Jamila teve que sair com ele, ainda tentou conversar na calçada, Mounir só disse que não queria ela, interferindo em seu casamento, foi para a reunião, decidindo o que ia fazer, para tentar moldar e assustar a esposa. Inaya foi se arrumar, tomou banho chorando, mas decidiu aceitar tudo, só ficou com medo, dele a deixar sozinha de fato, colocou um vestido novo regata, longo, inteiro verde limão, por baixo uma camiseta branca mangas três quartos, passou maquiagem porque ainda estava com algumas marcas no rosto, base, pó, ficou até mais pálida que o normal, sem passar nada nos lábios ou olhos, colocou tênis. Colocou um hijab creme, fez uma mala só com coisas que já tinha, antes de se casar, ficou ansiosa e enquanto esperava, ligou a televisão, limpou a cozinha, as horas foram passando e ninguém chegou para buscá-la. Mounir estava muito ocupado, tinha tido reuniões a manhã toda e em uma delas, tirou o terno, estava justamente em pé, se despedindo de um amigo, quando todos viram a camisa
Ela o olhou realmente decepcionada, se sentindo humilhada — Eu não quero o seu dinheiro. — E nunca, fui sua esposa. Isso, não passou de um contrato! Foi tirando o véu, de qualquer jeito — A verdade é que você está inventando, buscando motivos, para me deixar.— Você nunca quis se casar comigo. Antes dele responder, pegou a mala e saiu, foi para o elevador, ele a chamou duas vezes, ela não olhou para trás, pediu informações e foi até a entrada do shopping, ouvindo as palavras dele ecoando em sua mente. Mesmo sem saber o que fazer ou para onde ir, saiu andando, puxando a mala, com muita raiva de tudo. Mounir achou que ela iria para o hotel, era o mais lógico, foi para lá seguindo com o plano de a castigar, dar um susto, deixou avisado que queria saber, quando ela chegasse, era até perto, na mesma avenida.As horas foram passando e Inaya não chegou, ela passou o resto do dia, sentada em uma lanchonete próxima ao shopping, com o dinheiro que tinha, pediu um lanche, um suco e a cada
Ela estava cabisbaixa, o olhou confusa sem acreditar no que estava ouvindo — Você me abandona na rua, pisa em mim como um tapete. — Monta em cima de mim.— Como se eu fosse um camelo.— Diz que me despreza, que eu não presto.— Não me dá atenção e nem ouve uma palavra minha. — Todos vocês, me sacrificam como um carneiro. Ficou emotiva chateada, colocou a xícara ao lado da cama — Era esse o seu plano, desde ontem, não é mesmo?Foi abrindo o robe irritada — Agora vai me chantagear? Ham?— Fazer eu me deitar com você, para ter um teto sobre a minha cabeça. Jogou o robe de seda nos pés da cama, levantou o edredon, foi deitar no meio da cama brava — Isso é haram Mounir!— Você acha que eu me orgulho, do que fiz?— Alá sabe, que você, me fez assinar o divórcio e agora quer isso. — Yalla! — Você não me respeita, não se importa comigo. Foi tirando a calcinha — Tenho certeza que vai me enganar, amanhã vai me colocar para fora do mesmo jeito. — Mais suja e mal falada.— Você nunca
Ele sorriu sutilmente pensativo, por achá-la bastante delicada e engraçada — Seja sincera, esse é o caminho da harmonia. — Alá não quer o divórcio. — E eu, bom. Não sei. — Escolhi você, eu poderia ter me casado com qualquer outra. Soltou a mão dela desconcertado, engolindo o que realmente queria falar, ela sentiu o coração acelerar enquanto a voz de Mounir ecoava em seus ouvidos, agiu no impulso sendo sincera, novamente segurou a mão dele, entrelaçando com a sua, sussurrou, com certa determinação em seus olhos desafiando o ar tenso entre eles— Eu quero descobrir. Como ficar bem, com você, faço qualquer coisa para me harmonizar. — Não quero ser devolvida Mounir, se me jogar ao vento, a minha vida vai estar acabada.— Nunca vou ter uma família, uma casa.— Quando me escolheu, eu gostei, meu Amir Habibi. Ele se aproximou também agindo no impulso, cada movimento foi diminuindo a distância, a acariciou no rosto, pescoço, desceu a mão pelo colo até o decote da camisola, sentindo o c
Se deixando levar, ela teve a iniciativa de o beijar, achou que estavam compartilhando algo muito além do físico, um acordo sigiloso de serem um casal verdadeiro, indo contra o contrato, as regras e os problemas. Era um momento único, onde suas almas pareciam se reconhecer, encontrando um lugar seguro uma na outra, tudo realmente começou, enquanto a beijava em uma sintonia perfeita, ele deslizou a mão lentamente, dentro da calcinha dela, a invadiu sutilmente com os dedos, espontaneamente ela suspirou perdendo o rumo de seus lábios, para ele foi um momento repleto de significado e magia, em acreditar que estava lhe dando prazer, a satisfazendo. Começou a mastu.rbar lentamente, a noite envolvia o quarto em um manto de expectativas, com a ansiedade da primeira vez dos dois.Juntos, em um ritmo lento e reverente, se tocaram naturalmente, ele levou a mão dela até sua cueca, sem saber exatamente o que fazer, ela apenas apalpou, ficou tocando por cima do pano,
A confissão ecoou no silêncio do quarto, carregada de honestidade e vulnerabilidade, Inaya se deitou, com o corpo tenso e expectante, o acariciou no braço— Não vou, você é o meu marido, eu te pertenço!— Você pode fazer o que quiser, comigo.Mounir com um movimento suave, subiu sobre ela, se posicionando entre suas pernas, a beijou sutilmente, ela sorriu o acariciando no rosto, como se quisesse comtinuar. Os lábios dele encontraram os dela em um beijo intenso, cada toque transmitindo a urgência do desejo que os consumia, as mãos de Mounir apertavam a cintura e o quadril de Inaya, a guiando em um ritmo crescente de paixão. A ereção dura roçava na intimidade dela, enviando ondas de calor e excitação por todo o corpo, Inaya ge.mia antes mesmo de se unir a ele, com o corpo se contorcendo em resposta aos toques de Mounir, sussurrou em seu ouvido, com a voz carregada de prazer— Você é tão carinhoso.Ele estava a tocando in
Ela disse que não sabia, ele levou para o lado pessoal, se sentindo ofendido, respondeu cínico irritado — Deveria saber, já que fez isso várias vezes, com outro.— Ou outros.— Com quantos homens, já se deitou?Ela estava emotiva, começou chorar de raiiva— Alá sabe, do meu coração e do quanto, estou sendo humilhada.— Seu primo me enganou, eu não sou uma mulher desavergonhada. — Você está me ofendendo. Sempre me preservei.Bateu nele com o travesseiro, foi se exaltando — Eu confiei em você, achei que era diferente dele.O empurrou quase derrubando da cama— Que Alá diminua seus dias. E pique a sua sorte, em pedacinhos!— Você vai arder no mármore do inferno, a sua pele vai queimar, derreter como um vela e vai nascer de novo.— Enquanto a sua língua testemunha contra você, contando tudo o que tem feito pra mim. — Você é um monstro, igual ao Rashid. Até pi
Ela saiu do quarto arrasada, foi deitar no quarto de hóspedes, sentindo um vazio imenso dentro de si, imaginando o quanto seria infeliz e tudo por culpa do Rashid, que fez de tudo para atrapalhar seu casamento. Mounir adormeceu também muito triste e esqueceu que Jamila queria vê-lo, acordou cedo com a sensação de ter tido um sonho bom, só de lembrar tudo o que fizeram de gostoso, se excitou, estava deitado olhando o lado vazio da cama, quando ouviu barulho no corredor, ao ver Inaya empurrando a porta sorrateiramente, fechou os olhos, como se estivesse dormindo. Ela entrou na ponta dos pés, não sabia como ele iria a tratar, estava envergonhada por terem feito tantas coisas íntimas, pegou a necessaire no banheiro, foi mexer no guarda roupa, estava de costas procurando um sutiã e um par de meias, segurando embaixo do braço, uma troca de roupa, o desodorante aerossol, sem querer o derrubou, fazendo barulho. Olhou desesperada para Mounir, ele abriu os olhos