Rashid deixou ela trancada com o menino, saiu para ligar e pedir o dinheiro a Jamila, ele havia pensado em tudo, colocou o amigo para falar na ligação, ainda não revelou estar por trás do sequestro, voltou para embarcar a esposa, e a mandar para longe de tudo, junto dos pais dela, inventou toda uma história de que a família estava armando para prejudicar ele no trabalho. Quando Jamila soube da fortuna que queriam, ficou muito nervosa, teve certeza de que era algo de algum conhecido, enquanto conversavam com a polícia, ela falou que as únicas pessoas que poderiam ter algo contra ela, eram Rashid e Inaya, contou o que tinha descoberto, ficou se culpando por confiar os filhos a cunhada. Foram instruídos a não pagar o que pediam, mas sim tentar ganhar tempo, negociando, os funcionários de Halim, não encontraram Rashid, a irmã e os pais dele, começaram uma guerra na família, defendendo a integridade dele, a esposa dele mentiu, dizendo que estavam no Marrocos juntos. Inaya estava assusta
Ele disse que estava com medo, ela colocou o relógio no braço dele, o fez comer bem, colocou agasalho, o instruiu a correr por meia hora, mais não pela beira da estrada, se esconder em alguma árvore, por mais de três horas, para se caso o procurassem, não pudessem encontrar no caminho. Ela deu planos diferentes, para ele seguir, pedir ajuda na primeira casa que encontrasse, chamando a polícia, ou chamando a Jamila primeiro, e se não encontrasse ninguém, era para andar com muito cuidado com carros e bichos, até encontrar algum comércio.Inaya tomou banho, colocou um vestido mais curto florido, de alças, rezou pedindo proteção e sabedoria, para lidar com aquilo tudo, Rashid voltou bravo, porque só mandaram duzentos mil, abriu a porta do quarto querendo bater em Omar, Inaya entrou no meio, o defendendo, pediu para Rashid se acalmar, porque iriam pagar, quando tivessem mais medo.Se aproximou o abraçando desconcertada — Aqueles homens, estão aí? Ele disse que sim, foi a puxando para fo
Rashid a espancou e deixou jogada em uma mata, a beira da estrada, a mais de quatrocentos quilômetros de onde estavam, a sorte de Inaya, foi que um cachorro, de um morador de rua, a encontrou e latiu muito, levando o dono até ela.Mesmo com medo o senhor chamou a polícia, a levaram para o hospital inconsciente, sem qualquer documentação, ela estava de calça jeans, descalça, com uma camiseta masculina, com o rosto todo desfigurado, repleta de hematomas pelo corpo todo. Quando ela acordou no hospital, agiu como se não lembrasse de nada, porque não queria ser encontrada, teve muito medo e vergonha, percebeu que estava bastante longe de casa, com o rosto todo machucado, fotos não fariam diferença e o próprio Rashid tinha feito ela clarear o cabelo, estava loiro e antes era castanho.Enquanto se recuperava, Inaya aproveitou para se fazer de desmemoriada, só queria melhorar e desaparecer, tinha certeza que sua família iria lhe virar as costas de qualquer forma, a polícia teve certeza que e
Mounir pediu para o motorista ir comprar água, assim que possível, tentou acalmá-la, a deixou quieta, por mensagem pediu para o motorista também trazer chocolates, ficou em pé fora do carro, ao lado da porta dela, pegou a sacola e abriu a água, deu nas mãos dela — Você está segura comigo, ninguém vai te punir.— Tome a água, olha, sei que você gosta. Deu os chocolates — Minha família é muito grata, pelo o que fez. Ela tomou um pouco de água, balançou a cabeça que não, para o chocolate, parou de chorar, ficou cabisbaixa com muita vergonha de si mesma, ele deixou a sacola no meio dos dois, seguiram viagem em silêncio, ela acabou adormecendo quando anoiteceu.Quando chegaram em casa, Mounir a acordou mexendo sutilmente no braço— Inaya, já chegamos. Acorde!— Inaya! Ela despertou no susto, se encolhendo com medo, ele continuou sério, sem nem conseguir olhar diretamente para ela— Yalla! Precisamos descer juntos. — Já chegamos em casa.Ela olhou para fora como se estivesse com medo,
Ele colocou perto dela, em cima da cama, ela pegou algumas folhas, franziu a testa lendo, aquele era o contrato " informal ", regras impostas por ele " - Você não pode contar nada sobre a nossa intimidade a ninguém. - Deve ser fiel a mim.- Não pode sair sozinha ou mudar a senha do celular.- Sempre deve se manter bem arrumada, usando maquiagens, jóias, roupas boas.- Deve dizer que estamos tentando ter filhos.- Depois de seis meses, vamos dizer que você é seca. - Deve cuidar da casa com zelo, para ocupar melhor o tempo livre e poderá comprar, tudo o que deseja, sem exageros.- Vamos respeitar um ao outro.- Na frente das pessoas, irá fingir que tem afeto por mim e só nessas circunstâncias, poderá ter qualquer contato físico comigo. - Deve sempre falar bem de mim e tratar a minha família com respeito e gentileza.- Quando eu quiser, irei ter uma segunda esposa e você vai estar de acordo, sempre dizer perante todos, que concorda.- Nunca deve revelar a minha segunda esposa, que o
Inaya balançou a cabeça que sim, apertou a mão dela conforme os exames eram feitos, ficou muito constrangida o tempo todo, a médica explicou tudo de maneira simples, disse que aparentemente, estava tudo bem, pediu exames de sangue, para verificar outras coisas, perguntou se ela já queria engravidar logo, como a maioria das recém casadas, Inaya ficou sem saber o que falar, Jamila respondeu por ela — Não, é até melhor, que ela use algum anticoncepcional.Inaya ficou pensativa, imaginando se seria ou não, obrigada a se deitar com Mounir, algo que para ela, seria completamente normal, dadas as circunstâncias. A médica optou pelo chip contraceptivo, agendou um retorno para colocar, depois de ver os resultados dos exames, Jamila parecia uma mãe, cuidando de tudo, quando saíram do consultório, ela disse que iriam ao salão de beleza, levou Inaya para pintar o cabelo, corrigir a cor e hidratar, ele estava mais claro, manchado.Inaya estava extremamente quieta, se sentindo perdida, nunca nem
Pegou uma bermuda de elástico na cintura, camiseta de pano leve da Nike, com vergonha não pegou a cueca, ele saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura, achou que estaria sozinho no quarto, estava distraído mexendo no celular, quando ela o viu levou um susto, cobriu os olhos desesperada— Desculpa! Eu só vim pegar a sua roupa.Foi saindo passando ao lado dele, com a mão nos olhos, tropeçou em uma caixa organizadora grande, caiu por cima — Aí Alá. Do jeito que caiu, continuou no chão, foi saindo do quarto engatinhando, só para não vê-lo semi nu, Mounir ficou parado olhando sério, foi até a porta do quarto, encontrou ela sentada no corredor, bem ao lado, saiu para fora — Se machucou Inaya? Tudo bem?Ela se ajoelhou para levantar, o olhando reparando na barriga trincada sarada, o abdômen definido, ficou corada de vergonha, saiu as pressas de perto — Não foi nada.— Desculpa. Desceu as escadas as pressas, ficou se sentindo ridícu.la, começou resmungar se xing.ando baixinho, se
Ela deu um pulo, se assustou e nem lembrou da meia calça na cabeça — Nada. Desculpa!Voltou deitar rápido — Estava procurando meias, estou com frio.Ele se sentou sem entender nada — Não é essa, no seu cabelo? O que é isso? Ela tirou as pressas, ficou corada de vergonha — La! Boa noite.Deitou de costas, cobrindo até a cabeça, quase caindo da cama, ele se levantou querendo rir a achando muito boba— Quer mais um edredon? Ou prefere cobertor? Mexeu no guarda roupas, ela continuou escondida ouvindo — La! Esse está bom.Ele se aproximou da cama, levantou o edredon para ver os pés dela — Quer que eu coloque em você? As meias?Ela se sentou de imediato — La! Pode me dar.Ele levantou mais um pouco o edredon— Posso colocar! Me dá o pé. Apreensiva envergonhada ela esticou as pernas, ele se sentou na beirada da cama, desfazendo o rolo de meia— Aqui é muito gelado mesmo. Foi colocando nela— Porque estava com aquilo, na cabeça?Ela ficou séria com as mãos trêmulas, cabisbaixa sem