– E aí, Lu, como foi na prova? – Pedro perguntava, enquanto descíamos as escadas do corredor da faculdade.
– Sei lá. Não foi péssima, porque eu costumo estudar um pouco diariamente. Mas nossa, aquilo não foi prova. Acho que até em prova de concurso público eu ia melhor.
– É, realmente a prova tava bem complicada. Por isso que eu não gosto desse professor.
Continuamos falando sobre a prova enquanto íamos para a lanchonete, mas antes que eu pudesse entrar e comer alguma coisa, vejo meus avós vindo na minha direção com Biel entre eles. Eu sabia que alguma coisa ia acabar sobrando pra mim, sabia. Tentei dar meia volta e me esconder em algum lugar, mas acabei esbarrando em alguém, que logo percebi ser Sebastian.
– Com licença?
– Não. – ele respondeu.
– Por que não? – Perguntei incrédula.
– Porque não vou perder a oportunidade de te fazer tomar conta de um pirralho. – Revirei os olhos e tentei fugir, mas ele me agarrou firme e não me deixou sair. – Vovóóóóóóóóóó! – Gritou.
– Oi, queridos. Luiza, estava procurando você. – Por que isso não me surpreende? – Será que você pode cuidar do Biel enquanto nós vamos resolver uns problemas com o Márcio? – Tenho escolha?
– Mas é claro, vovó. Minha próxima aula é só de tarde. – Sorri, esticando a mão para que Gabriel a pegasse.
– Obrigada, querida. Mais tarde nós voltamos para buscá-lo, tudo bem?
– Ok. – Assenti.
– Tchau, meus amores! Se cuidem. – Eles se despediram e, enquanto iam embora, ficamos parados, olhando até que os perdêssemos de vista. Assim que tivemos certeza que haviam ido embora, Sebastian me soltou. Virei de frente pra ele e tapei os olhos do meu priminho.
– Só um segundinho, meu amor. – Olhei fixamente para aquele desgraçado, que sorria.
– Como foi a prova, Luiza? – Perguntou cínico.
Sorri, e com a mão livre, dei um belo dedo do meio pra ele.
– Tão previsível...
– Nossa, que chato. – Falei irônica. Agora tirando as mãos dos olhos de Gabriel e colocando em seus ouvidos. – Como você quer que eu resolva seu probleminha tendo que cuidar desse garoto?
– Se vira. Não to te pagando R$ 500,00 à toa. Vai ter que merecer esse dinheiro.
– Acredite, eu já mereço. Agora, o que você quer mesmo que eu faça? Ah é, lembrei, eu preciso acabar com seu casinho com aquela adúltera, sem que você saia com algum arranhão, certo? Realmente é uma oferta tentadora ignorar os R$ 500,00. Sua sorte é que eu não posso fazer isso. – Provoquei.
– Olha, eu não to te pagando pra julgar quem eu pego ou deixo de pegar. Só quero que você dê um jeito pra que ela não queira mais ficar comigo. Ela é gostosa e tudo, mas já to cansado de comer ela. E ainda to puto porque não quis me pagar um boquete outro dia. Ela não tá mais dando conta do recado. – Acho que eu tava sem reação perante aquele discurso.
– Vamos sair daqui, Biel. – Não podia deixar aquela criança ali, provavelmente ouvindo aquelas coisas. Fui com ele até o Mc Donald’s que ficava em frente aos campus da faculdade. Comemos um Mc lanche feliz e depois voltamos.
Começamos a procurar pela Estela (de novo). Estávamos perto da fonte, quando vejo a Bia a uns 10 metros à minha frente.
– Bia! – chamei-a. Apressamos o passo para alcançá-la.
– Oi.
– Preciso falar com você! – Tá... Preciso falar, mas como vou falar? Não tinha pensado nisso antes.
– Sobre... ?
– Você e o Sebastian estão... hã... hã...
– Transando? – Completou.
– Não era essa a palavra que eu tinha em mente, mas pode ser. – Provavelmente quando chegasse ao céu, seria cobrada por corromper a alma de uma criança. Se Gabriel continuasse ao meu lado, até o final do dia, era bem capaz do garoto saber mais sobre sexo do que eu.
– Sim, estamos. Algum problema?
– Não... Nenhum... Só que Sebastian é muito galinha. Não duvido que enquanto ele esteja com você, não vai estar comendo outra. – Tentei ser convincente, mas a atitude arrogante daquela garota estava me estressando. Bia e eu nunca nos demos bem, não há um motivo em especial, a questão é como o ditado diz: meu santo não bate com o dela.
– E daí? Não me incomodo que ele esteja com outras. Eu estou com ele e com meu namorado, não vejo nenhum problema que ele queira pegar outras garotas. E desde quando você se importa comigo? – Eu já tava ficando sem graça conversando com aquela garota.
– E quem disse que eu me importo com você? Pouco me importa o que vocês fazem da vida ou deixam de fazer, a questão é, eu não quero uma puta na minha família. Já basta o Sebastian no caminho errado. – Senti um puxão na minha calça jeans, era Biel, que pela primeira vez expressava algum sinal de vida no meio daquela discussão. – O que foi?
– Lu, o que é boquete? – Fiquei com cara de bunda. Eu no meio de uma discussão e ele me para pra perguntar aquilo?
– Agora não é hora, Biel, depois eu te explico.
– Boquete é quando uma mulher chupa o pau de um homem! – Eu não sabia se fuzilava aquela vadia com os olhos, se ria da cara do meu primo ou se falava alguma coisa. – Sabe o que é pau pelo menos, né? – Ele apenas balançou a cabeça com os olhos ainda arregalados.
– Só tenho 5 anos. – Ela revirou os olhos.
– Pinto. Sabe o que é isso pelo menos?
– Sei. – Mostrou a língua pra ela. – Então você não quis chupar o pinto do Sebastian outro dia? Ai, que nojo, não é a toa que te chamam de puta. – Tive que me segurar pra não rir.
– Como você sabe que eu não quis pagar um boquete pra ele? Quem te contou isso?
– Ninguém. – Interferi, colocando a mão na boca daquele garoto antes que ele falasse mais alguma merda.
– Luiza, não se mete, eu quero saber. – Ordenou, soltando ele.
– O que mais você sabe, hein, Bielzinho? Quem te contou tudo isso? – Perguntou.
– Ah, foi o Sebastian. Ele tava conversando com a Lu. Ele disse que já tava cansado de te comer e que você não tava mais dando conta do recado, aí pediu pra minha prima fazer você terminar tudo com ele. – Não sabia onde enfiar a cara.
– Aquele bastardo! Ele vai ver só! Pode deixar que eu vou terminar com ele sim. E da pior forma possível. Ele que me aguarde, vai se arrepender de ter falado isso. – Ela saiu dali com os olhos marejados, mas não parecia estar magoada, e sim com raiva.
Ahhh isso não ia dar certo... Não mesmo.
– Vem, Gabriel. Vamos sair daqui antes que sobre pra gente. – Peguei-o pelo braço e continuamos a procurar pela Estela. Depois de uns 5 minutos, conseguimos encontrá-la. Sentamos num dos bancos de madeira e ficamos conversando. Contei tudo que tinha acontecido e como queria que fosse meu funeral. Tudo estava normal (na medida do possível, é claro) até que Sebastian chega me puxando pelo braço pra um canto.
– Ai ai ai ai, ta me machucando. Sebastian, tá me machucando! – E ele continuava a apertar.
– É pra machucar mesmo. Ô garota, se eu quisesse me foder, eu fazia isso sozinho.
– A culpa não é minha. Isso tudo aconteceu porque você quis ter uma conversa particular na frente de uma criança de 5 anos!
– Agora vai colocar a culpa num moleque que nem sabe o que comeu no almoço? Você tem todos os motivos pra querer acabar comigo! Te ferrei na sua prova, agora te fiz cuidar desse pirralho, fora o que aconteceu ontem.
– Não estou culpando ele, estou culpando você! Ninguém mandou querer falar da sua vida sexual na frente dele. As crianças perguntam, sabia? Como por exemplo, o que é boquete. E eu não sou tão imatura assim. Conhece aquele ditado: Amigos, amigos, negócios à parte? Pois é, ele se aplica a nós, a única diferença é que não somos amigos.
– Não importa. A questão é que agora tem um corno com o dobro do meu tamanho me caçando pelo campus inteiro!
– Deixa de ser covarde, Sebastian! Apanha, mas também bate!
– Se eu sofrer um arranhão... Pode ter certeza de que não só eu vou sentir, mas você também. – Ameaçou. – Agora vem comigo que você vai resolver essa situação toda.
Ele foi me puxando pela faculdade inteira até onde se formava um grupo de pessoas que provavelmente gostaria de ver algumas mortes.
– Finalmente o covarde apareceu. – Um homem moreno, forte e alto (beeem) alto, falou. Provavelmente deveria ser o namorado da Bia, já que ela estava abraçando-o pela cintura.
– Pois é, antes covarde do que corno! – Deu aquele risinho cínico. Por mim eu queria mais é que aquele cara acabasse com a raça do Sebastian. Mas eu estava no meio, então isso não poderia acontecer.
– Pronto pra apanhar? – Perguntou.
– Pergunto o mesmo. – Meu primo era assim, ele podia estar se cagando de medo, mas nunca iria aparentar isso ao seu inimigo.
– Amor, acaba com ele! Não deixe que ele saia impune depois do que fez comigo. Restaure minha honra!
– HAHAHAHA! Honra? Como se restaura algo que nunca se teve?
– Amor, acabe com essa... Essa... Essa vagabundazinha também! Ela que ajudou o priminho a me estuprar!
– Pera aí, como é que é? – Me interferi. Uma coisa é você pagar por algo que realmente fez, outra é você pagar por uma mentira. Isso me deixava revoltada, principalmente quando sobrava pra mim.
– Tá surda, queridinha?
– Ô coisa, o que ela contou? – Me referi ao namorado da Bia.
– Primeiramente eu tenho um nome, me chamo Waldemar. Ela me disse que esse cara atrás de você a estuprou.
– E você acreditou? Querido, metade dos homens desse campus já comeu sua namorada, você só é o corno nessa história toda. A verdade é que ela não aceitou descobrir que já não consegue dar prazer a um homem como antes. Sebastian nunca estuprou ninguém! Se ele comia sua namorada é porque ela gostava!
– Como assim você tava comendo a Bia, Sebastian? – Uma voz feminina se pronunciou. – Você tá me traindo?
– Te traindo? Sebastian, como assim você está traindo ela se nós estamos juntos? – Outra voz feminina se pronunciou.
– Como assim vocês estão juntos? Eu e Sebastian estamos namorando há 2 meses. – Outra garota falou. – Me explica isso agora!
– É, pode começar a se explicar se ainda quiser viver.
– É Sebastian, explica pra gente. – Falei.
– Eu... É, e-eu... É que... Eu... Fodeu!
As 4 garotas começaram a discutir com ele no meio delas. E cada vez mais o tom de voz aumentava. Aquilo estava pior que feira em dia de domingo.
– Tá vendo! Isso tudo é culpa sua! – Sebastian falou do meio das garotas apontando pra mim. E todos ficaram quietos.
– Minha culpa? Você pega 4 garotas ao mesmo tempo e a culpada sou eu? O que eu fiz dessa vez? Não fui a quinta?
– Você é uma inútil! Nem falar mal dos outros você faz direito! Antes eu tivesse falado tudo de uma vez! Com certeza não teria essa dor de cabeça.
– Se você não tivesse inventado de ficar com 4 garotas não teria esse problema! Isso é a prova de que a mentira tem perna curta!
– Não to te pedindo lição de moral.
– E quem disse que eu to te dando? Só estou constatando os fatos. – Por incrível que pareça, todos estavam quietos nos ouvindo discutir.
– Você só acaba com a minha vida! Você é muito filhinha de papai! Queria ver você vivendo na rua! Ia parar rapidinho com essa mania de ser santinha!
– Eu sou filhinha de papai? Eu praticamente não tenho pai! Você que é um garoto mimado, que tem birra com o pai porque ele não faz suas vontades e agora vem querer jogar a culpa em cima de mim! Não tenha raiva de mim por eu ser uma pessoa melhor do que você! Desculpe-me se eu tenho amor próprio e me importo com as pessoas.
– Ah tá, desculpa, Madre Tereza de Calcutá. Não foi minha intenção ofendê-la. – Falou debochado.
– Você é tão infantil! Até hoje me pergunto como nossa família te atura! Não duvido que você seja um bastardo!
– Porra, Luiza, vai tomar no cu. Não ferra! Já to de saco cheio de ficar te aturando com esse papel de garota perfeitinha!
– O que você disse? Você me mandou o quê?
– Tá surda? Mandei tomar no cu. Quer que eu mande de novo? – Juro que eu não estava mais com o controle do meu corpo, a raiva me dominou. Fui andando em direção a ele, na hora passava um garoto com uma garrafa de vidro da Coca-Cola, peguei da mão dele e ela foi direto na cabeça de Sebastian. Ele cambaleou um pouco e depois podia se ouvir as pessoas batendo palmas.
– Gostei de você garota! – Falou o corno enquanto apertava minha mão.
Nesse momento senti algo agarrar a minha blusa, era ninguém mais ninguém menos do que a praga que me persegue a cada dia. Ele começou a subir suas mãos até meu pescoço e apertou-o com toda a força que tinha. Já estava ficando sem ar. Tentava soltá-lo, mas não conseguia. Mesmo fraco, Sebastian ainda era mais forte que eu. Até que uma alguém me salvou:
– O que está acontecendo aqui? – ouvi a voz de Márcio. – Sebastian, por que você está sangrando e enforcando a sua prima?
– A louca da sua sobrinha me deu uma garrafada na cabeça!
– Bem feito! – Falei com o pouco ar que tinha. - E o louco do seu filho está tentando me matar!
– Já chega! Vocês têm 19 anos na cara e agem como se tivessem 8! Olha a confusão que vocês conseguiram armar! Quero ver se saísse alguém morto.
– Ah, não se preocupe, a gente só mataria o Sebastian. – Uma das namoradinhas dele falou.
– Assim não dá. Não queria fazer isso, mas infelizmente não tenho escolha! Vocês dois pro meu carro agora! Vamos para a delegacia.
(...)
– Fica tranquila, priminha, só vou te denunciar por agressão. – Falava com uma bolsa de gelo na cabeça.
– Faça isso e eu te denuncio por tentativa de homicídio.
Chico parou de frente pra nós, com Márcio a seu lado, e começou a falar:
– Sebastian, eu avisei a você que caso viesse parar na delegacia novamente eu teria que tomar medidas drásticas. E foi o que eu fiz juntamente com o seu pai.
– Bem feito!
– Luiza, não cante vitória ainda. Vocês dois estão juntos nessa, então os dois vão sofrer as consequências. – Márcio falou.
– Ai, ai, como é doce o saber da derrota dos outros. – Sebastian até relaxou na cadeira.
– Como assim??? Não. Meu pai não autorizou nada!
– Luiza, você já é maior de idade se não sabe. Você responde por seus atos, não seu pai. E eu falei com ele, que está completamente de acordo como castigo de vocês.
– E o que é dessa vez? – Perguntou meu primo.
– Logo vocês saberão. Se não querem se dar bem por vontade própria, serão forçados a se darem bem. Amanhã de manhã estejam de malas prontas e arrumados às 6 em ponto. Vocês terão o que pediram. O inferno de vocês irá começar!
Sexta-feira, 13.A alguns quilômetros do quinto dos infernos.Caro pai,Venho por meio desta carta dizer-lhe minhas últimas palavras mediante a situação que me foi imposta. Não tenho ideia de como agradecer-lhe por ter me mandado pra casa do caralho, localizada bem ao ladinho de onde você mora. Hoje posso dizer com orgulho que, em plenos 19 anos, caminhando para os 20, tive minha vida completamente arruinada, destruída, desgraçada, pela pessoa que um dia deveria ter agido como um pai. Como posso lhe agradecer por tudo o que fez por mim? Acho que minha gratidão não consegue expressar o que eu sinto, devido a sua fuga repentina, juntamente com sua responsabilidade paterna. Ainda fico maravilhada com a capacidade de um pai de mandar o filho maior de idade, que já responde por suas ações, pra porra de um lugar que eu
Estávamos sentados em cadeiras de madeira. Sebastian dando um jeito de soltar as algemas, enquanto eu apoiava a cabeça em meu braço livre, esperando o capitão voltar de sua saída inesperada.– Nos filmes parece bem mais fácil. – comentou.– Por isso são filmes. Seria bem mais fácil se você tivesse me apoiado quando eu disse que essa era uma ideia idiota.– E fazer mais barraco?– Falou o sábio agora. – falei irônica.– Como se alguma reclamação nossa fosse fazê-lo mudar de ideia. A gente precisa é arranjar um jeito de sair daqui.– É, vamos voando.– Boa ideia! Vamos buscar sua vassoura. – Ameaçou levantar. Então o capitão entrou na sala.– Agora vamos ao que interessa. – sentou em sua cadeira de couro e olhou fi
Sebastian’s Pov – Sebastian, o que tem a dizer? – o homem sentado na minha frente perguntava. – Eu te odeio. – Nossa, estou emocionado com a sua sinceridade. – disse irônico. – Disponha. – Sorri. – E você Luiza? – perguntou para a praga presa a mim, que se virou na minha direção e disse olhando nos meus olhos: – Eu te odeio. – Ora, ora, que interessante, vejo que temos algo em comum, querida. – comentou. – E o que seria? – perguntou. – Odiamos a mesma pessoa. – Eles começaram a rir. Pigarreei. – Então, me digam como tem sido a estadia de vocês aqui? – perguntou o terapeuta. – Uma merda. – Falamos juntos. – E por que dizem isso? – Você ainda pergunta? Passamos a noite toda presos a um tronco sem água e comida, não dormimos até agora e ainda por cima estamos algemados e cheio de pirralhos ao nosso redor. – Respondi. – Se vocês se tratassem como gente
– Sebastian, está tudo bem com você. Só falta um último exame pra você ser liberado. – Até que as coisas não foram como eu imaginei. O cara era legal. Os exames foram rápidos e eu ainda permanecia vivo. – Ok. Vamos fazer logo, então. – Preciso que você vista isso. – Ele me entregou uma espécie de roupão, do tipo que as pessoas usam pra fazer exames ou serem internadas. Aquilo não era legal. – Hã... diz pra mim que não é o que eu estou pensando. – Depende. O que você está pensando? – Que você vai enfiar o dedo no meu cu! – Você tem razão. – Ele começou a colocar as luvas de látex. – Ah, não. Ah, não. Você não vai enfiar esse dedo na minha bunda! Esse exame não é só pra quem tem mais de 40? – Isso não quer dizer que homens mais novos não possam fazer. Além do quê, você já iniciou sua vida sexual. – Ah, não. – Desculpa, amigo, você não tem querer. Se não for por bem, vai ser por mal. – esta
Luiza’s pov– Sebastian? – nem ligava para o capitão que nos olhava. Eu estava em choque. A primeira coisa que eu fiz foi tentar limpar a língua. – Eca, eca, que nojo, que nojo!– Ei! Não faz isso não que eu sei que tu gostou!– Me erra, Sebastian!– Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – o capitão se pronunciou ao chegar mais perto de nós. – E o que é isso no seu pescoço, Victorino? – Sebastian esticou a cabeça para ver.– É um chupão. – Concluiu, sério. - Lindo, né? Fui eu que fiz. – Tapei meu pescoço na hora.– Vou te matar, seu desgraçado! – corri atrás dele, mas o capitão me segurou.– Isso aqui está longe de se tornar a casa da mãe Joana! &Ea
Luiza’s pov Sebastian me olhava com os olhos arregalados pelo vão da porta. Em tantos lugares pro chuveiro ficar, por que tinha que ser justamente de frente pra porta? Eu estava completamente nua e ainda trincava os dentes por causa daquela água fria. Quando a ficha caiu, a primeira coisa que eu fiz foi tapar as minhas partes íntimas e virar de costas. – O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO? – gritei já sabendo que estava fortemente enrubescida. – Ué, você estava gritando e eu tinha que ver se você estava bem. – Eu estava gritando porque a água estava gelada! – ele continuava me olhando. – Não vai parar de olhar não? – Hã? Ah, tá. Foi mal. – encostou a porta novamente. Terminei de tomar banho o mais rápido que pude. Ainda estava receosa que Sebastian abrisse a porta. Deixei pra pentear o cabelo do lado de fora. Foi a vez daquele tarado tomar banho e pude ver um certo volume em sua calça quando trocamos de lugar. Já ti
– O que está acontecendo... AI, MEU DEUS! O QUE VOCÊS FIZERAM COM O MEU CHALÉ? – o capitão trajava apenas uma samba canção quando ouvimos seus gritos.– Seu chalé não, nosso. – Sebastian tomou a dianteira. O capitão riu diante daquela afirmação.– Chalé de vocês? Tudo nesse acampamento é meu! Eu apenas emprestei a vocês para que não dormissem no chão duro.– Onde vamos passar a noite? – me manifestei para acalmar a situação.– Vocês colocaram fogo no meu chalé, então não esperem que eu faça algo por vocês.– Papai... quer dizer, capitão. – Soninha chamou.– Diga. – Seu acento mudou indiscutivelmente. Parecia um verdadeiro idiota. Capaz de fazer todas as vontades da “filhinha
– Onde será o refeitório? – perguntei, olhando todos os chalés.– Que tal perguntarmos? – parou uma garota que passava. – Com licença, menina bonita – na mesma hora ela abriu um grande sorriso - poderia nos dizer onde fica o refeitório?– M-m-mas é claro. É só virar à esquerda depois da cabana 56.– Obrigado. – Piscou pra ela, que suspirou.Aquilo me deixou com vontade de bater naquela garota burra. Mais uma pro jantar do Sebastian. Revirei os olhos.– Vamos logo. – Puxei-o enquanto ele mandava beijos para a menina.Após fazermos o percurso, finalmente chegamos em um chalé... ou ao menos era o que parecia ser.– Fomos parar em um presídio enquanto dormíamos? – meu primo perguntou.A única coisa que fez foi balançar a cabeça