Capítulo-3

— Pai! Não pai, levanta! — Grito eufórica, sem saber o que fazer. — Com meu pai em meu colo, Augusto que já estava ligando para ambulância deixa o celular de lado ao ver o meu desespero. 

— Calma Fernanda, seu pai vai ficar bem.

Assim que desliga o celular, Augusto começa a ferir o pulso do papai, em seguida ele abre os olhos dele examinando as pálpebras. Papai de repente começa a tremer e a entortar sua língua. Augusto imediatamente enfia o seu dedo indicador na boca dele, quase que no céu da boca, evitando com que sua língua enrolasse por completo. Logo após ele o vira de lado e coloca uma almofada da cadeira abaixo de sua cabeça, se afastando e me puxando com ele contra a minha vontade. — para, eu quero ficar com meu pai! Me solta! — Grito enfurecida, tentando me libertar. No entanto os braços fortes de Augusto me mantém parada, não consigo nem se quer me mover um pouco de onde estou. Poxa, que humilhação. Então ele me vira de frente para ele enquanto choro, sentindo seu peitoral no meu rosto e o pulsar de seu coração que estranhamente me acalma; suas mãos passam por meu cabelo no topo da minha cabeça no gesto de carinho me acalmando ainda mais. — Fique calma, eu não havia dito porque não houve como, mas também sou médico. Seu pai está com crise convulsiva, vai passar, só aguente mais um minuto, fique aqui mais um minuto. Pessoas que tem essas crises costumam ser perigosas se você ficar muito próxima.  Não quero que se machuque, por favor Fernanda. 

Sua voz sai doce Gentil emanando um carinho. Não demora muito para que o meu pai pare de tremer, foi como o Augusto disse, apenas um minuto. Augusto me afasta dele e eu sinto uma onda de ar passar por mim, é como se eu sentisse falta do seu calor corporal. Pegando meu pai, ele o leva para dentro me chamando em seguida, assim me tirando do meu torpor.

Fernanda? Onde é o quarto de seu pai? — Perguntou o segurando já dentro de casa. — É por aqui, me siga por favor. 

Mostro para ele o caminho, subindo as escadas e indo para o andar de cima. abro a porta do quarto e tiro o cobertor para que Augusto possa colocá-lo sobre a cama. Assim que o faz, tiro o sapatos e o relógio de meu pai, o cobrindo em seguida. Augusto sai do quarto primeiro, logo após eu vou junto apagando a luz e fechando a porta.

— Augusto, obrigada pela ajuda.

O agradeço meio sem graça, assim que começamos a andar pelo corredor sozinhos. Augusto Me dá um sorriso de lado como se minhas palavras fossem importantes para ele. Logo em seguida me responde.

— Eu fiz o que tinha que fazer, estou acostumado a lidar com várias situações no meu dia a dia. Sou médico de um pronto-socorro então lidar com emergências é o meu trabalho. — Ele parece tranquilo ao falar de sua profissão. Quando vejo, já estou respondendo de forma afetiva o seu comentário.

— imagino como deve ser assustador ver pessoas feridas, ou doentes morrendo sem ter que como fazer mais nada. Digo... você tentou tanto salvar, deu tudo de si para que no final, a partida seja inevitável. Eu diria que você tem bastante garra. — Respondo conforme andamos até a sala, onde sua mãe nos espera. Mas antes que chegamos lá, ele para, olhando para ela de longe com um certo mistério.

— Eu tento ter essa garra, mas na verdade sou fraco Fernanda. É que às vezes tentamos tanto ser fortes, que acabamos criando um muro ao nosso redor seja de concreto ou Ferro o peso é inevitável ele... acaba caindo em cima de quem amamos, machucando profundamente essa pessoa.

Suas palavras me encantam tanto que acabo me esquecendo que de fato quase somos meros estranhos. Não posso demonstrar compaixão a ele, ele ajudou meu pai como médico, isso não é uma dívida na qual sou obrigada a pagar.

— Olha Augusto, Como eu disse, sou grata pela sua ajuda em relação ao meu pai, entretanto não confunda as coisas. Ainda não sou de acordo com esse casamento, aliás nunca estive de acordo desde o início.

Deixo claro para ele e ainda continuo mentindo um pouco mais. — Eu nunca aceitaria me casar sem amor. No mínimo o que eu deveria sentir por você é algum desejo mas nem isso eu sinto. Você não me atrai.

Augusto dá um sorriso pelo canto da boca, como se eu tivesse o provocado. — casar sem amor? Esse é um grande problema para você? Você quer que eu te atraia?! Eu vi como olhava para mim durante o jantar sua tola. Estava comendo mas parecia que não estava saciada. Então considere de tal forma: antes de continuar Augusto me pega desprevenida me prendendo na parede tão rápido quanto um gato. Suas mãos envolveram o meu pescoço em um toque gentil e abrupto ao mesmo tempo e seu rosto se aproximou do meu lentamente. O seu jeito rústico me deixa paralisada, eu não imaginei que ele poderia reagir assim, tão explicitamente sensual. Seu hálito quente invade minhas narinas enviando um cheiro de menta quando ele se pronuncia novamente. 

— Você quer sentimentos? eu posso te proporcionar muito mais do que Amor Fernanda. Comigo você terá amor, lealdade e uma foda boa. Vou te comer com tanta vontade, que vou te deixar  inchadinha pra mim. Me sinto rígido só de imaginar você de pernas abertas para mim, enquanto te como com força. Não abuse da sorte, tome a decisão certa, você pode acabar machucando ainda mais seu pai e tendo que viver uma vida patética com alguém desses que... você sabe, não chupa direito.

Suas últimas palavras me fazem estremecer, pois Augusto as diz em meu ouvido mordendo a ponta e se afastando, me mandando uma onde de calor com seu gesto.

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