Capítulo 9 Quer que eu durma com você? Você merece?
Felipe coçou o queixo, olhando para Henrique parado ao lado:

- Você a conhece?

Henrique não confirmou nem negou, com uma voz fria, apenas respondeu:

- Sim.

- Então você não vai ser dar um de herói e salvar a bela donzela? - Ele provocou de forma zombeteira. - Você vai deixar uma mulher frágil enfrentar a escória sozinha?

- Eu conheço ela, mas não sou próximo.

Implicitamente, ele não tinha intenção de ajudar.

Quanto à "mulher frágil" mencionada por Felipe, ela carregava uma mala pesada com uma mão no dia em que tiraram a certidão de casamento...

Essa reação estava dentro das expectativas de Felipe. O Henrique que ele conhecia nunca foi alguém que se intrometesse nos assuntos dos outros ou se compadecesse dos fracos.

Mas Felipe ainda achava um pouco lamentável, porque a mulher ali perto era realmente bonita, com pernas longas e cintura fina. Sua pele branca e bonita, o simples conjunto profissional ressaltava perfeitamente suas curvas, e sua pele exposta parecia suculenta e macia, como um pedaço de lichia descascada, radiante e suave.

Ela era uma beleza rara, ainda mais deslumbrante do que muitas atrizes famosas.

Felipe não suportava ver uma mulher bonita sendo maltratada, então disse a Henrique:

- Já que você não é próximo dela, que tal eu ajudá-la?

Henrique lançou-lhe um olhar frio e cortante:

- O que?

Seu olhar era assustador demais, Felipe rapidamente acenou com as mãos, insinuando que estava apenas brincando:

- Ok, ok, por que eu me intrometeria nessa confusão!

Sem mais delongas, Henrique voltou a concentrar seu olhar em Carolina. O homem de meia-idade do outro lado estava claramente confiante e seu discurso cada vez mais grosseiro e vulgar.

- Pare de fingir! - O homem de meia-idade parecia achar a situação hilariante, cuspindo palavras. – Estou te dizendo, você deve se desculpar imediatamente, e então subir comigo. Já reservei um quarto no sexto andar, e assim que terminarmos, assinaremos o contrato imediatamente. Não me venha com ares de dondoca mimada, entendeu?

- Quer que eu durma com você? Devia se olhar no espelho primeiro, você merece? - Carolina ficou irritada, seus dedos tremiam de raiva, mas ela não tinha a menor intenção de recuar.

O estacionamento subterrâneo fazia o som ecoar bem alto, e as pessoas que chegavam de carro paravam para observar a cena. O homem de meia-idade perdeu a paciência e não quis perder mais tempo, então agarrou-a com força e a arrastou em direção ao elevador.

Os olhos de Henrique se estreitaram levemente, mas ele não se moveu, seu olhar acompanhando de perto Carolina.

Felizmente, Carolina não o decepcionou. Ela não era tão forte quanto o homem de meia-idade, mas era muito esperta. Ela mirou nas partes sensíveis do homem e aproveitou a oportunidade para chutar com força.

No segundo seguinte, um grito horrível ecoou pelo estacionamento subterrâneo, como se estivessem matando um porco. O rosto do homem de meia-idade ficou vermelho como um pimentão, e ele cobriu a parte inferior do corpo com as mãos.

Aproveitando essa oportunidade, Carolina rapidamente fugiu. Ao sair do estacionamento, o sol escaldante de maio brilhava sobre sua cabeça. Embora a Cidade T já estivesse entrando no verão, ela tremia de frio por dentro, incapaz de sentir nenhum calor.

Carolina mal conseguia acreditar no que tinha acontecido. Mesmo que Antônio não gostasse mais dela, ele jamais permitiria que a filha biológica fizesse algo assim em nome de um contrato assinado.

Talvez... O homem tenha exagerado e distorcido os fatos...

Carolina não queria continuar pensando sobre isso, nem tinha coragem de descobrir a verdade. Ela baixou os olhos, olhando para os carros passando na rua, sem saber para onde ir. Foi quando seu celular tocou.

Era Antônio ligando.

Carolina ficou em silêncio por alguns segundos e, em seguida, atendeu.

- Eu te pedi para assinar o contrato, como você acabou machucando o Sr. Pedro? - A voz furiosa de Antônio atravessou a tela, enchendo os ouvidos de Carolina.

Carolina apertou com força o telefone em suas mãos e respondeu com a voz tensa:

- Eu fui para assinar o contrato, discutir negócios, não para dormir com ele.

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