos planos anteriores, se apaixonar colocaria tudo a perder. Não era um homem que ficava com mulheres apenas por prazer e depois descartava, mas não era o momento de gerar afeto por uma também apenas por ter ido além.Respirou fundo, vestiu a calça, usou a toalha para bagunçar os cabelos, pretendendo secá-los um pouco. “O que eu estava pensando?” encarou a si mesmo com olhar crítico frente ao espelho grande em um suporte apropriado.Penteou os cabelos meio curtos com os dedos, não estava arrependido e isso o preocupava. Agora tinha em mente que a escolha de avançar o sinal foi dele, que ela apenas aceitou a ultrapassagem, não p
— Agora vai dizer que não gostou. — estava sentindo-se um cafajeste ao dizer aquilo, mas não havia gostado dos insultos, eram ridículos. — Esse é você de verdade, não é? — mostrou o quanto estava decepcionada. — E achou que me conhecia antes? — Ele a encarou, se erguendo de sua cadeira. — Talvez tenha idealizado demais um ser íntegro e gentil. — revelou com amargura. — Depende da pessoa que vos fala. — Ele não pensava mais. — E o que serei para você daqui para frente? Um corpo pra usar quando quiser? Ela estava ficando vermelha de raiva. Se estivesse pensando nas palavras Ahmed diria que não a tocaria mais, mas isso não aconteceu, foi exatamente o contrário. — Esse é o seu dever como minha mulher, não pode negar.Os lábios dela apertaram-se, unidos ficaram semelhantes a uma linha. — Ótimo! — saiu pisando duro, passando por ele com pressa.Ahmed apertou as mão irritado, ela o havia tirado a calma costumeira desde que surgiu naquele hotel, nem mesmo antes se importava em lembrar
Respirando profundamente, alisou a caixa marrom, era de tamanho grande, sem logotipo de loja na parte de cima, como costumava tentar descobrir nos pequenos presentes que pôde desfrutar quando sua mãe era viva, pois apenas ela dava-lhe presentes caros. Sua avó não tinha condições de mandar presentes de luxo, ela mesma não podia enviar tal presente, o dinheiro sempre foi do pai e depois da madrasta.Mas não se importava de verdade com o valor que poderia ter custado seu vestido, apenas se decepcionava por nem mesmo fora da família ter o poder de escolher seu traje. Afinal, aquilo mudaria sua vida. “Não tenho escolhas, afinal. Esse é meu destino.” Sempre soube que seria daquela forma, mesmo que fosse alguém de outra família, ainda teria tal dever a cumprir.A tradição se estendia em parte em casamentos arranjados, principalmente nas famílias tradicionais, como dizia seu pai ser parte desse grupo. “Ou Zyan, ou Ahmed. Parece que sempre foi assim.”Finalmente abriu a caixa com cuidado, de