Capítulo 8 | Festa!!!

Já havia corrido uma semana. Uma longa e cansativa semana. 

Eu fui a praia duas vezes, e saio quase todas as noites, tentando aproveitar meu último gostinho de liberdade. 

Lucas me beijava com furor, enquanto apertava meus seios com uma mão e alisava minha bunda com a outra. 

Levei meus dedos a sua nuca, arranhando a área levemente.

Não sei exatamente em que momento ficamos pelados, mas Lucas arremetia contra o meu corpo rapidamente, fazendo uma sensação gostosa invadir meu corpo e um gemido sair da minha garganta. 

Meu ventre se apertou levemente, e torci para que isso não acabe agora, ouvi a respiração de Lucas mais pesado no meu ouvido e suas estocadas ficarem mais leves e sem velocidade, até parar definitivamente. 

Lucas jogou seu corpo suado contra os lençóis de sua cama, com a respiração entre cortada. 

- Foi bom? - Lucas disse, sorrindo fraco.

- Sim, foi ótimo. - Menti. 

Eu não podia dizer ao meu namorado que o sexo era ruim, eu o amava demais para isso. 

Lucas me puxou para deitar em seu ombro e relaxei meu corpo ali, percebendo a falta de sono repentina. 

Não demorou muito para que o homem ao meu lado pegasse no sono e eu pudesse me levantar para lavar meu corpo.

Me despi, e entrei para dentro do box, lavando cada parte do meu corpo, tentando relaxar meus músculos também. 

Me vesti novamente, saindo do banheiro e indo para o quarto de Lucas, onde ele dormia tranquilamente, segurando um travesseiro entre seus braços fortes.

Ajeitei meus cachos na frente do espelho e peguei um pedaço de papel dentro de uma das gavetas e uma caneta na comôda. 

"Tive que ir. Nos vemos amanhã, eu amo você! 

- B!"

Corri da casa de Lucas, torcendo para que Manu ainda não estivesse em casa. O sol estava se pondo, e aos poucos, a Lua ia tomando lugar no meio da escuridão que se formava. 

Desci na entrada do apartamento, e após desejar uma "Boa noite" ao porteiro, peguei o elevador até o apartamento. 

Girei a chave no fechadura e empurrei a porta de madeira para dentro. 

Manu estava sentada no sofá, com seu vestido rosa colado e um par de saltos ao lado, digitava freneticamente no celular. 

- Está atrasada! - Manu disse, sem me olhar. 

- É, eu sei! - Assenti, tirando os chinelos em qualquer lugar. - Já tomei banho, volto logo. - comuniquei, correndo para dentro do quarto. 

Olhei a previsão do tempo no celular e acabei optando por uma calça comprida com o cós alto, uma blusa ciganinha - ou Ombro-a-ombro - e perfume; nos pés, um par de tênis brancos, meus favoritos. 

A maquiagem foi simples, um delineador, um rímel e Gloss, dois brincos e um cordão que ganhei dos meus pais. 

- Graças a Deus! - A morena disse, levantando as mãos para o alto e se levantando. 

- Desculpa a demora! - Sorri amarelo e ela deu os ombros, saindo na frente. 

O carro parou na frente da nossa casa e entramos rapidamente, animadas para o aniversário de Sofia, uma das meninas que conheci. 

- Feliz aniversário, Sof!!! - Gritei, abraçando a morena apertado. 

Sof era mais baixa que eu, com seus um e sessenta e cinco, era gordinha e tinha cabelos lisos que iam até sua bunda generosa. Ela era linda, com seus traços indígenas e um sorriso perfeito. 

- Obrigada!! - Ela riu animada. Já eram quase meia noite e eu ainda não havia conseguido ver a aniversariante. - Venham comigo, vamos beber tequila!! - Gritou animada e percebi que ela já se encontrava levemente alterada. 

Andamos atrás da mesma, e entramos na casa, com um pouco menos de pessoas que lá fora. Sof puxou um pequeno chaveiro com duas Chaves e girou a fechadura de uma porta enorme e branca, antes de nos puxar para dentro rapidamente e voltar a trancar. 

- Meus pais me comeriam viva se destruíssem a nossa cozinha. - Sof riu, antes de ir ao armário e puxar a garrafa de vidro e três copinhos pequenos. 

Sem dizer uma palavra, dispôs os copos a mesa e os serviu até a boca, fazendo Manu sorrir animada do meu lado. 

- Um.. - Disse, segurando o copo pequeno entre os dedos e levantando. Fiz o mesmo. - Dois.. três! - Disse, e viramos nossos copos de uma vez. 

Fiz uma careta engraçada, quando senti o líquido descer pela minha garganta, trazendo a queimação ao meu interior. 

- Isso é ruim. - Falei, pondo a língua para fora. - vamos de novo! 

Manu riu ao meu lado e concordou, deslizando o copo a mesa. Fizemos três rodadas, antes de voltarmos para a festa, levemente alteradas e rindo atoa. 

A música ecoava alto por todo o terreno, e eu dançava com algumas amigas que Sof havia nos apresentado. 

- Estou morta! - Gritei entre uma risada, me jogando no confortável sofá da casa de Sof. 

- Eu que o diga. - Ket fez uma careta, deixando seu copo vazio ao seu lado. 

Ketelyn era negra, em seus cabelos, um punhado de tranças davam um ar juvenil a moça, suas roupas, por outro lado, eram um short jeans e cropped preto e decotado. 

- Eu preciso mesmo de um pouco de água. - Falei, enquanto via o teto girar levemente. - Ou amanhã terei uma ressaca daquelas. - Fiz uma careta. 

- Não! - Esther gritou, carregando uma garrafa de Vodka de procedência duvidosa. - Você precisa de mais cachaça! - Ela riu, entornando o líquido no meu copo rosa de acrílico. 

- Vira! - Sof gritou ao meu lado, me fazendo levar um leve susto. 

Eu ri, mas virei o copo de uma vez, sentindo o efeito bater quase que imediatamente. Senti o chão rodar e o minha garganta queimar, uma risada alta saiu da minha garganta e eu me levantei para dançar mais um pouco. 

Senti a náusea no mesmo minuto em que abrir o olhos, gemi sentindo minha cabeça latejar e meus olhos arderem devido a luz do sol que entrava pela porta da sacada. 

Eu deveria mesmo ter bebido água, pensei. 

Juntei o pouco de coragem que ainda existia em mim e corri para o banheiro, abrindo a tampa do vaso e permitindo que todo resíduo existente no meu estômago fosse expelido ali. 

Abri uma das gavetas e após fuçar bastante, encontrei uma cartela de comprimidos, engoli com a água do própria pia e me encostei na parede do banheiro, imaginando o quão burra eu fui por beber tanto. 

Me levantei, me forçando a firmar minhas pernas no chão e caminhei para fora do quarto. Eu estava vestida com uma bermuda azul de pijama e uma camisa que não era minha. 

Ketelyn, Sofia e Emanuelle estavam jogadas pelo chão da sala, acordadas e conversando animadamente. 

- Como vocês conseguem ficar tão animadas? - Gemi, prendendo meu cabelo. 

- Mandamos você beber água quando chegamos, você não quiser escutar. - Sof disse, rindo.

- Quando eu queria água, você não me deu, sua vagabunda! - Joguei um travesseiro em seu rosto e ri. Sof fez uma careta, antes de voltar a digitar no celular. 

- Vamos para a praia hoje? - Ket perguntou animada, se levantando do chão e enchendo um copo com uma jarra de suco. 

- Eu topo, só fala baixo! - Falei, me aninhando nos braços de Manu. 

- Por mim, eu vou! - Manu disse, fazendo carinho nos meus cabelos. Fechei os olhos, sentindo o relaxamento no corpo. 

- Então, tá tudo certo! - Sof disse um pouco mais alto, me arrancando uma careta. 

Elas continuaram conversando, enquanto eu esperava o comprimido fazer efeito e a minha dor passar. 

Hoje, seria um longo, longo dia....

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