O tempo havia passado, a janta estava pronta. Malika era uma jovem vivendo uma vida de luxo até a noite anterior, mas quase sempre encontrava paz na cozinha da mansão onde morava, era o refúgio, pois nem mesmo dentro do quarto podia descansar. Inês sempre a seguia como se nunca tivesse nada para fazer em nenhum dia de sua vida, quando Malika descobriu o desgosto da irmã mais nova pela cozinha, passou a amar mais aquele lugar.Sempre haviam empregados preparando tudo, mas a jovem já visitava tanto o lugar, que era praticamente parte da equipe. Era onde a vida fazia sentido, assim como na universidade, quando as aulas práticas iniciavam. Enfermagem e a cozinha, as duas paixões da jovem, uma sobressaia em sua conquista, entretanto, nada poderia a distrair e relaxar mais. “Agora só preciso de um banho.” analisou seu estado, a horas estava da mesma forma. “Ai! Como me sinto suja.” se alto criticou, deixando a mesa posta enquanto caminhava com pressa em direção as escadas, quase tinha se
(Aviso! O capítulo pode incomodar alguns leitores pela descrição do momento entre eles.) “Eu não quero afastá-lo. Eu não quero parar.” Malika julga o momento, sentindo o corpo embriagado, a sensatez ainda encontrava-se com ela, mas esperava que a dele tivesse sumido de vez, para prosseguir sem prudência.Pretendendo permanecer no momento, limitando Ahmed aos seus desejos, ela deslizou suas mãos para cima, encontrando o pescoço dele, arranhou de leve enquanto plantava beijos em seu ombro direito.Ouviu o ruivo suspirar inquieto, a permitindo avançar, apenas apertou suas mãos grandes onde já as tinha, mordendo o lombo de sua orelha direita. Arrepios correram pela pele dela demoradamente, quase a fazendo tremer.Malika deslizou as mãos para dentro dos fios ruivos dele, os bagunçando, puxando e massageando, quando ela ofegava pela sensação de ter uma pequena parte sensível por entre os dentes e acima da língua do homem que ela sonhava em ter.Pronto não pôde mais sentir aquelas carícias,
Assim que retornou para o quarto, não encontrou ninguém. A camisa não estava na cama, apenas a calça. Um sorriso ameaçou surgir em seu rosto, mas ele o espantou como mosquito, não era porque havia ficado com ela mais uma vez, dessa vez por opção que iria agir como um homem apaixonado. “Isso não pode acontecer.” relembrou a si mesmo, pretendia seguir o curso dos planos anteriores, se apaixonar colocaria tudo a perder. Não era um homem que ficava com mulheres apenas por prazer e depois descartava, mas não era o momento de gerar afeto por uma também apenas por ter ido além.Respirou fundo, vestiu a calça, usou a toalha para bagunçar os cabelos, pretendendo secá-los um pouco. “O que eu estava pensando?” encarou a si mesmo com olhar crítico frente ao espelho grande em um suporte apropriado.Penteou os cabelos meio curtos com os dedos, não estava arrependido e isso o preocupava. Agora tinha em mente que a escolha de avançar o sinal foi dele, que ela apenas aceitou a ultrapassagem, não p
— Agora vai dizer que não gostou. — estava sentindo-se um cafajeste ao dizer aquilo, mas não havia gostado dos insultos, eram ridículos. — Esse é você de verdade, não é? — mostrou o quanto estava decepcionada. — E achou que me conhecia antes? — Ele a encarou, se erguendo de sua cadeira. — Talvez tenha idealizado demais um ser íntegro e gentil. — revelou com amargura. — Depende da pessoa que vos fala. — Ele não pensava mais. — E o que serei para você daqui para frente? Um corpo pra usar quando quiser? Ela estava ficando vermelha de raiva. Se estivesse pensando nas palavras Ahmed diria que não a tocaria mais, mas isso não aconteceu, foi exatamente o contrário. — Esse é o seu dever como minha mulher, não pode negar.Os lábios dela apertaram-se, unidos ficaram semelhantes a uma linha. — Ótimo! — saiu pisando duro, passando por ele com pressa.Ahmed apertou as mão irritado, ela o havia tirado a calma costumeira desde que surgiu naquele hotel, nem mesmo antes se importava em lembrar
Respirando profundamente, alisou a caixa marrom, era de tamanho grande, sem logotipo de loja na parte de cima, como costumava tentar descobrir nos pequenos presentes que pôde desfrutar quando sua mãe era viva, pois apenas ela dava-lhe presentes caros. Sua avó não tinha condições de mandar presentes de luxo, ela mesma não podia enviar tal presente, o dinheiro sempre foi do pai e depois da madrasta.Mas não se importava de verdade com o valor que poderia ter custado seu vestido, apenas se decepcionava por nem mesmo fora da família ter o poder de escolher seu traje. Afinal, aquilo mudaria sua vida. “Não tenho escolhas, afinal. Esse é meu destino.” Sempre soube que seria daquela forma, mesmo que fosse alguém de outra família, ainda teria tal dever a cumprir.A tradição se estendia em parte em casamentos arranjados, principalmente nas famílias tradicionais, como dizia seu pai ser parte desse grupo. “Ou Zyan, ou Ahmed. Parece que sempre foi assim.”Finalmente abriu a caixa com cuidado, de
— O quê? — ficou pasma. — Ninguém se apaixona por alguém sem investigar. A não ser que tenha apenas um interesse oculto. — Espera, o que quer dizer? — não acreditou que estava sendo insultada.Ahmed continuou dirigindo, mas respondeu: — Eu pouco a conheço. Como posso ter certeza se não está me investigando agora porque ganhou o que pretendia? Malika apertou os olhos irritada, sentindo-se injustiçada. — Então toda essa preparação sempre foi para isso? — se referiu as roupas caras, as casuais e alianças de ouro. — A preparação que você chama, é uma estratégia que coube bem a você. — Apertando as unhas nas palmas, ela cerrou os dentes. — Se por acaso quisesse dinheiro teria casado com Zyan. — não se preocupou se ele poderia se sentir mal com as palavras dela. — Isso porque ele ganha mais que eu, certo? — debochou ele. — Isso mesmo! — respondeu prontamente. — Só prova muita coisa. — deixou ainda mais irritada. — Qual é o seu problema? — perguntou se inclinando para ficar pert
Durante a noite, Malika jantou sozinha, não houve sinal de Ahmed. Mesmo que ambos não houvessem trocado contato, ele não ligaria para avisar sobre uma noite fora, era notório que não planejava uma noite de núpcias. Outra coisa que não aconteceria, ele praticamente havia deixado claro com suas ações e insultos.Mesmo assim, Malika esperou alguma ligação, um milagre; pois não havia como ele adivinhar seu contato. No fim das contas ainda o amava, não poderia deixar de se preocupar. “Ele vai dormir fora?” Se perguntou em seguida se ele não teria outra pessoa, se essa pessoa era a sortuda que havia ganhado seu coração. “Não, ele não poderia sustentar duas mulheres.” Lavava as louças enquanto pensava naquilo, dando uma rápida olhada no lugar para constatar a falta de luxo, no máximo era confortável e prática. “É um segundo trabalho que o toma muito tempo. Talvez dias.” estava pensativa, terminando o que tinha de fazer. “Mais que trabalho seria esse?” explodia em curiosidade.Secou o
Depois de ser descoberta como mulher de Ahmed pela vizinha e dona da loja, Malika foi levada pelo marido para dentro de casa com o aviso de precisavam conversar.Assim que a porta da frente foi fechada por ele, o homem a encarou: — Finalmente decidiu se habituar aqui? — O que mais eu devia fazer? Você disse que não me impediria de trabalhar assim que me formasse, mas me impede de estudar. — Demonstrou sua chateação. — Eu não estou te impedindo. — franziu o cenho um pouco confuso. — E como chama me deixar sozinha, sem ao menos uma direção para pegar um transporte até a instituição? Ahmed virou o rosto para o lado, suspirando. — Descaso, confesso. — quase riu, não dela, mas por sua falta de atenção, queria tanto se livrar das perseguições dela que esqueceu-se de ter que ampará-la e aconselhar em certas partes.Malika apertou as sacolas nas mãos, agora estava desconfiada, ele estava mudando novamente ou estava apenas reconhecendo seu erro como uma pessoa digna?Ahmed a fitou, aper