Capítulo 8 A saúde é o único investimento real
Henrique olhou para a mulher que estava sofrendo com uma dor de estômago incapacitante e que ainda estava se explicando por ele. Seus olhos escureceram, sem saber no que estava pensando.

O médico ouviu e olhou para Carolina com um olhar desaprovador:

- O trabalho é importante ou a saúde é importante? A saúde é o único investimento real.

- Você está certo, prometo que vou comer na hora certa a partir de agora. - Ela fez uma expressão inocente e miserável. - E o que devo fazer nessa situação agora?

- Vamos administrar um soro intravenoso, mande seu marido ir lá pagar a taxa, uma enfermeira virá para te guiar em breve. - O médico entregou a receita para Henrique.

Henrique não disse nada, pegou a receita e foi embora.

Carolina olhou para a figura alta e imponente do homem e suspirou profundamente.

Hoje, ela não só falhou ao fazer a refeição, mas também acabou no hospital. Que vergonha!

O hospital estava lotado, e como ela não teria problemas graves posteriormente, foi encaminhada da sala de emergência para um quarto comum.

Henrique pagou a conta e atendeu uma ligação. Vendo que ele tinha algo a fazer, Carolina foi compreensiva e disse que poderia cuidar do soro sozinha.

Ele franziu a testa e, ainda assim, mostrou sua humanidade antes de ir embora, encontrando um cuidador temporário para ela.

Depois de terminar o soro, já era tarde da noite. Carolina estava exausta e decidiu passar a noite no hospital.

Ao acordar de manhã, ela recebeu uma mensagem de Antônio, lembrando-a de não esquecer de ir se encontrar com o Sr. Pedro para assinar o contrato à tarde.

De repente, Carolina sentiu vontade de rir. Ela não voltou para casa a noite toda e seu pai estava preocupado apenas com os negócios da empresa, nem mesmo uma palavra de preocupação.

Mas ela estava acostumada a isso desde muito jovem, porque foi assim que ela cresceu.

Carolina sentou-se na cama por um tempo e então se levantou, deixando o hospital e pegando um táxi de volta para a mansão de Henrique.

Ainda faltavam duas horas para assinar o contrato à tarde, então Carolina tomou um banho e se maquiou rapidamente antes de ir para o local.

...

Edifício Cervo-Grou, 5o andar, Cozinha Privada.

Satisfeito, Felipe Barreto colocou os talheres de lado e acariciou a barriga:

- Quando eu estava no exterior, sentia muita saudade do sabor desta casa. Agora finalmente estou comendo, que maravilha.

Do outro lado, Henrique também comeu uma porção extra de arroz, parecendo bastante satisfeito.

Felipe arqueou as sobrancelhas para ele:

- E aí, você não acha que está bom também?

- Mais ou menos, nota 6. - Respondeu Henrique com elegância enquanto comia, com uma voz magnética.

Felipe perguntou, curioso:

- Mais ou menos e você ainda comeu tanto?

- Comi delivery ontem à noite, foi muito pouco.

Com essa explicação, Felipe entendeu.

Mas essa pessoa sempre teve altas exigências quanto à qualidade de vida e aos ingredientes, nunca se contentou com menos. E ontem, inexplicavelmente, pediu delivery. Será que era um milagre acontecendo? Ele estava finalmente enjoado das mesmas coisas?

Após a refeição, os dois se levantaram e saíram. Quando estavam indo para o estacionamento subterrâneo, um homem de meia-idade com sobrepeso saiu correndo, irritado. Sem querer, ele acabou esbarrando em Felipe, quase fazendo com que os dois caíssem juntos.

O homem ficou furioso, mas ao olhar para os dois diante dele, especialmente para Henrique atrás de Felipe, que claramente não era uma pessoa comum, engoliu as palavras ofensivas que estavam prestes a sair de sua boca.

- Que demente é esse? Ele é cego? - Felipe xingou o homem sem nem olhar para trás, de mau humor.

Henrique não respondeu às suas palavras, seus olhos olhavam diretamente para um lugar próximo.

Felipe ficou intrigado e seguiu seu olhar.

Ele viu o homem de meia-idade barrando o caminho de uma mulher alta e esguia enquanto xingava:

- Eu te dei uma oportunidade e você está se achando? Até seu pai te mandou acompanhar os convidados, e você ainda fica aí se fazendo de inocente, sua vadia!

Carolina virou-se abruptamente, seus olhos vermelhos fixados nele com frieza.:

- O que você disse?

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