Henrique olhou para a mulher que estava sofrendo com uma dor de estômago incapacitante e que ainda estava se explicando por ele. Seus olhos escureceram, sem saber no que estava pensando.O médico ouviu e olhou para Carolina com um olhar desaprovador: - O trabalho é importante ou a saúde é importante? A saúde é o único investimento real.- Você está certo, prometo que vou comer na hora certa a partir de agora. - Ela fez uma expressão inocente e miserável. - E o que devo fazer nessa situação agora?- Vamos administrar um soro intravenoso, mande seu marido ir lá pagar a taxa, uma enfermeira virá para te guiar em breve. - O médico entregou a receita para Henrique.Henrique não disse nada, pegou a receita e foi embora.Carolina olhou para a figura alta e imponente do homem e suspirou profundamente.Hoje, ela não só falhou ao fazer a refeição, mas também acabou no hospital. Que vergonha!O hospital estava lotado, e como ela não teria problemas graves posteriormente, foi encaminhada da sala
Felipe coçou o queixo, olhando para Henrique parado ao lado: - Você a conhece?Henrique não confirmou nem negou, com uma voz fria, apenas respondeu: - Sim.- Então você não vai ser dar um de herói e salvar a bela donzela? - Ele provocou de forma zombeteira. - Você vai deixar uma mulher frágil enfrentar a escória sozinha?- Eu conheço ela, mas não sou próximo. Implicitamente, ele não tinha intenção de ajudar.Quanto à "mulher frágil" mencionada por Felipe, ela carregava uma mala pesada com uma mão no dia em que tiraram a certidão de casamento...Essa reação estava dentro das expectativas de Felipe. O Henrique que ele conhecia nunca foi alguém que se intrometesse nos assuntos dos outros ou se compadecesse dos fracos.Mas Felipe ainda achava um pouco lamentável, porque a mulher ali perto era realmente bonita, com pernas longas e cintura fina. Sua pele branca e bonita, o simples conjunto profissional ressaltava perfeitamente suas curvas, e sua pele exposta parecia suculenta e macia, com
Do outro lado da linha, houve uma pausa, e Antônio exclamou com raiva: - Quando foi que eu te pedi para dormir com ele? Se você não consegue lidar com o projeto, não use desculpas confusas para empurrar a responsabilidade!Carolina franziu a testa: - Eu não fiz isso, foi ele quem começou a me tocar...- Trabalhamos neste projeto por um ano inteiro, e você arruinou tudo no último momento. Sua atitude irresponsável causou sérios prejuízos para a empresa!- Eu disse que não é por minha causa. Se você não acredita, pode investigar. O prédio tem câmeras de vigilância.- Não fale mais disso, não quero ouvir. Se você não assumir as perdas da empresa, vai ter que conseguir o perdão do Sr. Pedro e garantir o contrato novamente. Esta é a última chance que vou te dar!Depois de dizer essa frase, a chamada foi encerrada, e só restou o som mecânico e frio no ouvido.Carolina olhou para a tela do celular, que exibia a palavra "Pai", e ficou em silêncio.Só quando ouviu a buzina estridente do carro
Carolina estava furiosa, suas emoções nos últimos dias atingiram o auge neste momento. A raiva suprimida em seu peito a deixou sem fôlego. Depois de trabalhar arduamente no exterior, lutando nos negócios, ela estava quase esgotada fisicamente. No final das contas, além de ser traída, mal tinha dinheiro para se alimentar.Isso era simplesmente inaceitável!Sem pensar duas vezes, ela vestiu seu casaco e chamou um táxi diretamente para a Empresa Aurora, pertencente à família Santos.Ao chegar à empresa, coincidentemente eles haviam acabado de terminar uma reunião e estavam saindo em grupo da sala de conferências. Beatriz estava seguindo atrás de Antônio, perguntando sobre os detalhes do trabalho dele, enquanto Antônio respondia pacientemente com um olhar gentil, era uma bela cena de pai amoroso e filha respeitosa.Essa atitude amável dele era algo que Carolina não experimentava há mais de vinte anos.As mãos ao lado do corpo de Carolina estavam apertadas com força, os nós dos dedos ficara
Ao ouvir essas palavras, um brilho de excitação secreta atravessou o rosto de Beatriz, mas ela rapidamente se aproximou com uma voz tensa e a interrompeu: - Carolina, não fale essas palavras impulsivas. Este é o seu lar, onde você vai depois de sair do emprego? Ainda tenho algum dinheiro na minha conta. Quando eu voltar para casa à noite, eu te dou o cartão, considera isso como acerto de contas do seu salário, tudo bem?- O que você tem a ver com ela? Se ela quer ir embora, então vá embora! Não fique atrapalhando aqui!Antônio não conseguiu fechar o contrato como queria e agora ainda precisava lidar com essa bagunça do Sr. Pedro pela Carolina. Como a Carolina não tinha a menor intenção de se desculpar com ele, Antônio estava muito irritado com isso. Depois de dar um grito, chamando pelo segurança lá de fora, ele puxou Beatriz para dentro do escritório.Logo, o segurança chegou apressadamente, pronto para empurrar Carolina para fora de maneira rude, indicando que ela deveria sair.- Nã
Ao ouvir isso, Fernanda deixou os ombros caírem: - Acabou, tinha apenas uma vaga adequada para você, e ela foi preenchida hoje mesmo. Mas a matriz da BrilhanteMax se mudou para o país, fica perto da minha empresa. Eu vi online que eles estão contratando um especialista em tradução de francês. Seu francês é tão bom e você tem certificação de nível, com certeza será capaz de fazer o trabalho. Que tal tentar?Carolina olhou fixamente para ela, perguntando:- Você está se referindo à empresa BrilhanteMax, que ressurgiu das cinzas nos últimos anos?- Sim, é ela mesma! - Fernanrda apontou com o dedo em direção ao prédio alto e imponente ao norte, dizendo. - Ali mesmo, não muito longe daqui. Os benefícios são ótimos. Se você conseguir o emprego, podemos marcar um encontro para jantar todos os dias após o expediente!Carolina seguiu o dedo de Fernanda e olhou naquela direção, onde ficava o centro da cidade. Havia um arranha-céu com grandes letras douradas escritas no topo, "BrilhanteMax".Seu
Henrique tinha um perfil lateral perfeito e frio. Ele disse: - Não.- Está bem... - Carolina não ficou muito preocupada com isso, achando que estava imaginando coisas.- Suas roupas são sempre tão reveladoras? - Henrique de repente perguntou com frieza.Sem entender, ela olhou para o vestido que ia até o meio da panturrilha: - Onde está revelador?- A gola.Carolina ficou perplexa: - Eu só mostrei um pouco da clavícula, nada demais...Supostamente, o tio de Diego não era muito mais velho que ele, talvez apenas oito anos mais velho, não deveria ser tão antiquado assim.- Não parece um problema assim, mas e se você estivesse de bruços? - Henrique olhou fixamente em seus olhos, com uma voz atraente.Ao ouvir isso, Carolina ficou atordoada, e de repente entendeu o barulho da porta que acabara de ouvir. Seu rosto ficou vermelho e, mesmo assim, ela manteve uma expressão calma, encontrando seu olhar: - Se eu estivesse de bruços, seria no meu próprio quarto, a menos que... Você tenha segun
A entrevista começou com um teste escrito, seguido pela entrevista. O teste escrito era o ponto forte de Carolina, e depois de entregar sua prova, ela saiu e esperou. Ao passar por Célia, ela percebeu que grande parte da prova de Célia ainda estava em branco, mas Célia estava tranquila, admirando suas unhas recentemente feitas.Sem motivo aparente, Carolina teve um pressentimento de que seria difícil passar nesta entrevista. E não deu outra, os resultados do teste escrito foram divulgados e ela não foi selecionada, obtendo a pontuação mais baixa da sala.- Não é possível, eu não posso ter tirado uma pontuação tão baixa! - Carolina questionou o entrevistador. - Eu exijo que a prova seja tornada pública e que os pontos deduzidos sejam claramente explicados.O entrevistador sentado no meio se levantou com muita arrogância: - Cada entrevistador tem seus próprios critérios, mas há uma coisa em que todos nós concordamos: não importa como foi o processo, uma pontuação baixa significa repro