Harlow Eu tinha pânico de injeção, então quando a ginecologista me ofereceu para tomar um anticoncepcional injetável, eu recusei na hora. Fiquei com o bom e velho comprimido, que eu não poderia esquecer de tomar de jeito nenhum.Eu era esquecida, então iria programar os horários no meu celular e tudo ficaria bem. Eu tinha tomado a pílula e estava segura. Sem bebê pelos próximos cinco anos. — Mike, você pode passar na farmácia no caminho? — Sim, senhora. — Será que você pode só me chamar de Harlow? Senhora parece que eu tenho cem anos. Ele me olhou confuso, como se eu tivesse dito algo impossível de realizar.Dei de ombros e entrei no carro, digitando uma mensagem para o meu marido.Eu: já estou voltando da consulta. Optei pelo comprimido.Rush: a injeção não seria mais prático? Eu: sim, se eu não tivesse pânico de agulha. Rush: você só não pode esquecer de tomar o remédio ou estaremos em problemas. Eu: sim, dois filhos gêmeos parecidos com você.Ele demorou a responder. Até ap
Harlow O Rush e o pai simplesmente entraram em um debate diante de mim, ignorando a minha presença. Observei os dois com atenção, ainda sem entender do que se tratava. — Você não poderia ter me avisado que viria, pai? — o Rush falou. — Se você não vê, eu estava exatamente te esperando. — O que você pretendia, contar a versão que bem entendesse para a Harlow?— Já chega, vocês dois. Eu estou aqui, diante de vocês. Parem de falar como se eu não estivesse aqui.— Desculpa, querida. Eu não queria fazer isso, só fiquei um pouco preocupado — O Rush fala, sentando ao meu lado.— Com o quê? O que vocês estão escondendo de mim?O Rush olhou para o pai, que se acomodou mais confortável no sofá, colocando o copo de uísque ao lado. Eu não sei o que eles realmente achavam que estavam fazendo, mas estavam me deixando mais nervosa ainda.— Bom, eu acho que preciso começar um pouco atrás, antes de você nascer, Harlow — O Sr. King finalmente fala. — Logo quando eu cheguei ao país com minha famíli
RushÀs vezes o que você pede, nem sempre é o que você recebe.Se esse não fosse um provérbio popular, deveria ser. Eu pedi a verdade e ela veio a cavalo, trazendo uma onda de algo que não me agradava.Eu cresci com algo em mente; Lucile Davis era uma vagabunda traidora. Meu pai nunca me disse ao contrário, apenas tentou amenizar a situação cobrindo com panos quentes. Hoje ele simplesmente me contou uma versão dos fatos que a inocentava e eu fui obrigado a engolir. Se era verdade eu não sei, me custava a acreditar. Mas eu sei de uma coisa desde o início: a Harlow não tem culpa de nada. Seria injusto culpá-la pelos erros dos nossos pais.Quando subi para o quarto ela não estava, então fui para o seu antigo quarto e a encontrei deitada na cama abraçada a uma fotografia da sua mãe. Ela não me olhou quando eu me aproximei, apenas encolheu mais as pernas em sinal de defesa.— Por que você não está no nosso quarto? Suas coisas já foram mudadas para lá. — Ela não respondeu. — Harlow, eu t
Harlow Eu estava na biblioteca tentando absorver os assuntos das provas, quando a Manu entrou trazendo toda sua inquietação junto com ela. Ela jogou a bolsa na mesa, fazendo com que todos em volta olhassem com cara de desgosto, depois sentou a minha frente. — Ele é casado! — ela exclamou. — Casado não, foi casado. Agora ele é viúvo.— Do que você está falando, Manu?— Do professor Anthony. Ele foi casado. A esposa dele morreu em um acidente, no mínimo suspeito, eu diria. — Que tal você respirar e tentar falar pausadamente?— Nossa, Harlow. Você às vezes é muito burrinha. Eu mandei o meu namorado, aquele que joga no time de futebol, eu mandei ele investigar e ele achou na internet uma matéria sobre a morte da esposa do professor Anthony, que foi no mínimo suspeita eu diria. Sinceramente, eu acho que talvez ele possa ser um psicopata.— Meu Deus, Manu. Fale baixo. Você quer criar problemas para a gente? — É sério, Harlow. Até a polícia achou suspeito, mas depois o caso foi encerrad
RushEu acordei pela manhã com a Harlow remexendo na cama. Ela estava de costas para mim e eu estava com uma baita de uma ereção matinal. Eu não vi quando ela veio para cama ontem, ela estava atrapalhada com seus estudos e não queria parecer um ogro insensível atrapalhando.Meu braço formigou com o peso da sua cabeça. O tirei devagar, para ela não acordar, mas foi em vão. Ela se espreguiçou e abriu os olhos.Apoiei minha mão em sua barriga, beijando seu pescoço. Ela estava usando uma das minhas camisetas e só a visão me deixava excitado.— Bom dia, gata — disse em seu ouvido.— Bom dia, gato — falou, manhosa.Ela se remexeu, rebolando a bunda no meu pau. Eu a puxei pelo quadril, me esfregando com vontade.— Eu estou com saudades.— Até parece que faz anos que não namoramos. — Uma hora sem você é suficiente para me deixar louco.— Eu preciso ir para aula.— São seis e meia. Que tal a gente namorar até às sete, depois eu te levo para aula mais rápido que um piloto de provas?Ela sorriu
Harlow Observei enquanto a aeromoça se esforçava para atrair a atenção do Rush de uma maneira bem constrangedora. Ela sorria e fazia questionamentos que iam além do seu trabalho. Tinha um botão ao lado da cadeira que poderíamos acionar se caso precisássemos, mas ainda assim ela insistia em vir aqui assediar o meu marido oferecendo sua ajuda desnecessária.— Mais alguma coisa além do espumante, senhor? — Ela sorriu, segurando a garrafa.O Rush já havia falado para ela deixar a garrafa, mas ela insistiu em servir. — Só isso. Você pode deixar a garrafa. Se eu precisar eu chamo — ele falou, mas seus olhos estavam fixos em mim, o que me deixou orgulhosa.Não precisei disputar sua atenção com ninguém, porque ele só tinha olhos para mim.Sorri orgulhosa e coloquei a minha mão com minha aliança em seu colo, posicionando o suficiente para essa vagabunda ver. O sorriso dela desapareceu, enquanto ela colocava a garrafa em cima da mesinha à nossa frente e saia. — Você vai mesmo me dar trabalho
HarlowApós horas no voo para Paris, nós chegamos exaustos pela manhã e dormimos o resto do dia. Mas a noite eu estava pronta para o nosso jantar. Não sabia ao certo o que vestir. Mesmo as montanhas de roupas caras pareciam simples demais para Paris.Escolhi um vestido preto estilo boneca, com saltos scarpin e um belo casaco cinza. A noite em Paris era fria, mas nada que eu já não suportasse em Nova York. Na maquiagem eu lancei um batom vermelho e olho mais leve. Não era uma maquiadora profissional, mas conseguia fazer o básico.O Rush estava me esperando na entrada do quarto. Seu estilo mais despojado constituia em uma camisa azul, calça jeans e uma jaqueta cinza. O cabelo ainda molhado, mas bem penteado. O cheiro do seu perfume exalava por todo quarto. Um cheiro maravilhosamente masculino, mas que era só dele.— Você está linda, esposa. — Ele sorriu e me puxou para o seu abraço. Coloquei a mão na frente da boca para impedi-lo de me beijar.— Estou de batom vermelho.Ele sorriu e b
RushA noite foi tão maravilhosa que eu queria que durasse mais um pouco. Ver meu anel brilhando no dedo da Harlow mexeu com meu lado macho alfa. Eu me sentia possessivo com ela, um ciúme que não tinha explicação. Nunca imaginei que chegaria a isso, uma coisa tão simples como trazer uma mulher até Paris, uma noite de jantar. Nunca reservei quase um lugar inteiro para uma mulher antes, nunca dei flores ou chocolate, nem a Giannina conheceu esse meu lado.Hoje vejo que nunca amei a Giannina, que foi apenas meu ego, a dor da traição falando mais alto. Com a Harlow tudo é diferente.Caralho, estou muito fodido. Eu entreguei meu coração muito rápido. E se ela me ferir? Não, não, a Harlow não é assim. Ela era genuína, verdadeira. Eu amava como eu me sentia confortável e em casa com ela. Eu amava aquela mulher, mais do que eu poderia mensurar.A puxei para o meu colo no banco do carro. Beijando seu pescoço. A minha necessidade dela era tão elevada que eu não podia sequer esperar. Apertei