Capítulo 4 Te vejo no cartório
Ao passar por Carolina, Mariana deu um tapinha em suas costas em sinal de consolo:

- Carolina, não fique brava, eu já dei uma lição na sua irmã. Você é a irmã mais nova, como ela pode não te tratar melhor!

- Desculpe, Carolina, amanhã mesmo vou falar com Diego para cancelar o noivado. - Os olhos encantadores de Beatriz se encheram de lágrimas, com uma mistura de culpa e tristeza. - Embora não possamos forçar questões de sentimentos, mas você gosta dele, e como sua irmã, eu não deveria ter me aproximado tanto dele...

Ao ouvir essas palavras, Carolina ficou furiosa:

- Quando você diz “tão perto”, você quer dizer na cama?

- Que bobagem você está dizendo? - Antônio, não aguentando mais, se levantou e gritou com raiva. - O noivado vai continuar, os convites já foram enviados. Vocês podem se dar ao luxo de perder a reputação, mas eu não posso.

- Estou apenas dizendo a verdade! - Os olhos de Carolina estavam vermelhos, ela apontou para Mariana, dizendo palavra por palavra. - Beatriz e ela são da mesma categoria, as duas gostam de roubar o homem dos outros, por que você acredita em tudo o que elas dizem?

Assim que ela terminou de falar, Antônio deu um tapa em Carolina.

Com um tapa dado com toda a força, Ana foi atingida e sua cabeça girou para o lado, sua mente zumbindo.

Mariana, observando tudo, teve uma breve expressão de satisfação e rapidamente deteve Antônio em pânico:

- Fale direito, não bata!

- Ela já está estragada por sua causa, você ainda a protege. Se quiser ficar nessa casa, então fique, senão, caia fora. Igual à mãe dela que já morreu cedo, só de olhar, traz azar. - Antônio estava furioso, olhando para Carolina com desgosto.

Seu olhar não parecia de um pai, mas de um inimigo.

- Carolina ainda é jovem, é normal ter um temperamento difícil. Querido, amanhã você tem que acordar cedo, vou te acompanhar para dormir. – Disse Mariana, piscando para Beatriz. - Cuide bem de Carolina.

Beatriz seguiu com carinho:

- Papai trabalha duro todos os dias, é culpa minha por te deixar preocupado.

Carolina ainda estava paralisada no lugar, mantendo a postura de quando foi agredida, sem se mover.

Foi Mariana quem se intrometeu em um casamento alheio primeiro! Após a morte de sua mãe, ela se estabeleceu como a nova mulher da casa, trazendo consigo Beatriz, que era um ano mais velha que ela!

Agora, a pessoa que estava sendo excluída era ela mesma.

Mas nada disso importava mais. No momento em que Antônio, sem saber o que era certo e errado, bateu nela, ela viu a verdadeira natureza desse homem.

Desde o início até o fim, seus olhos nunca estiveram em sua mãe e nela, não importava o quão bem elas tenham feito.

Vendo Antônio e sua mãe entrarem no quarto, a expressão dócil desapareceu do rosto de Beatriz, substituída por um sarcasmo implacável.

Ela se aproximou de Carolina e insultou com uma voz que apenas as duas podiam ouvir:

- Eu pensei que seria difícil lidar com Diego, mas ele mal podia esperar para mostrar sua lealdade e terminar o relacionamento com você. Não teve nenhum desafio. Ele também disse que estava cansado de você há muito tempo.

Carolina olhou para ela, dizendo sem expressão:

- Então ele é um cachorro que adora comer merda?

Beatriz engasgou, olhando furiosamente para ela:

- Cala boca!

Carolina virou-se e voltou para seu próprio quarto.

Ela sentou-se na beira da cama e pegou o cartão de visita da bolsa. Nele estava impresso um nome e um número de telefone. Ela leu em um sussurro:

- Henrique Mendonça.

Por que ela se lembrava de que a mãe de Diego não tinha o sobrenome Mendonça?

Bem, geralmente a chamava de tia Mendes, mas provavelmente estava enganada.

Carolina não se importou com os detalhes triviais e pegou o telefone para ligar para o número do cartão.

- Olá, Sr. Mendonça, eu decidi. Te vejo no cartório amanhã à tarde.

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