Rashid a espancou e deixou jogada em uma mata, a beira da estrada, a mais de quatrocentos quilômetros de onde estavam, a sorte de Inaya, foi que um cachorro, de um morador de rua, a encontrou e latiu muito, levando o dono até ela.Mesmo com medo o senhor chamou a polícia, a levaram para o hospital inconsciente, sem qualquer documentação, ela estava de calça jeans, descalça, com uma camiseta masculina, com o rosto todo desfigurado, repleta de hematomas pelo corpo todo. Quando ela acordou no hospital, agiu como se não lembrasse de nada, porque não queria ser encontrada, teve muito medo e vergonha, percebeu que estava bastante longe de casa, com o rosto todo machucado, fotos não fariam diferença e o próprio Rashid tinha feito ela clarear o cabelo, estava loiro e antes era castanho.Enquanto se recuperava, Inaya aproveitou para se fazer de desmemoriada, só queria melhorar e desaparecer, tinha certeza que sua família iria lhe virar as costas de qualquer forma, a polícia teve certeza que e
Mounir pediu para o motorista ir comprar água, assim que possível, tentou acalmá-la, a deixou quieta, por mensagem pediu para o motorista também trazer chocolates, ficou em pé fora do carro, ao lado da porta dela, pegou a sacola e abriu a água, deu nas mãos dela — Você está segura comigo, ninguém vai te punir.— Tome a água, olha, sei que você gosta. Deu os chocolates — Minha família é muito grata, pelo o que fez. Ela tomou um pouco de água, balançou a cabeça que não, para o chocolate, parou de chorar, ficou cabisbaixa com muita vergonha de si mesma, ele deixou a sacola no meio dos dois, seguiram viagem em silêncio, ela acabou adormecendo quando anoiteceu.Quando chegaram em casa, Mounir a acordou mexendo sutilmente no braço— Inaya, já chegamos. Acorde!— Inaya! Ela despertou no susto, se encolhendo com medo, ele continuou sério, sem nem conseguir olhar diretamente para ela— Yalla! Precisamos descer juntos. — Já chegamos em casa.Ela olhou para fora como se estivesse com medo,
Mounir nasceu no Egito e foi morar no Brasil ainda criança. Quando seus pais morreram, Halim, seu tio, acolheu ele e sua irmã. Ele teve uma criação rígida baseada nos costumes e na religião. Sua família é tradicional, ainda que dividida entre o Egito e o Brasil. Ele sempre se esforçou muito. Quando atingiu a maioridade, foi estudar fora, na Europa. Na primeira oportunidade, retornou e virou ceo na rede de hotéis de seu tio, que já de idade avançada, queria vê-lo casado de qualquer forma.Quando ninguém via, ele não seguia a religião de fato e, ainda que com medo, às vezes cometia vários haram. Foi bastante influenciado pelos anos longe de casa, mas respeitava muito o tio, como se fosse um pai. Halim ficava nervoso só de imaginar que seu sobrinho não era um verdadeiro exemplo de homem.Halim estava fazendo vista grossa para a enrolação de Mounir em se casar e construir uma família. Usando a doença, arrumou várias pretendentes para ele. O chamou para ir viajar com a família e, ao notar
Ela começou rir envergonhada, ele acenou para o tio e o futuro sogro, falou baixinho só para ela ouvir- Então, está verdadeiramente interessada em se casar comigo?Ela ficou desconcertada séria, sem querer parecer desesperada- Como vou saber?- Não te conheço.Ele disse rindo, que também não sabia, perguntou se ela era apaixonada pelo ex noivo, pareceu debochado desrespeitoso, como se soubesse da história dela e o Rashid, muito nervosa, ela se afastou sem responder, o deixou falando sozinho.Depois ficaram trocando olhares curiosos o resto da festa, ela estava sem saber como se sentia referente a ele, sua irmã Baya ficou eufórica com a beleza e simpatia dele.Ela queria muito casar e por isso, insistia para a irmã casar logo, começou dar bons motivos para Inaya casar logo e se conformar com a sorte, porque ele era rico, bonito, educado e com certeza em algum momento iriam se amar.Mounir estava reunido com a família, comentou com o tio, que a achou a pretendente muito jovem, Halim s
Aproveitando para apressar as coisas, Halim convidou Mustafa e a família para jantarem oficializando tudo, era praticamente o noivado e os noivos nem sabiam muito bem como as coisas seriam.Inaya não tinha muitas roupas bonitas adequadas, sua futura cunhada quem lhe deu o vestido, mandou entregar, com sapatos novos, Baya se deslumbrava ao ver a " sorte " da irmã, Inaya adorava maquiagem, mas não sabia se maquiar muito bem e seu pai implicava também.Ao ficar pronta, ela colocou os sapatos, era um scarpin de bico fino, que até era seu número, mas ficou apertado, mal dava para andar e ela não tinha outro calçado que combinasse.Mounir saiu sem avisar, queria conversar com o primo, e não o encontrou, quando seu tio sentiu sua falta, começou ligar várias vezes, Mounir estava voltando, ignorou as chamadas, quando chegou levou xingo, os convidados já tinham chegado, e estavam fazendo comentários maldosos sobre a noiva.Halim o mandou ir se arrumar, para receber a noiva, entregar os present
Jamila disse que ia resolver aquilo, fechou a porta e o mandou ir para a sala, falou que logo, iriam comprar muitos calçados novos, Inaya falou que não precisava de muito, demonstrou humildade, comentou que gostava de se vestir com modéstia.Todos se reuniram na sala, Mounir deu um colar de ouro para Inaya, levou um cutucão do tio, que mandou ele colocar, se aproximou dela sentindo o cheiro do perfume, pode sentir seus cabelos compridos volumosos, ela estava extremamente envergonhada, ficou com o rosto corado e as mãos trêmulas.Ele colocou o colar, falou para todos ouvirem- Está muito zwina!Ela só sorriu, sem nem conseguir agradecer, ele a beijou na testa, como demonstração de respeito e carinho, estavam em um teatro perfeito.A noite estava tranquila, a família se reuniu ao redor de uma mesa enorme, tipicamente coberta por uma toalha decorada com intrincados padrões geométricos e vibrantes cores.Sobre a mesa, tinha uma variedade de pratos saborosos, exalando o cheiro deixando tud
Ele começou a olhar o cardápio, por se sentir constrangido de lhe fazer uma proposta tão " indecente "- Não temos tempo pra pensar!- Isso é muito sério.- Porque o casamento vai acontecer.- Só quero ser honesto com você antes.- E se contar a alguém, sobre a minha proposta, vou dizer que é mentira.- Ninguém vai querer se casar com você, caso eu desfaça tudo.- Sua família vai ser humilhada, de novo.- Pensa bem Inaya.Ela ficou nitidamente chateada, se sentindo coagida- Não é justo isso!- Vocês são todos iguais, ardilosos.Ele chamou a atendente, sério- Você prefere um noivo velho?- Que vai te m altratar? Te obrigar a ter muitos filhos?- Você é muito bonita, mas não é alguém com quem eu ficaria.- Isso é um favor maior pra você, do que para mim.- Só temos que esperar um ano, depois te dou o divórcio e estaremos livres.- Sua irmã já vai estar casada, com filhos.Ele fez mais um pedido, ela ficou visivelmente triste- Não quero me casar com você.- Que sorte triste a minha.
Ele se aproximou apagando as luzes- Não quero nada disso.Ficaram a luz de velas, ela tirou o robe de cetim, foi se deitar, se sentindo constrangida com muito medo- Não quer mesmo a massagem?Ele estava bêbado, foi subindo na cama, pelo outro lado, longe dela- Não! Você é casta?- Já se deitou com alguém antes?Estava se masturb ando, tentando ficar duro, também ansioso, estava descontente, muito nervoso, mesmo a achando bonita, não queria fazer aquilo por fazer e suspeitando que não era a primeira vez dela, a odiou por isso.Ela se virou, ficando de lado, o tocou sutilmente acariciando o braço, costas- Sou. Nunca fiz isso.O beijou no abdômen onde alcançou, mesmo sem ver o rosto dela, ele percebeu que estava nervosa, a acariciou no braço, foi até o decote, sentindo os se ios, ela o beijou sutilmente na boca, ele foi chegando mais perto com o corpo, ele sentiu a calcinha, levou a mão por ci