A confissão ecoou no silêncio do quarto, carregada de honestidade e vulnerabilidade, Inaya se deitou, com o corpo tenso e expectante, o acariciou no braço
— Não vou, você é o meu marido, eu te pertenço!— Você pode fazer o que quiser, comigo.Mounir com um movimento suave, subiu sobre ela, se posicionando entre suas pernas, a beijou sutilmente, ela sorriu o acariciando no rosto, como se quisesse comtinuar.Os lábios dele encontraram os dela em um beijo intenso, cada toque transmitindo a urgência do desejo que os consumia, as mãos de Mounir apertavam a cintura e o quadril de Inaya, a guiando em um ritmo crescente de paixão.A ereção dura roçava na intimidade dela, enviando ondas de calor e excitação por todo o corpo, Inaya ge.mia antes mesmo de se unir a ele, com o corpo se contorcendo em resposta aos toques de Mounir, sussurrou em seu ouvido, com a voz carregada de prazer— Você é tão carinhoso.Ele estava a tocando inEla disse que não sabia, ele levou para o lado pessoal, se sentindo ofendido, respondeu cínico irritado — Deveria saber, já que fez isso várias vezes, com outro.— Ou outros.— Com quantos homens, já se deitou?Ela estava emotiva, começou chorar de raiiva— Alá sabe, do meu coração e do quanto, estou sendo humilhada.— Seu primo me enganou, eu não sou uma mulher desavergonhada. — Você está me ofendendo. Sempre me preservei.Bateu nele com o travesseiro, foi se exaltando — Eu confiei em você, achei que era diferente dele.O empurrou quase derrubando da cama— Que Alá diminua seus dias. E pique a sua sorte, em pedacinhos!— Você vai arder no mármore do inferno, a sua pele vai queimar, derreter como um vela e vai nascer de novo.— Enquanto a sua língua testemunha contra você, contando tudo o que tem feito pra mim. — Você é um monstro, igual ao Rashid. Até pi
Ela saiu do quarto arrasada, foi deitar no quarto de hóspedes, sentindo um vazio imenso dentro de si, imaginando o quanto seria infeliz e tudo por culpa do Rashid, que fez de tudo para atrapalhar seu casamento. Mounir adormeceu também muito triste e esqueceu que Jamila queria vê-lo, acordou cedo com a sensação de ter tido um sonho bom, só de lembrar tudo o que fizeram de gostoso, se excitou, estava deitado olhando o lado vazio da cama, quando ouviu barulho no corredor, ao ver Inaya empurrando a porta sorrateiramente, fechou os olhos, como se estivesse dormindo. Ela entrou na ponta dos pés, não sabia como ele iria a tratar, estava envergonhada por terem feito tantas coisas íntimas, pegou a necessaire no banheiro, foi mexer no guarda roupa, estava de costas procurando um sutiã e um par de meias, segurando embaixo do braço, uma troca de roupa, o desodorante aerossol, sem querer o derrubou, fazendo barulho. Olhou desesperada para Mounir, ele abriu os olhos
Mounir gritou com ela, a pegou pelo braço — Já chega! Vai pro quarto, e não sai mais de lá.Ela se soltou brava, subiu sem nem conseguir se arrepender, sabia que agir assim, poderia colocar todos contra, fazendo ele a devolver até. Jamila quase chorou de raiva, perguntou o que estava acontecendo, pra ele permitir aquilo, Mounir voltou sentar sério— Você bateu nela? Percebendo que ele não gostou, ela tentou mudar o foco — Meu irmão, essa serpente é uma ingrata.— Ahhhh se você tivesse me ouvido. — Se ela veio estragada assim, a irmã também deve estar. — Agora teremos problemas, porque a família dela, não vai querer ela.— O pai dela está lou.co de raiv.a. Não quer ela lá!— Vou chamar o advogado, para ver quanto você vai precisar pagar, para se livrar dessa...Mounir estava comendo cabisbaixo sério, a olhou bravo — La! Eu já te disse, para não interferir em meu
Inaya foi se acalmando pouco a pouco, ficou bastante envergonhada, deitada de costas para ele, calada, Mounir estava a acariciando no braço, pensativo, começou a puxar o cabelo dela, para trás, acariciando — Vamos pedir comida, qual a sua preferida?— Gosta mais de lanches, ou caseiras?— Eu gosto de mexicanas. Se sentou tentando ver o rosto dela — Não vou te abandonar, e infelizmente, nem te prender.— Se chegar o momento, em que você, realmente souber o que quer, estará livre. — Vai ficar tudo bem, inshalá! Ela se deitou pensativa, de barriga para cima, olhando fixamente para o teto— La! Nada vai ficar bem.— Minha família me virou as costas. — Você já deixou bem claro, quais são suas intenções comigo.— Só queria entender, o que eu fiz, para merecer tudo isso. — Por Alá, que sorte triste a minha. Se levantou cabisbaixa, começou pegar roupas na mal
Ela ficou séria, arrependida de estar falando tantas coisas — Pra que eu ia falar?— Você nunca nem sentou para conversar comigo. — Sei qual é o meu lugar. — Não sou de ficar insistindo, tenho meus limites. — E agora, já não tenho mais opções mesmo, só cabe a mim acatar, tudo.— Obedecer vocês.Ele também ficou sério, pensativo, a encarou fixamente — Você precisa parar, de falar essas coisas. — Enquanto não se conhece o inferno, nunca haverá paraíso bom o suficiente.— Tome cuidado com as palavras. Ela não gostou, terminou de comer cabisbaixa, se levantou com o prato — Obrigada pela refeição. — Vou terminar de limpar a casa.Ele ficou pensativo, com dó do passado dela, a achando bastante sincera, Inaya foi para a cozinha, encontrou o saquinho da farmácia e espiou curiosa, achando que ele poderia estar doente, quando viu o que era, ficou chateada, peg
Mounir nasceu no Egito e foi morar no Brasil ainda criança. Quando seus pais morreram, Halim, seu tio, acolheu ele e sua irmã. Ele teve uma criação rígida baseada nos costumes e na religião. Sua família é tradicional, ainda que dividida entre o Egito e o Brasil. Ele sempre se esforçou muito. Quando atingiu a maioridade, foi estudar fora, na Europa. Na primeira oportunidade, retornou e virou ceo na rede de hotéis de seu tio, que já de idade avançada, queria vê-lo casado de qualquer forma.Quando ninguém via, ele não seguia a religião de fato e, ainda que com medo, às vezes cometia vários haram. Foi bastante influenciado pelos anos longe de casa, mas respeitava muito o tio, como se fosse um pai. Halim ficava nervoso só de imaginar que seu sobrinho não era um verdadeiro exemplo de homem.Halim estava fazendo vista grossa para a enrolação de Mounir em se casar e construir uma família. Usando a doença, arrumou várias pretendentes para ele. O chamou para ir viajar com a família e, ao notar
Ela começou rir envergonhada, ele acenou para o tio e o futuro sogro, falou baixinho só para ela ouvir- Então, está verdadeiramente interessada em se casar comigo?Ela ficou desconcertada séria, sem querer parecer desesperada- Como vou saber?- Não te conheço.Ele disse rindo, que também não sabia, perguntou se ela era apaixonada pelo ex noivo, pareceu debochado desrespeitoso, como se soubesse da história dela e o Rashid, muito nervosa, ela se afastou sem responder, o deixou falando sozinho.Depois ficaram trocando olhares curiosos o resto da festa, ela estava sem saber como se sentia referente a ele, sua irmã Baya ficou eufórica com a beleza e simpatia dele.Ela queria muito casar e por isso, insistia para a irmã casar logo, começou dar bons motivos para Inaya casar logo e se conformar com a sorte, porque ele era rico, bonito, educado e com certeza em algum momento iriam se amar.Mounir estava reunido com a família, comentou com o tio, que a achou a pretendente muito jovem, Halim s
Aproveitando para apressar as coisas, Halim convidou Mustafa e a família para jantarem oficializando tudo, era praticamente o noivado e os noivos nem sabiam muito bem como as coisas seriam.Inaya não tinha muitas roupas bonitas adequadas, sua futura cunhada quem lhe deu o vestido, mandou entregar, com sapatos novos, Baya se deslumbrava ao ver a " sorte " da irmã, Inaya adorava maquiagem, mas não sabia se maquiar muito bem e seu pai implicava também.Ao ficar pronta, ela colocou os sapatos, era um scarpin de bico fino, que até era seu número, mas ficou apertado, mal dava para andar e ela não tinha outro calçado que combinasse.Mounir saiu sem avisar, queria conversar com o primo, e não o encontrou, quando seu tio sentiu sua falta, começou ligar várias vezes, Mounir estava voltando, ignorou as chamadas, quando chegou levou xingo, os convidados já tinham chegado, e estavam fazendo comentários maldosos sobre a noiva.Halim o mandou ir se arrumar, para receber a noiva, entregar os present