Harlow Eu estava preocupada. O Rush não veio para casa a noite toda e nenhuma ligação. O pior foi que consegui falar com a mãe dele e ela disse que ele esteve lá, que ele está bem e vai precisar de um tempo. Mas por que ele mesmo não me avisou? Por que me deixar sozinha e preocupada? Não importa qual fosse a explicação, ele iria me ouvir quando voltasse. Ele faz isso às vezes. As palavras da Lucy se repetiam na minha mente. Eu não iria aceitar viver com alguém que faz isso deliberadamente. Isso era inaceitável. Quando consegui dormir um pouco, o dia já estava claro. Me deitei na cama do Rush decidida a esperar, mas acabei sendo vencida pelo sono. Eu ouvi o barulho da porta abrindo e me despertei rapidamente, me sentando na cama. Levei apenas um segundo para reconhecer quem entrou no quarto. Era ele. Parecendo um inferno, com os cabelos bagunçados, camisa desabotoada e sapatos na mão. — Rush? — Desci da cama em um pulo e corri para os seus braços. Ele não me abraçou, sua
Harlow Depois da explosão do Rush, eu fiquei na cama por três dias seguidos. Não fui para faculdade ou desci para comer. Banho eu tomei um apenas para não começar a cheirar mal. Se não fosse a Lucy me trazendo comida, eu definharia. Eu nunca imaginei que me sentiria tão triste por algo tão simples. O Rush foi claro desde o início sobre o nosso casamento ser apenas de aparência, eu não deveria ter ficado tão mal.Mas eu fiquei, deixei me levar desde do primeiro beijo, o primeiro toque. Acho que de certa forma eu me entreguei muito fácil. Ele não precisou lutar para me ter e isso deu a ele a impressão que eu perdoaria qualquer coisa. Mas isso não é verdade, eu não o perdoo. Eu sentia que o odiava mais do que quando isso começou. E isso deveria ser suficiente para eu pegar minhas coisas e ir embora. Mas eu não fiz, algo dentro de mim ainda queria entender o porquê ele fez isso. Será que era algo ligado a mim ou a minha mãe? Ficar na cama tantos dias fez minha mente cozinhar com vári
Rush Como faço para reconquistar uma mulher?Penso seriamente em pesquisar isso na internet. Começo a digitar, mas depois apago.Em minha defesa, eu nunca passei por isso. Nunca senti a necessidade de tentar consertar as coisas. Eu tenho problemas reais de temperamento, isso não é novidade para ninguém, mas a Harlow era a única coisa boa que aconteceu na minha vida em anos, a ideia de perdê-la estava me matando. Eu estava há dias sem dormir, sem raciocinar direito, sem conseguir trabalhar. — Você está bem, querido? — a Lucy pergunta, enquanto desliza uma caneca de café para mim na bancada. — Você parece uma bagunça. — Eu não estou bem, babá. Eu acho que estraguei tudo.Ela estala a língua e dá um sorriso que mais parece um grunhido.— Quando você não estraga tudo, Rush? É um defeito da sua personalidade. — Mas eu nunca liguei antes, agora parece que tem uma bomba no meu peito prestes a explodir.— Isso se chama amor.Eu sorrio desdenhando.— É verdade, parece estranho agora, mas
Rush— O que o senhor falou? — A minha secretária me olha confusa. — Flores, Wanessa. As mais bonitas que você puder encontrar, eu confio no seu bom gosto. Eu também preciso que você escreva no cartão alguma coisa romântica. Não, não, tem que ser alguma coisa para ela me perdoar. Tipo uma coisa que você gostaria de ouvir se alguém te magoasse. Chocolates também seria bom, o que você acha?— E-eu não… o senhor nunca pediu algo assim… — Sempre tem uma primeira vez, não é?— Sim, ah… eu vou anotar. — Ela olha para a agenda dela. Eu consigo ver o quanto ela está se segurando para não rir. Minha fama de mulherengo era conhecida por toda Nova York. Eu não comprava flores e chocolates. — Mas senhor, o cartão, eu acho que o senhor deveria escrever. É algo tão pessoal. — Só escreva: me perdoe, por favor. Está ótimo, Wanessa. Pelo amor de Deus. É só um bilhete e flores. — Me virei para entrar na minha sala, mas a Wanessa veio correndo atrás de mim. Ela era uma mulher baixinha que usava salto
Rush O César era um lugar para solteiros, onde as pessoas iam para encher a cara ou só paquerar alguém. Minha cabeça estava a mil em pensar que a Harlow estava bebendo com uma amiga que claramente a incentiva as piores coisas.Tentei só não deixar meu ciúme subir a minha cabeça. A Harlow precisava de mim e eu seria o cara que ela precisava. Sem estragar tudo dessa vez. A Harlow estava sentada em uma das mesas, enquanto um homem se aproximou dela, colocando a mão em suas costas. Eu andei a passos largos, segurando o homem pelo colarinho.— Seu filho da puta, como ousa tocar na esposa dos outros?— Calma, cara. Eu só estava perguntando se ela queria ajuda. Eu nem vi a aliança. — Mas ela tem uma aliança. — O empurrei, sua queda foi amortecida por uma das mesas quando ele cambaleou para trás.— Nossa, ele só estava tentando ajudar — A Manu falou. — Sem contar que, se você quer mesmo que todos vejam que a Harlow é casada, deveria ter dado um anel bem maior a ela. Um homem tão rico e mes
HarlowEu acho que a minha cabeça nunca girou tanto de uma vez. Eu estava tonta e minha cabeça doía como o inferno. Eu estava em uma cama grande, mas tinha um homem nu ao meu lado. Eu sabia que ele estava nu, porque estava deitada em seu peito e tateei seu corpo até sentir que ele estava nu.Meu Deus, onde eu estou? Quem é esse homem? Eu estava no bar, tinha um homem, tinha vários deles, mas eu não me aproximei de ninguém.Eu traí o Rush? Eu queria fugir, mas não tinha certeza se tinha forças para isso. Ainda estava embriagada.Fechei os olhos…Já estava claro quando acordei, dessa vez eu acho que tinha capacidade de me levantar. Tateei ao lado da cama, mas estava sozinha. Quando sentei, minha cabeça girou, uma dor terrível gritando na minha cabeça. Eu queria que a cortina não estivesse aberta e a luz não estivesse tão forte.Levei alguns minutos para perceber que eu estava nua e mais alguns minutos de desespero para perceber que aquele era o quarto do Rush, não de um desconhecido
HarlowEu estou apaixonado por você.Aquelas palavras me desestabilizaram de um jeito que me fizeram perder a minha marra. Eu ainda não consegui colocar o que eu sinto pelo Rush em palavras e ele fazer isso primeiro foi como um chute no meu estômago.— Você está estranha, pensativa — ele disse.Nós estávamos na sala de jantar, a Lucy montou uma bela mesa com coisas para o almoço. O Rush me deu mais um buquê de flores e chocolate. — Eu pensei que você não dava flores e chocolates para ninguém, que você não era do tipo romântico.— Sinceramente, eu não sou. Mas se é isso que você precisa para me perdoar, eu não me importo em ser, Harlow.— Então você acha mesmo que pode me comprar com presentes?— É isso mesmo que você acha que estou fazendo?Eu não achava isso de verdade, eu até achava que ele estava se esforçando, mas quando você é ferida, você só fica desconfiando de tudo em sua volta.— Você não pode me ferir mais, Rush. Gritar comigo ou esconder coisas de mim. Muito menos sumir se
Harlow A ideia melhor do Rush foi me levar para o seu escritório, onde ainda poderíamos ser ouvidos por quem passasse pela porta. Meu marido estava com um desejo intenso de sermos pegos em nosso momento íntimo.Eu confesso que a ideia me deixava excitada, mas eu não diria a ele para não incentivá-lo. Já notei que o Rush não tinha muito pudor quando se tratava de sexo e sua experiência ia bem além do meu conhecimento.Tirei a camiseta e subi na sua mesa, enquanto ele fechava a porta. Ele olhou para o meio das minhas pernas abertas e tirou a camisa e a calça jogando pelo caminho. Eu ri do seu desespero. Era como se tivéssemos passado meses separados. Em minutos ele estava entre as minhas pernas beijando meus seios, minha barriga com um desejo intenso.— Você é tão gostosa. Me deitei sobre a mesa, espalhando uma porção de papéis pelo chão, enquanto ele apoiava minhas pernas em seu quadril e me penetrava com uma estocada firme.— Isso vai ser rápido, gata. Mal estou me aguentando.Olhe