Rush— O que o senhor falou? — A minha secretária me olha confusa. — Flores, Wanessa. As mais bonitas que você puder encontrar, eu confio no seu bom gosto. Eu também preciso que você escreva no cartão alguma coisa romântica. Não, não, tem que ser alguma coisa para ela me perdoar. Tipo uma coisa que você gostaria de ouvir se alguém te magoasse. Chocolates também seria bom, o que você acha?— E-eu não… o senhor nunca pediu algo assim… — Sempre tem uma primeira vez, não é?— Sim, ah… eu vou anotar. — Ela olha para a agenda dela. Eu consigo ver o quanto ela está se segurando para não rir. Minha fama de mulherengo era conhecida por toda Nova York. Eu não comprava flores e chocolates. — Mas senhor, o cartão, eu acho que o senhor deveria escrever. É algo tão pessoal. — Só escreva: me perdoe, por favor. Está ótimo, Wanessa. Pelo amor de Deus. É só um bilhete e flores. — Me virei para entrar na minha sala, mas a Wanessa veio correndo atrás de mim. Ela era uma mulher baixinha que usava salto
Rush O César era um lugar para solteiros, onde as pessoas iam para encher a cara ou só paquerar alguém. Minha cabeça estava a mil em pensar que a Harlow estava bebendo com uma amiga que claramente a incentiva as piores coisas.Tentei só não deixar meu ciúme subir a minha cabeça. A Harlow precisava de mim e eu seria o cara que ela precisava. Sem estragar tudo dessa vez. A Harlow estava sentada em uma das mesas, enquanto um homem se aproximou dela, colocando a mão em suas costas. Eu andei a passos largos, segurando o homem pelo colarinho.— Seu filho da puta, como ousa tocar na esposa dos outros?— Calma, cara. Eu só estava perguntando se ela queria ajuda. Eu nem vi a aliança. — Mas ela tem uma aliança. — O empurrei, sua queda foi amortecida por uma das mesas quando ele cambaleou para trás.— Nossa, ele só estava tentando ajudar — A Manu falou. — Sem contar que, se você quer mesmo que todos vejam que a Harlow é casada, deveria ter dado um anel bem maior a ela. Um homem tão rico e mes
HarlowEu acho que a minha cabeça nunca girou tanto de uma vez. Eu estava tonta e minha cabeça doía como o inferno. Eu estava em uma cama grande, mas tinha um homem nu ao meu lado. Eu sabia que ele estava nu, porque estava deitada em seu peito e tateei seu corpo até sentir que ele estava nu.Meu Deus, onde eu estou? Quem é esse homem? Eu estava no bar, tinha um homem, tinha vários deles, mas eu não me aproximei de ninguém.Eu traí o Rush? Eu queria fugir, mas não tinha certeza se tinha forças para isso. Ainda estava embriagada.Fechei os olhos…Já estava claro quando acordei, dessa vez eu acho que tinha capacidade de me levantar. Tateei ao lado da cama, mas estava sozinha. Quando sentei, minha cabeça girou, uma dor terrível gritando na minha cabeça. Eu queria que a cortina não estivesse aberta e a luz não estivesse tão forte.Levei alguns minutos para perceber que eu estava nua e mais alguns minutos de desespero para perceber que aquele era o quarto do Rush, não de um desconhecido
HarlowEu estou apaixonado por você.Aquelas palavras me desestabilizaram de um jeito que me fizeram perder a minha marra. Eu ainda não consegui colocar o que eu sinto pelo Rush em palavras e ele fazer isso primeiro foi como um chute no meu estômago.— Você está estranha, pensativa — ele disse.Nós estávamos na sala de jantar, a Lucy montou uma bela mesa com coisas para o almoço. O Rush me deu mais um buquê de flores e chocolate. — Eu pensei que você não dava flores e chocolates para ninguém, que você não era do tipo romântico.— Sinceramente, eu não sou. Mas se é isso que você precisa para me perdoar, eu não me importo em ser, Harlow.— Então você acha mesmo que pode me comprar com presentes?— É isso mesmo que você acha que estou fazendo?Eu não achava isso de verdade, eu até achava que ele estava se esforçando, mas quando você é ferida, você só fica desconfiando de tudo em sua volta.— Você não pode me ferir mais, Rush. Gritar comigo ou esconder coisas de mim. Muito menos sumir se
Harlow A ideia melhor do Rush foi me levar para o seu escritório, onde ainda poderíamos ser ouvidos por quem passasse pela porta. Meu marido estava com um desejo intenso de sermos pegos em nosso momento íntimo.Eu confesso que a ideia me deixava excitada, mas eu não diria a ele para não incentivá-lo. Já notei que o Rush não tinha muito pudor quando se tratava de sexo e sua experiência ia bem além do meu conhecimento.Tirei a camiseta e subi na sua mesa, enquanto ele fechava a porta. Ele olhou para o meio das minhas pernas abertas e tirou a camisa e a calça jogando pelo caminho. Eu ri do seu desespero. Era como se tivéssemos passado meses separados. Em minutos ele estava entre as minhas pernas beijando meus seios, minha barriga com um desejo intenso.— Você é tão gostosa. Me deitei sobre a mesa, espalhando uma porção de papéis pelo chão, enquanto ele apoiava minhas pernas em seu quadril e me penetrava com uma estocada firme.— Isso vai ser rápido, gata. Mal estou me aguentando.Olhe
Harlow Eu tinha pânico de injeção, então quando a ginecologista me ofereceu para tomar um anticoncepcional injetável, eu recusei na hora. Fiquei com o bom e velho comprimido, que eu não poderia esquecer de tomar de jeito nenhum.Eu era esquecida, então iria programar os horários no meu celular e tudo ficaria bem. Eu tinha tomado a pílula e estava segura. Sem bebê pelos próximos cinco anos. — Mike, você pode passar na farmácia no caminho? — Sim, senhora. — Será que você pode só me chamar de Harlow? Senhora parece que eu tenho cem anos. Ele me olhou confuso, como se eu tivesse dito algo impossível de realizar.Dei de ombros e entrei no carro, digitando uma mensagem para o meu marido.Eu: já estou voltando da consulta. Optei pelo comprimido.Rush: a injeção não seria mais prático? Eu: sim, se eu não tivesse pânico de agulha. Rush: você só não pode esquecer de tomar o remédio ou estaremos em problemas. Eu: sim, dois filhos gêmeos parecidos com você.Ele demorou a responder. Até ap
Harlow O Rush e o pai simplesmente entraram em um debate diante de mim, ignorando a minha presença. Observei os dois com atenção, ainda sem entender do que se tratava. — Você não poderia ter me avisado que viria, pai? — o Rush falou. — Se você não vê, eu estava exatamente te esperando. — O que você pretendia, contar a versão que bem entendesse para a Harlow?— Já chega, vocês dois. Eu estou aqui, diante de vocês. Parem de falar como se eu não estivesse aqui.— Desculpa, querida. Eu não queria fazer isso, só fiquei um pouco preocupado — O Rush fala, sentando ao meu lado.— Com o quê? O que vocês estão escondendo de mim?O Rush olhou para o pai, que se acomodou mais confortável no sofá, colocando o copo de uísque ao lado. Eu não sei o que eles realmente achavam que estavam fazendo, mas estavam me deixando mais nervosa ainda.— Bom, eu acho que preciso começar um pouco atrás, antes de você nascer, Harlow — O Sr. King finalmente fala. — Logo quando eu cheguei ao país com minha famíli
RushÀs vezes o que você pede, nem sempre é o que você recebe.Se esse não fosse um provérbio popular, deveria ser. Eu pedi a verdade e ela veio a cavalo, trazendo uma onda de algo que não me agradava.Eu cresci com algo em mente; Lucile Davis era uma vagabunda traidora. Meu pai nunca me disse ao contrário, apenas tentou amenizar a situação cobrindo com panos quentes. Hoje ele simplesmente me contou uma versão dos fatos que a inocentava e eu fui obrigado a engolir. Se era verdade eu não sei, me custava a acreditar. Mas eu sei de uma coisa desde o início: a Harlow não tem culpa de nada. Seria injusto culpá-la pelos erros dos nossos pais.Quando subi para o quarto ela não estava, então fui para o seu antigo quarto e a encontrei deitada na cama abraçada a uma fotografia da sua mãe. Ela não me olhou quando eu me aproximei, apenas encolheu mais as pernas em sinal de defesa.— Por que você não está no nosso quarto? Suas coisas já foram mudadas para lá. — Ela não respondeu. — Harlow, eu t