Dois homens se aproximaram os cercando, ela percebeu que iam fazer algo, soltou uma das crianças, mandou entrar na loja, puxaram Inaya para o carro, quando a outra criança ia correr também assustada, foi pega.Foi tudo muito rápido, ninguém teve tempo de fazer nada, colocaram ela e o menino no carro, saíram cantando pneu, o motorista nem conseguiu passar a rua na hora, ele viu tudo, logo correu para acudir a menina, as pessoas da loja ficaram assustadas, chamaram a polícia. Quando ele ligou para Jamila, ela desmaiou de nervoso, sempre teve muita cautela e medo, de algo assim acontecer, teve que contar para o tio, Halim parou tudo o que estava fazendo, virou uma fera, nem doente parecia estar.Ligou para o funcionário que cuidava da segurança deles, começou falar com os contatos da polícia, também pessoas influentes dos negócios. Ele queria saber o que estava acontecendo, quem poderia ter sido capaz daquilo, foram para a casa de Jamila, esperar que fizessem contato, o celular de Inay
Rashid deixou ela trancada com o menino, saiu para ligar e pedir o dinheiro a Jamila, ele havia pensado em tudo, colocou o amigo para falar na ligação, ainda não revelou estar por trás do sequestro, voltou para embarcar a esposa, e a mandar para longe de tudo, junto dos pais dela, inventou toda uma história de que a família estava armando para prejudicar ele no trabalho. Quando Jamila soube da fortuna que queriam, ficou muito nervosa, teve certeza de que era algo de algum conhecido, enquanto conversavam com a polícia, ela falou que as únicas pessoas que poderiam ter algo contra ela, eram Rashid e Inaya, contou o que tinha descoberto, ficou se culpando por confiar os filhos a cunhada. Foram instruídos a não pagar o que pediam, mas sim tentar ganhar tempo, negociando, os funcionários de Halim, não encontraram Rashid, a irmã e os pais dele, começaram uma guerra na família, defendendo a integridade dele, a esposa dele mentiu, dizendo que estavam no Marrocos juntos. Inaya estava assusta
Ele disse que estava com medo, ela colocou o relógio no braço dele, o fez comer bem, colocou agasalho, o instruiu a correr por meia hora, mais não pela beira da estrada, se esconder em alguma árvore, por mais de três horas, para se caso o procurassem, não pudessem encontrar no caminho. Ela deu planos diferentes, para ele seguir, pedir ajuda na primeira casa que encontrasse, chamando a polícia, ou chamando a Jamila primeiro, e se não encontrasse ninguém, era para andar com muito cuidado com carros e bichos, até encontrar algum comércio.Inaya tomou banho, colocou um vestido mais curto florido, de alças, rezou pedindo proteção e sabedoria, para lidar com aquilo tudo, Rashid voltou bravo, porque só mandaram duzentos mil, abriu a porta do quarto querendo bater em Omar, Inaya entrou no meio, o defendendo, pediu para Rashid se acalmar, porque iriam pagar, quando tivessem mais medo.Se aproximou o abraçando desconcertada — Aqueles homens, estão aí? Ele disse que sim, foi a puxando para fo
Rashid a espancou e deixou jogada em uma mata, a beira da estrada, a mais de quatrocentos quilômetros de onde estavam, a sorte de Inaya, foi que um cachorro, de um morador de rua, a encontrou e latiu muito, levando o dono até ela.Mesmo com medo o senhor chamou a polícia, a levaram para o hospital inconsciente, sem qualquer documentação, ela estava de calça jeans, descalça, com uma camiseta masculina, com o rosto todo desfigurado, repleta de hematomas pelo corpo todo. Quando ela acordou no hospital, agiu como se não lembrasse de nada, porque não queria ser encontrada, teve muito medo e vergonha, percebeu que estava bastante longe de casa, com o rosto todo machucado, fotos não fariam diferença e o próprio Rashid tinha feito ela clarear o cabelo, estava loiro e antes era castanho.Enquanto se recuperava, Inaya aproveitou para se fazer de desmemoriada, só queria melhorar e desaparecer, tinha certeza que sua família iria lhe virar as costas de qualquer forma, a polícia teve certeza que e
Mounir pediu para o motorista ir comprar água, assim que possível, tentou acalmá-la, a deixou quieta, por mensagem pediu para o motorista também trazer chocolates, ficou em pé fora do carro, ao lado da porta dela, pegou a sacola e abriu a água, deu nas mãos dela — Você está segura comigo, ninguém vai te punir.— Tome a água, olha, sei que você gosta. Deu os chocolates — Minha família é muito grata, pelo o que fez. Ela tomou um pouco de água, balançou a cabeça que não, para o chocolate, parou de chorar, ficou cabisbaixa com muita vergonha de si mesma, ele deixou a sacola no meio dos dois, seguiram viagem em silêncio, ela acabou adormecendo quando anoiteceu.Quando chegaram em casa, Mounir a acordou mexendo sutilmente no braço— Inaya, já chegamos. Acorde!— Inaya! Ela despertou no susto, se encolhendo com medo, ele continuou sério, sem nem conseguir olhar diretamente para ela— Yalla! Precisamos descer juntos. — Já chegamos em casa.Ela olhou para fora como se estivesse com medo,
Mounir nasceu no Egito e foi morar no Brasil ainda criança. Quando seus pais morreram, Halim, seu tio, acolheu ele e sua irmã. Ele teve uma criação rígida baseada nos costumes e na religião. Sua família é tradicional, ainda que dividida entre o Egito e o Brasil. Ele sempre se esforçou muito. Quando atingiu a maioridade, foi estudar fora, na Europa. Na primeira oportunidade, retornou e virou ceo na rede de hotéis de seu tio, que já de idade avançada, queria vê-lo casado de qualquer forma.Quando ninguém via, ele não seguia a religião de fato e, ainda que com medo, às vezes cometia vários haram. Foi bastante influenciado pelos anos longe de casa, mas respeitava muito o tio, como se fosse um pai. Halim ficava nervoso só de imaginar que seu sobrinho não era um verdadeiro exemplo de homem.Halim estava fazendo vista grossa para a enrolação de Mounir em se casar e construir uma família. Usando a doença, arrumou várias pretendentes para ele. O chamou para ir viajar com a família e, ao notar
Ela começou rir envergonhada, ele acenou para o tio e o futuro sogro, falou baixinho só para ela ouvir- Então, está verdadeiramente interessada em se casar comigo?Ela ficou desconcertada séria, sem querer parecer desesperada- Como vou saber?- Não te conheço.Ele disse rindo, que também não sabia, perguntou se ela era apaixonada pelo ex noivo, pareceu debochado desrespeitoso, como se soubesse da história dela e o Rashid, muito nervosa, ela se afastou sem responder, o deixou falando sozinho.Depois ficaram trocando olhares curiosos o resto da festa, ela estava sem saber como se sentia referente a ele, sua irmã Baya ficou eufórica com a beleza e simpatia dele.Ela queria muito casar e por isso, insistia para a irmã casar logo, começou dar bons motivos para Inaya casar logo e se conformar com a sorte, porque ele era rico, bonito, educado e com certeza em algum momento iriam se amar.Mounir estava reunido com a família, comentou com o tio, que a achou a pretendente muito jovem, Halim s
Aproveitando para apressar as coisas, Halim convidou Mustafa e a família para jantarem oficializando tudo, era praticamente o noivado e os noivos nem sabiam muito bem como as coisas seriam.Inaya não tinha muitas roupas bonitas adequadas, sua futura cunhada quem lhe deu o vestido, mandou entregar, com sapatos novos, Baya se deslumbrava ao ver a " sorte " da irmã, Inaya adorava maquiagem, mas não sabia se maquiar muito bem e seu pai implicava também.Ao ficar pronta, ela colocou os sapatos, era um scarpin de bico fino, que até era seu número, mas ficou apertado, mal dava para andar e ela não tinha outro calçado que combinasse.Mounir saiu sem avisar, queria conversar com o primo, e não o encontrou, quando seu tio sentiu sua falta, começou ligar várias vezes, Mounir estava voltando, ignorou as chamadas, quando chegou levou xingo, os convidados já tinham chegado, e estavam fazendo comentários maldosos sobre a noiva.Halim o mandou ir se arrumar, para receber a noiva, entregar os present