Poliana mais uma vez sentiu por que Marcelo tinha uma personalidade tão cativante.

Assim como muitos casais apaixonados, também existiam artistas que ambos admiravam. Nesse momento, Poliana pensou que, se Marcelo fosse um artista, ela talvez se tornasse sua fã.

E então, quando estivesse triste, bastaria olhar para ele para que seu humor melhorasse.

Mas, por uma ironia do destino, ele estava ali, bem ao seu lado.

Para os outros, ele era o Presidente Matos, mas desde que conheceu Marcelo, ela o chamava de tio, seguindo o exemplo de Gustavo, e inconscientemente o via como uma figura mais velha.

Quanto mais pensava nisso, mais embaraçada se sentia, a ponto de corar. Foi então que Marcelo perguntou suavemente:

— Poli, você está bem?

Poliana abaixou os olhos, fingindo estar ocupada arrumando os cabelos.

— Estou bem, tio Marcelo. Só perdi o equilíbrio por um momento.

Ela evitou olhar para Marcelo, mas ele, por outro lado, não conseguia tirar os olhos dela. O olhar de Marcelo se tornou aind