Capítulo 7 Meu marido é muito bom para mim
Carolina imediatamente saiu apressadamente da página do aplicativo, fingindo cortar legumes.

- Já está quase pronto, a alta culinária vale a espera!

- ...

Henrique não disse nada, apenas pegou um copo d'água e voltou para o escritório.

Se ele não tivesse visto a couve-flor queimada na mesa, talvez ele acreditasse.

Não se podia negar que o Uber Eats era realmente um dos maiores aplicativos do século XXI. Carolina colocou toda a comida das caixas em pratos e os arrumou de maneira bonita, escondendo as caixas e a sacola de entrega.

Depois de fazer tudo isso, ela chamou:

- A comida está pronta, venha comer!

Sentados à mesa, os dois olharam um para o outro.

Carolina olhava nervosamente para Henrique e, ao ver que seu belo rosto não mostrava nenhuma expressão estranha, ela suspirou aliviada.

O aplicativo era bom, mas um dia seria descoberto se continuasse assim.

Ela deveria encontrar tempo para se inscrever em um curso de culinária e aprender de verdade?

Enquanto comia, Carolina pensava em muitas coisas em sua mente.

De repente, uma dor aguda e intensa atingiu sua barriga.

A dor fez com que ela prendesse a respiração e segurasse sua barriga com as mãos.

Henrique percebeu sua expressão estranha, colocou os talheres no prato e perguntou:

- O que aconteceu com você?

Com rosto pálido, Carolina respondeu:

- Não é nada, apenas uma dor de barriga. Vou pegar um analgésico, continue comendo.

Depois de dizer isso, ela se apoiou na mesa e se levantou com dificuldade, depois se moveu passo a passo em direção ao quarto.

Henrique franzia a testa levemente:

- Você tem certeza de que é apenas uma dor de barriga?

- Sim, já estou acostumada com isso.

Durante sua viagem de negócios no exterior, ela constantemente sentia-se sobrecarregada devido ao estresse, tendo que comparecer a eventos sociais todos os dias. Às vezes, ela até sentia dores no estômago, mas após tomar um analgésico, ficava bem.

No entanto, dessa vez, algo estava errado. A dor persistia e gradualmente piorava.

Henrique passou pela porta do quarto de Carolina e viu uma mulher encolhida em posição fetal, segurando o estômago com a cara pálida e sobrancelhas franzidas. Ela suportava silenciosamente a dor, como um animalzinho fraco e desamparado.

As sobrancelhas de Henrique franziram levemente. Ele se aproximou rapidamente dela:

- Você já teve algum problema de saúde anteriormente?

Carolina balançou a cabeça, o suor frio escorrendo pela sua testa.:

- Não.

Henrique colocou seus dedos longos e finos sobre seu estômago e pressionou levemente.

- Dói aqui?

- Não.

- E aqui?

- Dói... Não aperte tão forte! - Os olhos de Carolina se encheram de lágrimas enquanto ela falava. – Nesse lugar aí, dói muito...

A expressão de Henrique ficou séria:

- Idiota, como você não consegue distinguir entre dor de estômago e dor abdominal?

O desdém no rosto do homem era evidente, expressando-se além das palavras. Carolina moveu os lábios, mas a dor era tão intensa que ela não conseguia falar.

Henrique decidiu agir imediatamente e a pegou nos braços para levá-la para fora. O peso da mulher era muito mais leve do que ele imaginava, e ela ainda ousou enganá-lo para comer comida delivery juntos com esse corpo tão frágil!

Ele agora tinha uma noção clara de sua inteligência.

...

Meia hora depois.

Hospital, sala de emergência.

O médico olhou para Henrique com suspeita enquanto segurava os resultados dos exames.

- Você é o marido da paciente?

Para esse título, Henrique respondeu de forma desconfortável com um grunhido.

Pelo menos em teoria, ele era.

- Como você se tornou o marido dela? Sua esposa estava exausta a ponto de quase perfurar o estômago, e você só a trouxe agora para receber tratamento? - O médico apontou o papel do exame com a caneta. - Além disso, ela não pode comer alimentos gordurosos. Por que você não presta atenção nisso?

- Não culpe ele, nós estávamos separados em cidades diferentes e acabei de descobrir isso também. - Interrompeu Carolina com uma voz fraca, forçando um sorriso delicado. - Meu marido... Ele geralmente... É muito bom para mim.

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