Ele colocou perto dela, em cima da cama, ela pegou algumas folhas, franziu a testa lendo, aquele era o contrato " informal ", regras impostas por ele " - Você não pode contar nada sobre a nossa intimidade a ninguém. - Deve ser fiel a mim.- Não pode sair sozinha ou mudar a senha do celular.- Sempre deve se manter bem arrumada, usando maquiagens, jóias, roupas boas.- Deve dizer que estamos tentando ter filhos.- Depois de seis meses, vamos dizer que você é seca. - Deve cuidar da casa com zelo, para ocupar melhor o tempo livre e poderá comprar, tudo o que deseja, sem exageros.- Vamos respeitar um ao outro.- Na frente das pessoas, irá fingir que tem afeto por mim e só nessas circunstâncias, poderá ter qualquer contato físico comigo. - Deve sempre falar bem de mim e tratar a minha família com respeito e gentileza.- Quando eu quiser, irei ter uma segunda esposa e você vai estar de acordo, sempre dizer perante todos, que concorda.- Nunca deve revelar a minha segunda esposa, que o
Inaya balançou a cabeça que sim, apertou a mão dela conforme os exames eram feitos, ficou muito constrangida o tempo todo, a médica explicou tudo de maneira simples, disse que aparentemente, estava tudo bem, pediu exames de sangue, para verificar outras coisas, perguntou se ela já queria engravidar logo, como a maioria das recém casadas, Inaya ficou sem saber o que falar, Jamila respondeu por ela — Não, é até melhor, que ela use algum anticoncepcional.Inaya ficou pensativa, imaginando se seria ou não, obrigada a se deitar com Mounir, algo que para ela, seria completamente normal, dadas as circunstâncias. A médica optou pelo chip contraceptivo, agendou um retorno para colocar, depois de ver os resultados dos exames, Jamila parecia uma mãe, cuidando de tudo, quando saíram do consultório, ela disse que iriam ao salão de beleza, levou Inaya para pintar o cabelo, corrigir a cor e hidratar, ele estava mais claro, manchado.Inaya estava extremamente quieta, se sentindo perdida, nunca nem
Pegou uma bermuda de elástico na cintura, camiseta de pano leve da Nike, com vergonha não pegou a cueca, ele saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura, achou que estaria sozinho no quarto, estava distraído mexendo no celular, quando ela o viu levou um susto, cobriu os olhos desesperada— Desculpa! Eu só vim pegar a sua roupa.Foi saindo passando ao lado dele, com a mão nos olhos, tropeçou em uma caixa organizadora grande, caiu por cima — Aí Alá. Do jeito que caiu, continuou no chão, foi saindo do quarto engatinhando, só para não vê-lo semi nu, Mounir ficou parado olhando sério, foi até a porta do quarto, encontrou ela sentada no corredor, bem ao lado, saiu para fora — Se machucou Inaya? Tudo bem?Ela se ajoelhou para levantar, o olhando reparando na barriga trincada sarada, o abdômen definido, ficou corada de vergonha, saiu as pressas de perto — Não foi nada.— Desculpa. Desceu as escadas as pressas, ficou se sentindo ridícu.la, começou resmungar se xing.ando baixinho, se
Ela deu um pulo, se assustou e nem lembrou da meia calça na cabeça — Nada. Desculpa!Voltou deitar rápido — Estava procurando meias, estou com frio.Ele se sentou sem entender nada — Não é essa, no seu cabelo? O que é isso? Ela tirou as pressas, ficou corada de vergonha — La! Boa noite.Deitou de costas, cobrindo até a cabeça, quase caindo da cama, ele se levantou querendo rir a achando muito boba— Quer mais um edredon? Ou prefere cobertor? Mexeu no guarda roupas, ela continuou escondida ouvindo — La! Esse está bom.Ele se aproximou da cama, levantou o edredon para ver os pés dela — Quer que eu coloque em você? As meias?Ela se sentou de imediato — La! Pode me dar.Ele levantou mais um pouco o edredon— Posso colocar! Me dá o pé. Apreensiva envergonhada ela esticou as pernas, ele se sentou na beirada da cama, desfazendo o rolo de meia— Aqui é muito gelado mesmo. Foi colocando nela— Porque estava com aquilo, na cabeça?Ela ficou séria com as mãos trêmulas, cabisbaixa sem
Ele nunca esteve tão perto de qualquer mulher assim, fora sua irmã, Jamila não fazia os serviços domésticos, quase nunca limpava a casa dele, ele mesmo lavava as roupas, ela o tratava sempre com muito zelo, ele era bastante independente até, chamava a mesma faxineira que trabalhava na casa dos familiares dele, uma moça libanesa muito humilde. Inaya se levantou, pegou o terno, foi vestindo ele com medo de encostar em Mounir e ser repreendida — Posso fazer qualquer coisa, aqui na casa.— Que você precise. É só pedir! — Mounir, quando vou poder falar com a minha família? — Estou sentindo a falta da minha irmã.— Não aconteceu nada de ruiim com ela, né?Ele foi pegando as coisas, se preparando para sair, ficou sério pensativo — Depois falamos sobre isso. — Ela vai se casar, em breve. Foi saindo do quarto, Inaya foi atrás confusa, bastante desconfiada — Ela sabe do que aconteceu, aqui?— Você tem falado com o meu pai?— A minha mãe, deve estar preocupada. — Mounir, se você permiti
Jamila teve que sair com ele, ainda tentou conversar na calçada, Mounir só disse que não queria ela, interferindo em seu casamento, foi para a reunião, decidindo o que ia fazer, para tentar moldar e assustar a esposa. Inaya foi se arrumar, tomou banho chorando, mas decidiu aceitar tudo, só ficou com medo, dele a deixar sozinha de fato, colocou um vestido novo regata, longo, inteiro verde limão, por baixo uma camiseta branca mangas três quartos, passou maquiagem porque ainda estava com algumas marcas no rosto, base, pó, ficou até mais pálida que o normal, sem passar nada nos lábios ou olhos, colocou tênis. Colocou um hijab creme, fez uma mala só com coisas que já tinha, antes de se casar, ficou ansiosa e enquanto esperava, ligou a televisão, limpou a cozinha, as horas foram passando e ninguém chegou para buscá-la. Mounir estava muito ocupado, tinha tido reuniões a manhã toda e em uma delas, tirou o terno, estava justamente em pé, se despedindo de um amigo, quando todos viram a camisa
Ela o olhou realmente decepcionada, se sentindo humilhada — Eu não quero o seu dinheiro. — E nunca, fui sua esposa. Isso, não passou de um contrato! Foi tirando o véu, de qualquer jeito — A verdade é que você está inventando, buscando motivos, para me deixar.— Você nunca quis se casar comigo. Antes dele responder, pegou a mala e saiu, foi para o elevador, ele a chamou duas vezes, ela não olhou para trás, pediu informações e foi até a entrada do shopping, ouvindo as palavras dele ecoando em sua mente. Mesmo sem saber o que fazer ou para onde ir, saiu andando, puxando a mala, com muita raiva de tudo. Mounir achou que ela iria para o hotel, era o mais lógico, foi para lá seguindo com o plano de a castigar, dar um susto, deixou avisado que queria saber, quando ela chegasse, era até perto, na mesma avenida.As horas foram passando e Inaya não chegou, ela passou o resto do dia, sentada em uma lanchonete próxima ao shopping, com o dinheiro que tinha, pediu um lanche, um suco e a cada
Ela estava cabisbaixa, o olhou confusa sem acreditar no que estava ouvindo — Você me abandona na rua, pisa em mim como um tapete. — Monta em cima de mim.— Como se eu fosse um camelo.— Diz que me despreza, que eu não presto.— Não me dá atenção e nem ouve uma palavra minha. — Todos vocês, me sacrificam como um carneiro. Ficou emotiva chateada, colocou a xícara ao lado da cama — Era esse o seu plano, desde ontem, não é mesmo?Foi abrindo o robe irritada — Agora vai me chantagear? Ham?— Fazer eu me deitar com você, para ter um teto sobre a minha cabeça. Jogou o robe de seda nos pés da cama, levantou o edredon, foi deitar no meio da cama brava — Isso é haram Mounir!— Você acha que eu me orgulho, do que fiz?— Alá sabe, que você, me fez assinar o divórcio e agora quer isso. — Yalla! — Você não me respeita, não se importa comigo. Foi tirando a calcinha — Tenho certeza que vai me enganar, amanhã vai me colocar para fora do mesmo jeito. — Mais suja e mal falada.— Você nunca