Já havia corrido uma semana. Uma longa e cansativa semana.
Eu fui a praia duas vezes, e saio quase todas as noites, tentando aproveitar meu último gostinho de liberdade.
Lucas me beijava com furor, enquanto apertava meus seios com uma mão e alisava minha bunda com a outra.
Levei meus dedos a sua nuca, arranhando a área levemente.
Não sei exatamente em que momento ficamos pelados, mas Lucas arremetia contra o meu corpo rapidamente, fazendo uma sensação gostosa invadir meu corpo e um gemido sair da minha garganta.
Meu ventre se apertou levemente, e torci para que isso não acabe agora, ouvi a respiração de Lucas mais pesado no meu ouvido e suas estocadas ficarem mais leves e sem velocidade, até parar definitivamente.
Lucas jogou seu corpo suado contra os lençóis de sua cama, com a respiração entre cortada.
- Foi bom? - Lucas disse, sorrindo fraco.
- Sim, foi ótimo. - Menti.
Eu não podia dizer ao meu namorado que o sexo era ruim, eu o amava demais para isso.
Lucas me puxou para deitar em seu ombro e relaxei meu corpo ali, percebendo a falta de sono repentina.
Não demorou muito para que o homem ao meu lado pegasse no sono e eu pudesse me levantar para lavar meu corpo.
Me despi, e entrei para dentro do box, lavando cada parte do meu corpo, tentando relaxar meus músculos também.
Me vesti novamente, saindo do banheiro e indo para o quarto de Lucas, onde ele dormia tranquilamente, segurando um travesseiro entre seus braços fortes.
Ajeitei meus cachos na frente do espelho e peguei um pedaço de papel dentro de uma das gavetas e uma caneta na comôda.
"Tive que ir. Nos vemos amanhã, eu amo você!
- B!"
Corri da casa de Lucas, torcendo para que Manu ainda não estivesse em casa. O sol estava se pondo, e aos poucos, a Lua ia tomando lugar no meio da escuridão que se formava.
Desci na entrada do apartamento, e após desejar uma "Boa noite" ao porteiro, peguei o elevador até o apartamento.
Girei a chave no fechadura e empurrei a porta de madeira para dentro.
Manu estava sentada no sofá, com seu vestido rosa colado e um par de saltos ao lado, digitava freneticamente no celular.
- Está atrasada! - Manu disse, sem me olhar.
- É, eu sei! - Assenti, tirando os chinelos em qualquer lugar. - Já tomei banho, volto logo. - comuniquei, correndo para dentro do quarto.
Olhei a previsão do tempo no celular e acabei optando por uma calça comprida com o cós alto, uma blusa ciganinha - ou Ombro-a-ombro - e perfume; nos pés, um par de tênis brancos, meus favoritos.
A maquiagem foi simples, um delineador, um rímel e Gloss, dois brincos e um cordão que ganhei dos meus pais.
- Graças a Deus! - A morena disse, levantando as mãos para o alto e se levantando.
- Desculpa a demora! - Sorri amarelo e ela deu os ombros, saindo na frente.
O carro parou na frente da nossa casa e entramos rapidamente, animadas para o aniversário de Sofia, uma das meninas que conheci.
•
- Feliz aniversário, Sof!!! - Gritei, abraçando a morena apertado.
Sof era mais baixa que eu, com seus um e sessenta e cinco, era gordinha e tinha cabelos lisos que iam até sua bunda generosa. Ela era linda, com seus traços indígenas e um sorriso perfeito.
- Obrigada!! - Ela riu animada. Já eram quase meia noite e eu ainda não havia conseguido ver a aniversariante. - Venham comigo, vamos beber tequila!! - Gritou animada e percebi que ela já se encontrava levemente alterada.
Andamos atrás da mesma, e entramos na casa, com um pouco menos de pessoas que lá fora. Sof puxou um pequeno chaveiro com duas Chaves e girou a fechadura de uma porta enorme e branca, antes de nos puxar para dentro rapidamente e voltar a trancar.
- Meus pais me comeriam viva se destruíssem a nossa cozinha. - Sof riu, antes de ir ao armário e puxar a garrafa de vidro e três copinhos pequenos.
Sem dizer uma palavra, dispôs os copos a mesa e os serviu até a boca, fazendo Manu sorrir animada do meu lado.
- Um.. - Disse, segurando o copo pequeno entre os dedos e levantando. Fiz o mesmo. - Dois.. três! - Disse, e viramos nossos copos de uma vez.
Fiz uma careta engraçada, quando senti o líquido descer pela minha garganta, trazendo a queimação ao meu interior.
- Isso é ruim. - Falei, pondo a língua para fora. - vamos de novo!
Manu riu ao meu lado e concordou, deslizando o copo a mesa. Fizemos três rodadas, antes de voltarmos para a festa, levemente alteradas e rindo atoa.
A música ecoava alto por todo o terreno, e eu dançava com algumas amigas que Sof havia nos apresentado.
- Estou morta! - Gritei entre uma risada, me jogando no confortável sofá da casa de Sof.
- Eu que o diga. - Ket fez uma careta, deixando seu copo vazio ao seu lado.
Ketelyn era negra, em seus cabelos, um punhado de tranças davam um ar juvenil a moça, suas roupas, por outro lado, eram um short jeans e cropped preto e decotado.
- Eu preciso mesmo de um pouco de água. - Falei, enquanto via o teto girar levemente. - Ou amanhã terei uma ressaca daquelas. - Fiz uma careta.
- Não! - Esther gritou, carregando uma garrafa de Vodka de procedência duvidosa. - Você precisa de mais cachaça! - Ela riu, entornando o líquido no meu copo rosa de acrílico.
- Vira! - Sof gritou ao meu lado, me fazendo levar um leve susto.
Eu ri, mas virei o copo de uma vez, sentindo o efeito bater quase que imediatamente. Senti o chão rodar e o minha garganta queimar, uma risada alta saiu da minha garganta e eu me levantei para dançar mais um pouco.
•
Senti a náusea no mesmo minuto em que abrir o olhos, gemi sentindo minha cabeça latejar e meus olhos arderem devido a luz do sol que entrava pela porta da sacada.
Eu deveria mesmo ter bebido água, pensei.
Juntei o pouco de coragem que ainda existia em mim e corri para o banheiro, abrindo a tampa do vaso e permitindo que todo resíduo existente no meu estômago fosse expelido ali.
Abri uma das gavetas e após fuçar bastante, encontrei uma cartela de comprimidos, engoli com a água do própria pia e me encostei na parede do banheiro, imaginando o quão burra eu fui por beber tanto.
Me levantei, me forçando a firmar minhas pernas no chão e caminhei para fora do quarto. Eu estava vestida com uma bermuda azul de pijama e uma camisa que não era minha.
Ketelyn, Sofia e Emanuelle estavam jogadas pelo chão da sala, acordadas e conversando animadamente.
- Como vocês conseguem ficar tão animadas? - Gemi, prendendo meu cabelo.
- Mandamos você beber água quando chegamos, você não quiser escutar. - Sof disse, rindo.
- Quando eu queria água, você não me deu, sua vagabunda! - Joguei um travesseiro em seu rosto e ri. Sof fez uma careta, antes de voltar a digitar no celular.
- Vamos para a praia hoje? - Ket perguntou animada, se levantando do chão e enchendo um copo com uma jarra de suco.
- Eu topo, só fala baixo! - Falei, me aninhando nos braços de Manu.
- Por mim, eu vou! - Manu disse, fazendo carinho nos meus cabelos. Fechei os olhos, sentindo o relaxamento no corpo.
- Então, tá tudo certo! - Sof disse um pouco mais alto, me arrancando uma careta.
Elas continuaram conversando, enquanto eu esperava o comprimido fazer efeito e a minha dor passar.
Hoje, seria um longo, longo dia....
Puxei minha última peça de roupa do guarda roupas e coloquei dentro da mala aberta em cima da minha cama.Separei uma calça comprida, uma blusa de alça fina e uma jaqueta jeans. Eu precisava terminar isso ainda hoje.Bufei, diminuindo um pouco mais a temperatura do ar condicionado. O Rio de Janeiro estava quente, com seus belos trinta e cinco graus Celsius, eu me sentia a ponto de derreter a qualquer momento.Se um ovo fosse quebrado na tampa de um esgoto, seria frito em segundos, levando em consideração que eu estava assando na quentura do lugar.Hoje era meu último dia de liberdade e eu queria aproveitar isso ao máximo. Não consigo me lembrar, exatamente, todos os momentos que passei durante esses vinte e oito dias, mas a certeza que eu tinha, era que eu havia me divertido como nunca.— Já está fazendo as malas? — Manu murmurou triste, se jogando ao lado da minha mala.— Sim, eu precisava terminar isso!
não pensei que me despedir doeria tanto.Acordei cedo naquela manhã, torcendo para que o dia passasse cada vez mais lento.Mesmo com meu coração dolorido, e com a decepção e insatisfação estampada no meu rosto, passamos o dia juntas.Fizemos o melhor almoço do mundo, e elas me acompanharam a minha última visita a praia.Me sentei na areia fofa, e fiquei admirando as ondas indo e voltando. Eu não tinha certeza se os colombianos tinham praia, e não estava muito animada para descobrir, não sei sequer se serei livre para ir e vir, quem dirá para descobrir se eles tem praias.— No que você tanto pensa? — Ket perguntou, se sentando ao meu lado.— Na minha vida. — sorri fraco, ainda sem encarar seus olhos castanhos escuros.— Você tem certeza disso? — Perguntou. — conheço umas pessoas que podem acabar com a raça desse Carlos.— Eu já dei a minha palavra. — falei, triste.
Henry Coleman.— Bom, senhores.. por hoje é só! — Falei, deixando a pasta preta na mesa.Aos poucos, a sala ia esvaziando, até que ficassem apenas eu e minha secretária.— Senhor? — Merliah chamou a minha atenção. — Seu pai está na sua sala, está aguardando o seu retorno.— Obrigado, Merliah. — Sorri fraco, peguei a pequena pasta da mesa e sai da sala.Atravessei os corredores extensos até a minha sala no topo do prédio alto.Eu e meu pai não estávamos nos falando desde a nossa última discussão, ele não dava o braço a torcer e eu era orgulhoso demais para ir atrás do mais velho.Respirei fundo, antes de entrar na sala e encontrá-lo sentado na minha cadeira, enquanto lia alguns papéis.— Pai? — chamei sua atenção e me aproximei, para depositar a pasta ao lado de uma pilha de pastas.— Ah, oi! — Ele se levantou e ajeitou o blazer sobre o corpo, antes de pigarrear e me encar
Bruna Pinheiro. Carlos abriu porta de entrada da boate e me deu passagem para que eu pudesse passar.O lugar, não era ruim, era bem bonito e parecia aconchegante. Percorri meus olhos pela sala ampla e fiquei encantada com a beleza do lugar.Em um dos cantos, um bar estava muito bem posicionado com inúmeros bancos enfileirados um ao lado do outro, uma menina estava sentada no balcão, enquanto conversava animadamente com uma outra que estava lavando um copo no bar.Algumas mesas estavam espelhadas pelo local, com quatro cadeiras cada. Nos cantos, encostados nas paredes, alguns sofás vermelhos que pareciam confortáveis rodeavam mesas quadradas.No centro do lugar, dois palcos redondos e pequeno, com uma uma barra em seu centro. Uma garota estava sentada com outras duas no pequeno palco, comendo tacos e bebendo refrigerante.Percebi algumas garotas espalhadas pelo lugar, pareciam felizes e entretidas em suas próprias con
Estar aqui a seis meses, era de longe a coisa mais difícil a ser feita. Eu sabia que não seria fácil, mas não imaginei que seria tão repetitivo e entediante.Todas as noites era o mesmo, nós íamos para o salão, esperávamos eles aparecerem e nos jogávamos em cima, como urubus em carne podre.Eu não me orgulhava disso, na verdade, queria correr dali a qualquer momento, era bastante humilhante.. mas, eu precisava disso. Eu precisava quitar a dívida e salvar a vida de Lucas, estava tudo em minhas mãos.Eu não falava muito com Lucas, trabalhava até às quatro da manhã, e quando retornava para a casa, queria me deitar e nunca mais levantar dali.Cá estava eu, no centro da nossa sala de estar, comendo cereal e assistindo a qualquer filme
Abri meus olhos lentamente, sentindo a brisa suave entrar em contato com o meu rosto. A porta da sacada estava aberta, e o dia lá fora estava frio.O céu estava escuro e pequenos chuviscos molhavam o chão, o vento mexia a cortina descontroladamente, quase como se tivesse vida.Me levantei preguiçosamente, fechando a porta, deixando o ambiente se aquecer instantâneamente.Abri o guarda roupas e pesquei um conjunto de lingeries, um moletom rosa bebê e um par de meias da mesma cor, entrei para dentro do banheiro e liguei o chuveiro na água quente.Após o banho, me vesti com as peças e penteei meus cabelos, que agora batiam na metade das minhas costas.Peguei meu celular e vi algumas chamadas perdidas de Juh e franzi a testa, calcei um par de chinelos de dedo e sai do quarto.Atravessei o corredor vazio, ouvindo conversas paralelas em alguns quarto, não me interessando muito em parar para escutar.Me virei par
A porta do carro se abriu e eu saí, parando ao lado de Henry que travava o carro.Suas mãos desceram até a curva das minhas costas e caminhamos juntos até o elevador do seu prédio. Ajeitei meus cabelos no espelho e encostei na parede gelada.Não demorou muito para a porta se abrir e pararmos em um corredor com duas portas, uma de frente para a outra.Henry abriu a porta com um pequeno cartão e me deu passagem para que eu entrasse.A suíte do hotel era idêntica a um apartamento de alto nível, com uma sala ampla, uma televisão de cinquenta polegadas pegava metade da parede, três sofás brancos rodeavam a pequena mesa de centro no centro da sala. Uma cortina entre aberta revelava uma parede de vidro, que proporcionava uma vista incrível de toda o centro da cidade.O lugar era decorado entre o branco, o marrom e o dourado. Era bonito e amplo, dando um ar de lar em cada pequeno detalhe do local.- Estou aqui a seis meses, e
Os dedos de Henry correram calmamente o meu corpo, enquanto nos beijavamos calmamente no tapete da sala.Quando nos separamos, encarei seus olhos azuis e sorri abertamente, sentindo uma onda de energia percorrer meu corpo.- Você é tão linda! - Ele murmurou, me analisando.- Você também é tão lindo. - beijei a pontinha de seu nariz. As bochechas de Henry ficaram levemente avermelhadas.Dei uma risada fraca.- Você ficou com vergonha. - Beijei sua bochecha levemente e enlacei meus braços em seu pescoço.Henry estava sobre o meu corpo, com um dos cotovelos apoiados no chão, o outro alisava minha cintura, enquanto seus olhos percorriam meu corpo nú.- Sim, fiquei. - Henry mordeu seus lábios fortemente e sorri frac